JUVENIS – LIÇÃO Nº 8 – UMA VISÃO BÍBLICA CONTRA O CORPO
Aprendemos, na lição anterior, que o Criador de todas as coisas é o nosso Deus. Ora, se Ele é o Criador de algo tão maravilhoso como o Universo e o Ser Humano, é imprescindível que estabeleça as regras.
O ato de agir e declarar como o movimento feminista dizendo que o corpo nos pertence e, por isto, estabelecemos as regras, é o reflexo de uma nação distanciada do Senhor, que não reconhece o senhorio divino.
Biblicamente, temos a convicção de que fomos gerados por nosso Deus e formados, em cada detalhe, no ventre de nossa mãe.
O Senhor estava lá, cuidando de nós para que todos os detalhes fossem perfeitamente trabalhados.
Quem já não ficou extasiado diante de um bebê e, até mesmo, declarou: como pode um ser tão perfeitamente formado em nove meses ser gerado dentro de um outro ser humano, sem nenhuma interferência dele?
Não se trata de obra do acaso, mas da poderosa mão do Criador atuando maravilhosamente para que aquele corpo fosse gerado com todas as suas competências no presente e no futuro.
O Espírito de Deus me fez; e a inspiração do Todo-Poderoso me deu vida. (Jó 33.4)
Pois possuíste os meus rins; cobriste-me no ventre de minha mãe. Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.
Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui feito, e entretecido nas profundezas da terra.
Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia. (Sl 139. 13-16)
Sendo assim, fomos criados para pertencer ao Senhor, para louvá-lO, engrandecer o Seu nome e o nosso corpo é o veículo pelo qual onde todo este louvor se concretizará:
“A todos os que são chamados pelo meu nome, e os que criei para a minha glória: eu os formei, e também eu os fiz” (Is 43.7)
O Senhor é bom, é fiel, concede-nos tudo o que precisamos para sobreviver no planeta Terra, supre as nossas carências espirituais e emocionais. Tudo o que temos e somos vem dEle, tudo o que fizemos é para Ele, para Sua glória e para o Seu louvor:
“Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! […] Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente.” (Rm 11.33,36)
Não tenho palavras
Pra agradecer Tua bondade Dia após dia, me cercas Com fidelidade
Nunca me deixes esquecer Que tudo o que tenho
Tudo o que sou, o que vier a ser Vem de Ti, Senhor
Dependo de Ti, preciso de Ti Sozinho nada posso fazer
Descanso em Ti, espero em Ti Sozinho nada posso fazer
(Disponível em: https://www.letras.mus.br/diante-do-trono/66180/. Acesso em 16 nov.2024)
O Senhor nos deu um corpo sadio para que, por meio dele, pudéssemos exercer as nossas faculdades mentais e nos desenvolvermos com plenitude.
Ou quem não se lembra do provérbio grego: “mens sana in corpore sano” (mente sadia num corpo sadio)? Para servirmos bem a Deus, é preciso termos consciência de que somos mordomos deste corpo, responsáveis por ele.
O corpo é nosso, mas as regras são de Deus e precisamos segui-las, pois em nosso corpo o Senhor habita, haja vista que ele é comparado ao tabernáculo que será transformado num corpo glorioso:
Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus.
E por isso também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu; Se, todavia, estando vestidos, não formos achados nus. Porque também nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos carregados; não porque queremos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida. (II Co 5.1-4)
Sabendo que brevemente hei de deixar este meu tabernáculo, como também nosso Senhor Jesus Cristo já mo tem revelado. (II Pe 1.14)
No momento, somos dotados de um corpo perecível, uma habitação móvel que nos acompanha apenas na caminhada neste mundo, mas aponta apenas para a perenidade, para o que é passageiro.
No entanto, o que podemos aprender acerca do tabernáculo em relação ao nosso corpo?1.
O tabernáculo era uma construção móvel que sempre estava em movimento, pois o povo se dirigia à Terra Prometida.
