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LIÇÃO Nº 10 – CONSERVANDO O PODER

Esta lição nos faz relembrar a palavra-tema da UMADEB (União da Mocidade das Assembleias de Deus do Belém) que é PERSEVERANÇA. A palavra do Senhor nos orienta a perseverar, pois assim o faziam os apóstolos, os servos do Senhor:

Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra. (At 6:4)

E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. (At 2:42)

Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo. (Mt 24:13).

E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração. (At 2:46)

E estabelecerei o seu reino para sempre, se perseverar em cumprir os meus mandamentos e os meus juízos, como até ao dia de hoje. (1 Cr 28:7)

Para conservar o poder é mais que necessário aprender a perseverar na oração, na doutrina, na comunhão com os irmãos, mantendo um coração puro e singelo, cumprindo os mandamentos, pois todo aquele que assim o fizer até o fim será salvo. Assim diz o Senhor! Este é o segredo da vitória.

Não há sugestão de nenhum mirabolismo. O Senhor requer de Seus servos a fidelidade e constância: “Sede firmes e constantes, sempre abundantes” […] (I Co 15.58) É isto. Firmeza. Constância. Tal como aquele “fogo que arderá continuamente sobre o altar e nunca se apagará.” (Lv 6.13).

Alguns vivenciam períodos de altos e baixos espirituais, de intensa espiritualidade, atravessados por momentos de fracasso espiritual e mau testemunho.

Estas situações não condizem com as recomendações bíblicas que dizem respeito à perseverança, pois o Senhor nos orienta a vigiar para que não sejamos apanhados em tentação (Mt 26.41). Paulo nos exorta a “não sermos vagarosos no cuidado, mas sermos fervorosos no espírito, servindo ao Senhor.” (Rm 12.11)

O servo do Senhor fala acerca do fervor no espírito, da constante e fundamental renovação espiritual. A renovação do homem interior garante que este homem exterior não se corrompa.

O ato de buscar ao Senhor e manter a mente voltada para as coisas que são de cima, torna-se imprescindível para todo aquele que deseja manter-se e ser puro, buscando o que é mais correto, mais justo, mais santo, até alcançar a estatura de varão perfeito.

É por isto que o mesmo apóstolo, um referencial para os crentes e para os jovens, um imitador de Cristo sugere aos filipenses:

Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.

O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco. (Fp 4:8,9)

Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus.

Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra; (Col 3:1,2)
Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo. (Ef 4:13)

Nesta jornada, em direção aos céus, o crente vai passando por um constante processo de santificação e, sendo purificado pela Palavra, vai alcançando a estatura de vão perfeito, pois a descoberta da vontade de Deus, para sua vida, o conduz a novas dimensões espirituais.

Na carta aos efésios 3.14,15, Paulo relata que estes são os motivos pelos quais se coloca “de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome.” Ele ora pelos efésios especificamente de uma forma singular.

Pôr-se de joelhos diante do Senhor é uma atitude de reverência, é o reconhecimento de todo o Seu Senhorio, Santidade e Onipotência.

Em oração, expomos, diante dEle, todas as nossas inquietações, inseguranças e necessidades, o que mais nos aflige. Se alguém quiser conhecê-las, é só observar o conteúdo de nossas petições.

Quando falamos com o nosso Pai, passamos por um constante processo de santificação, de purificação interna e nossas forças são renovadas.

Daí a necessidade da manutenção deste hábito imprescindível à vivência cristã. É verdade que, nem sempre, podemos nos colocar de joelhos para fazer nossas orações.

Nada impedirá que as tais sejam feitas enquanto estivermos andando, trabalhando, em pé, sentados ou deitados, pois é o espírito quem ora, quem mantém a comunhão com o Pai.

Também não podemos assumir uma postura desleixada ou relaxada enquanto estivermos orando. É preciso que estejamos em completa atitude de reverência enquanto estivermos falando com o Senhor, seja qual for a posição.

O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo.

