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LIÇÃO Nº 2 – O AVIVAMENTO NO ANTIGO TESTAMENTO

INTRODUÇÃO

– Deus quer que os homens se salvem e, por isso, nunca permitiu que o torpor espiritual se mantivesse prejudicando a humanidade.

– Deus sempre providenciou o avivamento de Seu povo.

I – O AVIVAMENTO ESPIRITUAL ANTES DA VINDA DE CRISTO AO MUNDO

– Quando se fala em avivamento espiritual, muitos associam esta circunstância apenas à Igreja, à dispensação da graça, que, aliás, é também conhecida como “dispensação do Espírito”, precisamente porque teve início com o derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes.

– Entretanto, tal concepção não corresponde à realidade, não sendo, aliás, sem motivo que a única referência bíblica com termo “avivamento” se encontre precisamente no Antigo Testamento, no livro do profeta Habacuque, onde também temos a única referência à palavra “fé”.

– Se, como já vimos na lição passada, “avivamento” é uma retomada da vida espiritual, uma intensificação do relacionamento com Deus, é evidente que isto não se circunscreve ao tempo da Igreja, visto que o ser humano foi criado precisamente para viver em comunhão com o seu Criador.

– O “avivamento”, portanto, é toda medida que tem por finalidade reaproximar o homem de Deus, fazê-lo tornar à comunhão com o Senhor e Deus sempre quis ter esta proximidade com o homem, tanto que, antes do pecado, ainda no Éden, reservava um momento de intimidade com o primeiro casal na viração do dia (Gn.3:8).

– Notamos, de pronto, que a vida espiritual é uma vida de contínuo crescimento, de incessante intensificação de nossa comunhão com o Senhor, até porque Deus é infinito e nós, seres finitos;

Ele é Criador, nós, criaturas, de forma que nunca alcançaremos a plenitude da comunhão com o Senhor, e bem por isso Ele nos dá a vida eterna, para com Ele habitarmos e com Ele aprendermos para sempre (Ap.21:3).

– Com a entrada do pecado no mundo (Rm.5:12), necessário se fez que o Senhor providenciasse a salvação do homem (Gn.3:15), o que dá estava previsto por Deus desde antes a fundação do mundo, e, deste modo, o Senhor teve de providenciar o novo nascimento, a retomada da vida, visto que o pecado traz a morte (Rm.6:23),

como também a intensificação contínua desta vida, vez que a tendência é sempre o distanciamento, ante a pecaminosidade do homem, que herdou a natureza pecaminosa dos primeiros pais (Cf. Gn.5:3; Rm.5:12).

– Deste modo, além de operar na consciência de cada ser humano (Rm.2:12-16), como fez com Caim (Gn.4:8-16), o Senhor começou a levantar profetas, para conclamar o povo ao arrependimento de seus pecados, para que obedecessem a Deus e alcançassem a salvação de suas almas, mediante a crença na promessa da vinda do Redentor (Hb.1:1), pois era no Salvador que estava a vida (Jo.1:4).

– Deste modo, por meio dos profetas, o Senhor procurou levar o povo ao conhecimento da verdade e da justiça, buscando, assim, promover a comunhão dos homens com Ele, que é a vida, e, portanto, tais movimentos iniciados pelo Senhor em direção ao homem são verdadeiros avivamentos, pois buscavam, por meio da Palavra de Deus, fazer com que os homens retomassem a comunhão com o Senhor, fossem buscá-l’O, abandonando a sua maneira pecaminosa de viver.

– Na geração antediluviana, a insensibilidade ao chamado divino foi imensa. Nem Enoque nem Noé conseguiram levar o povo, com suas mensagens, ao arrependimento e o resultado de tal dureza de coração foi a destruição de toda aquela geração. Não tivemos nenhum avivamento neste período.

– Após o dilúvio, a rebeldia persistiu e até se intensificou. Os homens, deliberadamente, resolveram se rebelar contra Deus, negando espalhar-se pelo planeta e o Senhor confundiu as línguas, obrigando-se a se espalhar, surgindo, então, daquela comunidade única, as nações, todas elas rebeldes contra Deus.

– Ante tal estado de coisas, o Senhor, então, chama Abrão, em Ur dos caldeus, para dele fazer uma grande nação, que servisse de reino sacerdotal e povo santo dentre todas as nações, uma nação que servisse a Deus, que tivesse comunhão com Ele e que revelasse o Senhor a todos os povos, de onde viesse o Salvador (Gn.12:1-3).

– Abraão, Isaque e Jacó já mostraram ao mundo a comunhão que tinham com o Senhor. Apesar das vicissitudes próprias da pecaminosidade humana, revelaram-se diferentes das demais pessoas, anunciando, por meio de suas vidas, o Senhor e se desprendendo completamente desta terra, buscando a pátria celestial (Hb.11:9-16).