Nosso propósito, tal como diz os apóstolos Paulo e Pedro é sermos revestidos da nossa nova habitação e deixar este tabernáculo para habitar na Canaã Celestial.
2.Foi utilizado apenas num período da História de Israel, haja vista que foi substituído por algo muito mais glorioso, como o templo de Salomão.
Nós teremos nosso corpo transformado por um corpo glorioso: “E os sacerdotes não podiam permanecer em pé para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do Senhor enchera a casa do Senhor.” (I Rs 8.11) “Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,
Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.” (Fp 3.20,21)
3.A Bíblia diz que o corpo humano foi formado do pó da terra. Neste aspecto, a Palavra de Deus confirma a Ciência, pois já foi constatado cientificamente que há dezoito elementos integrantes do universo físico que fazem parte da composição do corpo humano:
Mais ou menos
72% de oxigênio,
14% de carbono,
9% de hidrogênio,
5% de nitrogênio;
os restantes 3,5% se compõem de pelo menos mais 15 elementos como
cálcio,
fósforo,
potássio,
enxofre,
sódio,
cloro, e
vestígios de iodo, cobre, zinco etc.
Não existe no corpo humano qualquer elemento químico que também não possa ser encontrado na terra.
Eis a razão porque disse o Criador: “ […] até que te tornes à Terra; porque dela foste tomado; porquanto é pó e pó te tornarás (Gn 3.19 b).
Somente o oxigênio se encontra no corpo em sua condição elementar; os demais elementos estão em combinação com outros e é impossível separá-los.
Um químico inglês, depois de analisar o corpo humano cuidadosamente, chegou à curiosíssima conclusão:
“Se os elementos do corpo humano pudessem ser separados, fabricaríamos os seguintes objetos: com a gordura, sete sabonetes; com o fósforo, uma caixa de fósforos; com o potássio, tirar uma fotografia normal; com o açúcar, adoçar uma xícara de café; com o ferro, fazer um prego; enfim o valor (segundo este cálculo) químico é de aproximadamente um dólar. (SILVA, 1988, p.62-63)
4.Porque é feito do pó da terra, nosso corpo a ela retornará, por ocasião da nossa morte. Se formos arrebatados antes, ainda vivos, será transformado num corpo glorioso:
Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.
Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. (I Co 15. 51-53)
É por isto que procuramos fazer a vontade de Deus sem dar ocasião para que pensamentos e desejos pecaminosos se manifestem com o fim de satisfazer a natureza pecaminosa. Atender os desejos da carne é viver na superficialidade, apenas na dimensão terrestre e passageira, sem importar-se com o que é eterno.
5.Tornamos a dizer, o Deus que formou o corpo estabelece as regras de uso deste corpo, ou seja, como poderemos administrá-lo à luz das Escrituras.
Sendo assim, não podemos admitir o pensamento falacioso de que Deus só quer o coração e de que tudo aquilo que se refira ao corpo é irrelevante e não interfere em nossa comunhão com Deus.
O corpo tem um papel em nossa adoração a Deus e sempre está envolvido quando é necessário verificar se homem está servindo fielmente ao Senhor. É o corpo que exterioriza o homem interior: “O coração alegre aformoseia o rosto, mas pela dor do coração o espírito se abate.” (Pv 15.13)
6.Foi no tabernáculo recentemente inaugurado, no deserto, que a glória de Deus se manifestou, manifestação presente no fogo (durante a noite) e na nuvem (durante o dia), como sinal de que o Senhor estava com Seu povo. Assim, também, aconteceu na inauguração do Templo de Salomão. Sendo assim, é primordial que a glória do Senhor também se manifeste em nosso corpo.
Então a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo; De maneira que Moisés não podia entrar na tenda da congregação, porquanto a nuvem permanecia sobre ela, e a glória do Senhor enchia o tabernáculo.