O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! (Lc 18.11-13)

Naqueles dias Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal; e veio a ele o profeta Isaías, filho de Amós, e lhe disse: Assim diz o SENHOR: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, e não viverás. Então virou Ezequias o seu rosto para a parede, e orou ao Senhor. (Is 38:1,2)

Que o Senhor vos conceda que sejais fortalecidos com poder no homem interior (v.16) para que Cristo habite, pela fé, no vosso coração; a fim de, estando firmados e fundados em amor (v.17), poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade (v.18) e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus (v.19).

John Stott (1998, p.97) afirma que a oração de Paulo está de acordo com a segmentação de uma escada que se inicia pela

1.Força;

2. Amor;

3. Compreensão;

4. Plenitude.

Fortalecidos com poder:

Quando o Espírito Santo vem habitar no coração do crente, Ele concede poder, fortalece este cristão e todos veem que Cristo está presente em seu viver.

Muitos veem que Jesus Cristo mudou seu viver e a obra regeneradora do Espírito Santo está completa. Agora tornou-se templo da Terceira Pessoa da Trindade.

Arraigados e alicerçados em amor:

Os crentes precisam ter as suas raízes firmadas no amor (arraigados). A base, o alicerce da vida cristã está na prática do amor, o principal aspecto do fruto do Espírito.

Ele deve ser o fundamento da edificação da vida cristã. Os filhos de Deus constituem uma nova família cujo traço principal é o amor cultivado entre um e outro. A forma como se cultiva este amor, no seio do povo de Deus, é um dos indícios de maturidade cristã.

Trata-se de uma dádiva concedida pelo Espírito Santo: “Porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.” (Rm 5:5)

Conhecer o amor de Cristo:

Paulo reconhece que precisamos de força e poder. Que a força nos conceda condições para amar e poder para compreender o amor de Cristo, que é imensurável.

Nossas condições humanas nos impedem de entender como se processa a atuação do Espírito no convencimento do pecado e na compreensão do ato divino de conceder tal amor ao homem no estado de pecado.

É o que nos faz lembrar a canção de nº 396 da Harpa Cristã:

Muito além do nosso entendimento Alto mais que todo o pensamento Glorioso em seu sublime intento
É o amor de Deus, sem par

Grande amor! Amor de Deus! Enche a terra e enche os céus! Grande amor! Amor que abrange A todo o mundo e atinge a mim!

John Stott (1998, p. 98) fala sobre este assunto:

Paulo ora que possamos compreender o amor de Cristo em suas plenas dimensões – qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e profundidade desse amor.

Comentaristas modernos nos advertem que não sejamos demasiadamente literais em nossa interpretação, visto que o apóstolo talvez se tenha entregue a um pouco de retórica ou à hipérbole poética.

A mim, porém, parece legítimo dizer que o amor de Cristo é suficientemente largo para abranger a totalidade da humanidade (especialmente os judeus e os gentios), suficientemente comprido para durar por toda a eternidade, suficientemente profundo para alcançar o pecador mais degradado, e suficiente alto para levá-lo ao céu. Rm 8. 38-39:

“Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a

profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo.” Comentaristas antigos foram ainda mais longe.

Viram estas dimensões ilustradas na cruz. A estaca vertical avançava para dentro da terra e apontava para o céu, e o travessão sustinha os braços de Jesus, esticados como que para convidar o mundo inteiro e dar-lhe as boas-vindas. (Stott, 1998, p.98)

Sendo assim, todos os homens estão convidados a provar da dimensão do amor divino e ser salvo. É por causa deste inescrutável amor que passaremos à eternidade e viveremos para sempre com o Senhor.
Enchidos de toda a plenitude de Deus:

Plenitude é a última palavra que vamos analisar e ela está presente não apenas em Efésios, como em Colossenses também: “Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse, (Col 1.19); Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade; E estais perfeitos nele, que é a cabeça de todo o principado e potestade.” (Col 2.9,10)

Stott (1998, p.99) declara que “Paulo nos diz que a plenitude de Deus habita em Cristo, mas que, em Cristo, nós também chegamos à plenitude. Ao mesmo tempo, deixa claro em Efésios que ainda temos espaço para crescer mais.”

Portanto, a plenitude nos fala de crescimento espiritual, de busca pela estatura de varão perfeito, de imitação a Cristo.