– Formado o povo de Israel, que fora mandado por Providência Divina para o Egito para ali poder se multiplicar e terminar a sua formação (Gn.50:19,20), já teve Deus de promover um “avivamento”, pois o povo já se envolvera perigosamente com os costumes dos egípcios (Ez.20:5-10).

– Para tanto, o Senhor permitiu a opressão sobre Israel no Egito, fazendo com que eles passassem a buscar a Deus e a clamar por libertação (Ex.3:7-9), tendo, então, mandado Moisés para realizar tal tarefa, demonstrando todo o Seu poder para mostrara Israel que era Ele o único e verdadeiro Deus e não os supostos deuses egípcios (Nm.33:3,4).

– Ao mostrar o Seu poder, o Senhor, então, liberta o Seu povo, fazendo-o entrar em comunhão com Ele, por meio da instituição da Páscoa, e, posteriormente, mediante a travessia do Mar Vermelho, que consuma a libertação (I Co.10:1-4).

– Inobstante, entre a libertação e a chegada ao monte Sinai, onde deveriam estabelecer uma aliança com Deus para ser a Sua propriedade peculiar entre os povos (Ex.19:5,6), onde deveriam adorar a Deus (Ex.3:12), Israel falhou por sete vezes em crer em Deus, demonstrando, assim, toda a sua incredulidade e a incapacidade de firmar, pela fé, assim como fizeram os patriarcas, a sua comunhão com o Senhor.

OBS: Assim elenca as sete demonstrações de incredulidade o Talmude, o segundo livro sagrado do judaísmo:

“…É ensinado em um baraita [ensino rabínico, observação nossa] que Rabi Yehuda diz: Nossos ancestrais tentaram o Santo, Bendito seja Ele com dez provas: Duas no mar, e duas com água, duas com o maná, duas com a codorna, uma com o bezerro de ouro. , e uma no deserto de Paran.

A Gemara [comentário rabínico sobre a tradição dos anciãos, observação nossa] lista os dez ensaios em detalhes. Dois no mar: Um quando os judeus desceram ao mar e outro quando subiram do mar.

Os judeus provaram a Deus quando desceram ao mar, como está escrito: “E disseram a Moisés : Por não haver sepulturas no Egito, você nos levou para morrer no deserto?

O que é isso que você fez conosco, para nos tirar do Egito” (Êxodo 14:11). E eles também tentaram Deus quando subiram do mar, de acordo com a opinião de Rav Huna , como Rav Huna diz: O povo judeu daquela geração, durante o

Êxodo, era de pouca fé. Isso está de acordo com uma declaração do Rabba bar Mari. Como diz o Rabba bar Mari:

Qual é o significado do que está escrito: “Mas eles se rebelaram no mar, mesmo no Mar Vermelho. No entanto, Ele os salvou por amor do Seu Nome” (Salmos 106:7-8)? esteensina que os judeus eram rebeldes naquela época, e eles disseram:

Assim como estamos subindo de um lado, também talvez os egípcios estejam subindo do outro lado, e não seremos salvos. O Santo, Bendito seja Ele, disse ao anjo ministrador do mar: Vomita os egípcios mortos em terra seca. O anjo

ministrante disse diante Dele: Mestre do Universo, há algum servo cujo mestre lhe dá um presente e depois o tira dele? Já que os egípcios mortos foram dados a mim para meu peixe comer, como você pode retirar seu presente? Deus disse ao mar: Eu te darei uma vez e meia o seu número.

Embora eu os esteja tomando de volta agora, mais tarde eu lhe darei uma vez e meia mais pessoas. No caso dos egípcios, afirma-se: “Seiscentos carros escolhidos” (Êxodo 14:7), enquanto que em relação a Sísera, que foi derrotado no ribeiro de Quisom, está escrito:

“Novecentos carros de ferro” (Juízes 4:13). O anjo ministrador disse diante dele: Mestre do Universo, há algum servo que faça uma reclamação contra seu mestre por um presente prometido a ele? Quem será o fiador?

Deus disse ao anjo ministrador: O ribeiro de Quisom será um fiador para Mim. Imediatamente, o
mar vomitou os egípcios sobre a terra, e o povo judeu veio e viu que eles estavam mortos.

Como está escrito: “E Israel viu os egípcios mortos à beira do mar” (Êxodo 14:30). A Gemara continua sua lista das provações de Deus do povo judeu : Duas com água: Uma em Mara e uma em Refidim.

O povo judeu testou Deus em Mara como está escrito: “E quando chegaram a Mara, não puderam beber das águas de Mara, porque eram amargas. Por isso o nome dela foi chamado Mara ”(Êxodo 15:23), como Mara significa amargo.

E está escrito: “E o povo murmurou contra Moisés , dizendo: Que havemos de beber?” (Êxodo 15:24).

