Sem categoria

JUVENIS – LIÇÃO Nº 3 – OS SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO

Destacamos, constantemente, os símbolos do Espírito Santo em nossos ensinos e pregações, porque eles ilustram, de forma figurada e concreta o trabalho da Terceira Pessoa da Trindade.

Em nosso estudo, observaremos que imagens visuais do cotidiano do povo israelita foram empregadas biblicamente para correlacionar ao Espírito Santo em si.

O estabelecimento de semelhanças se deu a partir de conceitos concretos, tendo em vista que a imagem concreta permite a visão e semelhança, conhecimento daquela particularidade que representa o retrato exposto à vista em sentido amplo.

Tudo isto é resultante da linguagem poética bíblica, ou seja, o ato de apontar as semelhanças que destacam as evidências pertinentes aos aspectos explícitos.

Tais aspectos são aquelas verdades que devem ser observadas, pois foram as formas escolhidas e utilizadas por Deus para nos esclarecer o que o Espírito Santo representa em nossas vidas.

Deus nos apresenta tipos e símbolos que, observados, nos fazem revelações sobre a pessoa do Espírito Santo.

Também não podíamos deixar de salientar que este tema é mencionado apenas nos tratados de Teologia Sistemática Pentecostal, em estudos de Chafer, McLean e Pearlman.

Pearlman afirma que devido `as limitações da linguagem humana, Deus emprega os símbolos para descrever as operações do Espírito Santo.

ÁGUA – essencial para o sustento da vida, assim como o fôlego, o Espírito Santo é vivificador, produz vida. Sobre isto, Cristo disse:

“Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre.” (Jo 7:38)

A água de Cristo, que purifica, é corrente e satisfaz as necessidades da alma, tal como oferecera água viva à Mulher Samaritana:

“Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.” (Jo 4.14). As águas vivas do Espírito Santo animam, vivificam nossa vida espiritual.

Buscar a instrução da Palavra do Senhor também é como plantar-se junto a ribeiros de águas e manter as folhas verdes, refrigerar-se e revestir-se de poder (Sl 1.3; Jr 17.8).

Como fonte de água viva, o Espírito Santo inunda e anima o homem espiritual, a mais pura fonte, o verdadeiro rio de vida, com suas águas correntes limpa toda poeira do pecado, realizando o mesmo propósito da água no universo material.

A água não só purifica, como também, refresca, sacia a sede e torna frutífero o que está estéril. Ilustra exatamente o trabalho promovido pela graça divina no seu ato de perdoar os pecados, purificando-os e acrescentar beleza espiritual a quem recebeu a ministração reavivadora do poderoso Espírito Santo. Chafer (2003, p.396- 397) considera três manifestações do Espírito Santo que são vitais para o filho de Deus:

a) O aspecto da purificação é tipificado pelo banho dos sacerdotes em conexão com a introdução deles no ofício sacerdotal.

Eram banhados pelo sumo- sacerdote, “ E Moisés fez chegar a Arão e a seus filhos, e os lavou com água.” (Lv 8.6), e tal lavagem prefigura a regeneração operada para o crente sacerdote na sua entrada, tanto no estado de salvo quanto no seu serviço para Deus como um sacerdote. No andar deste crente, há um processo de constante purificação.

Assim como o novilho vermelho era oferecido para a purificação dos pecados (Nm 19.2 ss), o sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo pecado: “Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.” (I Jo 1.7)

b) Quando o Espírito Santo habita no interior do crente. O Espírito Santo é uma realidade e sua presença sem medida é uma bênção na vida dos filhos de Deus.

Tal como um poço artesiano, Ele é qual uma fonte a jorrar para a vida eterna. Pois a vida eterna é garantida pela atuação do Espírito Santo em nossas vidas.

c) Com referência ao Espírito que flui. “E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba.

Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado. (Jo 7.37-39)

Representa todas as obras do Espírito Santo na vida do cristão, por meio do batismo (do Espírito e o ritual) e a regeneração, uma obra interna que aponta para uma nova vida em Cristo Jesus.

FOGO – Vemos a manifestação do Senhor por meio do fogo no Antigo Testamento. O Senhor apareceu a Moisés numa sarça de fogo: “e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia.” (Ex 3.2 b).

A construção do tabernáculo recebeu aprovação divina, tornando claro que o Senhor ali estava presente:

“Porque o fogo saiu de diante do Senhor, e consumiu o holocausto e a gordura, sobre o altar; o que vendo todo o povo, jubilaram e caíram sobre as suas faces.” (Lv 9.24).

