LIÇÃO Nº 12 – A CONDUTA DO CRENTE EM RELAÇÃO À FAMÍLIA
O modelo bíblico da família reflete a nossa vida espiritual.
INTRODUÇÃO
– Na sequência do estudo da carta de Paulo aos efésios, estudaremos o trecho de Ef.4:17-6:4, em que o apóstolo fala da santidade cristã e dos chamados “deveres domésticos”.
– O modelo bíblico da família reflete a nossa vida espiritual.
I – O NOVO ANDAR EM CRISTO
– O apóstolo Paulo, na parte prática de suas epístolas, sempre se preocupava em aplicar os ensinamentos que havia dado anteriormente, na chamada “parte doutrinária”, ao dia-a-dia dos cristãos, mostrando como aquilo que havia ministrado deveria alterar e modificar o comportamento dos destinatários da sua carta.
– Não nos esqueçamos de que Paulo era o “apóstolo dos gentios” (Rm.11:13) e, portanto, o efeito do Evangelho na vida dos que criam em Jesus era muito maior do que entre os judeus, visto que se tratava de abandono de muitas práticas que estavam arraigadas na vida daquelas pessoas, que nem sequer tinham tido, antes, conhecimento das Escrituras hebraicas que, de certo modo, preparavam a nova aliança em Cristo.
– Por isso, depois de ter ensinado o que era a vivificação em Cristo e que, com ela, se chegava perto de Deus e passava a desfrutar de todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo, era mister mostrar como esta nova posição espiritual alterava o comportamento e a conduta de cada um.
– A primeira observação feita por Paulo é que os destinatários da sua carta, os santos e fiéis em Cristo Jesus (Ef.1:2) não podiam andar mais como os outros gentios, na vaidade do seu sentido (Ef.4:17).
– Os destinatários da carta de Paulo não eram mais espiritualmente gentios. Agora pertenciam à Igreja, este novo povo de Deus (Ef.2:14), e, portanto, ainda que se mantivessem, aos olhos dos homens, pertencentes às mais diversas nações existentes sobre a face da Terra, não podiam mais andar como eles, ou seja, tinham de ter uma nova maneira de viver, que é distinta daquela que haviam recebido de seus pais pela tradição (I Pe.1:18).
– Tanto Paulo quanto Pedro caracterizam a vida dos gentios como sendo uma vida vazia. O apóstolo dos gentios diz que se tratava de uma vida caracterizada pela “vaidade do seu sentido”, enquanto que o portador do evangelho da circuncisão fala de “vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais” e isto ecoa o sábio Salomão que,
no livro de Eclesiastes, em que descreve a vida terrena na perspectiva puramente horizontal (a “vida debaixo do sol”), como sendo “vaidade de vaidades, tudo é vaidade” (Ec.1:2).
– Deus pôs a eternidade dentro do coração do homem (Ec.3:11 ARA/NAA) e, quando o homem deixa de enxergar esta eternidade, deixa de levar em consideração o seu Criador, que é o Eterno (Is.40:28), cria-se, dentro dele, um vazio, que é do tamanho de Deus e que, por conseguinte, só poderá ser preenchido pelo próprio Senhor.
– Em virtude disto, a vida perde completamente o sentido, não há qualquer razão de ser e, neste vazio de sentido, nesta vaidade, como mostra Salomão, no livro de Eclesiastes, corre o ser humano de uma parte para a outra, buscando preencher este vazio com o prazer, com a intelectualidade, com o trabalho, com as riquezas materiais, sendo, porém, tudo em vão.
– Não é de se admirar, pois, que, em nossos dias, haja um vigoroso movimento que procura fazer com que as pessoas tenham uma vida intensa, não parem para refletir, sejam incentivadas e estimuladas a correr atrás do prazer, da fama,
do consumo, das emoções, da agitação, para que criem algum sentido para a vida e, ao mesmo tempo, se crie um total desprezo pela vida, gerando uma verdadeira “cultura da morte”,
precisamente porque, apesar de todos estes apelos, as pessoas não veem sentido na vida, e a prova maior disso é o aumento da depressão, que já se tem tornado uma das principais epidemias mundiais.
– O salvo não pode mais andar como os gentios, porque, enquanto eles procuram apenas as coisas desta vida (Mt.6:31,32), aquele que creu em Jesus e que agora faz parte da Igreja tem uma esperança (Ef.4:4) e sabe que, em Cristo, chegará à estatura completa de Cristo,
por intermédio do seu crescimento no corpo de Cristo (Ef.4:11-16), pois aguardamos o século vindouro (Ef.1:21), no qual todas as coisas estarão congregadas em Cristo, na dispensação da plenitude dos tempos (Ef.1:10).
– Esta é a realidade que muitos estão ainda por descobrir nestes dias trabalhosos em que vivemos.
Muitos ainda não entenderam que somente podemos pertencer à Igreja se mudarmos a nossa maneira de viver, que é imperiosa a “conversão”, ou seja, a “mudança de sentido”, a “mudança de direção” em nossa conduta e comportamento.
