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Jovens – Lição 04 – Jesus e Sua Interpretação da Lei

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Considere os seis ensinos dos escribas e fariseus que Jesus desafiou:

O Seu Irmão

“Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: ‘Não matarás’, e ‘quem mata restará sujeito a julgamento’.

Mas eu lhes digo que qualquer que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento. Também, qualquer que disser a seu irmão: ‘Racá’, será levado ao tribunal.

E qualquer que disser: ‘Louco!’, corre o risco de ir para o fogo do inferno.

Portanto, se você estiver apresentando sua oferta diante do altar e ali se lembrar de que seu irmão tem algo contra você, deixe sua oferta ali, diante do altar, e vá primeiro reconciliar-se com seu irmão; depois volte e apresente sua oferta.” (5:21-24).

Existe uma frase que aparece em toda Bíblia e que resume a verdade que Deus está ensinando ao Seu povo que é: “Deus em primeiro lugar!”. Nesta passagem, excepcionalmente, a ênfase foi trocada.

Ao ensinar como aplicar as bem-aventuranças com nosso irmão, Jesus ensinou: “Primeiro o seu irmão… e depois Deus”.

Jesus enfatizou a importância do nosso relacionamento com outros crentes. Ele ensinou que devemos aplicar a quinta e a sexta bem-aventuranças do discípulo misericordioso – não ter nada no seu coração a não ser o amor de Deus por aqueles com quem ele adora, vive e serve a Cristo.

Nós sequer temos a permissão de ir a Deus em particular, se houver qualquer coisa que impeça nosso relacionamento com aquele que Jesus chama de nosso “irmão”.

Em outra passagem Jesus ensinou que se temos qualquer coisa contra outro irmão, devemos nos reconciliar com ele (cf. Marcos 11:25). Ele também ensinou essa disciplina espiritual no contexto da comunidade espiritual da igreja (Mateus 18:15-17).

Uma vez ouvi o diretor de uma organização missionária internacional dizer para centenas de missionários: “Não podemos ganhar o mundo se perdemos uns aos outros!”.

Ele então mostrou um livro bem diferente. Na capa se destacava o título: O Maior Problema dos Missionários.

Ele então abriu o livro e dentro dele liam-se apenas duas palavras: “Outros missionários!”.

Talvez este fosse o peso do coração de Jesus quando Ele ensinou sobre a importância dos crentes cultivarem e manterem relacionamentos de amor.

Os líderes religiosos ensinavam que, com tanto que você não matasse ninguém nem ferisse o seu irmão, o seu relacionamento com ele era aceitável a Deus.

Jesus atinge a fonte da hostilidade entre duas pessoas ao falar da raiva que causa esses conflitos. Ele ensinou que a raiva e o sentimento de desprezo para com os irmãos e irmãs devem ser tratados, se quisermos ter um relacionamento aceitável a Deus.

O Seu Adversário

“Entre em acordo depressa com seu adversário que pretende levá-lo ao tribunal. Faça isso enquanto ainda estiver com ele a caminho, pois, caso contrário, ele poderá entregá-lo ao juiz, e o juiz ao guarda, e você poderá ser jogado na prisão.

Eu lhe garanto que você não sairá de lá enquanto não pagar o último centavo.” (Mateus 5:25, 26).

Nos últimos versículos deste capítulo Jesus mostra como aplicar as bem-aventuranças com nossos inimigos. Vivemos num mundo muito competitivo e podemos considerar o nosso concorrente como o nosso “adversário”.

Costumamos dizer que no mundo dos negócios, um sempre fica com o dinheiro e o outro com a experiência. Esse adversário pode ser uma daquelas pessoas determinadas a pegar o nosso dinheiro e deixar para nós apenas a experiência!

Às vezes, o relacionamento com nossos adversários chega a tal ponto de hostilidade, que corremos o risco de encararmos um processo judicial ou até ir parar na cadeia.

A bem-aventurança que Jesus quer que apliquemos neste caso é óbvia: “Bem-aventurados os pacificadores”. Os discípulos de Jesus que praticam a sétima e a oitava bem-aventuranças não são movidos pela raiva, mas procuram apaziguar animosidades e intrigas.

Apesar das atitudes dos nossos adversários estarem fora do nosso controle, um discípulo de Jesus deve procurar não ser a causa de nenhum conflito. Paulo escreveu que, no que depender de nós, devemos ter paz com todos os homens (cf. Romanos 12:18).