Quando o Templo de Salomão foi dedicado: “E acabando Salomão de orar, desceu o fogo do céu, e consumiu o holocausto e os sacrifícios; e a glória do SENHOR encheu a casa.” (2 Cr 7:1) e o sacrifício oferecido no Monte Carmelo:

“Então caiu fogo do Senhor, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego.” (I Rs 18:38).

Em todas estas situações, vemos que a aprovação divinas e a sua aceitação são sinais da Sua presença manifesta por meio do fogo.

Também está relacionado com a proteção divina, iluminação e defesa: “ Pois eu, diz o Senhor, serei para ela um muro de fogo em redor, e para glória estarei no meio dela.” (Zc 2.5)

O Senhor também apresenta o fogo como algo que refina o ouro e a prata para purificá-los, tal como faz o fundidor:

“E assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; e purificará os filhos de Levi, e os refinará como ouro e como prata;” (Ml 3:3).

Pedro também confirma dizendo: “Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor” (I Pe 1.7).

Cristo é apresentado às Igrejas com os olhos descritos por suas chamas de fogo: ”e os seus olhos como chama de fogo;” (Ap 1.14 c) e o

nosso Deus é um fogo consumidor (Hb 12.29).

Também vemos o fogo no sua apresentação como elemento purificador em Isaías 6.7 quando uma brasa é retirada do altar e purifica os lábios do profeta:

“E com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e expiado o teu pecado.” Na profecia de João Batista, o fogo é apresentado no papel purificador:

“E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu;

cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo. Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará.” (Mt 3.11,12)

A palavra de Deus é como o fogo que acende e aquece os nossos corações: “Portanto assim diz o Senhor Deus dos Exércitos:

Porquanto disseste tal palavra, eis que converterei as minhas palavras na tua boca em fogo.” (Jr 5.14) “E disseram um para o outro: Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras?” (Lc 24.32)

O fogo também é apresentado, nas Escrituras, como instrumento de julgamento divino. Quando os filhos de Arão trouxeram, para o tabernáculo, um fogo que não fora aceso pelo Senhor, ambos foram consumidos e morreram por causa de sua obstinação e insolência:

“Então saiu fogo de diante do Senhor e os consumiu; e morreram perante o Senhor” (Lv 10.2). Este emblema do Espírito Santo é comparado a sete lâmpadas que ardiam diante do trono, os quais são os sete Espíritos de Deus, a plenitude da santidade (Ap 4.5).

Além, disto a primeira manifestação de que alguém recebeu o dom do Espírito Santo é o falar em línguas como que de fogo: “E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.” (At 2.3)

Direta e indiretamente o poder e o ministério do Espírito podem ser comparados ao fogo. O elo do serviço, a chama do amor, o fervor da oração, a sinceridade do testemunho, a devoção da consagração, o sacrifício da adoração e o poder de acender da influência são atribuídos ao Espírito. (Chafer, 2003, p.398)

VENTO – o sopro divino foi o ato que concedeu vida ao homem, tornando-o alma vivente: “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.” (Gn 2.7).

Esta bênção divina nos vivifica e aponta para a obra regeneradora (que gera uma nova vida), que opera de forma misteriosa e independente, penetrante (profundezas do ser), purificando- nos.

O profeta Ezequiel, quando teve a visão do vale de ossos secos, refere-se ao Espírito como o vento que penetra naqueles ossos e lhes concede vida:

Então me disse: Profetiza sobre estes ossos, e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor. Assim diz o Senhor DEUS a estes ossos: Eis que farei entrar em vós o espírito, e vivereis. E porei nervos sobre vós e farei crescer carne sobre vós, e sobre vós estenderei pele, e porei em vós o espírito, e

vivereis, e sabereis que eu sou o Senhor. Então profetizei como se me deu ordem. E houve um ruído, enquanto eu profetizava; e eis que se fez um rebuliço, e os ossos se achegaram, cada osso ao seu osso.

E olhei, e eis que vieram nervos sobre eles, e cresceu a carne, e estendeu-se a pele sobre eles por cima; mas não havia neles espírito.

E ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize ao espírito: Assim diz o Senhor DEUS:

Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam. E profetizei como ele me deu ordem; então o espírito entrou neles, e viveram, e se puseram em pé, um exército grande em extremo. (Ez 37.4- 10).