A oração para sermos cheios do Espírito Santo envolve a busca da plenitude, de ser inspiração para outros, de oferecer um testemunho verdadeiro, que não sejam apenas de palavras, mas de obras e em verdade.

“E aquele que o viu testificou, e o seu testemunho é verdadeiro; e sabe que é verdade o que diz, para que também vós o creiais.” (Jo 19:35)

O autor já citado (op. cit., p. 100), aponta que o Pai da Família cristã é o Todo- poderoso e responde às orações dos seus filhos. Menciona sete etapas das respostas destas orações:

1. Ele é poderoso para fazer ou para operar, pois Ele não está ocioso, nem inativo, nem morto.

2.Ele é poderoso para fazer o que pedimos, pois escuta a oração e a responde.

3.Ele é poderoso para fazer o que pedimos ou pensamos, porque lê os nossos pensamentos, às vezes imaginamos coisas que não ousamos pedir e então deixamos de pedi-las.

4.Ele é poderoso para fazer tudo quanto pedimos ou pensamos, porque sabe de tudo e tudo pode realizar.

5.Ele é poderoso para fazer mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, pois suas expectativas são mais altas do que as nossas.

6.Ele é poderoso para fazer muito mais, ou mais abundantemente do que tudo quanto pedimos ou pensamos, porque a sua graça não é dada por medidas racionadas.

7.Ele é poderoso para fazer muitíssimo mais, infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, pois é um Deus de superabundância.

Deus opera em nós e por meio de nós. Responde as nossas orações de tal modo que atende além do pedido, além de nossas expectativas, além do que nossa fé poderia alcançar.

Nosso Deus é um Deus misericordioso e compassivo! Seu poder opera em nós, pois o Espírito Santo também em nós habita e, assim, a comunicação com Pai é entronizada e podemos ter a certeza do Seu poder em nossas vidas. Este é o momento de louvar ao Senhor como Paulo:

Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!

Por que quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado?

Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém. (Romanos 11:33-36)

Vivendo fortalecido pelo poder do Espírito Santo, enraizado no amor, conhecendo o amor de Cristo e cheio da plenitude de Deus, o cristão terá condição para prevalecer contra as tentações e perseverar firme na fé que um dia lhe foi concedida. Que o Senhor fortaleça e guie a todos os Seus filhos.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES:

 – As conversas informais sempre são momentos descontraídos nos quais o professor pode conhecer melhor a sua turma e contribuir para o crescimento espiritual de seus alunos.

– Uma das atividades sugeridas é perguntar se os alunos já tiveram uma oração respondida por Deus e o que eles pediram.

– Converse com eles sobre a “mcdonaldização” da nossa sociedade na qual as pessoas querem tudo de modo instantâneo, é o “fast food”, é só pedir que vem pronto e rápido, não dá trabalho pra cozinhar. Mas em nossa vida de oração é diferente, temos que pedir continuamente até receber.

– Fale sobre Isaque que orou durante vinte anos para que Rebeca tivesse filhos:
E era Isaque da idade de quarenta anos, quando tomou por mulher a Rebeca, filha de Betuel, arameu de Padã-Arã, irmã de Labão, arameu. (Gn 25:20)

E Isaque orou insistentemente ao Senhor por sua mulher, porquanto era estéril; e o Senhor ouviu as suas orações, e Rebeca sua mulher concebeu. (Gn 25:21)

E depois saiu o seu irmão, agarrada sua mão ao calcanhar de Esaú; por isso se chamou o seu nome Jacó.

E era Isaque da idade de sessenta anos quando os gerou. (Gn 25:26)

REFERÊNCIAS:

PATZIA, Arthur G. Efésios, Colossenses, Filemon. São Paulo: Vida, 1995 (Col. Novo Comentário Bíblico Contemporâneo).
STOTT, John R. W. A mensagem de Efésios. 5.ed. São Paulo: ABU Editora, 1998 (Col. A Bíblia fala hoje).

Profª. Amélia Lemos Oliveira

Fonte: https://www.portalebd.org.br/classes/juvenis/9986-licao-10-conservando-o-poder-i

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