Nossa responsabilidade nesses relacionamentos tem um limite e portanto, não somos responsáveis pelo que nosso adversário vai fazer.

As Mulheres

“Vocês ouviram o que foi dito: ‘Não adulterarás’. Mas eu lhes digo: Qualquer que olhar para uma mulher para desejá-la, já cometeu adultério com ela no seu coração.

Se o seu olho direito o fizer pecar, arranque-o e lance-o fora. É melhor perder uma parte do seu corpo do que ser todo ele lançado no inferno. E se a sua mão direita o fizer pecar, corte-a e lance-a fora. É melhor perder uma parte do seu corpo do que ir todo ele para o inferno.” (27-30).

Como este ensino é dirigido a homens,,podemos presumir que se tratava de um retiro para homens. Obviamente o ensino de Jesus também se aplica às mulheres que queiram ser sal e luz para Jesus.

Mas a aplicação e interpretação que podemos tirar desta passagem se aplica ao relacionamento que temos com pessoas do sexo oposto.

Assim como no caso da raiva, neste, Jesus foi à raiz do pecado de adultério. Ele não falou nada sobre a lascívia nem sobre o adultério cometido no coração como sendo um pecado igual ao ato de adultério.

O ponto foi que se realmente queremos ser parte da Sua solução e Sua resposta, e causar o impacto do sal e da luz devemos aprender a controlar ,nossos desejos sexuais.

Se não queremos cometer adultério, devemos vencer a batalha de questões que levam ao adultério, como por exemplo, olhar para alguém com desejo e pensamento de adultério.

O irmão de Jesus, Tiago, apresenta uma anatomia detalhada de pecado em sua carta. O desejo leva à tentação, que é seguida pelo pecado, e o pecado sempre leva ao banquete de conseqüências que a Bíblia chama de “morte” (Tiago 1:13-15, Romanos 6:23).

Jesus e Seu irmão Tiago ensinaram que é mais fácil vencer a luta contra o pecado sexual antes do segundo olhar, antes dos pensamentos impuros e antes de alimentar desejos que não devem ser satisfeitos.

Devemos vencer a batalha antes que nossos desejos nos levem à tentação. Jesus ensinou Seus discípulos que devemos orar todos os dias para evitar a tentação (Mateus 6:13).

O ensino de Jesus sobre arrancar o olho direito ou cortar fora a mão direita não deve ser aplicado literalmente. O espírito deste ensino é que se o que você está olhando o leva a pecar, pare de olhar.

Só Deus sabe quanto pecado é cometido hoje no mundo porque as pessoas se entregam à pornografia ou a filmes que incitam à lascívia e ao pecado sexual!

Da mesma forma Ele está ensinando nesta passagem, que se o que estamos fazendo com a nossa mão direita nos leva a pecar, devemos parar de fazê-lo.

Em outra passagem o pé também é citado e a aplicação é que se o lugar para onde nossos pés estão nos levando nos faz pecar, devemos deixar de ir ao tal lugar (Mateus 18:8).

A Sua Esposa

“Foi dito:

‘Aquele que se divorciar de sua mulher deverá dar-lhe certidão de divórcio’. Mas eu lhes digo que todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade sexual, faz que ela se torne adúltera, e quem se casar com a mulher divorciada estará cometendo adultério.” (Mateus 5:31, 32).

Devemos sempre lembrar o contexto no qual foi dado este ensino de Jesus, o Sermão do Monte.

A estratégia de Jesus era treinar os Seus discípulos que seriam enviados como sal e luz, causando impacto na vida daqueles que estavam com tantos problemas, lá embaixo, no sopé da montanha.

Devemos também nos lembrar de que aquela multidão representa os perdidos de todo o mundo.

Salomão escreveu que os filhos são como flechas e os pais, como arcos que lançam seus filhos para a vida (Salmo 127:3-5).

Os valores, os propósitos e a direção dos filhos dependem do arco que os lançou na vida. Hoje, em todo o mundo, o diabo tenta quebrar esse arco.

O número de divórcios e separações é epidêmico em muitas culturas. Nesse parágrafo Jesus ensina que se queremos ser parte da Sua solução e da Sua resposta, devemos aplicar essas bem-aventuranças no relacionamento com nosso cônjuge.