Cristo mencionou o vento que sopra, de forma autossuficiente, sem receber direcionamento algum, mas que a tudo e a todos direciona:

“O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.” (Jo 3.8)

O Mestre também prometeu o Espírito Santo soprando sobre os seus discípulos: “ Recebei o Espírito Santo.” (Jo 20.22 b)

E, de fato, o Santo Espírito veio no Pentecostes como um vento impetuoso, com vontade própria, de forma intensa, penetrante, enérgica, arrojada:

“E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.” (At 2.2)

Assim como o vento veio de forma intensa sobre os discípulos, o Espírito Santo atua com Seu poder, despertando os homens para que conheçam as profundas verdades do Evangelho, sejam revivificados e saiam de sua condição de perdidos, porque a Palavra de Deus que restaura, também foi inspirada pelo vento do Espírito:

“Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” (2 Pe 1:21) Sim, foi Ele quem direcionou os servos do Senhor na escrita do Texto Sagrado, orientou os discípulos na pregação e divulgação da mensagem evangelística.

ÓLEO – no Oriente, o óleo ou azeite tinha a finalidade de curar, promover conforto, garantir a iluminação. A maior de todas as suas designações era a unção para missões especiais, para a consagração, para o serviço no santuário.

Em Lv 2. 1-16, Cristo é prefigurado em Suas perfeições humanas porque se “alguma pessoa oferecer oferta de alimentos ao SENHOR, a sua oferta será de flor de farinha, e nela deitará azeite, e porá o incenso sobre ela” (Lv 2.1).

A flor de farinha aponta para a natureza humana de Cristo e o azeite, para o Espírito Santo. Sendo assim, o seu ministério na Terra, a sua humanidade e Suas ações foram sustentadas e direcionadas pelo Espírito:

“Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele.” (At 10.38)

No que diz respeito à sua humanidade, Cristo foi gerado pelo Espírito Santo e o óleo derramado sobre a comida é a previsão de que o Espírito viria sobre Cristo, como ocorreu em Seu batismo:

“ sendo batizado também Jesus, orando ele, o céu se abriu; E o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como pomba; e ouviu-se uma voz do céu, que dizia: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo.” (Lc 3.21b,22) e o apóstolo Pedro afirmou na casa de Cornélio (At 10.38) sobre a unção do Espírito na vida do Cristo (o Ungido).

Citando o estudioso C. H. Mackintosh, Chafer apresenta a purificação do leproso como um dos tipos mais notórios de Cristo, porque prenuncia a salvação do pecado:

Também o sacerdote tomará do logue de azeite, e o derramará na palma da sua própria mão esquerda.

Então o sacerdote molhará o seu dedo direito no azeite que está na sua mão esquerda, e daquele azeite com o seu dedo espargirá sete vezes perante o Senhor; E o restante do azeite, que está na sua mão, o sacerdote porá sobre a ponta da orelha direita daquele que tem de purificar-se, e sobre o dedo polegar da sua mão direita, e sobre o dedo polegar do seu pé direito, em cima do sangue da expiação da culpa; E o restante do azeite que está na mão do sacerdote, o porá sobre a cabeça daquele que tem de purificar-se; assim o sacerdote fará expiação por ele perante o Senhor. (Lv 14:15-18)

Assim, não somente são os nossos membros purificados pelo sangue de Cristo, mas também consagrados a Deus no poder do Espírito. A obra de Deus não é somente negativa, mas positiva.

O ouvido não é mais para ser o veículo para comunicar corrupção, mas ser pronto para ouvir a voz do Bom Pastor; a mão não mais é para ser usada como o instrumento de injustiça, mas para ser esticada em atos de justiça, graça e verdadeira santidade; o pé não mais é para trilhar caminhos de loura, mas para andar no caminho dos mandamentos santos de Deus, e, finalmente, o homem total deve ser dedicado a Deus no poder do Espírito Santo.

E profundamente interessante ver que o óleo era colocado sobre o sangue da oferta pelos pecados. O sangue de Cristo é a base divina das operações do Espírito Santo.

O sangue e o óleo andam juntos. Como pecadores, nada podemos conhecer do último salvar com base no primeiro.

O óleo não poderia ter sido colocado sobre o leproso até que o sangue da oferta pelo pecado tivesse sido primeiro aplicado.

Em quem também depois de haverdes crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa. A exatidão divina do tipo evoca a admiração da mente renovada.

Quanto mais intimamente a sondamos, quanto mais da Escritura concentramos sobre ela, mais são percebidas e desfrutadas a sua beleza, força e exatidão, Tudo como deveria ser esperado, está na mais bela harmonia com a total analogia da Palavra de Deus. (Chafer, 2003, p.394)

O Espírito Santo é apresentado no Antigo Testamento, como óleo, em outras ocasiões, apontadas como circunstâncias tipológicas e que registram momentos ímpares para os cristãos:
Êxodo 40.10, 13,15- a unção do altar faz referência à morte de Cristo, a presença do Espírito Eterno naquele momento era imprescindível.

