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Lição 6 – Parábola do Castigo e Exílio de Judá

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As parábolas eram um método de linguagem largamente usado pelos escritores do Antigo Testamento e isto atesta o poder de sua eficácia. 

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Introdução

As parábolas eram um método de linguagem largamente usado pelos escritores do Antigo Testamento e isto atesta o poder de sua eficácia. 

As parábolas eram o mais perfeito exem­plo de linguagem figurada para mos­trar e reforçar as verdades divinas. O ensino por parábolas é, sem dúvida, muito produtivo. 

Quando completamente compreendida a parábola é mais fácil de ser lembrada por seu estilo literário ser mais atraente.

A vinha é identificada com a casa de Israel, que aqui é sinônimo da tribo de Judá que representava toda a nação de Israel. 

Afim de que o povo ouvisse a voz de Deus, o profeta Isaías não somente fala como também emprega, em suas profecias, sinais que declaravam a desgraça que estava por vir. 

O juízo divino estava às portas da cidade culpada, as palavras de Deus tinham sido pronunciadas em vão e o profeta a partir da parábola da vinha transmite mais uma vez o alerta de iminente condenação.

Entretanto apesar da situação trágica do povo, o profeta Isaías nos apresenta também o amor e carinho de Deus pela sua vinha, amor e carinho que não podem ter como contrapartida frutos de egoísmo e de injustiça. 

O Povo de Deus precisa deixar-se transformar pelo amor sempre fiel de Deus e produzir frutos bons como a justiça, o direito, o respeito pelos mandamentos e a fidelidade à Aliança. 

A imagem da vinha de Deus fala deste povo que aceita o desafio do amor do seu Deus, mas Ele exige frutos de amor, de paz, de justiça, de bondade e de misericórdia.

I – A PARÁBOLA DA VINHA

Todos os esforços foram investidos para que a vide produzisse bons frutos, no entanto o que ela produziu foram uvas bravas. Israel era grande em número, no entanto, a fé que professavam não refletia a justiça que verdadeiramente engrandeceria a nação.

 Israel podia estar visivelmente saudável como uma vide em toda a sua pujança, mas não havia nenhuma vida interior de piedade, não havia amor nem fé genuína, os frutos produzidos eram amargos como o fel e não ofereciam vida espiritual para quem destes frutos se alimentava.

A vinha era indubitavelmente magnífica, foi cultivada pelo próprio Deus, mas seus frutos não dignificaram quem a cultivou, ou seja, o povo não era nem santo, nem justo, nem leal a Deus e muito menos tinha amor ao próximo, se fundamentavam numa religiosidade sem uma genuína vida espiritual. 

Podem existir grandes ofertas, e muitos esforços exteriores, contudo, sem o espírito da oração, da fé, da graça e da consagração, qualquer boa intenção é desprovida de verdadeiros valores espirituais. 

As uvas que a vide produziu foram de qualidade ruim. Embora o agricultor tivesse plantado as melhores mudas produziu apenas uvas bravas (Is 5.2-4).

Nos Evangelhos, Jesus retoma a imagem da vinha e a partir dela, critica severamente os líderes judaicos que se apropriaram, em benefício próprio, da vinha de Deus e se recusaram a oferecer a Deus os frutos que lhe eram devidos.

 Jesus anuncia que a vinha (Mt 21.33) vai ser-lhes retirada e vai ser confiada a trabalhadores que produzam e que entreguem a Deus os frutos que ele espera. 

Paulo também exorta os cristãos da cidade grega de Filipos e todos os que fazem parte da vinha de Deus a viverem na alegria e na serenidade, respeitando o que é verdadeiro, nobre, justo e digno (Fp 4.8). São esses os frutos que Deus espera da sua vinha.

II – DEUS CUIDOU E ESPEROU COISAS BOAS DA VINHA

Seu cuidado não se baseia apenas em seu poder, mas primeiramente em seu amor divino que protege os seus filhos, Ele sustenta o ser humano e não os deixa tropeçar (Sl 121). 

Deus prometeu ao seu povo proteção contra todos os seus inimigos e em contrapartida Israel teria que obedecer e confiar em seu Deus, apesar dos muitos perigos potenciais. 