O povo judeu também testou a Deus em Refidim, como está escrito: “E toda a congregação dos filhos de Israel partiu do deserto de Sim, pelas suas etapas, segundo o mandamento do Senhor, e acampou-se em Refidim; e não havia água para o povo beber” (Êxodo 17:1).

E está escrito: “E o povo lutou contra Moisés, e disse: Dá-nos água para bebermos. E Moisés lhes disse: Por que vocês lutam comigo? Por que você testa o Senhor?” (Êxodo 17:2).

Não saia, conforme indicado no versículo: “E Moisés disse: Coma isso hoje; porque hoje é um sábado para o Senhor; hoje não o achareis no campo” (Êxodo 16:25).

Mas , no entanto, houve pessoas que saíram para procurar o maná, como está escrito: “E aconteceu que no sétimo dia alguns do povo saíram para ajuntar, e não acharam” (Êxodo 16:27).

O versículo também afirma: “E Moisés lhes disse: Ninguém deixe nada disso até pela manhã” (Êxodo 16:19), e houve pessoas que o deixaram até de manhã, como diz:

“Mas não deram ouvidos a Moisés ; e alguns deles deixaram até de manhã, e deu vermes, e apodreceu; e Moisés irou-se contra eles” (Êxodo 16:20).

A Gemara continua sua elucidação da baraita : Houve dois julgamentos relativos à codorna, um foi na primeira ocasião em que a codorna apareceu, e outro na segunda ocasião em que a codorna apareceu.

A Gemara esclarece: O julgamento da primeira codorna é descrito no versículo: “E os filhos de Israel disseram-lhes: Quisera tivéssemos morrido pela mão do Senhor na terra do Egito, quando estávamos sentados junto aos potes de carne, quando comemos o pão com fartura; porque nos trouxeste a este deserto, para matar de fome toda esta congregação” (Êxodo 16:3).

Imediatamente depois chegaram as codornizes, como diz o versículo: “E aconteceu que, à tarde, subiram as codornizes e cobriram o arraial; e pela manhã havia uma camada de orvalho ao redor do acampamento” (Êxodo 16:13).… (Arakhin 15 a-b) (Disponível em: https://www.sefaria.org/Arakhin.15b.3?lang=bi&with=all&lang2=en Acesso em 13 nov. 2022) (tradução Google).

– Esta incredulidade mostrava que o povo não estava preparado para, a exemplo dos patriarcas, agir pela fé, ter na fé o critério da sua aliança com Deus e, portanto, viver pela fé. A vida espiritual deveria ser, então, pautada por uma outra maneira: a lei.

– Por isso, no monte Sinai, o Senhor lhes dá a lei, que seria o instrumento pelo qual poderiam escolher a vida (Dt.30:19), pois a proposta da lei era precisamente esta: “os Meus estatutos e os Meus juízos guardareis; os quais, fazendo-os o homem, viverá por eles” (Lv.18:5).

– Vem, então, a lei como um instrumento para que o homem pudesse ter vida espiritual, devendo cumprir os mandamentos para ter comunhão com o Senhor. E os “avivamentos” seriam, então, sempre movimentos forjados por Deus para que o povo não abandonasse a obediência à lei, a fim de que tivesse vida, tivesse comunhão com o Senhor.

– Os avivamentos na história de Israel visavam, portanto, a retomada da observância da lei, dos estatutos que eram inobservados pelo povo de Israel.

II – O AVIVAMENTO NA HISTÓRIA DE ISRAEL

– Quando abrimos as Escrituras Sagradas e contemplamos a história de Israel, verificamos que o Senhor sempre proporcionou ao Seu povo momentos de avivamento espiritual.

– Já na antiga aliança, quando ainda o Espírito Santo era dado sob medida, Deus promovia frequentes avivamentos no meio do povo, a demonstrar, portanto, que Deus sabe da fragilidade humana e que é mister que, ao longo do tempo, haja uma ação do Espírito Santo para avivar o povo, para intensificar a sua vida espiritual.

– “…Na Bíblia, foram registrados avivamentos em que um grande número de pessoas se voltou para Deus e desistiu de seu modo pecaminoso de viver. Os avivamentos foram liderados por alguém que reconheceu a crise espiritual da nação, superou o medo e tornou a vontade de Deus conhecida às pessoas.

PRINCIPAIS AVIVAMENTOS DA HISTÓRIA DE ISRAEL

Líder Referência Como as pessoas responderam

Moisés Ex.32:33 Aceitaram as leis de Deus e construíram o Tabernáculo.

Josué Js.24 Deitaram fora os deuses estranhos e inclinaram seu coração para o Senhor.

Samuel I Sm.7:2-13 Prometeram colocar Deus em primeiro lugar em sua vida e destruíram os ídolos.

Davi II Sm.6 Levaram a Arca da Aliança para Jerusalém e louvaram a Deus com cânticos e instrumentos musicais.