Ungirás também o altar do holocausto, e todos os seus utensílios; e santificarás o altar; e o altar será santíssimo […] E vestirás a Arão as vestes santas, e o ungirás, e o santificarás, para que me administre o sacerdócio. […] E os ungirás como ungiste a seu pai, para que me administrem o sacerdócio, e a sua unção lhes será por sacerdócio perpétuo nas suas gerações.

Isaías 61.1 – Arão, como sumo-sacerdote, precisava da unção para ser investido de autoridade e de poder para o serviço, da mesma forma que o nosso Cristo também recebeu a unção do Espírito para o exercício do seu ministério.

O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; (Is 61.1)

E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres.

Enviou-me a curar os quebrantados de coração, a pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor. (Lc 4.17-19)

I Samuel 10.1,6; 16.13 – no sistema de governo teocrático, os reis eram ungidos porque recebiam autoridade direta do Senhor sobre o povo:

Então tomou Samuel um vaso de azeite, e lho derramou sobre a cabeça, e beijou-o, e disse: Porventura não te ungiu o SENHOR por capitão sobre a sua herança? […] E o Espírito do Senhor se apoderará de ti, e profetizarás com eles, e tornar-te-ás um outro homem.

Então Samuel tomou o chifre do azeite, e ungiu-o no meio de seus irmãos; e desde aquele dia em diante o Espírito do Senhor se apoderou de Davi; então Samuel se levantou, e voltou a Ramá.

O óleo também era a fonte de luz do tabernáculo. Os israelitas não podiam deixar de providenciar óleo para as lâmpadas: “Azeite para a luz, especiarias para o óleo da unção, e especiarias para o incenso.” (Ex 25.6)

Assim deve ser a vida do cristão: caminhar na luz, na direção do Espírito Santo, permitindo que Ele ilumine a mente e o coração e, ao mesmo tempo, sendo luz, para que as pessoas vejam que o Espírito atua em nossa vida.

Este glorioso Espírito também é apresentado como o “óleo da alegria”: “por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais do que a teus companheiros.” (Sl 45.7).

Em Gl 5.22, a alegria, o gozo também é apresentado como uma das faces do fruto do Espírito e o seu poder sarador, curativo é citado em Mc 6.13:

” e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam.” (Mc 6.13 b).

Pearlman (2006, p. 235) destaca que “geralmente era usado como alimento, para iluminação, lubrificação, cura, e alivio da pele. Da mesma maneira, na ordem espiritual, o Espírito fortalece, ilumina, liberta, cura e alivia a alma.”

Chafer (2003, p.396), por sua vez, afirma que “os exemplos de referência a óleo no Antigo Testamento excedem em número aos do Espírito Santo […] há 175 referências ao óleo no Antigo e uma dúzia de exemplos no Novo Testamento.”

Até o momento pudemos verificar como o óleo atua na santidade, no processo de santificação, revelando o que está escondido, iluminando as mentes para compreender a Palavra, curando as enfermidades da alma e do corpo:

” Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir” (Jo 16:13).

Ao exortar os crentes sobre o perigo dos anticristos, o apóstolo João lembra os crentes que são dotados da unção do Espírito Santo e capazes de vencer os ardis de Satanás porque têm a unção do Santo e são capazes de discernir:

E vós tendes a unção do Santo, e sabeis todas as coisas. […] E a unção que vós recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis. (I Jo 2.20,27)

POMBA- a pomba que desceu corporalmente sobre Cristo, no seu batismo, também é um símbolo do Espírito Santo e sobre isto, o apóstolo João disse:

Este é aquele do qual eu disse: Após mim vem um homem que é antes de mim, porque foi primeiro do que eu. E eu não o conhecia; mas, para que ele fosse manifestado a Israel, vim eu, por isso, batizando com água.

E João testificou, dizendo: Eu vi o Espírito descer do céu como pomba, e repousar sobre ele. E eu não o conhecia, mas o que me mandou a batizar com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o Espírito, e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo. E eu vi, e tenho testificado que este é o Filho de Deus. (Jo 1.30-34)

Lucas também esclareceu-nos: “E o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como pomba; e ouviu-se uma voz do céu, que dizia: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo.” (Lc 3.22)

Como se pode observar, a pomba, como símbolo do Espírito Santo, também é mencionada pelos eruditos judeus, pois há uma tradição judaica traduz Gên. 1:2 da seguinte maneira.

“O Espírito de Deus como pomba pousava sobre as águas.” (Pearlman, 2003, p. 235).