Não há salvação se a pessoa se diz serva de Jesus Cristo e continua a praticar as mesmas ações que praticava antes de sua suposta decisão por Cristo Jesus.
– Paulo diz que os gentios estão entenebrecidos no entendimento, ou seja, são pessoas que ainda não puderam ver a luz do evangelho de Cristo (II Co.4:4), seja porque ainda não ouviram a mensagem do Evangelho, seja porque, ao ouvirem-na, não lhe deram crédito (Rm.10:8-17).
Esta realidade é bem ilustrada por John Bunyan no livro “O peregrino” em que Cristão dá crédito a Evangelista e ao livro que este lhe deu para ler, não sendo, porém, seguido por sua família, que não creu que estivesse na Cidade da Destruição.
OBS: Eis o trecho mencionado do livro de Bunyan: ‘…Vi um homem coberto de andrajos, de pé, e com as costas voltadas para a sua habitação, tendo sobre os ombros uma pesada carga e nas mãos um livro (Isaías 64:6; Lucas 14:33;Salmo 38:4; Habacuque 2:2).
Olhei para ele com atenção e vi que abria o livro e o lia; e, à proporção que o ia lendo, chorava e estremecia, até que, não podendo conter-se por mais tempo, soltou um doloroso gemido e exclamou: “Que hei de fazer?” (Atos 2:37 e 16:30; Habacuque 1:2-3).
Neste estado voltou para sua casa, diligenciando reprimir-se o mais possível, a fim de que sua mulher e seus filhos não percebessem sua aflição.
Como, porém, o seu mal recrudecesse, não pôde por mais tempo dissimulá-lo, e, abrindo-se com os seus, disse por esta forma:
“Querida esposa, filhos do coração, não posso resistir por mais tempo ao peso deste fardo que me esmaga.
Sei com certeza que a cidade em que habitamos vai ser consumida pelo fogo do céu, e todos pereceremos em tão horrível catástrofe se não encontrarmos um meio de escapar. O meu temor aumenta com a ideia de que não encontre esse meio.”
Ao ouvir estas palavras, grande foi o susto que se apoderou daquela família, não porque julgasse que o vaticínio viesse a realizar-se, mas por se persuadir de que o seu chefe não tinha em pleno vigor as suas faculdades mentais.…” (O peregrino. Digitalizado por Carlos_Boas, p.2).
– Esta cegueira espiritual faz com que eles, segundo o apóstolo, sejam ignorantes quanto às coisas de Deus, tenham dureza de coração e, como consequência disso, perderam todo o sentimento, entregaram-se à dissolução, para, com avidez, cometerem toda a impureza (Ef.4:18,19).
Não é de se admirar vermos, então, pessoas que vivem pecando e não têm qualquer pudor, aprofundando-se mais e mais no pecado. É o resultado de uma vida sem Cristo.
– Os salvos, porém, não têm esta conduta nem este comportamento. O apóstolo diz que não foi assim que aprendemos a Cristo, se é que o temos ouvido e n’Ele fomos ensinados.
Quem é ensinado por Jesus, despoja-se do velho homem e se reveste do novo homem, que é criado em verdadeira justiça e santidade (Ef.4:20-24).
– O salvo tem de deixar a mentira e falar a verdade, já que foi salvo pela própria Verdade (Jo.14:6).
A salvação traz uma radical transformação na pessoa, de modo que o salvo não pode dar lugar ao diabo, devendo, portanto, resistir a todas as tentações, como também abandonar completamente o pecado, não mais furtando, mas fazendo do trabalho a forma da sua subsistência nesta peregrinação terrena, inclusive para repartir com quem tem necessidade (Ef.4:25-28).
– O apóstolo também afirma que não pode sair de nossa boca nenhuma palavra torpe mas só palavra que for boa para promover a edificação para que dê graça aos que a ouvem, não podendo, também, o salvo entristecer o Espírito Santo de Deus, no qual estamos selados para o dia da redenção (Ef.4:29,30).
– A vida espiritual do cristão também não pode ter amargura, ira, cólera, gritaria, blasfêmias nem malícia, tudo isto deve ser retirado da vida do salvo, que, aprendendo com Cristo, irá ser este novo homem, que despoja todas as estas qualidades, que são características de quem vive separado da vida de Deus (Ef.4:31).
– O salvo, que integra o corpo de Cristo, deve ser benigno, misericordioso em relação aos outros, como também deve perdoar, assim como Deus o perdoou em Cristo (Ef.4:32).
– O salvo deve ser um imitador de Deus, como filhos amados, andando em amor. E o amor aqui não é um sentimento, mas, sim, um comportamento, significa repetir o que Jesus fez por nós.
E o que o Senhor fez por nós? Entregou-Se a Si mesmo em oferta e sacrifício a Deus em cheiro suave (Ef.5:2).