Os versículos citados acima são um exemplo da interpretação e aplicação que os escribas e os fariseus faziam do ensino de Moisés e do Velho Testamento e com os quais Jesus não concordava. Moisés ordenou ao homem dar certidão de divórcio a sua mulher quando este ocorresse (cf. Deuteronômio 24:1-4).

Mas, como o próprio Jesus destacou para esses mesmos líderes em outra ocasião, Moisés permitiu a certidão de divórcio como uma concessão, por causa da dureza dos corações (Mateus 19:7, 8).

Lá atrás, no Velho Testamento, na história dos hebreus, quando um homem, por qualquer razão não estava satisfeito com sua mulher, podia se divorciar dela e simplesmente mandá-la embora. Ele não precisava dar satisfação à mulher nem a ninguém, do por que estava se divorciando.

Ele podia até deixar implícito que ela lhe tinha sido infiel. Por isso Moisés decretou que “se alguém se divorciasse da sua mulher, deveria lhe dar certidão de divórcio”.

Nesta certidão ficava declarado o motivo do divórcio e fazia com que o marido se comprometesse com alguma provisão para o sustento da mulher.

Uma mulher sem marido teria muita dificuldade para sobreviver na cultura judaica, e dessa forma, com esta certidão a Lei de Moisés tentava proteger as mulheres.

Jesus não estava ensinando que o divórcio era aceitável. A Bíblia diz que Deus odeia o divórcio (cf. Malaquias 2:16). Jesus estava ensinando que se houver razão para o divórcio, o Seu discípulo deve ser justo nisso também.

Leia as apostilas 6, 7 e 13, sobre o Casamento e a Família e I e II Coríntios, se quiser saber mais sobre este assunto.

A Sua Palavra

“Vocês também ouviram o que foi dito aos seus antepassados: ‘Não jure falsamente, mas cumpra os juramentos que você fez diante do Senhor’. Mas eu lhes digo:

Não jurem de forma alguma: nem pelos céus, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o estrado de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei.

E não jure pela sua cabeça, pois você não pode tornar branco ou preto nem um fio de cabelo. Seja o seu ‘sim’, ‘sim’, e o seu ‘não’, ‘não’; o que passar disso vem do Maligno.” (Mateus 5:33-37).

Agora voltamos ao ensino dos líderes espirituais judeus que não estava na Lei de Deus. Na tradição deles era comum jurar, por exemplo, pelo Templo, pelos objetos de ouro do Templo (cf. Mateus 23:16), pelo altar ou pelo sacrifício do altar.

Eles juravam pelo céu e pela terra ou por Jerusalém. Outros juramentos eram feitos sem comprometimento algum. Aqueles que pertenciam ao pequeno círculo dos líderes religiosos sabiam quando deviam jurar por alguma coisa.

Os mais inocentes, que não conheciam a complexidade dos juramentos dos judeus, ficavam chocados quando descobriam que aquilo que achavam ter sido um juramento solene, na verdade não tinha nenhum valor, porque fora feito por alguma coisa sem essa importância.

O sistema de juramento era tão complexo que chegava a ser ridículo e se confrontava com o mandamento que proíbe o falso testemunho.

Não é de se espantar que Jesus tenha deixado desacreditado todo esse sistema, ao declarar que qualquer coisa que for além do“sim” ou do “não” vem do diabo! O espírito deste ensino é que os discípulos de Jesus devem ser conhecidos como homens da Palavra e de palavra.

O Perverso

“Vocês ouviram o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente’. Mas eu lhes digo: Não resistam ao perverso. Se alguém o ferir na face direita, ofereça-lhe também a outra.

E se alguém quiser processá-lo e tirar-lhe a túnica, deixe que leve também a capa. Se alguém o forçar a caminhar com ele uma milha, vá com ele duas. Dê a quem lhe pede, e não volte as costas àquele que deseja pedir-lhe algo emprestado.” (38-42)

Mais uma vez Jesus discorda da maneira como os escribas e fariseus interpretavam e aplicavam a Lei de Moisés. Aqueles líderes religiosos ensinavam a aplicação da lei do “olho por olho e dente por dente” encontrada em Êxodo, Levítico e Deuteronômio.

Jesus, entretanto, não concordava com esse espírito da Lei. Como no caso da certidão do divórcio, quando Moisés ordenou “olho por olho e dente por dente”, estava estabelecendo um limite para a dureza de coração de um povo teimoso e difícil.