Falar de pomba é mencionar o significado de brandura, amabilidade, inocência, doçura, paz, pureza e paciência. Quando destaca toda a amorosidade, mansidão e cultivo da paz próprios do Espírito Santo, McLean afirma:

A pomba é arquétipo da mansidão e da paz. O Espírito Santo habita em nós. Ele não toma posse de nós, mas nos liga a si mesmo com amor, em contraste às correntes dos hábitos pecaminosos.

Ele é manso e, nas tempestades da vida, produz paz. Mesmo ao lidar com os pecadores, Ele é suave, conforme se vê quando conclama a humanidade à vida, no belo porém tristonho apelo que se encontra em Ezequiel 18.30-32:

“Vinde e convertei-vos de todas as vossas transgressões, e a iniquidade não vos servirá de tropeço.

Lançai de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes e criai em vós um coração novo e um espírito novo; pois por que razão morreríeis…?

Porque não tomo prazer na morte do que morre, diz o Senhor Jeová; convertei-vos, pois, e vivei”. (Mc Lean, 1997, p. 389)

SUGESTÕES DE ATIVIDADES:

1.Sugerimos a leitura do Estudo Bíblico do Prof. Dr. Caramuru Afonso Francisco: O Espírito Santo e a Pomba que supera, de forma magistral, todos os estudos já apresentados sobre o tema. Não deixe de conferir.

2.Apresente versículos bíblicos contendo símbolos do Espírito Santo, peça para seus alunos identificarem o símbolo e comentar porque ele é importante na vida das pessoas, conforme foi orientado durante a aula. Lembre-se que os seus alunos precisam aprender a manejar corretamente as Escrituras. Daí a sugestão destes exercícios.

ESPÍRITO SANTO E POMBA

” Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele o permitiu. E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se Lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre Ele.” (Mt.3:15,16). (grifo nosso)

1.Pomba – símbolo bíblico do Espírito de Deus e que, portanto, tem algo a nos ensinar

-O texto é o fundamento da simbologia mais conhecida do Espírito Santo, que o trata como pomba.

-O Espírito Santo não é uma pomba, mas o fato de Jesus tê-lO visto como uma pomba, tem muita relevância e um propósito, até porque, embora os céus tenham sido abertos para Ele, a visão foi dada também a João (Jo.1:32).

A identificação do Espírito Santo como uma pomba, portanto, é um elemento que nos permite identificar Jesus Cristo e, na atual dispensação, a identificação de Jesus se dá através de nossa vida de comunhão com o Senhor (Mt.5:16 e Gl.2:20).

-Que significa, portanto, este símbolo ? Como devemos ser, se, realmente, o Espírito de Deus habita em nós (Jo.14:16,17; Rm.8:1) e somos filhos de Deus (Rm.8:9,14,16), então, devemos ter estas características da pomba, que são as características do Espírito de Deus.

2.Características da pomba

-A pomba é um animal vertebrado, da classe das aves, da ordem dos columbiformes e da família dos columbídeos.

-A pomba principal é a chamada “pomba doméstica”, cujo nome científico é “columba livia”, que, originariamente, era uma espécie selvagem, a chamada “pomba da rocha” ou “pomba brava”, espécie muito abundante, inclusive na Palestina, que tem este nome porque costumava aninhar e se esconder nas fendas das rochas, como hoje faz, nas grandes cidades, nas fendas dos edifícios e prédios construídos pelos homens.

-O fato de a pomba, originariamente, aninhar junto a rochas, esconder-se em rochas, fazendo da rocha a sua habitação, o seu esconderijo, já nos traz uma lição espiritual.

O Espírito Santo tem como única missão a glorificação do nome de Jesus (Jo.16:13,14), que é tipificado pela rocha (Ex.17:6 e I Co.10:4). Quem tem o Espírito de Deus, não fala de si mesmo, não se exalta, não se torna o centro das atenções, mas, a exemplo de Felipe, prega a Cristo (At.8:5)

-O comprimento médio de uma pomba é de 30 cm aproximadamente, ou seja, a pomba atinge a sua maturidade, a sua idade adulta, com esta medida.

Coincidentemente, Jesus tinha 30 anos quando iniciou o Seu ministério terreno, quando estava ponto e maduro para cumprir a missão que Lhe estava reservada desde o instante em que entrou no mundo (Hb.10:5-7).

O Espírito Santo, quando habita o crente, está aqui para, no momento querido por Deus, na forma determinada pelo Senhor, fazer com que a vontade de Deus se cumpra em nós. Jesus recebeu o Espírito quando tomou uma decisão que tinha sentido somente se vista sob o ângulo do cumprimento da justiça divina, da vontade de Deus.