Quando, pois, a nuvem se levantava de sobre o tabernáculo, então os filhos de Israel caminhavam em todas as suas jornadas.
Se a nuvem, porém, não se levantava, não caminhavam, até ao dia em que ela se levantasse; Porquanto a nuvem do Senhor estava de dia sobre o tabernáculo, e o fogo estava de noite sobre ele, perante os olhos de toda a casa de Israel, em todas as suas jornadas. (Ex 40. 34-38)
E sucedeu que, saindo os sacerdotes do santuário, uma nuvem encheu a casa do Senhor. E os sacerdotes não podiam permanecer em pé para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do Senhor enchera a casa do Senhor. (I Rs 8.10-11)
Nosso corpo é composto de elementos materiais, tal como o tabernáculo no deserto e o Templo de Salomão, os quais se tornaram receptivos para a glória, para o recebimento do Espírito.
A Trindade vem habitar naquele a receber, permitir que a glória de Deus nele habite: “Jesus respondeu, e disse-lhe:
Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada.” (Jo 14.23); “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.” (Ap 3.20)
7.Se o nosso corpo é templo do Espírito Santo e Ele age por meio de nós, todos estarão atentos às nossas obras e glorificarão o Pai Celestial que está nos céus.
Tudo o que fizermos por meio do nosso corpo será alvo do julgamento no Tribunal de Cristo : “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.” (II Co 5.10)
8.Muitos crentes têm sido displicentes com sua vida espiritual e com suas atitudes, haja vista que elas manifestam o homem interior e se exteriorizam no corpo.
É neste templo (o corpo) que os homens verão se somos direcionados pelo Senhor, se o Espírito Santo em nós habita, se produzimos o fruto do Espírito Santo etc.
É no corpo que vão se manifestar as vicissitudes (instabilidades), as limitações, os conflitos, as incertezas, os medos, as raivas, as paixões, a fé, a incredulidade etc. e todos constatarão se somos o sal da terra para salgar ou luz para iluminar: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5.16)
Mas se estivermos fazendo mau uso de nosso corpo e escandalizando o nome do Senhor que pregamos: “Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.” (Mt 5.13)
9.O tabernáculo era um local caracterizado pela discrição. Vivemos na era dos mega-templos, caracterizados pela beleza.
São construções magníficas que despertam a atenção de todos, mas o tabernáculo, por sua vez, não causava admiração, porque não era dotado de esplendor.
Sua cobertura era de teixugo, um onívoro que tem pelagem cinzenta, um couro cinza que não chamava atenção. Isto mostra que, também, precisamos ser discretos no modo de cobrir o nosso corpo. Algumas pessoas dão mais importância à aparência e à satisfação das necessidades imediatas do corpo: “Não andeis, pois, inquietos, dizendo:
Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? Porque todas estas coisas os gentios procuram. Decerto vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; “ (Mt 6.31-33) esquecendo-se de que as pessoas nele precisam ver a manifestação da glória de Deus, pois “É necessário que ele cresça e que eu diminua.” (Jo 3.30)
10.O corpo não pode ser o alvo de nossa vida, muitos estão cultuando o corpo de tal forma que passam mais tempo envolvidos com dietas e exercícios físicos, viciados em academias de ginástica, que terminam por abandonar compromissos importantes na vida.
É fundamental praticar exercícios e fazer dieta. O problema está no momento que se torna um vício, quando as pessoas começam a usar roupas justas demais para deixar este corpo exposto, quando começam a usar transparências etc. “Livra-te desse compromisso como a gazela das mãos do caçador, como a ave da armadilha que a pode prender” (Pv 6.5).
A Palavra do Senhor recomenda a todos e, principalmente, aos jovens que não apresentam receio de buscar tais recursos para ter um corpo perfeito e ser atraente, tendo em vista que vivemos numa sociedade na qual a aparência é o principal cartão de visitas.
Alguns chegam até a usar medicamentos injetáveis, sem receio de trazer danos à saúde. O apóstolo Pedro assim aconselha: “Considerando a vossa vida casta, em temor.
O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de joias de ouro, na compostura dos vestidos; Mas o homem encoberto no coração; no incorruptível traje de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus.” (I Pe 3. 2-4)
O padrão quase ditatorial da suprema perfeição do corpo, mídias, atores, revistas e supermodelos, fazem o marketing dessa ideologia; Alguns desses são esculturais no exterior, sendo que no interior é “oco”, vazio, incompleto; o culto ao corpo não produz uma felicidade verdadeira (Pedro 2:11).
A verdade é que grande maioria deles são doentes que necessita de cura, prova tanta que quem pratica tal culto, também pratica os desejos da carne, tornando-se escravo de paixões abomináveis (1 Coríntios 6:18).
Braço, perna, coxa, barriga; Não é pecado fazer academia, praticar esportes adquirindo assim saúde ao corpo, porém amar o corpo é pecado, você esta o adorando, o glorificando, o exaltando; no “altar” não está Jesus e sim o corpo, Paulo diz: “Irmãos, que o pecado não reine mais em vosso corpo mortal, levando-vos a obedecer às suas paixões” (Romanos 6.12).
A CULTUALIDADE ao corpo no mundo antigo, os gregos espartanos contribuíram para o corpo perfeito e essa prática é uma realidade hoje; não por fins de guerrilha, mas muitas vezes contribui para o ego ou vaidade, o pregador já dizia: “vaidade, tudo é vaidade”, de fato à busca pelo corpo ideal tem aflorado doenças tais como bulimia, anorexia, transtornos depressivos, problemas de autoestima, tudo isso ocorre por que o corpo é endeusado; eles adoram mais o seu próprio corpo do que o Deus criador.
(Nolasco, Disponível em: https://www.espacopregador.com/2017/02/o- culto-ao-corpo.html. Acesso em 16 nov. 2024.)
11. O salvo não vive segundo o curso deste mundo e o seu propósito maior é glorificar a Cristo por meio de suas ações e de seu corpo.
Sendo assim, ele deve fazer esta diferença: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” (Rm 12.1).
Uma conduta correta envolve santificação, culto constante, modéstia cristã. O cristão não é adepto dos inúmeros serviços de beleza estética (que trarão prejuízos e são desnecessários); nem manipulado pela indústria da moda, gastando inutilmente com roupas. Precisa buscar o reflexo da glória de Deus em sua vida.
O seu brilho está na beleza espiritual, que é visível a todos que compartilham de sua amizade.
12.
Nosso corpo aguarda a redenção e, neste momento, terá uma beleza, jamais imaginada. Todas as imperfeições (que vemos como imperfeições), os traços pessoais de nosso corpo sumirão e darão lugar ao corpo glorioso, jamais visto:
“Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora. E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo.” (Rm 8.22,23).
É por isto que procuramos viver uma dimensão de vida espiritual, permitindo que nosso corpo seja um lugar de adoração. Não estamos neste mundo para adorar o que é material, porque Deus é espírito e importa que seja adorado em espírito por meio de nosso corpo.
13.Quem vive no Espírito e produz o fruto do Espírito não dá ocasião à carne, ou seja, à natureza pecaminosa.
Muitos se envolveram com a prostituição e a imoralidade, achando que deviam desfrutar dos prazeres do corpo e, por fim, tiveram que sofrer no próprio corpo as consequências de sua má escolha. Muitas DSTs têm surgido e trazido males aos que se portaram de modo arrogante e rebelde diante de Deus, vivenciando a sexualidade de forma contrária às Leis do Senhor.
Uma das mostras desta arrogância está exatamente na forma de conduta sexual, nos pecados contra o corpo, na massificação da ideologia da homoafetividade, transexualidade, dos therians (pessoas que sentem ligação com algum animal e se identificam como o bicho em questão).
Diante de Deus, a pergunta de tais pessoas seria: Por que me fizeste assim? Queria ser outra coisa e não isto que sou. “Ai daquele que contende com o seu Criador! o caco entre
outros cacos de barro! Porventura dirá o barro ao que o formou: Que fazes? ou a tua obra: Não tens mãos?” (Is 45.9)
14.Dar ocasião à carne é viver no descontrole da alimentação. Quando Deus criou o homem, colocou, à sua disposição, apenas alimentos saudáveis, tais como verduras, legumes e frutas. Depois o homem aprendeu a comer carne e o Senhor permitiu.
Com o largo passar dos anos, foram surgindo os alimentos industrializados, com alto teor de gordura e temperados de tal modo que despertam o apetite para serem cada vez mais consumidos.
No entanto, há uma certa despreocupação com a dieta, dando-se atenção aos alimentos mais calóricos que, com o passar do tempo, trazem males ao aparelho digestivo, podem causar doenças no coração, hipertensão, diabetes etc. Sendo assim, precisamos, desde a juventude, desenvolver hábitos alimentares saudáveis.
15. A falta de vigilância e de cuidados permite que as pessoas deem ocasião às impurezas da carne (à natureza pecaminosa), contaminando o templo do Espírito Santo.
Diante disto, o apóstolo Paulo recomenda: “Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus.” (II Co 7.1).
Uma das práticas que a Bíblia condena veementemente é masturbação. Muitos a consideram como uma prática normal, um momento de alívio da energia sexual (a libido).
No entanto, a Bíblia condena a prática do sexo fora do contexto do casamento e sem o cônjuge. Não se pratica sexo sozinho e fora do casamento, sem o cônjuge. (repetindo) Devemos orientar os nossos jovens e os membros da igreja quanto a esta prática.
Precisamos entregar nossas fraquezas da carne ao Senhor para que Ele nos fortaleça e não nos tornemos escravos da natureza pecaminosa, contaminando as mãos e a mente.
A ciência procura provar que a masturbação não prejudica nossa mente, nossa vida e nem a nossa sexualidade, até retira parte da timidez. Mas esta prática é imoral e prejudica a vida espiritual. A pessoa fricciona e manipula seus órgãos genitais para obter sensações diferentes, mas esta prática conduz às perversões, o que não condiz com o salvo que vive em santificação e seu maior desejo é habitar com o Senhor.
A masturbação pode se tornar um vício e a pessoa torna-se adepta da auto excitação, dificultando o seu relacionamento no casamento, pois se acostumou a praticar sexo sozinha. Tal vício pode torná-la infeliz e solitária, haja vista que este dano pode ser irreversível.
Deus dotou as pessoas de energia sexual, mas não é bom que o homem viva só. Ele não deve buscar a auto-satisfação.
Na esfera do casamento, o cônjuge deve buscar satisfazer o outro, conceder prazer ao outro. Isto não funciona para os jovens. Apenas para os casados. Por isto que a masturbação é “carta fora do baralho”. Prejudica a mente, a vontade e as emoções da pessoa. O servo do Senhor não precisa de válvula de escape para se livrar da energia sexual, porque Deus já providenciou. Alguém já ouviu falar em polução noturna?
Quando os rapazes (provavelmente a partir dos 13 a 14 anos) estão dormindo, sonham de forma bem específica, são sonhos interessantes que os surpreendem e, ao acordarem, assustam-se, porque estão molhados. Nesta fase, eles já estão eliminando esperma. O organismo produz as células e ele precisa eliminá-las.
Deus provê os sonhos e ele os elimina, sem precisar de masturbação e de prática sexual. Trata-se de uma lei do Criador para suprir uma necessidade fisiológica. Não há necessidade do pecado para atender ao impulso sexual. O casamento virá quando estiver maduro, tendo condições de sustentar uma família.
Pode o corpo pecar? Não! O corpo por si mesmo não tem poder algum. Porém, há uma lei que opera sob a força do pecado adâmico em todos os homens.
Essa é a lei do pecado, que opera sobre os membros do corpo para pecar (Rm 6. 6-23). Deus estabeleceu leis físicas para mordomia do corpo. Essas leis físicas governam o universo e a vida física de cada pessoa.
Porém, essas leis não governam isoladamente no corpo. Elas são regidas por leis superiores da alma e do espírito, e são denominadas de instintos naturais.
Esses instintos (ou leis) são os impulsos naturais colocados pelo Criador no ser humano, capacitando-o para originar e preservar a vida natural. São os instintos da alta preservação, da aquisição, da fome e da sede, da procriação e do instinto de domínio ou posse.
Que significa pecar contra o corpo? Significa transgredir as leis que regem o funcionamento normal do corpo (I Jo 3.4).
O pecado manifesta-se no corpo através das cinco faculdades ou sentidos (visão, audição, olfato, paladar e tato).
Essas faculdades do corpo são distintas umas das outras e exercem funções sob o comando da alma e do espírito. […] Esses instintos se manifestam mediante a alma racional do homem.
Eles são os canais do corpo pelos quais se pode pecar. Naturalmente, os canais físicos pelos quais entra o pecado na vida de uma pessoa são os seus instintos naturais, e esses instintos não são elementos do pecado, mas são usados e influenciados pelo poder do pecado. (Cabral, 2003, p.60)
O nosso corpo é provido de canais que favorecem o pecado. Os olhos foram o canal para a entrada do pecado no mundo e até mesmo Jó demonstrou a necessidade do cuidado com os olhos para não pecar:
“Fiz aliança com os meus olhos; como, pois, os fixaria numa virgem?” (Jó 31.1). Precisamos ter cuidado com a doutrina (ensino) que ouvimos, pois contamina todo o nosso ser, desviando-nos dos caminhos do Senhor:
“Então compreenderam que não dissera que se guardassem do fermento do pão, mas da doutrina dos fariseus.” (Mt 5.12) O olfato pode nos inebriar e convencer-nos à proximidade de alguém que está preparando uma cilada:
Por isto saí ao teu encontro a buscar diligentemente a tua face, e te achei. Já cobri a minha cama com cobertas de tapeçaria, com obras lavradas, com linho fino do Egito. Já perfumei o meu leito com mirra, aloés e canela.
Vem, saciemo-nos de amores até à manhã; alegremo-nos com amores. (Pv 7.15-18)
O paladar da mulher estranha é diferenciado, a suavidade o torna atraente:
“ Porque os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu paladar é mais suave do que o azeite.” (Pv 5.3).
O tato é outro aspecto do corpo com o qual o jovem precisa tomar cuidado, porque pode ser infectado: ”
Porventura tomará alguém fogo no seu seio, sem que suas vestes se queimem? Ou andará alguém sobre brasas, sem que se queimem os seus pés?” (Pv 6.27,28)
O indivíduo, em sua formação, é composto de ESPÍRITO, ALMA e CORPO. Deus nos criou assim, dotados de competências que nos capacitam a relacionarmo- nos melhor com o mundo exterior e as pessoas que dele fazem parte (corpo), a relacionarmo-nos conosco mesmos (alma) e relacionarmo-nos com Deus (Espírito).
Por meio do corpo, o homem se relaciona com o seu espaço geográfico através dos órgãos dos sentidos: visão, audição, tato, olfato, paladar. São as sensações que lhe permitem conhecer melhor o seu espaço e atribuir significado.
A alma, por sua vez, nos possibilita compreender que somos diferentes uns dos outros, conhecermos a nós mesmos, expressarmos nossos sentimentos, fazermos considerações para obter entendimento e declarar a nossa vontade, fruto do livre-arbítrio. Estes elementos caracterizam a nossa personalidade, que vem de “persona” (do latim, pelo som) que significa “pessoa”.
Nossa alma nos especifica, aponta o que nos torna diferente dos outros. É através do corpo que as pessoas veem como é a nossa alma, pois ela nos torna conhecidos dos homens.
Deus não precisa de nenhuma manifestação corporal para nos conhecer, porque Seus olhos prescrutam o homem interior:
“Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.” (I Sm 16.7)
“E não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque Ele bem sabia o que havia no homem” (Jo 2.25)
A alma humana deve estar sob o comando do Senhor, não adianta pensar em esconder algo dele, pois Ele bem sabe o que há em nós: nosso temperamento, limitações, pensamentos.
O salmista pediu para o Senhor sondá-lo, ver se havia nele algum caminho mau (e corrigi-lo) para guiá-lo por caminho eterno.
SENHOR, tu me sondaste, e me conheces. Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento.
Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos. Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó Senhor, tudo conheces.
Tu me cercaste por detrás e por diante, e puseste sobre mim a tua mão. Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não a posso atingir. […] Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno. (Sl 139. 1- 6, 23-24)
Todas as almas são do Senhor (Ez 18.4) e por causa deste pertencimento ao nosso Deus, de total entrega a Ele, que apresentamos nossos sentimentos bons ou ruins, nossos saberes, nossas vontades para que Ele direcione, porque nossa vida pertence a Ele, foi o sopro do Todo-poderoso que nos fez, foi a Sua Palavra que nos deu vida e nos formou no ventre de nossa mãe. Somos dEle, vivemos para Ele, moraremos eternamente com Ele, a razão de nossa vida é Ele….
Não há outro caminho. O próprio Cristo nos recomendou a renunciarmos ao nosso EU para seguirmos Aquele que tem pleno controle de nossa vida, que tomou a iniciativa e entregou-se por nós na cruz do Calvário. Por que recusaríamos tal convite de entregarmos todo o nosso ser ao Salvador?
SUGESTÕES DE ATIVIDADES:
Sugerimos um questionário que você pode entregar aos alunos para que eles respondam e se atribuam a pontuação. Servirá para auto-reflexão.
Que eles sejam honestos sobre si mesmos e não precisam mostrar as respostas.
Questões Sim Não Às vezes Costumo beber, no mínimo, dois litros de água por dia.
Tenho o hábito de comer mais de uma fruta por dia.
Gosto de comer salada verde.
Procuro ingerir legumes nas minhas refeições.
Evito assistir vídeos que contenham imagens eróticas.
ouço música secular, apenas música cristã.
De vez em quando como um lanche do Mc Donalds.
Prefiro tomar suco natural.
Evito passar o tempo todo malhando na academia.
Gosto de usar roupas bem discretas.
Uso as roupas que ficam bem em mim. Nem sempre sigo a moda.
Durmo, no mínimo, oito horas por noite.
Costumo compartilhar minhas fotos de vez em quando.
Tenho um bom relacionamento com meus pais.
Frequento constantemente minha igreja e sirvo a Deus.
Pontuação:
Sim- 3 pontos; Não- 1 ponto; Às vezes- 2 pontos
O próprio aluno pode fazer a sua contagem de pontos.
REFERÊNCIAS:
CABRAL, Elienai. Mordomia Cristã: aprenda como melhor servir a Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
RODRIGUES, Rev. Welfany Nolasco. O culto ao corpo. https://www.espacopregador.com/2017/02/o-culto-ao-corpo.html. Acesso em 16 nov. 2024.
SILVA, Severino Pedro. O homem – corpo, alma e espírito: a natureza humana explicada pela Bíblia. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.
Profª. Amélia Lemos Oliveira
Fonte: https://www.portalebd.org.br/classes/juvenis/11024-licao-8-uma-visao-biblica-contra-o-corpo-i
Vídeo: https://youtu.be/Xc90GnkyEgw