A intenção desta lei de Moisés era estabelecer um limite para o desejo pecaminoso de vingança. Se alguém tivesse os dentes quebrados por outra pessoa, imediatamente dizia: “você me quebrou os dentes, então agora eu quebro o seu pescoço!”. Ou então: “você me arrancou os olhos, agora vou arrancar sua cabeça!”.

Isso não é justiça, mas sim desejo maldoso de vingança. A forma justa seria olho por olho e dente por dente. Essa geralmente é a intenção dos processos judiciais. Jesus orientou como devemos aplicar Suas bem-aventuranças quando somos processados.

Nos Estados Unidos, por exemplo, ouve-se falar de processos judiciais e indenizações de milhões de dólares. Isso não tem a ver com justiça, mas com vingança e ganho egoísta. Como será que os tribunais e todo o sistema judiciário seriam afetados se levássemos a sério este ensino de Jesus?

Jesus cumpriu a Lei de Moisés e foi além do espírito dela, quando ensinou: “Não resistam ao perverso”. Ao ensinar a dar a outra face, deixar levar a capa, caminhar a segunda milha e emprestar quando lhe pedirem, Jesus aplicou a bem-aventurança dos pacificadores.

O que Jesus estava ensinando aos Seus discípulos com essa passagem de tão difícil entendimento? Uma vez perguntei a um executivo como era trabalhar no mundo de negócios tão competitivo e ele me respondeu:

“É como não fazer nenhum prisioneiro na guerra e ainda atirar nos nossos soldados feridos!”. Há uma frase de um poema que diz “toda a natureza está manchada de vermelho nos dentes e nas garras”.

A vida pode ser uma “luta de cão”, competitiva, onde vence o mais forte. Mas nós não somos cães lutadores. Jesus estava ensinando aos seus discípulos que quando se vive as oito bem-aventuranças, as coisas são diferentes.

No tempo de Jesus, os conquistadores romanos podiam exigir que um cidadão judeu carregasse sua carga por alguns quilômetros, mas muitos judeus recusavam submeter-se a essa exigência.

Jesus ensinou: “Se alguém o forçar a caminhar com ele uma milha, vá com ele duas”. Nos primeiros tempos da igreja, alguns convertidos eram soldados romanos que tinham sido confrontados com as atitudes das bem-aventuranças na vida dos discípulos de Jesus.

O Seu Inimigo

“Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo’. Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus.

Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos. Se vocês amarem aqueles que os amam, que recompensa vocês receberão?

Até os publicanos fazem isso! E se saudarem apenas os seus irmãos, o que estarão fazendo de mais? Até os pagãos fazem isso! Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês.” (43-48).

Acho que esses seis versículos acima são os mais difíceis de serem interpretados e aplicados. A igreja jamais chegou a um acordo sobre o seu significado ou como eles devem ser aplicados. Eles ensinam uma ética muito sublime, que o mundo não conhece.

Seis vezes neste capítulo Jesus iniciou Seu ensino citando o que os mestres religiosos ensinavam. Desta vez Ele disse: “Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo’”. Metade da frase era de Moisés e metade fazia parte do ensino deles.

Moisés ordenou “ame o seu próximo” (Levítico 19:18), mas não ordenou “ame o seu inimigo”.

Nos Salmos lemos que Davi, que era um homem segundo o coração de Deus, odiava os inimigos de Deus. Não há nenhuma ordem na Palavra de Deus para que odiemos nossos inimigos.

Agora que já chegamos nos últimos versículos deste capítulo, devemos lembrar que este ensino foi dado durante o “Primeiro Retiro Cristão” e aqueles que estavam lá embaixo, no sopé da montanha não participaram

dele. Jesus deu este ensino para aqueles que declararam ser Seus discípulos, comparecendo ao retiro no alto do monte. Só o fato deles serem chamados de “discípulos” e terem comparecido àquele retiro, significava que eles tinham assumido um alto nível de comprometimento com Jesus.

Esta era a essência do comprometimento que Jesus queria de um discípulo: “Se você quer Me seguir, mas não está disposto a pegar sua cruz e morrer por Mim, não pode ser Meu discípulo.

Se você não está disposto a Me colocar em primeiro lugar, antes de todos na sua vida, marido, esposa, pai, mãe, filhos e pais, não pode ser Meu discípulo. Se você não está disposto a deixar tudo o que tem, não pode ser Meu discípulo” (cf. Lucas 14:25-35).