O crente deve buscar o reino de Deus e a sua justiça (Mt.6:33). Temos de lavar os nossos pés na bacia de Jesus (Jo.13:8).

-O período de incubação de uma pomba é de 18 dias. Durante 18 dias, a pomba é apenas um embrião, é um ovo, que está em formação, imperceptível aos olhos dos demais seres, inclusive de sua mãe.

Do mesmo modo, Jesus passou 18 anos imperceptível aos olhos humanos, fora do conhecimento público, aguardando o momento de Se fazer conhecido.

Assim que foi batizado, já no dia seguinte, foi apresentado por João a todos como sendo “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo.1:29).

Quem é servo de Deus, sabe aguardar o momento certo de sua manifestação. Mesmo tendo consciência da chamada, mantém o período de incubação, não é precipitado, sabendo aguardar no tempo de Deus.

-Os filhotes das pombas passam um mês no ninho. Durante um mês, as pombinhas vivem na mais completa e absoluta dependência dos seus pais, como veremos logo abaixo, já que é um dos animais que não têm capacidade de se alimentar por si sós, embora não sejam mamíferos.

Isto nos mostra que o crescimento espiritual é um processo, não algo instantâneo e imediato. Faz-se preciso aguardar um tempo para que o crente, mesmo tendo nascido de novo, possa andar com as suas próprias pernas, possa ser independente e dirigir a sua vida espiritual.

Esta realidade, muitas vezes esquecida na igreja, é apresentada em diversas oportunidades, na Palavra de Deus (Lc.22:32; I Co.3:1,2; I Tm.3:6; Hb.5:12-14).

-A pomba foi um dos primeiros animais a ser domesticado. Há notícia de que, 3.000 anos antes de Cristo, os egípcios já domesticavam as pombas.

Isto nos demonstra que a pomba é um animal dócil, que tem uma capacidade de adaptação junto ao homem, que, podemos dizer, “compreende” o homem e seu modo de ser.

Assim também é o Espírito Santo, um ser divino que é amigo e companheiro do homem, que o compreende, bem mais do que o próprio homem, a ponto de interceder por nós junto a Deus (Rm.8:26).

O Espírito Santo é, a exemplo da pomba, um amigo, um companheiro da humanidade desde as mais priscas eras.

-A pomba é um animal de grande resistência. Os pombos-correios, com suas asas grandes, chegam a voar mais de 960 km.

Mesmo após a criação da radiodifusão, os pombos continuaram a ser utilizados, durante um bom tempo, pelos exércitos, pois, em meio a tempestades e fenômenos meteorológicos adversos, que interrompiam as comunicações via rádio, os pombos eram capazes de superar todos estes obstáculos e levar a mensagem aos destinatários.

De igual modo, o Espírito Santo é o grande resistente deste mundo. Enquanto aqui estiver resistindo, o adversário não conseguirá ter pleno domínio sobre este planeta (II Ts.2:7,8). Quando estamos sob o domínio do Espírito Santo, quando temos comunhão com Ele, resistimos ao diabo e ele foge de nós (Tg.4:7).

-A pomba tem um espantoso senso de direção. A pomba é um dos animais que mais senso de direção tem.

Com efeito, por causa deste incrível senso de direção, as pombas foram utilizadas, durante séculos, como meio de comunicação, levando mensagens a lugares distantes.

O Espírito Santo é o Ser que deve nos dirigir em todos os aspectos de nossa vida. Jesus, mesmo, dá-nos o exemplo, pois, assim que foi ungido pelo Espírito Santo, foi para o deserto, conduzido pelo Espírito Santo (Mt.4:1).

É imperioso que o crente tenha vida em comum com o Espírito de Deus, o que ocorrerá somente se formos sinceros e autênticos filhos de Deus (Rm.8:1, 14-16).

O obreiro precisa sempre estar sob a direção do Espírito Santo, mesmo que isto possa parecer um revés num primeiro instante, somente nesta direção se terá vitória (At.16:1-10).

-A pomba passou a ser valorizada pelo sabor da sua carne. As pombas também passaram a ser consideradas, em especial no Oriente, como uma grande iguaria, um prato apreciado.

O Espírito Santo, em Seu contacto contínuo com o homem, faz com que o ser humano passe a apreciar o alimento espiritual, que é a Palavra de Deus.

Uma vida de comunhão com o Espírito Santo leva o homem a querer, cada vez mais, aprofundar-se no conhecimento das Escrituras, bem ao contrário do que os propagadores do anti-intelectualismo têm dito no meio do povo de Deus.