– Temos tido este amor sacrificial em relação ao próximo e a Deus durante nossa peregrinação terrena? Estamos dispostos a dar as nossas vidas em prol de Cristo e do próximo?
– O salvo, também, não pode sequer mencionar a prostituição, impureza ou avareza, que dirá viver nesta situação, até porque todos os que praticam tais coisas não têm herança no Reino de Cristo e, portanto, não há como ser salvo sem ter a perspectiva do Reino de Cristo, do século vindouro, da dispensação da plenitude dos tempos (Ef.5:3-5).
Quem pratica tais coisas constitui-se em filho da desobediência e chama para si a ira divina (Ef.5:6).
– O salvo em Jesus Cristo não pode ser companheiro de quem está nas trevas, porque agora somos filhos da luz, já que somos filhos de Deus por adoção em Jesus Cristo (Ef.1:5), e Deus é luz, não havendo n’Ele trevas nenhumas (I Jo.1:5).
Aliás, na carta contemporânea aos colossenses, o Paulo afirma que fomos tirados da potestade das trevas e transportados para o reino do Filho do Seu amor (Cl.1:13), ou, como diz Pedro, para a Sua maravilhosa luz (I Pe.2:9).
– Não há, pois, qualquer possibilidade de convivência entre a conduta praticada antes da salvação e a que se segue após termos sido salvos por Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Há uma total oposição entre os dois modos de vida, pois antes éramos trevas e agora somos luz do Senhor, devendo andar como filhos da luz (Ef.5:6).
– Nos dias difíceis em que estamos a viver, muitos se insurgem contra o “radicalismo”, também, por vezes, chamado de “fanatismo”, daqueles que ainda defendem uma total distinção entre o salvo e o perdido, o crente e o incrédulo, não aceitando qualquer compartilhamento de costumes, hábitos ou procedimentos que exista entre estes dois grupos.
– Todavia, quando vemos um texto como o que estamos a apreciar agora, vemos que é esta a postura bíblica a respeito.
Éramos trevas, agora somos luz e comunhão alguma há entre trevas e luz (II Co.6:14), de modo que não pode haver qualquer convivência entre os dois modos de viver.- Paulo diz que o fruto do Espírito está em toda bondade, justiça e verdade.
Quem é salvo, nasce de novo (Jo.3:3) e esta nova natureza é completamente alheia ao pecado, provém de Deus (I Jo.3:6) e, portanto, é feita em bondade, pois Deus é bom (Mt.19:17; Mc.10:18; Lc.18:19), em justiça e em verdade (Ef.4:24).
– Os filhos da luz aprovam o que é agradável ao Senhor, isto porque negaram a si mesmos (Mc.8:34; Lc.9:23) e, agora, estão simplesmente querendo agradar a Deus e não mais aos homens (Gl.1:10), pois não mais vivem, mas Cristo vivem neles (Gl.2:20),
porque agora vivem para Deus (Rm.6:10). Não é por outra razão que serão arrebatados e atingirão a glorificação, porque, a exemplo de Enoque, alcançarão testemunho de que agradaram a Deus (Hb.11:5).
– O salvo não deve compartilhar com as obras infrutuosas das trevas, mas, antes, condená-las, porque tudo quanto fazem, inclusive o que é oculto, é torpe no simples fato de serem elas mencionadas (Ef.4:12).
– É interessante notar que aqui o apóstolo nos mostra como o mundo é enganador. Muitas das coisas feitas no pecado são aparentemente secretas, feitas em oculto, mas o apóstolo afirma que tudo será manifestado pela luz, porque a luz tudo manifesta e condena o que é feito contra a vontade de Deus, até porque o próprio Deus é luz (Ef.4:13).
Portanto, não devemos nos enganar com as palavras malignas que prometem que nada será descoberto e que se pode viver uma vida dupla.
– É preciso que demonstremos ter vida espiritual, que não sejamos como os gentios, que estão mortos em seus delitos e pecados (Ef.2:1) e, para isso, o apóstolo conclama todos a despertarem e se levantar dentre os mortos,
que Cristo nos esclarecerá e, com este esclarecimento, haveremos de andar como sábios, remindo o tempo, entendendo qual seja a vontade do Senhor, não se embriagando com o vinho, em que há contenda, mas se enchendo do Espírito (Ef.4:14-18).
– Mais uma vez, o apóstolo mostra que a vida espiritual é uma continuidade, pois, afirma que devemos levantar dentre os mortos, o que corresponde à salvação, mas fala da necessidade de, após o levantamento, sermos esclarecidos por Cristo,
o que nos fala da santificação progressiva, que nos leva a ter um andar prudente e sábio, remindo o tempo, ou seja, aproveitando o tempo, prova de que se trata de uma atividade continuada, permanente, ao longo dos dias de nossa peregrinação terrena.
– O apóstolos dos gentios considera ser sensatez este aprendizado com o Senhor, de modo a que nós compreendamos qual seja a vontade do Senhor e, fazendo isto, alcancemos um outro patamar em nosso relacionamento com Deus, a saber, a plenitude do Espírito Santo.
– A plenitude do Espírito Santo mostra-nos, claramente, que, além da salvação, estão à disposição do salvo o batismo com o Espírito Santo e os dons espirituais. Precisamos buscar nos encher do Espírito e não nos embriagarmos com as coisas desta vida, simbolizado pelo vinho.
– O apóstolo diz que a vida plena do Espírito Santo, que leva as pessoas a falar entre eles com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor em nosso coração, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, sujeitando-nos uns aos outros no temor de Deus (Ef.5:19,20).
II – O RELACIONAMENTO CONJUGAL
– Depois de ter mostrado como o viver do cristão deve ser diferente do do gentio, Paulo, que já havia dito que o salvo pertence à “família de Deus” (Ef.2:19), começa a mostrar como deveria ser a vida familiar segundo a vontade de Deus, qual o modelo divino da família que, nas culturas gentílicas, estava completamente deturpado.
– Paulo começa dizendo que as mulheres deveriam se sujeitar ao marido como ao Senhor (Ef.5:22), mais uma das expressões que as feministas gostam de mencionar para dizer que a Bíblia, e o apóstolo dos gentios em especial, é machista.
– Nada mais falso. Paulo não é machista, muito menos as Escrituras. Se fosse assim, como explicar, como afirma o sociólogo estadunidense Rodney Stark (1934- ), que, desde o início, a maioria dos cristãos era constituída de mulheres, porque a doutrina cristã era a que mais enaltecia e respeitava a figura feminina?
Aliás, já no ministério terreno de Jesus, as mulheres constituíam senão a maioria, parte considerável da multidão que O acompanhava (Lc.8:2,3).
– O fato é que, como em todo o lugar, na família é necessário que haja uma liderança e como toda família se constitui de um casamento entre um homem e uma mulher (como fica implícito em Ef.5:22), um há de ser o líder, o chefe, a cabeça do casal, enquanto o outro lhe ficará sujeito.
– O homem foi criado por Deus para esta função, não só porque veio primeiro que a mulher, mas também porque a mulher foi criada para ser adjutora, papel que não é a de protagonista, mas de coadjuvante.
– No entanto, e para demonstrar como a vida cristã é totalmente diferente da gentílica e, mesmo, da judaica, Paulo diz que a sujeição da mulher deve ser igual à sujeição ao Senhor (Ef.5:22).
– Esta observação de Paulo afasta totalmente qualquer ideia de machismo, pois a mulher deve se sujeitar ao marido, assim como os salvos se sujeitam a Cristo. O que nos leva a nos sujeitar a Cristo? O nosso amor por Ele!
– Nós resolvemos nos sujeitar a Jesus porque Ele nos amou primeiro (I Jo.4:19) e provou este amor para conosco morrendo por nós quando ainda éramos pecadores (Rm.5:8).
Diante de tamanha prova de amor, nós renunciamos a nós mesmos e passamos a querer viver segundo a vontade do Senhor Jesus.
– Assim, quando o apóstolo diz que as mulheres devem se sujeitar a seus maridos assim como nos sujeitamos a Cristo, exige dos maridos a mesma prova de amor sacrificial que Cristo demonstrou e, deste modo, fazer com que suas mulheres, diante de tamanha prova de amor, sujeitem-se aos planos e projetos delineados pelos seus maridos, aceitem a sua liderança.
– Paulo diz que o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo Ele próprio o salvador do corpo (Ef.5:23).
– Cabe ao marido, portanto, a liderança da família, a tomada de decisões, o comando da casa, mas isto deve ser feito com a inteligência, com o raciocínio, com argumentações, com conhecimento.
Cristo edificou a Igreja, morreu para criá-la e constituiu nela ministros para que promovam a sua edificação em amor (Ef.4:11-16).
– Pois bem, de igual maneira, o marido deve construir o lar, constitui ajudantes que possam promover a edificação em amor, o atingimento das metas, objetivos e finalidades previamente estabelecidos pelo próprio marido.
– Quando se diz que o marido é a cabeça da mulher, está-se a dizer que cabe ao marido a tarefa de planejar, projetar e elaborar o plano de vida da família, usando para isso de todo o seu conhecimento, inteligência e sabedoria.
– Ao contrário do que havia entre os gentios, em que o “pai de família” tinha direito de vida e morte sobre tanto a mulher quanto os filhos, aqui, no modelo divino de família,
o marido tem o ônus de fazer os projetos e planos, tendo como exemplo o domínio de Cristo sobre a Igreja, domínio este que não é feito com ameaças, com violências, com intimidações, mas tão somente por intermédio do amor.
– O marido é a cabeça da mulher e, na cabeça, nós vemos que há o cérebro e, na parte externa, temos as orelhas, os olhos, o nariz e a boca.
Ora, para que o marido tome a sua decisão, mister se faz, antes de tudo, projetar, planejar (cérebro); depois, ouvir todos os envolvidos, pois, na multidão de conselheiros há segurança (Pv.11:14); confirmação de projetos (Pv.15:22) e vitória (Pv.24:6).
– Perceba-se que, ao vermos uma cabeça, logo notamos que a parte superior é o cérebro e logo depois, as orelhas e os olhos.
Depois de elaborar seu plano, o marido deve ouvir os demais familiares, a começar da sua mulher, como também ver o que se passa à volta e, neste passo, a presença da mulher é fundamental, porque a natureza da mulher é de perceber os detalhes, os pormenores, o que, muitas vezes, escapa ao homem.
– Em seguida, temos o nariz, que nos faz sentir o cheiro. O que se pensa em fazer, o que se projeta é cheiro suave ao Senhor, já que precisamos, a exemplo de Cristo, nos entregar em oferta e sacrifício a Deus em cheiro suave (Ef.5:2)?
– Só, então, é que chega a boca, de onde sai a ordem, a determinação, de onde se comunica a decisão tomada, decisão que não é fruto de um capricho ou de imposição do marido, mas, antes, o resultado de um projeto saído de dentro da mente do marido, sobre o qual se manifestam os demais familiares e que, depois de passado pelo crivo do “cheiro suave”, concretiza-se numa atitude a ser tomada por todos os familiares.
– É de se observar que, quando fala da mulher e do marido na primeira carta de Paulo aos coríntios, ele ainda diz que Cristo é a cabeça de todo o varão (I Co.11:3),
de modo que até os projetos que são elaborados pelo marido devem provir de uma vida de comunhão com o Senhor, de modo que já na sua elaboração, vemos que o marido não pode agir sem o temor a Deus, sem que, antes, se procure entender qual é a vontade do Senhor (Ef.5:17).
– A sujeição, ou submissão, da mulher ao marido nada mais é que a mulher se pôr debaixo da missão estabelecida pelo marido, missão esta que, como vimos, é resultado desta comunhão do marido com Cristo e, além disto, da prévia escuta das opiniões de todos os membros da família a respeito do que se pretende fazer, antes que sejam tomadas as decisões.
– Observemos que, na história sagrada, a vida conjugal de Abraão e Sara é mostrada como um intenso diálogo que havia entre ambos os cônjuges (Gn.16:1,2; 20:5; 21:9-13), que antes debatiam antes que Abraão tomasse a sua decisão.
O fato de Sara chamar seu marido de senhor (I Pe.3:6), reconhecendo sua autoridade, de modo algum a obrigava a se calar ou a impedia de dar a sua opinião antes que as decisões fossem tomadas.
– Assim, o que se observa, pois, é que a ordem de sujeição da mulher ao marido nada mais é que o resultado da necessidade de se ter um líder na família, e este líder é o marido, que foi criado por Deus com tal função, liderança, porém,
que não é ditatorial ou autoritária, mas, sim, necessariamente dirigida por Cristo e que, antes da tomada de decisão, exige, por parte do marido, a prévia oitiva de todos os integrantes da família, a começar da própria mulher.
– No que respeita ao próprio marido, diz o apóstolo que os maridos devem amar as suas mulheres, como também Cristo amou a igreja e a Si mesmo Se entregou por ela (Ef.5:25).
– Mais uma vez se observa que ao marido é determinado o mesmo comportamento de Cristo. A mulher somente se sujeita ao marido se ele se comportar como Cristo, se demonstrar seu amor a ela e este amor é explicitamente determinado nesta passagem.
– O marido tem de tomar a iniciativa do amor, assim como Cristo o fez (I Jo.4:19). Ele deve amar primeiro, e amar nada mais é que demonstrar com atitudes a disposição de se sacrificar pelo bem-estar da mulher e dos filhos.
– O marido deve, ainda antes do casamento, mostrar à mulher que ela pode se sentir segura, que ele está disposto a se sacrificar por ela, para buscar o seu bem-estar em todas as áreas da vida.
O marido deve tomar a iniciativa e, com estas ações, provará que ama a mulher e ela, certamente, se submeterá a ele.
– Paulo afirma que Jesus, além de Cristo Se entregar pela igreja, fê-lo para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela Palavra, para a apresentar a Si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, sem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível (Ef.5:26,27).
– O marido deve, também, preocupar-se em fazer de sua mulher uma exemplar serva de Deus, buscando santificar a sua mulher (I Co.7:14), ou seja, tomar sempre decisões que permitam que não só sua mulher mas seus filhos se aproximem mais e mais de Deus, fazendo com que tenham um testemunho que agrade a Deus e os torne candidatos ao arrebatamento (Hb.11:5).
– É neste sentido, aliás, que o marido deve ser considerado um sacerdote no lar, visto que é ele, que tem Cristo como sua cabeça, que deve tomar a iniciativa de aproximar as demais pessoas da família a Deus, promovendo a sua santificação.
– É certo que a mulher, em seu papel de mãe, e que fica mais próxima à prole, deve ser a responsável pela educação doutrinária de seus filhos, máxime quando o marido não for servo de Deus, a exemplo do que fizeram Loide e Eunice com relação a Timóteo (At.16:1; II Tm.1:5; 3:15).
– Este amor do marido deve ser tal que o apóstolo diz que ele tem de amar a sua mulher como ao seu próprio corpo, como a si mesmo (Ef.5:28), a nos mostrar que o marido deve preservar a vida da sua mulher como a sua própria, lutando para que se mantenha, em todas as ocasiões, a família.
– Também é dito que o marido deve alimentar e sustentar a mulher, assim como Cristo sustenta e alimenta a Igreja.
Temos aqui uma situação que é hoje muito rara, porquanto as mulheres têm entrado no mercado de trabalho e já são poucos os casos em que o sustento da casa fica apenas nas mãos do marido.
– A atual situação social não é conveniente, pois nada que contraria o que é dito nas Escrituras Sagradas pode ser considerado bom ou elogiável.
A mulher no mercado do trabalho não encontrou a tão desejada “independência” ou “igualdade social”.
Na verdade, a entrada da mulher no mercado diminuiu o valor dos salários, permitindo, assim, que as desigualdades sociais persistissem.
– A mulher, por sua vez, acabou ganhando uma “dupla jornada de trabalho”, pois passou a trabalhar tanto em casa como fora dela e o prejuízo à educação das crianças foi nefasto e terrível, porquanto as crianças passaram a ser criadas ou por avós ou outros parentes,
ou por babás ou creches, o que resulta num enfraquecimento perigoso do papel da família na formação das pessoas, gerando um quadro de desestruturação extremamente danoso para a vida em sociedade.
– O apóstolo, ainda, retoma o princípio da vida familiar, assim como estabeleceu o Senhor Jesus (Mt.19:4,5), reafirmando que a família somente pode ser formada correta e legitimamente através do casamento entre um homem e uma mulher (Ef.5:31), algo que, também, em nossos dias, tem sido negligenciado pela esmagadora maioria da população, o que intensifica os problemas de desestruturação familiar que tanto mal têm causado à sociedade.
– Marido e mulher que servem a Deus devem primar para que os princípios bíblicos, que são os princípios divinos sejam seguidos.
Assim, marido e mulher devem ambos trabalhar somente se isto for extremamente necessário para a sobrevivência do casal, devendo ser evitada a separação da mãe na criação dos filhos, ao menos durante a infância,
sempre que isto não representar o comprometimento da própria manutenção, o que representará uma reavaliação do orçamento doméstico e de um padrão que fuja do consumismo desenfreado, que, muitas vezes, é o responsável pela “necessidade” de ambos trabalharem.
– O apóstolo termina dizendo que o marido deve amar particularmente a sua própria mulher como a si mesmo e que a mulher deve reverenciar o seu marido, ou seja, a sujeição e a reverência da mulher ao marido nada mais é que reação ao amor, à iniciativa de amor apresentada pelo marido.
– Uma conduta totalmente diversa da que existia entre os gentios, onde o marido tinha poder de vida e de morte sobre suas mulheres (sim, porque a poligamia não era vedada em vários lugares), mulheres que eram nada mais nada menos que meros objetos de prazer, sem qualquer direito ou consideração.
Bem por isso, aliás, eram as mulheres particularmente atraídas pela pregação do Evangelho.
– Em nossos dias, em que mesmo os países de cultura cristã têm abandonado cada vez mais o modelo bíblico da família, vemos a condição terrível e lastimável em que se encontram as mulheres na sociedade,
como denunciam até mesmo documentos oficiais da Organização das Nações Unidas, que tem sido uma das promotoras do feminismo crescente, que dão conta, por exemplo, de que as mulheres são as principais vítimas do tráfico de pessoas na atualidade,
tráfico este que já movimenta muito mais recursos que o tráfico de negros durante todos os séculos em que ele foi especialmente ativo.
OBS: “…O tráfico mundial de meninas e mulheres, principais vítimas deste tipo de crime, corresponde a 70% dos casos registrados.
Na maioria dos casos ela acabam usadas para fins de exploração sexual, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU).
A informação é de Vera Vieira, da Associação Mulheres pela Paz Vera Vieira, em entrevista à Rádio Brasil Atual.
Nesta quinta-feira (7), Vera participou do painel público de debate Tráfico de Mulheres e Meninas: educação popular feminista para implementar políticas públicas, em Santo André, no ABC paulista.
Segundo ela, o tráfico de pessoas humanas é o terceiro crime mais rentável do mundo, lucro esse estimado pelo Parlamento Europeu em € 117 bilhões.
O fato de essas mulheres e meninas estarem, em sua maioria, vulneráveis socialmente, justifica elas serem atraídas por falsas promessas de emprego e acabarem sendo forçadas à exploração.…” (Meninas e mulheres são as principais vítimas do tráfico de pessoas pelo mundo. Disponível em: https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2019/02/meninas-e-mulheres-sao-as-principaisvitimas-do-trafico-de-pessoas-pelo-mundo/ Acesso em 06 mar. 2020).
– O afastamento do modelo bíblico, portanto, não representou qualquer benefício às mulheres e desmantelou importantes pilares da vida familiar e, por conseguinte, da vida em sociedade, com enormes prejuízos a todos.
– Um aspecto importante desta análise do apóstolo é que a família, no relacionamento conjugal, apresenta-se como uma figura do relacionamento entre Cristo e a Igreja, o que explica, aliás,
o porquê da luta do inimigo das nossas almas para desfigurar o modelo bíblico de família, exatamente para que não se saiba como deve ser o casamento e, deste modo, se entenda como devem os cristãos se relacionar com seu Senhor e Salvador.
– Uma unidade formada pelo amor, em que o marido tem a iniciativa do amor e a mulher responde com a sujeição.
Assim deve ser o relacionamento conjugal segundo a vontade de Deus e, igualmente, desta maneira deve ser o relacionamento entre Cristo e a Igreja.
– Nosso Senhor e Salvador tomou a iniciativa do amor, morreu por nós, e, agora, toma as providências para que sejamos santificados e nos mantenhamos em santificação até o dia do arrebatamento, cabendo a nós fazer a Sua vontade e a reverenciá-l’O, sujeitando-se em tudo às Escrituras e ao Senhor Jesus Cristo. Temos feito isto?
– O apóstolo estende aos gentios um dos dez mandamentos, o quinto mandamento, que manda honrar pai e mãe, mas, na forma como o Senhor Jesus fez no sermão do monte, ao trazer a lei do reino de Deus, levando-o ao seu significado mais completo, à perfeição.
– Aqui, além de dizer que os filhos devem obedecer aos pais, devem fazê-lo no Senhor, ou seja, nega-se aos pais o direito de vida e de morte que era reconhecido na maior parte dos países, na maior das culturas gentílicas, inclusive a romana.
– Os filhos são reconhecidos como seres humanos, como dotados de dignidade própria, embora tivessem que se submeter aos seus pais, que são os coparticipantes da nossa própria criação, juntamente com o Senhor, daí porque devem ser honrados e obedecidos, pois são a primeira autoridade terrena que Deus institui sobre nós, daí porque se tratar de uma atitude justa.
– Esta obediência deve ser feita no Senhor, ou seja, os pais não devem ser obedecidos quando suas ordens contrariarem a Palavra de Deus, pois mais importa obedecer a Deus do que aos homens (At.5:29).
Era efetivamente uma grande novidade, a mostrar, claramente, que estamos em um novo povo, a Igreja, que é regida por leis próprias.
– Nos dias hodiernos, esta questão da obediência aos pais tem sido questionada em muitos lugares, o que não pode ser, em absoluto, aceito por parte da Igreja.
O princípio da autoridade é fundamental para a convivência pacífica e harmoniosa entre as pessoas e tudo começa com a obediência aos pais.
– A rebeldia é como o pecado de feitiçaria (I Sm.15:23) e algo que é próprio e peculiar do inimigo de nossas almas, que foi o primeiro rebelde, de modo que não podemos admitir a aprovação de leis que diminuam o poder dos pais sobre os filhos, como, por exemplo, a malfadada “lei da palmada”.
– O apóstolo lembra que a honra aos pais é o primeiro mandamento com promessa, de modo que, além de trazer paz social e uma convivência harmoniosa, a observância deste mandamento permite que os filhos tenham uma vida longeva sobre a face da Terra,
longevidade que não deve ser interpretada apenas como quantidade de anos de vida, mas, também, como uma qualidade melhor de vida, pois Paulo lembra que a promessa é que os filhos irão bem, ou seja, terão uma boa vida qualitativa e quantitativa.
– Em seguimento à contrariedade que existia entre o modelo bíblico e a maior parte dos modelos culturais gentílicos, é dito que os pais não podem provocar a ira aos seus filhos,
mas devem criá-los na doutrina e admoestação do Senhor, o que é, como já falamos, uma grande limitação para quem tinha, segundo a vã maneira de viver tradicional, direito de vida e morte sobre os filhos.
– Os pais devem exercer a autoridade, mas jamais devem provocar a ira a seus filhos, ou seja, não devem tomar atitudes que gerem revoltas, mágoas, ressentimentos junto a seus filhos, o que perturbará o relacionamento entre pais e filhos ao longo dos anos.
Muitos pais hoje, na velhice, sofrem um tratamento cruel por parte de seus filhos, que, muitas vezes, os abandonam ou os deixam asilados sem qualquer contato ou assistência, precisamente porque estão colhendo, na terceira idade, no final da vida, toda a ira que plantaram quando estavam no vigor de suas vidas e seus filhos eram menores indefesos.
– Os pais, em vez de agirem de modo carnal, querendo prevalecer sobre os filhos, devem, isto sim, criá-los na doutrina e admoestação do Senhor.
No texto sagrado, temos belíssimos exemplos de pais que souberam ensinar o caminho do Senhor para seus filhos e tal educação trouxe excelentes resultados não só para os filhos mas para o povo de Deus como um todo, como é o caso de Moisés, ensinado em sua primeira infância por sua mãe Joquebede; Timóteo, ensinado por sua avó Loide e sua mãe Eunice.
– Mas, também, temos exemplos de pais que foram extremamente negligentes no ensino de seus filhos e, apesar de serem grandes homens de Deus, nesta sua negligência, fizeram com que seus filhos trouxessem grandes prejuízos ao povo, como foi o caso de Salomão que,
ante a educação negligente que lhe deu seu pai Davi, mesmo tendo pedido e obtido sabedoria de Deus, acabou por enveredar pelo caminho da multiplicação de mulheres que o levaram à idolatria e, mesmo ele tendo se arrependido,
acabou levando à divisão de Israel em dois reinos, ou de Manassés, que não foi devidamente educado por seu pai Ezequias e que acabou por selar o destino de Judá para o cativeiro ante a enormidade de pecados que cometeu e levou o povo a praticar (Jr.15:4).
– São os pais que devem ensinar a sã doutrina para seus filhos e o fazendo, ainda quando envelhecerem os filhos não se esqueceram do que aprenderam (Pv.22:6).
Israel só existe como nação até os dias de hoje porque, geração após geração, os pais têm ensinado a lei para seus filhos e, mesmo sem ter templo, sem ter, até bem pouco tempo, sequer território próprio para se estabelecer,
a cultura judaica tem se mantido existente e não tem sido assimilada pelas outras nações, porque a família continua sendo o principal local de ensino da lei, conforme havia sido ordenado pelo Senhor (Dt.6:6-9; 11:18-21).
– Não é, entretanto, o que temos visto em nossos dias na Igreja. Os pais têm “terceirizado” a criação dos filhos para avós, parentes, babás e creches, bem como a educação doutrinária para a Escola Bíblica Dominical.
O resultado disto é que, em muitos lugares, as igrejas locais estão se extinguindo, porque as novas gerações não são ensinadas no caminho do Senhor e cedo se enveredam pelo mundo.
Este fenômeno, já tão instalado na Europa e Estados Unidos, já está dando os seus primeiros sinais no Brasil.
– Não há como dizermos que a Escola Bíblica Dominical pode dar o devido ensino doutrinário a nossos filhos, se ela se realiza, no máximo, duas horas por semana, enquanto que a mídia e o perverso sistema educacional têm dezenas e dezenas de horas por semana para tentar influenciar nossas crianças, adolescentes e jovens, máxime no Brasil,
onde estão os mais altos índices de permanência ininterrupta junto à mídia, uma média de nove horas e quatorze minutos diários na internet e não menos de quatro horas diárias nas escolas, que hoje, sabemos todos, estão infestadas de inúmeras ideias anticristãs.
– O resultado disto tudo é que os filhos não são instruídos no caminho do Senhor e são facilmente influenciados por todo o espírito anticristão presente nas mídias e no perverso sistema educacional, levando-os a um verdadeiro ódio ao Evangelho e aos valores morais por ele defendidos.
– Como se isto fosse pouco, oportunistas e falsos mestres conseguem arrebanhar em volta de si milhares e milhares de jovens num falso evangelho, onde não há qualquer comprometimento com a sociedade, onde apenas se tenta “dourar” ou “embalar” as mazelas e atitudes pecaminosas praticadas por estas novas gerações desencaminhadas, fazendo-as achar que “estão servindo a Deus”, quando, na verdade, estão sendo iludidas por falsos mestres.
– Urge restabelecermos os “deveres domésticos”. É imperioso que voltemos à Palavra de Deus, que cumpramos a Bíblia Sagrada e tomemos atitudes de verdadeiros servos do Senhor.
Os verdadeiros salvos vivem, em família, conforme o modelo bíblico e só assim, poderemos fazer de nossas famílias o reflexo do ambiente celestial, o lugar da bênção, como é o propósito divino para esta instituição.
– Não nos esqueçamos que o relacionamento entre pais e filhos deve ser o reflexo do relacionamento que há entre o Pai e o Filho, um relacionamento em que o Filho foi obediente até a morte e morte de cruz (Fp.2:8) e onde o Pai jamais faltou com o Seu amor (Mt.3:17; 17:5; Mc.1:11; 9:7; Lc.3:22; 9:35; Jo.16:32; II Pe.1:17). Tem sido o relacionamento encontradiço em nossas casas? Pensemos nisto!
Ev. Caramuru Afonso Francisco
Fonte: https://www.portalebd.org.br/classes/adultos/5347-licao-12-a-conduta-do-crente-em-relacao-a-familia-i