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JUVENIS – LIÇÃO Nº 9 – VIVENDO OS VALORES DO REINO DE DEUS

 

Nosso Deus é Santo e nos escolheu para vivermos numa dimensão especial de vida, segundo a Sua maneira de Ser, imitando a Jesus Cristo, Seu Filho, que deixou-nos o exemplo para que sigamos as Suas pisadas: “Porque para isto sois chamados, pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas.” (I Pe 2.21).


Somos motivados pela Palavra do Senhor a fazer a escolha certa, a fazer o bem e apartar-nos do mal, buscar a paz e segui-la (I Pe 3.21).

O apóstolo Paulo também nos estimula: “Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros.” (Rm 14.19).

Tais escolhas são de caráter moral, ou seja, dizem respeito à prática cotidiana, resultam de uma decisão pessoal de priorizar a Palavra do Senhor como regra de fé e isto é manifesto na prática.

Jó deixou-nos isto bem claro quando revelou suas convicções e a decisão de não mudar em relação à sua fé em Deus: “Nas suas pisadas os meus pés se afirmaram; guardei o seu caminho e não me desviei dele.” (Jó 23.11).

Nosso propósito maior é despertar a certeza de que o nosso Deus é verdadeiro e conduzir os nossos jovens a desfrutar de verdadeiras experiências com o Pai Celestial. As vivências e motivações espirituais, de origem e caráter externos, são fundamentais para que possam desenvolver esta fé e amadurecer espiritualmente.

Assim como estão passando por um processo de mutação física e psicológica no que se refere ao desenvolvimento, também precisamos contribuir para que evoluam na esfera espiritual, deixando de ser meninos e busquem a estatura de varões; que esta busca pela estatura de varão perfeito (que não se trata, é claro, do crescimento físico, do estirão), se concretize na formação de crentes maduros, com a devida formação moral e que se conduzam moralmente, idealmente, segundo os propósitos de livro divino.

A promoção da ética cristã, em nossas aulas, está associada ao ensino acerca da conduta ideal do indivíduo e os valores morais compartilhados dizem respeito ao estímulo a atividades que enfatizem as práticas mencionadas.

Ou seja, a ética é o ideal, a moral é a prática da ética em si. Onde encontramos os padrões éticos e morais que precisamos seguir para ter uma vida quieta e sossegada? Precisamos responder?

Ora, se nosso Deus é soberanos e mantém o comando sobre todas as coisas, o domínio sobre toda a criação, é perfeitamente crível que estabeleceu todos os princípios que deveríamos seguir, tendo em vista a Sua Deidade.

Trata-se de princípios universais e imutáveis, estabelecidos por Deus, desde a criação de todas as coisas e que devem reger a conduta humana. Tais princípios precisam transcender as diferenças culturais e históricas, dos casos particulares às comunidades, variando de uma cultura para outra.

Para Nicola Abbagnano (2000, p.380), a Ética em geral, é a ciência da conduta. Existem duas concepções fundamentais dessa ciência.

1ª a que a considera como ciência do fim para o qual a conduta dos homens deve ser orientada e dos meios para atingir tal fim, deduzindo tanto o fim quanto os meios da natureza do homem;

2ª a que a considera como ciência móvel da conduta humana e procura determinar tal móvel com vistas a dirigir ou disciplinar essa conduta.

O Senhor, que sustenta toda a Sua criação, estabeleceu limites para o homem e os princípios éticos são os prenúncios de quais valores morais o homem deve cultivar e colocar em prática, os quais foram propostos desde o início de tudo.

Todo aquele que serve ao Senhor precisa conhecer a constituição do Reino de Deus, A Bíblia Sagrada, que contém os princípios divinos que norteiam o caminhar, direcionam a conduta humana segundo as Leis do Reino.

E, assim, o Reino de Deus que não é comida, nem bebida, se expressa, se revela na vida dos cristãos por meio da santificação, da fé, da produção do fruto do Espírito, haja vista que o servo de Deus é um embaixador deste Reino, a vívida revelação do mesmo.

As Escrituras devem nortear/orientar/dirigir a nossa fé e prática cotidianas.
É por isto que Arthur F. Holmes (2018, p. 11, 12) afirma que:

Religião e moralidade estão intimamente ligadas e o Cristianismo não é diferente. Ele identifica valores a serem difundidos e virtudes a serem cultivadas; fala também a diversos tipos de comportamentos.

Seja o nosso referencial os dez mandamentos, o livro de Provérbios, as profecias, o Sermão da Montanha ou as epístolas de Paulo […] A Bíblia fornece um vasto repertório de material ético em diferentes formas literárias e de diferentes contextos históricos e culturais.

A conduta do cristão, portanto, é definida pela existência de valores éticos e não há um modelo de vida alternativo, há apenas um caminho, uma trajetória a ser seguida, que é proposta pela Palavra de Deus.

É preciso cumprir o dever por amor aos bons resultados e por amor ao dever em si. Quando a Lei do Senhor está em nosso coração (mente) e interiorizamos (apreendemos) os seus ensinos, somos influenciados pelos seus preceitos morais e a nossa conduta nunca mais será a mesma, pois o “caminho” nas Escrituras, diz respeito a esta conduta:

Bem-aventurados os retos em seus caminhos, que andam na lei do Senhor.

Bem-aventurados os que guardam os seus testemunhos, e que o buscam com todo o coração. E não praticam iniquidade, mas andam nos seus caminhos.Tu ordenaste os teus mandamentos, para que diligentemente os observássemos.