Asa I Rs.15:9-14; II Cr.14,15 Tiraram os ídolos, removeram a prostituição sagrada e observaram a
lei do Senhor.

Josafá II Cr. 20 Decidiram confiar somente na ajuda de Deus e o desânimo deu lugar à alegria.

Elias II Rs.18 Reconheceram que só o Senhor é Deus e mataram os profetas de Baal e de Asera.

Ezequias II Cr. 29-31 Purificaram o Templo, livraram-se dos ídolos e levaram os dízimos à Casa de Deus.

Manassés II Cr.33:11-20 Purificaram o Templo, livraram-se dos ídolos e passaram a sacrificar apenas ao Senhor.

Josias II Cr.34,35 Fizeramum compromisso de obedecer às ordens de Deus e remover as influências pecaminosas de sua vida.

Esdras Ed.9,10; Ag.1 Pararam de associar-se com aqueles que os faziam transigir em sua fé, renovaram seu compromisso com os mandamentos de Deus e começaram a reconstruir o Templo 

Neemias (e Esdras) Ne.8-10 Jejuaram, confessaram seus pecados, leram a Palavra de Deus publicamente e prometeram por escrito (II Cr.9:38) servir novamente a Deus, de todo o coração

João Batista Mt.3; Mc.1:1-8; Lc.3:1-20; Arrependeram-se dos seus pecados e Jo.1:15-34. se submeteram ao batismo pregado por João Batista.

…” (BÍBLIA DE ESTUDO APLICAÇÃO PESSOAL, p.628) (quadro baseado no apresentado na referida Bíblia, mas com modificações nossas, inclusive do título).

– O primeiro avivamento mencionado no quadro é o que se deu a partir da primeira quebra da lei pelo povo, quarenta dias depois de firmada a aliança no monte Sinai.

No episódio do bezerro de ouro, Israel quebrou os dois primeiros mandamentos e isto causou a imensa indignação de Moisés, que quebrou as tábuas da lei (Ex.32:19).

– Entretanto, Moisés convocou aqueles que queria ficar do lado do Senhor e a tribo de Levi se apresentou e o povo acabou por se arrepender do pecado (Ex.32:26-29).

Moisés subiu ao monte para interceder pelo povo (Ex.32:30) e o Senhor deu as segundas tábuas da lei, afirmando, assim, ter perdoado o povo (Ex.34:10-28) que, imediatamente, demonstrou disposição em contribuir para a construção do tabernáculo (Ex.35:20-27), tendo a glória de Deus vindo encher aquela casa no dia da sua inauguração (Ex.40:34,35).

– O segundo avivamento deu-se sob a liderança de Josué, logo após a conquista de parte da Terra Prometida.

Encerrada a guerra de conquista por Josué (Js.13:1; 22:1-6), houve uma acomodação por parte dos israelitas que, devendo conquistar o que faltava, não o fizeram, passando, então, a uma assimilação da forma de vida dos habitantes gentios de Canaã, que não haviam sido destruídos, como o Senhor tinha ordenado (Dt.7:1-6) e, então, passaram a ser laço para os israelitas (Jz.2:1-6).

– Assim, ainda no governo de Josué, o povo passou a deixar de observar a lei, passando a viver pecaminosamente, o que obrigou o velho líder a conclamar o povo ao arrependimento (Js.23,24).

– Rememorando tudo quanto havia sido feito pelo Senhor a Israel e os exortando a manter-se fiel, Josué levou o povo ao arrependimento, fazendo com que o povo renovasse o concerto com Deus em Siquém, escrevendo este concerto no livro da lei e tomando uma grande pedra que foi erigida debaixo do carvalho junto ao tabernáculo (Js.24:25-28).

– Nestes dois primeiros avivamentos, vemos o Senhor utilizando dos dois líderes que havia levantado para o povo que, no seu papel de verdadeiros profetas, rememoraram a lei e fizeram com que o povo se arrependesse dos pecados cometidos e voltasse a observar os mandamentos, passando, então, a viver pela guarda de tais mandamentos.

– É de se notar, ainda, que estes dois líderes foram os responsáveis pelo início da elaboração das Escrituras:

Moisés, tendo escrito o Pentateuco, o livro de Jó e o Salmo 90 e Josué, ter complementado o término do livro de Deuteronômio e escrito o livro de Josué, que foi complementado por Eleazar e Fineias, o segundo e terceiro sumo sacerdotes, sendo que Fineias era, ele próprio, um homem que zelava pela observância da lei (Cf. Nm.25:11-15; Js.22:10-34).

– Lamentavelmente, após o término da geração de Josué e dos anciãos que seu tempo, bem como de Fineias, o terceiro sumo sacerdote, cessou o ensino da lei por parte dos pais aos filhos e o povo, sem o devido ensino da lei, acabou por amoldar-se aos costumes dos povos gentios à sua volta, imergindo na idolatria e causando um período extremamente nefasto para a história de Israel, o período dos juízes (Jz.2:7-23).