Como o Espírito Santo fala de Jesus, que é a Palavra (Jo.1:1), quando passamos a ter intimidade com Ele, certamente iremos ter disposição e ânimo cada vez maiores para examinar as Escrituras, pois são elas o registro mais fidedigno a respeito do Senhor Jesus (Jo.5:39).

-A pomba também passou a ser valorizada pela sua beleza decorativa. Há, atualmente, três tipos de pombas domésticas: as que são criadas para o abate, os pombos-correio e as chamadas pombas ornamentais, criadas por suas qualidades decorativas.

As pombas ornamentais são criadas por causa de seu canto, por suas habilidades acrobatas ou de vôo, ou pela sua beleza.

Bem se vê que, nos últimos tempos, notadamente no Ocidente, onde a pomba não é tão apreciada como alimento, o uso da pomba como decoração é cada vez mais intenso.

Assim como a pomba serve para embelezar o ambiente em que se está, o Espírito Santo tem uma função de adornar e enfeitar a igreja de Cristo para o dia do arrebatamento, através dos dons espirituais.

É em razão deste trabalho do Espírito Santo que a igreja é apresentada como uma noiva ataviada para o seu marido (Ap.21:2).

Vivemos, certamente, o período da chuva temporã, aquela chuva que caía na Palestina um pouco antes da colheita, cuja ocasião fazia terminar o ano civil, com a realização da Festa dos Tabernáculos.

O Espírito Santo está sendo derramado intensamente desde o final do século XIX e já vivemos o maior período de avivamento da história da igreja, a mostrar que estamos próximos do final do “ano aceitável do Senhor”, de que a colheita, que é o arrebatamento da Igreja, está bem próximo.

Assim, o Espírito Santo tem adornado a igreja, distribuindo, como nunca antes na história do corpo de Cristo, dons espirituais entre os Seus servos, decorando, enfeitando e adornando a Noiva do Cordeiro.

Assim como as pombas ornamentais são criadas por seu canto, o Espírito Santo tem desenvolvido, na igreja, a verdadeira música sacra, que enleva a alma do homem e já nos faz sentir na glória, bem como tem mostrado o Seu poder na luta contra o mal, tendo realizado verdadeiras acrobacias e demonstrações de soberania divina no embate diário dos crentes contra as hostes espirituais da maldade.

-A pomba é um animal prolífero. A fêmea dá seis ninhadas por ano, sendo postos dois ovos de cada vez. O Espírito Santo, assim como a pomba, é prolífero, gerando, nos crentes, um fruto todo especial, que é abundante e duradouro (Gl.5:22; Jo.15:16).

Quem tem o Espírito Santo, não pode ser infrutífero, pois quem é infrutífero desagrada a Jesus, o que é impossível ocorrer com quem tem intimidade e está sob o domínio do Espírito (Lc.13:6-9; Mt.21:18-22).

-A pomba é um animal simples. Esta característica foi apresentada pelo próprio Jesus em Mt.10:16.

As pombas não são exigentes, acostumando-se com qualquer ambiente, tanto que, não raras vezes, são o animal doméstico mais abundante em muitas cidades, consideradas por alguns como verdadeiras pragas, dada a sua capacidade de adaptação.

Alimentam-se de trigo, cevada, aveia e milho. O Espírito Santo também é simples, embora muitos tentem complicar e tornar Sua atuação como algo extremamente complexo.

Entretanto, por anunciar a Cristo, o Espírito Santo não Se aparta da simplicidade que há em Jesus (II Co.11:3).

As operações do Espírito Santo são divinas, sobrenaturais, mas nunca deixaram de ser simples. Fujamos de todo e qualquer instante de complexidade, porque isto não vem do Espírito.

-O aparelho digestivo das pombas é um tanto diferente do das demais aves. As pombas não produzem “fel”, ou seja, o líquido do fígado que é responsável pela digestão de alimentos gordurosos, o que faz com que as pombas evitem esta espécie de alimento.

O “fel”, que corresponde à nossa bílis, é um líquido amargo e, por não os possuir, as pombas são tidas como símbolo de doçura, ternura e meiguice, daí porque ter se tornado o símbolo da paz.

O Espírito Santo é, também, um Ser dócil, terno, meigo, sensível e que traz paz ao homem, pois anuncia e glorifica o Príncipe da Paz.

Quem está sob o domínio do Espírito Santo não tem, em si, raiz de amargura, cuja presença fará, certamente, que se perca a graça de Deus na vida (Hb.12:15).

Quem está sob o domínio do Espírito Santo, é pacificador, promove a paz, não gerando dissensões, divisões ou contendas.