Aqueles que compareceram ao retiro, assumiram esse compromisso com Jesus e declararam estar dispostos a pegar cada um a sua cruz e segui-lO.

Provavelmente eles já tinham presenciado vítimas da crucificação romana carregar suas cruzes para o lugar da execução e sabiam o significado dessa metáfora.

Com o ensino destes seis versículos Jesus estava dizendo para eles o como, o onde e o por quê dessa cruz que eles tinham prometido carregar quando decidiram segui-lO.

Esse ensino de Jesus também desafiou a interpretação e aplicação que os líderes religiosos faziam da Lei de Moisés. Você se lembra da pergunta que o doutor da lei fez a Jesus e que originou a Parábola do Bom Samaritano? A pergunta foi: “…quem é o meu próximo?” (Lucas 10:29).

Essa foi uma pergunta muito importante porque a ética tradicional ensinada pelos escribas e fariseus considerava como o próximo de um judeu, apenas outro judeu; qualquer outra pessoa que não fosse judia era considerada inimiga. Daí veio a aplicação dos escribas e fariseus: “ame o seu compatriota judeu e odeie o resto das pessoas”.

Observe a motivação que Jesus apresentou para amarmos nosso inimigo: “…para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus”. Esta é uma promessa que Jesus prometeu àqueles que viverem a sétima e a oitava bem-aventuranças como pacificadores perseguidos.

Existe pelo menos mais um princípio de compromisso se formos levar a sério este ensino de Jesus. Algumas pessoas podem dizer: “Se seguirmos esta orientação e deixarmos tudo para trás, vamos perder tudo o que temos; porisso este ensino não faz sentido para nós”.

Entretanto devemos ter em mente que a autopreservação não é a coisa mais importante para um discípulo de Jesus. O apóstolo Paulo entendeu esse compromisso e escreveu:

Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gálatas 2:20).

O que significa ser crucificado com Cristo? Significa estar disposto a carregar sua cruz e seguí-lO. Quando Jesus enfrentou  Sua própria cruz disse:

“Se o grão não cair no chão e não morrer, será apenas um grão. Mas quando cai na terra e morre dá frutos”. E aí Jesus orou: “Agora meu coração está perturbado, e o que direi? Pai, salva-me desta hora? Não; eu vim exatamente para isto, para esta hora. Pai, glorifica o teu nome!”.

Então veio uma voz dos céus: “Eu já o glorifiquei e o glorificarei novamente” (João 12:23-28). No meio dessa crise, Jesus ordenou que Seus discípulos fizessem o mesmo que Ele estava fazendo: entregando-se totalmente diante da iminente morte de cruz (João 12:25, 26).

Certo pastor incentivava todo discípulo de Jesus a fazer a seguinte oração: “Pai, glorifica o Seu nome e manda a conta para mim.

Não importa quanto seja, mas glorifica o Seu nome!”. Só quando nos unirmos ao Senhor, na oração que Ele fez diante da cruz, entenderemos, aceitaremos e aplicaremos a ética mais sublime que o mundo já conheceu.

Durante os anos da Guerra Santa, São Francisco de Assis cuidou de um soldado turco que tinha sido ferido. Um cruzador que passava a cavalo disse: “Francisco, se este turco se curar vai acabar matando você!”. E São Francisco de Assis respondeu: “Então, antes disso acontecer ele vai conhecer o que é o amor divino!”.

Observe como Jesus finaliza este ensino: “Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês” (48). A palavra “perfeito” não quer dizer uma “perfeição sem pecado”, mas “ser maduro, completo, ser tudo o que Deus criou para você ser”. Se a palavra “perfeito” o incomoda, tire-a do início e do fim do versículo.

O resumo de tudo o que Jesus ensinou sobre o espírito da Lei, é que devemos ser como nosso Pai. Jesus ensinou que, como filhos de Deus, devemos ser como o nosso Deus Pai e como Ele próprio O é?

O apóstolo Paulo ensinou os maridos a amarem suas esposas como Cristo amou a igreja e se entregou por ela (cf. Efésios 5:25). Ao instruir os maridos a amarem como Cristo amou e ama, e a se entregarem como Cristo Se entregou, Paulo ensinou o mesmo que Jesus: devemos ser como Cristo é. Será que isso é possível?