Quem dera que os meus caminhos fossem dirigidos a observar os teus mandamentos. Então não ficaria confundido, atentando eu para todos os teus mandamentos. Louvar-te-ei com retidão de coração quando tiver aprendido os teus justos juízos.

Observarei os teus estatutos; não me desampares totalmente. Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra. Com todo o meu coração te busquei; não me deixes desviar dos teus mandamentos. Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti. (Sl 119.1-11)

O comportamento/procedimento daqueles que buscam purificar/aperfeiçoar seus atos à luz da Palavra de Deus vai tornando cada vez mais visível a “justiça”, os princípios cristãos que orientam a conduta do servo do Senhor.

Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.

Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, (Ef 4:13-15)
Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. O caminho dos ímpios é como a escuridão; nem sabem em que tropeçam. (Pv 4.18,19)

A Bíblia faz a comparação entre a vereda dos justos e o caminho dos ímpios, apontando a oposição que há entre as trevas e a luz, posteriormente ilustradas por Cristo em seu Sermão da Montanha.

Sim, é necessário que o homem não se aparte desta Lei para que tenha vida, saúde e seja guiado pela Verdade.

O caminho da conduta ideal já está traçado. Basta segui-lo. Geisler (2005, p.17) menciona uma ética normativa que é prescritiva mais do que apenas descritiva: “É uma ética que ordena certos cursos de ação em oposição a outro.

Uma ética normativa não descreve apenas como os homens agem; pelo contrário, preceitua como devem agir.

Não é uma ética do é, mas, sim, uma ética do deve ser.” Portanto, os vocábulos princípios, normas e regras são aproximadamente sinônimos, ou seja, uma sinonímia imperfeita.

A Ética busca, também, centrar o seu interesse na verdade contida nas crenças morais e no exercício privilegiado de se meditar nelas para apreendê-las para segui- las.

Exercitar a ética é partir de critérios racionais com base em fundamentos seguros e convincentes. A Bíblia contém estes princípios éticos que tanto buscamos para agirmos convictos de que estamos no caminho correto.

Alguns pensam que apenas pelo fato de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, já cumpriu toda a Lei e poderá fazer o que quiser com toda segurança, sem temer as consequências.

Falar apenas de liberdade e de amor não é o suficiente. Quem desfruta da liberdade cristã, não tem permissão para fazer tudo o que deseja. Esta liberdade nos garante condições para fazer o que a Lei Divina exige.

O amor de Deus, em nossas vidas, nos dá condições de desfrutar sabiamente desta liberdade quando se atribui os devidos significados à vida e aos valores morais que a norteiam, os quais estão presentes nos livros de Provérbios e Eclesiastes, quando verificamos a pregação que solicita a justiça social nos livros dos profetas.

A liberdade também tem o limite das Escrituras Sagradas e não pode ser confundida com libertinagem, como alguns segmentos político-culturais têm feito com o passar dos anos e estabelecido diversos movimentos que desprezam os ensinos contidos na Palavra de Deus. Esta situação vem piorando cada vez mais. Vigiemos, pois, com as pregações que são feitas ao nosso redor:

Na década de 1960, desabou sobre nós a revolução moral que fermentara durante anos. Ela era em parte plenamente aceitável, especialmente ao repudiar abusar do poder político, econômico e militar.

Entretanto, ao rejeitar as vias tradicionais, ela também mudou a moral sexual existente, e levou o indivíduo a extremos narcisistas, pois colocou em risco os ideais até então existentes de casamento e família, trabalho e governo.

Por sua vez, isso provocou reações conservadoras, o que polarizou, moral e politicamente, as questões de direitos humanos, repressão à criminalidade, legislação sobre moral, bem como de sexo e guerra. (HOLMES, 2018, p.9)

Caro professor, centramos o nosso comentário na importância dos valores éticos e os motivos pelos quais devemos segui-los.

Na próxima seção, iremos sugerir algumas atividades práticas que atendam os outros pontos da lição com o fim de conduzir os nossos jovens a refletir sobre os seus papeis sociais e a verificar como tem sido suas vivências em família. Para que reflitam sobre os valores que

assimilaram em suas famílias e comentem sobre as suas práticas/condutas cristãs. É fundamental que haja dinâmicas na sala e os jovens tenham “voz”.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES:

– Conversem com seus alunos sobre a diferença entre ética e valores morais que procuramos distinguir no texto. Muitos falam em ética, mas não estão esclarecidos sobre o termo. Se necessário, continue pesquisando.

Faça um quadro da sala relativo a valores aprendidos em três setores que eles frequentam, ao vivo, escreva enquanto falam…

VALORES APREENDIDOS COM A FAMÍLIA VALORES APREENDIDOS COM A IGREJA VALORES APREENDIDOS COM A ESCOLA

Solicite a eles que falem sobre situações que sentiram-se como Sadraque, Mesaque e Abdenego, tendo que demonstrar a todos que tinham valores diferentes da sociedade e quais foram os resultados.

REFERÊNCIAS:

ÉTICA. ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. 4.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000, p.380.

GEISLER, Norman L. Ética Cristã: alternativas e questões contemporâneas. São Paulo: Vida Nova, 2005.
HOLMES, Arthur F. Ética: as decisões morais à luz da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.

Profª. Amélia Lemos Oliveira


Fonte: https://www.portalebd.org.br/classes/juvenis/10283-licao-9-vivendo-os-valores-do-reino-de-deus-i

Vídeo: https://youtu.be/2LCnHZW706U

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