– Geração após geração, o povo se envolvia com a idolatria, por falta de ensino da Palavra de Deus, e, como resultado disso, eram oprimidos por povos estrangeiros, quando, então, clamavam a Deus por libertação.

O Senhor, então, levantava um juiz, que libertava o povo, mas eles mantinham o mesmo erro de não ensinar a lei a seus filhos, tudo se repetindo.

É o período em que, por não haver o ensino da doutrina, não houve avivamento, criando-se um círculo vicioso pecaminoso, que chegou até a destruição do tabernáculo, então fixado em Siló (Sl.78:56-64).

– O terceiro avivamento mencionado no quadro é que rompe com este círculo vicioso. Samuel vai ser o primeiro profeta de uma sequência que somente findará com Malaquias (I Sm.3:1).

Tendo se estabelecido como profeta diante do povo (I Sm.3:19-21) e se tornando juiz, Samuel, por fim, levanta-se e leva o povo ao arrependimento de seus pecados (I Sm.6:2-6) e, como resultado disso, o povo não só venceu os filisteus, como foi criada a escola de profetas (I Sm.19:18-20), passando, então, a haver ensino da lei ao povo, com a quebra do círculo vicioso do período dos juízes.

– Samuel levou o povo ao arrependimento, dizendo da necessidade que tinham eles de se converter ao Senhor com todo o coração e de tirar os ídolos e preparar o seu coração ao Senhor, passando a servi-l’O com exclusividade.

Quando isto acontecesse, o povo deveria se congregar e, então, o profeta oraria ao Senhor e, então, eles poderiam ir lutar contra os filisteus e o Senhor lhes daria vitória.

– Como produto deste avivamento, tivemos, inclusive, o reinício da inspiração das Escrituras, com a elaboração dos livros de Juízes, Rute e o início dos livros de Samuel, todos escritos por Samuel.

– O avivamento proporcionado por Samuel fez com que deixasse de haver a idolatria entre o povo, mas o povo resolveu ter um rei sobre si (I Sm.8:1-5) e o primeiro rei, Saul, embora não fosse idólatra, não restituiu o culto a Deus, tendo, durante seu reinado, demonstrado uma desobediência que causou um torpor espiritual no meio do povo.

– Este torpor espiritual vai ter um fim quando Davi assume o trono e resolve trazer a arca da aliança para Jerusalém, cidade que havia recentemente conquistado. A arca, desde os dias anteriores ao avivamento promovido por Samuel, encontrava-se em Quiriate-Jearim.

– Ao trazer a arca para Jerusalém, Davi reativou o culto a Deus (II Sm.6; I Cr.15:1-16:3), inclusive organizando todo o serviço do futuro templo, tendo, então, havido uma proliferação de pessoas para o serviço do Senhor, inclusive profetas como Asafe, Jedutum e Hemã (I Cr.25:1).

– É importante perceber que, antes de o povo levar a arca para Jerusalém, houve, antes, um episódio de ida frustrada, quando ocorreu a morte de Uzá, isto porque estavam levando a arca num carro novo, fora das prescrições estabelecidas pela lei, imitando a forma com que os filisteus tinham devolvido a arca algumas décadas antes (I Sm.6:11-12; II Sm.6:3-8).

– Um avivamento somente ocorre quando há a estrita observância da Palavra de Deus, quando não se imitam as atitudes dos povos descompromissados com o Senhor.

A partir do instante em que tudo se fez conforme a orientação divina, o resultado foi a alegria e o júbilo de todo o povo e a adoração a Deus com sacrifícios (II Sm.6:14,15; I Cr.15:28).

– Neste período, a inspiração das Escrituras seguiu com a elaboração dos salmos por Davi, Asafe, Jedutum, Hemã e os filhos de Coré e a complementação dos livros de Samuel por Gade e Natã, dois outros profetas levantados no período de Davi (I Cr.29:29).

– Como consequência deste avivamento, Salomão, ao suceder Davi, edifica o templo, concretizando todos os planos de seu pai a respeito, tendo a glória de Deus enchido a casa quando de sua inauguração, tendo o próprio Salomão escrito o Salmo 127 bem como os livros de Cantares, Provérbios e Eclesiastes, dando continuidade à elaboração das Escrituras.

– Lamentavelmente, porém, o próprio Salomão reintroduziu a idolatria em Israel (I Rs.11:4-6) e o resultado disto foi a divisão do reino de Israel após a morte de Salomão (I Rs.11:11-13).

– O resultado desta reintrodução da idolatria é que os avivamentos que se seguiram eram diretamente relacionados com a disseminação deste pecado no meio do povo e o atendimento à mensagem dos profetas que Deus levantava para que o povo se arrependesse (II Rs.17:7-23).