A verdade mais dinâmica do Novo Testamento é esta: “Cristo em Você, a esperança da glória”. Paulo escreveu literalmente: “A ele quis Deus dar a conhecer entre os gentios a gloriosa riqueza deste mistério, que é Cristo em vocês, a esperança da glória” (Colossenses 1:27).

Este ensino ético de Jesus é absolutamente impossível de ser raticado, a não ser que ocorra este milagre: “Cristo em você e você em Cristo”, você com Ele. Mas, a verdade mais dinâmica do Novo Testamento já é possível! Portanto, podemos levar este ensino a sério e ousar responder a estas perguntas:

“O que Jesus disse neste ensino?” “O que significa tudo o que Ele ensinou?” “E o que tudo isso significa para mim?”

O versículo mais profundo desta passagem das Escrituras encaixa-se na estratégia e na missão que Jesus anunciou durante este retiro.

Jesus fez a seguinte pergunta: “que estarão fazendo de mais?” (Mateus 5:46). Como já observamos antes, o sal precisa ser diferente da carne sobre a qual será colocado, para impedir que ela estrague.

Outra tradução deste versículo é: “Se você amar apenas aqueles que amam você, onde entra a graça?” (cf. Mateus 5:46). Ninguém precisa de graça para amar aqueles por quem é amado, mas é preciso a graça sobrenatural de Deus para que amemos os nossos inimigos.

Essa difícil passagem, melhor dizendo, todo o capítulo lança o seguinte desafio:

“Existe alguma dessas bem-aventuranças em sua vida, explicada apenas pelo segredo espiritual que é “o Senhor Jesus Cristo vivo em seu coração”?

Dinâmica: O Mandamento do Amor

Objetivo: Refletir sobre o amor a Deus e ao próximo.

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Material:

01 relação dos 10 mandamentos(Ex 20:3-17) e recorte cada um

Palavras digitadas: Amor, Deus, Próximo

01 coração de tamanho médio (vermelho) feito de cartolina ou EVA

01 coração pequeno para cada aluno

01 quadro branco ou outro tipo

01 rolo de fita adesiva

Procedimento:

– Distribuam os 10 mandamentos(Ex 20:3-17) separados para 10 alunos.

– Peçam para que os alunos apontem quais os mandamentos que se referem ao amor a Deus e ao próximo.

– Dividam o quadro em 02 colunas, numa escreva AMOR A DEUS, na outra AMOR AO PRÓXIMO.

Peçam para que os alunos fixem, com fita adesiva, o mandamento na coluna que ele escolher.

Espera-se que o resultado seja este: os 05 primeiros fazem referência ao amor a Deus e 05 últimos ao próximo.

Não terás outros deuses diante de mim.

Não farás para ti imagem de escultura

Não te encurvarás a elas nem as servirás;

Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão

Lembra-te do dia do sábado, para o santificar.

Honra a teu pai e a tua mãe

Não matarás.

Não adulterarás.

Não furtarás.

Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.

Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.

– Depois, solicitem leiam Marcos 12: 30 e 31 e falem que este é o resumo dos mandamentos: Amar a Deus e ao próximo, conforme as palavras de Jesus.

“Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes”.

– Coloquem em seguida um coração no alto do quadro e fixem a palavra AMOR.

– Perguntem: A quem amamos?

Aguardem as respostas, que deverão ser variadas como: A Deus, aos pais, irmãos, amigos etc., mas que se resumem em: a Deus e ao Próximo.

– Então, coloquem as palavras DEUS e PRÓXIMO, logo abaixo da palavra AMOR.

– Falem que o AMOR é o que nos motiva a servir a Deus, obedecê-lo e ter atitudes de amor ao próximo.

– Falem que o que fazemos para o próximo é uma evidência do nosso amor a Deus.

Leiam I Jo 3:17-18

“Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus? Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade”.

– Entreguem um coração pequeno para cada aluno e peçam para que eles troquem entre si o coração, simbolizando o amor que deve haver entre eles e ao próximo.

Fonte texto: http://www.encontrocomapalavra.com/apostilas

Dinâmica: http://atitudedeaprendiz.blogspot.com.br

Video 01: https://www.youtube.com/watch?v=Yszv3VTKYt8

Video 02: https://www.youtube.com/watch?v=iEXzLJdNQow

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