Nos dias do Antigo Testamento era comum a invasão de saqueadores para roubar ou destruir as plantações, isto trazia muito sofrimento para os moradores das cidades que, sem comida, enfrentavam tempos de privação ou eram obrigados a deixar sua terra em busca de outra que lhes oferecesse as condições básicas para sobrevivência, e este êxodo poderia trazer alegria ou muita tristeza como no caso de Noemi e sua família. 

O próprio Deus era o vigia de sua vinha, Ele não dorme nem se cansa, está sempre alerta para proteger e guardar o seu povo. 

A invasão de povos inimigos que destruíram o reino do norte e em breve destruiriam o reino do sul não aconteceram por falta de atenção do vigia, mas por permissão Dele que se usou destas nações como vara de sua ira para ensinar ao seu povo o que eles não foram capazes de aprender, apesar de todas as demonstrações de amor do seu Deus em ensinar seu povo.

Deus esperava de seu povo obediência a sua lei e ordenanças, a prática da justiça e submissão ao Seu senhorio, mas tudo que ele colheu foram roubos, injustiças, corrupção, idolatria, opressão e toda sorte de males. 

Sendo desobediente e insubordinado o povo agora luta contra a lei de Deus que uma vez fora estabelecida, dando lugar às leis de seu coração corrompido pelo pecado. A rebeldia do povo se revestiu de uma violência que foi capaz de cegá-los tornando-os insensíveis a percepção do bem e do mal.

III – O CASTIGO E O EXÍLIO DA VINHA

O povo havia perdido o senso de moralidade e tornou-se especialista em perverter as coisas, a lei mosaica era o guia dos homens, mas aquele povo a muito já tinha abandona a lei. 

Se tornaram cínicos quanto ao que realmente era bom, para eles o que funcionava era bom, em suas vidas havia lugar para tudo menos para Deus e suas orientações, suas consciências estavam longe da influencia divina. 

Deus é pai, mas não age baseado em sentimentos paternalistas e parciais, Sua natureza não permite que seja injusto, Ele sempre julgará e agirá em retidão, por isto não poupa nem mesmo seus filhos, se estes se tornarem rebeldes e indiferentes ao seu amor e cuidado.

Isaías prevê com extrema exatidão várias invasões que Judá e Jerusalém sofreriam, primeiramente pelos Assírios, sob o comando de Senaqueribe em 701 a.C., e finalmente, várias invasões pelo exército Babilônico, culminando no cativeiro final e destruição de Jerusalém em 587 a.C., sob o comando de Nabucodonosor, cumprindo-se assim a profecia de Isaías.

Quando Cristo se aproxima de nossa alma Ele a examina com discernimento agudo. Dele não se zomba, não é possível enganá-lo. 

As exterioridades podem nos enganar, mas nosso Senhor não comete nenhum engano assim, Ele está atento ao fruto que sua vinha está produzindo.

 Ele conhece o fruto seja em que estágio este se achar, Ele nunca confunde uma expressão puramente religiosa com o fluir real do Espírito no coração, jamais confunde graça autêntica com mero emocionalismo.

Ele sabe exatamente quem somos, onde estamos e o que nos motiva e não julga segundo a aparência, mas segundo a verdade.

O cuidado de Deus a favor do seu povo é perfeito, nada lhes falta (Sl 23), ele os esconde debaixo de suas asas (Sl 91), portanto, provê tudo e tem grande esperança que nós frutifiquemos abundantemente. “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador.

Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado.” João 15:1-3.

Subsídio escrito pelo próprio comentarista da Revista, Pastor Claiton Ivan Pommerening.

Site: http://licoesbiblicas.com.br/index.php/2014-11-13-19-35-17/subsidios/jovens/416-06-08-2016jovens – Acesso em 02 de agosto de 2016.

Slides: http://pt.slideshare.net/natalinoneves1/2016-3-tri-lbj-lio-6-parbola-do-castigo-e-exlio-de-jud

Video 1:  EBD NA NET  https://www.youtube.com/watch?v=UUqggdmRjnU

Video 2: https://www.youtube.com/watch?v=Tgpjiadnp4I

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