– Ambos os reinos logo se enveredaram pelo caminho da idolatria. No reino do norte, Jeroboão instituiu os bezerros de ouro e Roboão, o filho de Salomão, também cedo adotou a idolatria como prática.

– O quinto avivamento do quadro, ocorrido no reino de Judá, o reino do sul, ocorreu no reinado de Asa, que rompeu com a idolatria de Roboão e de Abias, seus antecessores, levando o povo a voltar a servir a Deus (I Rs.15:9-15), uma vez que deu ouvidos à mensagem trazida pelo profeta Azarias (II Cr.15), tendo o povo se ajuntado para buscar a Deus com todo o seu coração.

– O sexto avivamento do quadro foi levado a efeito pelo filho de Asa, Josafá. Asa não havia terminado bem o seu reinado, tendo, inclusive, perseguido um profeta que o repreendera (II Cr.16:7-11). Tal atitude fizera com que houvesse um arrefecimento espiritual.

– Josafá, porém, promoveu um avivamento quando envolvido em uma situação extremamente delicada, quando um grande exército veio contra ele e Judá não tinha a mínima condição de resistir.

Na oportunidade, o rei convocou um jejum nacional e o Senhor ouviu o clamor do povo e não houve sequer necessidade de batalha, pois o Senhor pelejou por eles, tendo eles obedecido à ordem de ir ao campo de batalha com os levitas louvando à frente (II Cr. 20) e, quando lá chegaram, tiveram apenas de recolher os despojos, pois Deus já havia providenciado a morte dos inimigos.

– Josafá orou a Deus na frente de todo o povo e o Senhor ouviu a sua oração e a respondeu por meio do profeta Jaaziel.

– Vemos, aqui, então, mais uma vez, o avivamento se dando por meio da atuação do Senhor por meio de profetas, falando ao povo que, com coração quebrantado e contrito, buscava a presença de Deus.

– Era esta a forma de atuação do Espírito Santo na dispensação da lei e assim se promovia o avivamento em Israel.

– O sétimo avivamento do quadro ocorreu no reino do norte e foi promovido pelo profeta Elias. Desde a introdução do culto aos bezerros de ouro, a situação espiritual do reino de Israel, o reino das dez tribos, sempre foi péssima, tanto que não houve um rei fiel a Deus sequer ali.

– Entretanto, com a subida de Acabe ao trono, a situação piorou ainda mais, porque este monarca se casou com Jezabel, filha de Etbaal, rei de Sidom, e, como consequência disto, foi introduzido um culto organizado e sustentado pelo rei a Baal e a Aserá, levando Israel a uma completa apostasia.

– Em meio a esta situação terrível, o Senhor levanta Elias, o tisbita, como profeta e é ele quem promove, depois de três anos e meio de uma seca proclamada pelo próprio homem de Deus, um desafio para se saber quem era o Deus verdadeiro, o Senhor ou Baal.

– Naquela oportunidade, tendo Deus respondido com fogo ao sacrifício, conforme o desafio, Elias conseguiu que o povo proclamasse que só o Senhor era Deus e o ajudasse a matar todos os 850 profetas de Baal e de Aserá (II Rs.18).

– Entretanto, este avivamento foi tão passageiro quanto a chuva que caiu logo após este episódio. Foi uma declaração da soberania de Deus motivada única e exclusivamente pelo impacto do milagre, pela demonstração do poder do Senhor sobre a natureza, mas que não veio acompanhada de uma contrição, de um arrependimento, de uma busca ao Senhor.

– Embora Elias estivesse enganado ao achar que só ele servia a Deus, pois havia ainda um remanescente de sete mil servos do Senhor (I Rs.19:18; Rm.11:3-5), o fato é que não havia disposição do povo de abandonar o pecado e, portanto, a apostasia permaneceu, assim como o culto a Baal, que só foi extirpado como culto organizado e oficial por iniciativa de Jeú, anos mais tarde, que também cumpriu a ordem divina a este respeito, mas não aboliu a idolatria do reino do norte (II Rs.10:28-31).

– Notamos, aqui, que, embora o profeta fosse um elemento indispensável para que houvesse o avivamento no meio do povo de Israel, não era ele suficiente. O povo tinha de atender ao chamado do profeta, arrepender-se de seus pecados, quebrantar o seu coração, sem o que nada poderia ocorrer em termos de restabelecimento da vida espiritual e o exemplo aqui de Elias é bem elucidativo a respeito.

– O oitavo avivamento do quadro é o ocorrido nos dias do rei Ezequias, rei de Judá. A situação espiritual de Judá quando Ezequias assumiu era terrível.

O templo encontrava-se fechado, porque Acaz, o pai de Ezequias, após ter se tornado um idólatra (II Rs.16:3,4) e até mandado construir um altar de sacrifícios alternativo, conforme o modelo que vira em Damasco, na Síria (II Rs.16:10-14), acabou por mandar fechar o templo, fazendo cessar a adoração a Deus (II Cr.28:24).