-Os filhotes das pombas são alimentados com ” leite de pomba”. Exatamente em virtude da estrutura digestiva das pombas, os filhotes, na sua tenra idade, não podem ser alimentados diretamente como fazem as outras aves.

As pombas fêmeas produzem na mandíbula inferior uma substância que é dada aos filhotes, que foi chamada de “leite de pomba”.

Trata-se uma substância produzida no próprio interior da mãe, ou seja, o alimento é algo que vem da mãe, não sendo dado nada estranho aos filhotes.

Do mesmo modo, o Espírito Santo não alimenta a igreja com fogo estranho, com algo alheio à Palavra de Deus.

A igreja é alimentada pelo “leite de pomba”, pelas Escrituras Sagradas, pelo Verbo de Deus, pelo pão da vida (Jo.6:35,48).

Um exemplo disso temos no próprio dia de Pentecoste, pois Pedro, assim que batizado, já buscou a autoridade das Escrituras, para explicar o que estava acontecendo.

As genuínas manifestações do Espírito de Deus valorizam e trazem a Palavra de Deus ao povo, não o misticismo ou ensinos que contradizem ou menosprezam a Bíblia.

-As pombas são apontadas como símbolo da persistência. Na literatura, a pomba, ao mesmo tempo que é apresentada como símbolo da paz, da ternura e da meiguice, também é vista como símbolo da persistência.

No conhecido poema de Raimundo Correia, um dos três principais sonetistas brasileiros, ” As Pombas” é feito um paralelo entre a pomba e o sonho humano.

Enquanto os sonhos humanos se desfazem, nunca mais retornam, as pombas, diariamente, retornam para os pombais. Este poema traz-nos, também, uma realidade espiritual.

Quem está sob o domínio do Espírito Santo, quem nasce da água e do Espírito prevalece, vence o mundo, o pecado e a morte.

Quem, porém, não nasceu do Espírito, nasceu da carne, é apenas um iludido, não teve um real encontro com o Senhor, não O conhece e sofrerá a condenação eterna. (Mt.7:22,23).

Precisamos ser convencidos pelo Espírito Santo e, assim, gerados de novo, para que sejamos participantes da natureza divina (II Pe.1:4).

-As pombas – Raimundo Correia

Vai-se a primeira pomba despertada…
Vai-se outra mais…mais outra…enfim dezenas De pombas, vãos dos pombais, apenas
Raia sangüínea e fresca a madrugada

E, à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais de novo, elas, serenas, Ruflando as asas, sacudindo as penas, Voltam todas em bando e em revoada…

Também dos corações onde abotoam, Os sonhos, um por um, céleres voam, Como voam as pombas dos pombais;

No azul da adolescência, as asas soltam, Fogem… Mas aos pombais as pombas voltam E eles, aos corações, não voltam mais…

-As pombas arrulham, ou seja, entoam um canto característico, que soa como um lamento contínuo, à meia-voz, terno e doce, um gemido.

Não é à toa que o profeta Isaías afirma que os pecadores gemem como pombas (Is.59:11), por ser o som característico deste tipo de animal.

“Arrulho” ter como significado, em nossa língua, murmúrio, gemido, palavra de amor. Arrulho também é usado para designar as toadas para adormecer crianças, significando, portanto, acalanto, bem como é utilizado com o significado de meiguice, carícia e ternura.

A palavra hebraica para pomba, yônah, segundo os estudiosos, está diretamente relacionada com o tipo de canto desta ave, pois sua raiz seria uma imitação do som emitido pela pomba.

O Espírito Santo, também, é um ser que geme (Rm.8:26), mas Seu gemido é, precisamente, este acalanto, esta canção de ninar que nos confere calma, segurança e tranqüilidade, pois, como verdadeiros bebês, somos mantidos seguros e protegidos nos braços do Senhor (Jo.6:37; 10:28,29), debaixo da Sua sombra (Sl.91:1).

Nos braços e sob a proteção do Espírito estaremos até o dia em que formos entregues, como Noiva, para o Noivo, nas nuvens celestiais !

REFERÊNCIAS:

CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática. Pneumtologia. São Paulo: Hagnos, 2003, v.6, p.347-623.
McLEAN, Mark D, O Espírito Santo. In: HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. 3.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1997, p.383- 409.
PEARLMAN, Myer. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. São Paulo: Vida, 2006.

Profª. Amélia Lemos Oliveira

Fonte: https://www.portalebd.org.br/classes/juvenis/9852-licao-3-os-simbolos-do-espirito-santo-i

Vídeo: https://youtu.be/ii-uEsVjDug

Deixe uma resposta

Descubra mais sobre Iesus Kyrios

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading