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JUVENIS – LIÇÃO Nº 9 – DEUS LEVANTA PROFETAS

O vocábulo “profeta” é de origem grega e significa “aquele que fala por alguém”. Os profetas são as pessoas que falam por Deus, podendo, ou não, predizer o futuro.

No hebraico, três são as palavras utilizadas para profeta, as quais são: “nabi”, “roeh” e “hozeh”, palavras que aparecem reunidas em I Cr.29:29:

“Os atos, pois, do rei Davi, assim os primeiros como os últimos, eis que estão escritos nas crônicas de Samuel, o vidente, e nas crônicas do profeta Natã, e nas crônicas de Gade, o vidente,” Nas Escrituras hebraicas, “Nabi” é a palavra mais comum e tem o mesmo significado do grego “profeta”, ou seja, “anunciador”, “declarador”.

O proverbista destacou a necessidade do ministério de profecia nos tempos do Antigo Testamento: “Não havendo profecia, o povo perece; porém o que guarda a lei, esse é bem-aventurado.” (Pv.29:18).

O Senhor sempre levantou diversos profetas no seio do de Israel, pois os tais eram Seus porta-vozes, bem como a prova de que o seu povo não estaria nem poderia sentir-se sozinho.

O Senhor é o Mestre de Seu povo e, para isto, Ele concede autoridade espiritual aos seus colaboradores: “O dia em que estiveste perante o Senhor teu Deus em Horebe, quando o Senhor me disse:

Ajunta- me este povo, e os farei ouvir as minhas palavras, e aprendê-las-ão, para me temerem todos os dias que na terra viverem, e as ensinarão a seus filhos; “ (Dt 4.10)

Desde a travessia do deserto, através de Moisés, Ele deixou claro qual era a responsabilidade de um profeta e como ele deveria agir em nome do Senhor:

Porém o profeta que tiver a presunção de falar alguma palavra em meu nome, que eu não lhe tenha mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta morrerá.

E, se disseres no teu coração: Como conhecerei a palavra que o Senhor não falou? Quando o profeta falar em nome do Senhor, e essa palavra não se cumprir, nem suceder assim; esta é palavra que o Senhor não falou; com soberba a falou aquele profeta; não tenhas temor dele. (Dt 18.20-22)

O profeta, cujo propósito era conduzir o povo ao arrependimento e à vida justa. A ênfase está na espiritualidade e nos ensinos da Lei de Moisés.

O povo era exortado a voltar-se para o Senhor e à obediência às Suas Leis: “Circuncidai-vos ao Senhor, e tirai os prepúcios do vosso coração, ó homens de Judá e habitantes de Jerusalém, para que o meu furor não venha a sair como fogo, e arda de modo que não haja quem o apague, por causa da malícia das vossas obras.” (Jr 4.4).

A profecia também tinha uma finalidade educativa, manifesta no ato de discipular os filhos, os jovens que se ajuntavam aos profetas para, com eles, apreender a Lei do Senhor, observando seus ensinos e seus atos.

O profeta Eliseu tinha um grupo de jovens que aprendiam com ele: disseram os filhos dos profetas a Eliseu: Eis que o lugar em que habitamos diante da tua face, nos é estreito.

Vamos, pois, até ao Jordão e tomemos de lá, cada um de nós, uma viga, e façamo-nos ali um lugar para habitar.

E disse ele: Ide. E disse um: Serve- te de ires com os teus servos. E disse: Eu irei.
E foi com eles; e, chegando eles ao Jordão, cortaram madeira. E sucedeu que, derrubando um deles uma viga, o ferro caiu na água; e clamou, e disse: Ai, meu senhor! Ele era emprestado.

E disse o homem de Deus: Onde caiu? E mostrando-lhe ele o lugar, cortou um pau, e o lançou ali, e fez flutuar o ferro. E disse: Levanta-o. Então ele estendeu a sua mão e o tomou. (II Rs 6. 2-7)

As Escolas de Profetas eram os espaços onde se reuniam para compreenderem o oficioofício de profeta, para apreenderem a Lei do Senhor, comentar as declarações proféticas.

Observa-se, portanto, que a profecia tinha uma função educativa, com o fim de guiar o povo e não apenas punir. O aviso de castigo, da parte de Deus, só vem quando o povo não atenta para as primeiras orientações oriundas da profecia.

Os profetas, que escreviam as suas mensagens, eram chamados profetas escritos. Dentre os profetas escritos, há aqueles cujos livros são bem volumosos, os chamados profetas maiores.

Deus escolheu Israel para ser a Sua propriedade peculiar entre as nações da Terra (Ex.19:5,6). Moisés (Dt.18:20,21) foi um profeta inigualável levantado por Deus (Dt.34:10) no meio do seu povo:”

E nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o Senhor conhecera face a face;” (Dt 34.10) Viu Deus face a face porque teve intensa comunhão com o Senhor, mas não o seu rosto, apenas

o resplendor da Glória Divina e, mesmo assim, as pessoas não conseguiam contemplar o brilho do seu rosto:

Ninguém jamais viu a Deus; se nos amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeito o seu amor. (I Jo 4.12)

Então ele disse: Rogo-te que me mostres a tua glória.

Porém ele disse: Eu farei passar toda a minha bondade por diante de ti, e proclamarei o nome do Senhor diante de ti; e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem eu me compadecer.

E disse mais: Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá.

Disse mais o Senhor: Eis aqui um lugar junto a mim; aqui te porás sobre a penha. E acontecerá que, quando a minha glória passar, pôr-te-ei numa fenda da penha, e te cobrirei com a minha mão, até que eu haja passado. E, havendo eu tirado a minha mão, me verás pelas costas; mas a minha face não se verá. (Ex 33. 18.23)

O profeta Moisés, que só foi menor que Jesus Cristo somente viu a face do Senhor quando entrou nas Mansões Celestiais.

Mas o primeiro profeta, assim nomeado pelo próprio Deus, nas Escrituras, foi Abraão, como vemos em Gn 20.7 a: “Agora, pois, restitui a mulher ao seu marido, porque profeta é, e rogará por ti, para que vivas.”

No entanto, o livro de Judas apresenta Enoque exercendo o ofício de profeta, uma especial missão, antes que Abraão: “E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos;” (Jd 1:14)

Sendo assim, foi a partir de Moisés que o Senhor, continuamente, passou a levantar profetas no meio do Seu povo, colocando a Sua Palavra em suas bocas para que todos ouvissem a Palavra oriunda do próprio Deus e, assim, conhecessem o verdadeiro caminho s seguir:

“E tu lhe falarás, e porás as palavras na sua boca; e eu serei com a tua boca, e com a dele, ensinando-vos o que haveis de fazer. E ele falará por ti ao povo; e acontecerá que ele te será por boca, e tu lhe serás por Deus. (Ex 4:15,16).

O ministério profético que se inicia com Enoque e Abraão vai até João Batista: “Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João.” (Mt 11:13)

omo vimos, a partir de Moisés, Deus sempre levantou profetas no meio do povo, revelando, sempre, qual era a Sua vontade. Como o próprio Jesus afirmou, o ministério profético somente se encerrou com João Batista (Mt.11:13),

quandoveioquando veio o próprio Senhor, que não era apenas o porta-voz de Deus, mas o próprio Deus conosco (Mt.1:23).

São considerados anteriores os profetas cujos ministérios estão registrados nos livros históricos (Samuel, Natã, Gade, Elias e Eliseu, entre outros), enquanto que são denominados de posteriores os profetas que, surgindo no final da história dos reinos já divididos de Israel e de Judá, deixaram escritas suas mensagens em livros próprios.

Eles formam a segunda parte dos chamados “Neviim”, ou livros proféticos, começando pelo livro de Isaías e terminando com o livro que congrega os chamados “profetas menores” Agostinho (354-430), o grande filósofo e teólogo cristão do final da Antiguidade, foi quem criou as expressões “profetas maiores” e “profetas menores” para designar os profetas cujos livros são mais volumosos

(Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel) e os

demais livros, que são curtos, tão curtos que haviam sido reunidos na versão grega do Antigo Testamento (a Septuaginta) em apenas um livro, que foi chamado de “Dodecapropheton”, ou seja,

“Doze Profetas” (Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Ageu, Sofonias, Zacarias e Malaquias).

Os profetas interpretavam a palavra específica do Senhor. Ellisen (1993, p.211), por sua vez, destaca algumas características / funções dos profetas:

a)Porta-voz especial de Deus: o “profetes” falar por alguém, representa este alguém, ou seja, nosso Senhor. Agindo como embaixador ou mensageiro divino, traz a palavra de Deus para o povo como o pregoeiro da justiça.

Nesta época de decadência moral e espiritual, a posição do profeta é bem delicada, haja vista que atrai muitos opositores.

b)Vidente: aquele que revela o futuro, atua numa função específica, porque somente o nosso Deus é onisciente. Mas, em situações ímpares, demonstra para o povo o que Deus está planejando para os Seus filhos.

c)Professor da Lei e da justiça: os profetas receberam a função de professores de Israel quando os sacerdotes e levitas se corromperam e deixaram de fazer a vontade divina, não cumprindo o seu ministério de acordo com a Lei, Por isto, a maior parte de seus ensinos contextualizavam o julgamento: “Os seus sacerdotes violentam a minha lei, e profanam as minhas coisas santas; não fazem diferença entre o santo

e o profano, nem discernem o impuro do puro; e de meus sábados escondem os seus olhos, e assim sou profanado no meio deles.” (Ez 22:26)

É importante mencionar também que os profetas surgem em cenários, em circunstâncias específicas vividas pelo povo israelita que são observadas nos livros históricos, circunstâncias que apontam os momentos e os motivos que conduziram à escrita dos livros proféticos, cuja função não é mencionar a história, mas a predição do que está para acontecer.

Nestes livros, conhecemos diversos profetas conhecidos como profetas orais, bem como os profetas escritos também. As mensagens dos profetas orais não foram registradas no formato escrito porque suas atividades visavam apenas a transmissão da mensagem divina:

Gade: “Porém o profeta Gade disse a Davi: Não fiques naquele lugar forte; vai, e entra na terra de Judá. Então Davi saiu, e foi para o bosque de Herete.” (1 Sm 22:5)

Natã: “E o SENHOR enviou Natã a Davi; e, apresentando-se ele a Davi, disse-lhe: Havia numa cidade dois homens, um rico e outro pobre.” (2 Sm 12:1)

Ido: “Os demais atos de Salomão, tanto os primeiros como os últimos, porventura não estão escritos no livro das crônicas de Natã, o profeta, e na profecia de Aías, o silonita, e nas visões de Ido, o vidente, acerca de Jeroboão, filho de Nebate?” (2 Cr 9:29)

Aías: E Aías pegou na roupa nova que tinha sobre si, e a rasgou em doze pedaços. E disse a Jeroboão: Toma para ti os dez pedaços, porque assim diz o Senhor Deus de Israel: Eis que rasgarei o reino da mão de Salomão, e a ti darei as dez tribos. (1 Reis 11:30,31)

E, também, havia outros profetas como Semaías (I Rs 12.22); Elias (I Rs 17.1); Eliseu (II Rs 4.8,9); Azarias (II Cr 15.1); Micaías (I Rs 22. 14-28).

Tais homens, levantados por Deus, eram osas atalaias do Senhor no meio do povo, chamados para exortar Israel e conclamar a nação para se comprometer com o verdadeiro Deus e a Sua Palavra.

Nos cultos do tabernáculo, o Senhor também levantou profetas entre os levitas, homens que obedeciam a Lei e a ensinavam, pois tinham autoridade espiritual e, conectadosenvolvidos com o trabalho no santuário, estavam incumbidos de auxiliar o sacerdote e o povo na promoção da verdadeira adoração, aquela que consiste na entrega de uma vida dedicada ao Senhor e de uma vivência imaculada, sem pecados.

Dentre eles, podemos mencionar Jaaziel, um levita, oficial do culto e usado pelo Senhor, em profecia, quando o rei Josafá foi para a batalha contra os moabitas e amonitas:

Então veio o Espírito do Senhor, no meio da congregação, sobre Jaaziel, filho de Zacarias, filho de Benaia, filho de Jeiel, filho de Matanias, levita, dos filhos de Asafe, e disse:

Dai ouvidos todo o Judá, e vós, moradores de Jerusalém, e tu, ó rei Jeosafá; assim o Senhor vos diz: Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão; pois a peleja não é vossa, mas de Deus.

Amanhã descereis contra eles; eis que sobem pela ladeira de Ziz, e os achareis no fim do vale, diante do deserto de Jeruel.

Nesta batalha não tereis que pelejar; postai-vos, ficai parados, e vede a salvação do Senhor para convosco, ó Judá e Jerusalém. Não temais, nem vos assusteis; amanhã saí- lhes ao encontro, porque o Senhor será convosco.

Então Jeosafá se prostrou com o rosto em terra, e todo o Judá e os moradores de Jerusalém se lançaram perante o Senhor, adorando ao Senhor.

E levantaram-se os levitas, dos filhos dos coatitas, e dos filhos dos coratitas, para louvarem ao Senhor Deus de Israel, com voz muito alta.

E pela manhã cedo se levantaram e saíram ao deserto de Tecoa; e, ao saírem, Jeosafá pôs-se em pé, e disse: Ouvi-me, ó Judá, e vós, moradores de Jerusalém: Crede no Senhor vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas, e prosperareis; (Cr 20:14-19)

Muitos profetas também sofreram perseguição por testificar a verdade, foram vítimas da crueldade de homens maus, distanciados de Deus que se negavam a acertar as contas com o Todo-Poderoso.

Preferiam calar a voz dos servos do Senhor, a calar a voz da consciência que clama contra o pecado. Ao se referirem aos tais, o Senhor Jesus não poupou palavras:

E dizeis: Se existíssemos no tempo de nossos pais, nunca nos associaríamos com eles para derramar o sangue dos profetas.

Assim, vós mesmos testificais que sois filhos dos que mataram os profetas. Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?

Portanto, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas; a uns deles matareis e crucificareis; e a outros deles açoitareis nas vossas sinagogas e os perseguireis de cidade em cidade;

Para que sobre vós caia todo o sangue justo, que foi derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que matastes entre o santuário e o altar. Em verdade vos digo que todas estas coisas hão de vir sobre esta geração.

Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste (Mt 23. 30-37)

Os profetas não eram apenas aqueles que prediziam o futuro referentes a acontecimentos nacionais, à comunidade israelita ou a situações individuais. Eles exortavam, eram líderes espirituais, exercendo a função de pastor.

Como representantes de Deus, traziam uma mensagem divina de libertação, interpretando os prognósticos, anunciando os planos de Deus para o Seu povo.

Dotados de conhecimento espiritual, revestidos com o poder e a autoridade do Espírito Santo, tinham sabedoria para revelar os planos de Deus para Seus servos, revelando os mistérios implícitos na linguagem figurada das profecias. Eles foram, de fato, homens especiais eleitos pelo Senhor para missões especiais.

Moisés, um destes profetas, tinha um trabalho a fazer, um trabalho penoso, que consistia em conduzir (pastorear) o povo israelita e ensiná-los, revelando os propósitos divinos àquela recém-nascida nação.

Ao demonstrar, diante de Deus, o seu cansaço, o Senhor decide demonstrar que esta autoridade pode ser concedida aos seus escolhidos para esta missão. Ele levanta homens cheios do Seu Espírito para falar a Sua Palavra, homens que Ele escolhe e capacita, homens simples que faziam parte do povo e não tinham proeminência:

Eu só não posso levar a todo este povo, porque muito pesado é para mim. E se assim fazes comigo, mata-me, peço-te, se tenho achado graça aos teus olhos, e não me deixes ver o meu mal.

E disse o Senhor a Moisés: Ajunta-me setenta homens dos anciãos de Israel, que sabes serem anciãos do povo e seus oficiais; e os trarás perante a tenda da congregação, e ali estejam contigo. Então eu descerei e ali falarei contigo, e tirarei do espírito que está sobre ti, e o porei sobre eles; e contigo levarão a carga do povo, para que tu não a leves sozinho. (Nm 11.14-17)

Nas Escrituras, segundo Champlim (2001, p.424), o vocábulo profeta aparece mais de 300 vezes no Antigo Testamento.

Os profetas eram homens eleitos e preparados por Deus. Daniel, por exemplo, foi chamado de profeta -estadista por viver em outra nação como israelita.

Os sumo-sacerdotes também eram vistos como profetas por usarem, no peito, as pedras de Urim e Tumim, que lhes dava a inspiração profética. Os hebreus viam

os sacerdotes e os profetas como líderes religiosos. No entanto, havia a esperança de um profeta ainda maior que Moisés: “O Senhor teu Deus te levantará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis;” (Dt 18.15)

Por isto o cultivo do ofício profético tornou-se uma preocupação nos tempos do profeta Samuel. Foi um período no qual o povo tornou a dar o devido valor à Lei Mosaica e os jovens começaram a ver, em Samuel, um referencial. Sendo assim, sentiram a necessidade de começar a reunir-se em dias e locais predeterminados para manifestar apreço pela Lei do Senhor.

No entanto, com a apostasia vivida após o Reino Dividido, com o surgimento de muitos reis distantes de Deus não só em Judá, como em Israel também, começaram a surgir falsos profetas entre o povo.

Eram homens que não estavam alinhados com a Lei de Moisés e queriam agradar o povo. Para eles, mais importava, estar próximo do rei apóstata e rebelde à Lei do Senhor, desfrutando dos prazeres terrenos, sendo alvo de cortesias, a terem que enfrentar manifestações de descontentamento.

É o caso de Micaías que não temeu a presença de Acabe e disse- lhe a verdade enquanto os falsos profetas só procuravam agradar o rei:

Então o rei de Israel reuniu os profetas até quase quatrocentos homens, e disse-lhes: Irei à peleja contra Ramote de Gileade, ou deixarei de ir?

E eles disseram: Sobe, porque o Senhor a entregará na mão do rei.

Disse, porém, Jeosafá: Não há aqui ainda algum profeta do Senhor, ao qual possamos consultar? […]
Então disse ele: Vi a todo o Israel disperso pelos montes, como ovelhas que não têm pastor; e disse o Senhor: Estes não têm senhor; torne cada um em paz para sua casa.

Então o rei de Israel disse a Jeosafá: Não te disse eu, que nunca profetizará de mim o que é bom, senão só o que é mau Então ele disse: Ouve, pois, a palavra do Senhor: Vi ao Senhor assentado sobre o seu trono, e todo o exército do céu estava junto a ele, à sua mão direita e à sua esquerda.

E disse o Senhor: Quem induzirá Acabe, para que suba, e caia em Ramote de Gileade? E um dizia desta maneira e outro de outra.

Então saiu um espírito, e se apresentou diante do Senhor, e disse: Eu o induzirei. E o Senhor lhe disse: Com quê?

E disse ele: Eu sairei, e serei um espírito de mentira na boca de todos os seus profetas. E ele disse: Tu o induzirás, e ainda prevalecerás; sai e faze assim.

Agora, pois, eis que o Senhor pôs o espírito de mentira na boca de todos estes teus profetas, e o Senhor falou o mal contra ti. (I Rs 22. 6,7; 18-23)

O texto bíblico acima nos esclarece acerca da origem da falsa profecia, do comportamento dos falsos profetas.

Nosso Deus continuamente fala, mas não se contradiz. Sua mensagem é a mensagem na boca de todos os seus profetas. Sua Palavra se cumpre e não retorna vazia, ela fará o que lhe apraz, o que Ele determinou, pois Ele é fiel ao que diz.

No tempo do cativeiro babilônico, muitos falsos profetas surgiram dentre o povo, fazendo falsas promessas.

Em relação a eles, o profeta Jeremias diz:

Os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam pelas mãos deles, e o meu povo assim o deseja; mas que fareis ao fim disto? (Jr 5.31)

Então disse eu: Ah! Senhor Deus, eis que os profetas lhes dizem: Não vereis espada, e não tereis fome; antes vos darei paz verdadeira neste lugar. E disse-me o Senhor: Os profetas profetizam falsamente no meu nome; nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei; visão falsa, e adivinhação, e vaidade, e o engano do seu coração é o que eles vos profetizam.

Portanto assim diz o Senhor acerca dos profetas que profetizam no meu nome, sem que eu os tenha mandado, e que dizem: Nem espada, nem fome haverá nesta terra: À espada e à fome, serão consumidos esses profetas.

E o povo a quem eles profetizam será lançado nas ruas de Jerusalém, por causa da fome e da espada; e não haverá quem os sepultem, tanto a eles, como as suas mulheres, e os seus filhos e as suas filhas; porque derramarei sobre eles a sua maldade. (Jr 14. 13- 16)

Esta é a Palavra do Senhor para todos os que se omitem de sua responsabilidade!

CRONOLOGIA DOS PROFETAS ANTES DA QUEDA DE SAMARIA (722 a.C.)

Extraído de: BENTHO, Esdras Costa & PLÁCIDO, Reginaldo Leandro.
Introdução ao Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, p. 406-407.

O cativeiro babilônico (586 a.C.) é uma referência para os profetas maiores que se subdividem em pré-exílicos (anteriores à destruição de Jerusalém) e ao exílio

babilônico, os quais são Isaías e Jeremias. Os profetas exílicos exerceram o seu ministério durante o período do cativeiro: Ezequiel e Daniel.

Como vemos, nosso Deus fala em todo tempo. Basta atentarmos para ouvi-
lO.

REFERÊNCIAS:

EDUCAÇÃO. In: YAMAUCHI, Edwin M. e WILSON, Marvin R. Dicionário da Vida Diária na Antiguidade Bíblica e pós-bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2020, p.652 -661.

ELLISEN, Stanley. Conheça melhor o Antigo Testamento. Trad. Emma Anders de Sousa Lima. 3.ed. São Paulo: Vida, 1993.

PROFETAS. In: CHAMPLIM, Russel Norman. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. São Paulo: Hagnos, 2001, p. 424-425, v.5.

Profª. Amélia Lemos Oliveira

Fonte: https://www.portalebd.org.br/classes/juvenis/11267-licao-9-deus-levanta-profetas-i

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