– Ezequias, assim que assumiu, determinou a santificação dos sacerdotes e levitas, mandou reabrir e purificar o templo, conclamou o povo ao arrependimento e fez a rededicação da casa ao Senhor e, com todo o povo, foi adorar ao Senhor ao reinaugurar o templo, inclusive convocando não só o povo de Judá, mas também o povo do reino do norte, para que se celebrasse a Páscoa no templo reinaugurado, conclamando o povo ao arrependimento e à humilhação (II Cr.29:5-10; 30:6-13).

– Aqui vemos a iniciativa do próprio rei, que chamou os sacerdotes e levitas para se santificarem e, depois, todo o povo, para que houvesse a reinauguração do templo. Não se teve aqui especificamente um profeta, mas o rei levou todo o povo a se arrepender, inclusive muitos que moravam no reino do norte. Ezequias era alguém que servia a Deus de coração e levou todo o povo a buscar ao Senhor (II Cr.31:20,21).

– Os reis também eram ungidos para exercer o seu ofício e, deste modo, tinham também a visitação do Espírito Santo, durante a dispensação da lei, e vemos aqui, uma vez mais, o Espírito de Deus atuando para promover o avivamento no meio do povo, fazendo-o a observar a lei do Senhor.

– O nono avivamento do quadro foi promovido por Manassés, filho de Ezequias. Este rei reinou cinquenta e cinco anos e foi o pior rei que Judá teve (II Cr.33:9).

– Manassés praticou todas as atrocidades que se podiam cometer. Foi idólatra, feiticeiro e até sacrificou seus filhos a Moloque (II Cr.33:1-8), inclusive edificando altares dentro do próprio templo, o que seu avô Acaz não tinha tido coragem de fazer. Sua impiedade foi tanta que o Senhor permitiu que fosse aprisionado e levado para a Babilônia (II Cr.33:11).

– Ocorre que, na prisão, Manassés se arrependeu e se converteu e o Senhor o perdoou, de modo que ele, não se sabe como, retornou ao trono e, uma vez novamente reinando, desfez tudo quanto havia feito, retirando todos os ídolos e abandonando as práticas pecaminosas (II Cr.33:13-16).

– Entretanto, logo após a morte de Manassés, o povo retornou à prática idolátrica, tanto que Amom, filho de Manassés, tudo reintroduziu (II Rs.21:19-22; II Cr.33:21-23).

– O décimo avivamento do quadro foi proporcionado por Josias, neto de Manassés, o último rei fiel de Judá.

Josias erradicou a idolatria não só em Judá, mas até no reino do norte, pois destruiu os bezerros de ouro que haviam sido feitos por Jeroboão (II Rs.23:1-20; II Cr.34:3-7), confirmando, assim, profecia que havia sido dita no dia mesmo da inauguração daquele culto em Betel (I Rs.13:2).

– Josias também convocou o povo, mandou que se lesse a ele a lei e os levou ao arrependimento e a conversão, fazendo com que eles fizessem um pacto com o Senhor (II Rs.23:1-3, II Cr.34:29-33).

– Este avivamento de Josias começa com o rei se instruindo na lei do Senhor, mas teve a atuação decisiva do achado do livro da lei no templo, quando se fazia a reparação da casa por ordem do rei.

O livro foi lido ao rei e ele se arrependeu, pedindo uma mensagem de Deus junto a profetisa Hulda, que confirmou todas as palavras da lei. Um avivamento nascido da leitura das Escrituras e que teve o papel de confirmação por meio de uma profetisa.

– O avivamento de Josias, como disse o próprio Senhor, não foi suficiente para impedir o cativeiro da Babilônia.

– Quando o povo retorna do cativeiro, encontra sérios obstáculos para a reconstrução do templo e desanima de fazê-lo.

Tem-se, então, o avivamento proporcionado pelos profetas Ageu e Zacarias, o décimo primeiro avivamento do quadro, que levam o povo a reconstruir o templo, apesar da oposição dos samaritanos e amonitas junto ao governo persa (Ed.5,6; Ag.1,2; Zc.1).

– Passaram-se setenta anos do retorno do povo e o estado espiritual era complicadíssimo, porquanto o povo já estava se misturado com os povos vizinhos, correndo o risco de perder a identidade. O Senhor, então, levanta Esdras para restaurar o estudo da lei e manter a identidade judaica diante dos demais povos.

– Esdras, que vivia na Babilônia, ao chegar a Jerusalém e descobrir que estava havendo casamentos com mulheres estrangeiras e que se perdia rapidamente a identidade da nação, humilhou-se diante de Deus e começou a orar, sendo, então, seguido pelo povo que, arrependido, despediu as mulheres estrangeiras e seus filhos, voltando a observar a lei (Ed.9,10).

– Treze anos depois, Neemias vem como governador dos judeus (Ne.1), com a missão de reedificar Jerusalém e já havia ocorrido nova infiltração de samaritanos e amonitas nomeio do povo, tanto que foi grande a oposição para a construção dos muros de Jerusalém.

– Depois da reconstrução dos muros de Jerusalém, Esdras e Neemias convocaram o povo e Esdras fez a leitura da lei a eles, o que os fez se entristecer e sentir o peso de seus pecados, ocasião em que lhe foi ensinado e explicado o sentido das Escrituras e dito para que eles se alegrassem, já que haviam se arrependido dos seus pecados, tendo, então, iniciado uma série de celebrações a Deus, como mandava o calendário naquele mês (Ne.8).

– Temos aqui uma nítida demonstração de que o verdadeiro avivamento se inicia com o confronto nosso com as Escrituras, com a Palavra de Deus, pois é ela quem nos santifica e nos permite levar à conversão, ao quebrantamento, ao arrependimento. É o décimo segundo avivamento do quadro.

– Estes três avivamentos pós-exílicos foram fundamentais para manter a identidade judaica, de modo que, mesmo servindo sob domínio estrangeiro, pôs Israel continuar a observar a lei e a se distinguir dos demais povos até a vinda do Cristo.

Foram estes avivamentos, também, que acabaram por lançar as bases do judaísmo tal como o conhecemos hoje, esta religião que, apesar dos pesares, mantém a identidade de Israel até que haja a conversão do povo a Deus, mediante a fé em Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

– O décimo terceiro avivamento do quadro, embora pertença ainda à dispensação da lei, pois a lei durou até João (Mt.11:13; Lc.16:16), por se encontrar registrado nas páginas do Novo Testamento, será estudado na próxima lição.

– Pelo que podemos perceber pelo quadro supra, ao longo da história de Israel, Deus levantou homens para que houvesse um despertamento espiritual, para que o povo voltasse a ter vida espiritual e vida espiritual abundante.

– Como afirma o teólogo John Stott (1921-2011), um avivamento é “… uma visitação inteiramente sobrenatural do Espírito soberano de Deus, pela qual uma comunidade inteira toma consciência de Sua santa presença e é surpreendida por ela.

Os inconversos se convencem do pecado, arrependem-se e clamam a Deus por misericórdia, geralmente em números enormes e sem qualquer intervenção humana. Os desviados são restaurados. Os indecisos são revigorados.

E todo o povo de Deus, inundado de um profundo senso de majestade divina, manifesta em suas vidas o multifacetado fruto do Espírito, dedicando-se às boas obras…” (A verdade do Evangelho, p. 119 apud COSTA JÚNIOR, Antonio Pereira da. Avivamento ou aviltamento? Disponível em: <http://www.monergismo.com/textos/avivamento/aviltamento_avivamento_antonio.htm > Acesso em: 26 maio 2006).

– “…O que aprendemos sobre o reavivamento no Velho Testamento?

É que não é fácil experimentar um reavivamento, mesmo sob Davi e sob aqueles profetas maravilhosos na sua pregação, como Moisés.

Mas uma coisa é certa, Deus nunca cessou a Sua obra com relação ao pacto. (…).por natureza, estamos espiritualmente mortos, a melhor das nossas obras não é meritória, o melhor da nossa vida não nos traz a comunhão com Deus.

Por natureza, não podemos andar com Deus, ser inculpáveis e servi-l’O como Ele nos chama a fazer. Regeneração é absolutamente uma necessidade de acordo com o Velho Testamento. É uma volta para Deus, um andar com Ele conforme a Sua vontade.

(…) Mas a questão é esta: A regeneração leva necessariamente a reforma? Na história da Igreja, conforme lemos no Velho Testamento, as pessoas, mesmo regeneradas, ainda podem adormecer espiritualmente; elas não morrem, mas ficam adormecidas.

Os cuidados do mundo, as pressões da sociedade, as angústias econômicas que alguém enfrenta; problemas familiares, preocupações com as crianças… nós podemos cair no sono espiritual. Então, o que é necessário? Temos que ser despertados, e um despertamento é uma volta àquele estado de regenerado.(…).

Quando vem o despertamento, a pessoa despertada precisa respirar. Com a atuação do Espírito, ela responde pessoalmente; então outros têm a mesma experiência e quando isso atinge uma parte da sociedade então há um reavivamento.…” (VAN GRONINGEN, Gerard. Avivamento sob o prisma do Velho Testamento. Disponível em:< http://www.monergismo.com/textos/avivamento/avivamento_prisma.htm > Acesso em: 26 maio 2006).

 

Pr. Caramuru Afonso Francisco

Fonte: https://www.portalebd.org.br/classes/adultos/8610-licao-2-o-avivamento-no-antigo-testamento-i

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