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LIÇÃO Nº 3 – A NATUREZA DOS DEMÔNIOS – AGENTES DA MALDADE NO MUNDO ESPIRITUAL

Os anjos decaídos ou demônios, sob o comando de Satanás, opõem-se a Deus.

INTRODUÇÃO

– Na sequência do estudo da angelologia, estudaremos sobre os anjos maus.

– Os anjos decaídos ou demônios, sob o comando de Satanás, opõem-se a Deus.

I – A ORIGEM DO MAL

– Para tratarmos a respeito dos anjos maus, torna-se, antes, necessário enfrentar uma das mais intrigantes e profundas questões da doutrina cristã, que é o problema do mal.

– A doutrina cristã crê que existe um único Deus (Dt.6:4; Mc.12:29), que é Senhor de todas as coisas (Sl.24:1).

As Escrituras, ademais, indicam que este Deus é bom (Sl.73:1; Mt.19:17; Mc.10:18; Lc.18:19) e, além disto, que tudo quanto Deus fez foi muito bom (Gn.1:31).

– Ora, se Deus é bom, se tudo quanto fez é bom, como explicar que exista o mal? Será que o mal realmente existe? Eis a questão que se põe não somente perante os estudiosos das coisas sagradas, mas, também, para todo ser humano.

– Não há dúvida alguma de que o mal existe. Ele está diante de nossos olhos, a todo instante, a todo momento, até porque é a própria Bíblia Sagrada quem nos afirma que todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus (Rm.3:23), que este mundo está no maligno (I Jo.5:19), tendo o próprio Senhor Jesus ensinado Seus discípulos a pedir a Deus, em oração, que fossem livres do mal (Mt.6:13; Lc.11:4). Como, então, explicar a origem do mal?

– Não faltou quem, diante da constatação da existência do mal, tenha optado por entender que, se o mal existe, quem não existe é Deus.

– Foi a linha adotada, por exemplo, pelo filósofo grego Epicuro ((341-270 a.C.), que afirmou:

– “ ‘Ou Deus deseja remover o mal deste mundo, mas não pode fazê-lo; ou Ele pode fazê-lo, mas não o quer; ou não tem nem a capacidade e nem a vontade de fazê-lo; ou, finalmente, ele tem tanto a capacidade como a vontade de fazê-lo.

Ora, se Ele tem a vontade, mas não a capacidade de fazê-lo, então isso mostra fraqueza, o que é contrário à natureza de Deus. Se ele tem a capacidade, mas não a vontade de fazê-lo, então Deus é mau, e isso não é menos contrário à natureza.

Se Ele não tem nem a capacidade, nem a vontade de fazê-lo, então Deus é ao mesmo tempo impotente e mau e, consequentemente, não pode ser Deus. Mas se ele tem tanto a capacidade como a vontade de remover o mal do mundo (a única posição coerente com a natureza de Deus), de onde procede o mal (unde malum ?), e por que Deus não o impede ?’” (apud CHAMPLIN, Russell Norman. Dicionário de Filosofia, Bíblia e Teologia, v.5, p.407).

– No entanto, não é este o caminho a seguir, porquanto, como já dissemos, as Escrituras tanto apontam a existência e bondade de Deus, como também a existência do mal, devendo, pois, haver um detido e aprofundado estudo sobre estas duas verdades bíblicas, aparentemente inconciliáveis, para que sejam compreendidas, já que ambas devem coexistir.

– O fato é que Deus, ao criar os anjos e os homens, fê-lo entregando a ambos o livre-arbítrio, ou seja, estes dois seres foram dotados da liberdade de escolha entre servir a Deus, ou não, entre obedecer-Lhe ou não.

Quis o Senhor que tais seres tivessem a opção de se submeter, ou não, à vontade de Deus, ainda que não pudessem, por óbvio, escapar do senhorio divino, que é decorrente da própria natureza divina e que o faz Senhor, ou seja, dono e controlador de todas as coisas, já que Ele as fez.

– O texto sagrado mostra claramente que os anjos foram criados com livre-arbítrio, como, aliás, foi estudado na lição anterior, visto que puderam alguns deles pecar (II Pe.2:4) bem como desobedecer à hierarquia estabelecida sobre eles, “não guardando o seu principado” (Jd.6), o que somente é possível mediante a prévia concessão do livre-arbítrio.

– Assim, ao criar seres com livre-arbítrio, o Senhor tornou possível o surgimento do mal, que nada mais é que a contrariedade a Deus, a oposição à vontade divina. Criando seres que tinham livre escolha, o Senhor tornou possível que tais seres se voltassem contra Ele e, por conseguinte, nessa dissociação entre a vontade divina e a vontade deste ser que se insurgisse contra Deus, nasceria o mal.

– Foi, efetivamente, o que aconteceu quando o querubim ungido decidiu tomar o lugar de Deus, ter uma vida independente do seu Criador, como se encontra descrito em Is.14:12-14 e Ez.28:13-19.

Nestes dois textos, os profetas, em meio a mensagens cujos destinatários eram o rei de Babilônia, em Isaías, e o rei de Tiro, em Ezequiel, o Espírito Santo revela como se deu a queda do querubim ungido e dos anjos que o seguiram nesta sua rebelião.

– Os dois textos mostram que o querubim ungido, que ocupava uma posição singular na hierarquia celestial, estando no Éden e de lá como que coordenando toda a adoração e louvor a Deus, sendo dotado de formosura sem igual, como que a refletir de modo especial a glória de Deus, que, como querubim,

estava sempre a contemplar, não se contentou com tal posição e almejou, em seu interior, estar acima dos anjos e, mais do que isto, reinar sobre eles, ocupando o lugar de Deus (Is.14:13,14; Ez.28:2,17).

– Ao se rebelar contra a ordem estabelecida por Deus e querer assumir uma posição que não era a sua, o querubim ungido e aqueles que o seguiram, pois o texto sagrado diz que este ser fez uso de um “comércio injusto” (Ez.28:18), o que nos dá a entender que negociou posições com outros anjos, fez contato com outros para cumprir o seu intento, como também “debilitou as nações” (Is.14:12), ou seja, enfraqueceu a firmeza espiritual dos anjos que se deixaram seduzir por suas ideias.

Como consequência desta atitude do querubim ungido, foi “achada iniquidade nele” (Ez.28:15) e, deste modo, teve origem o mal, surgiu o pecado, pois toda iniquidade é pecado (I Jo.3:4) e não é, por outro motivo, aliás, que é dito que quem comete pecado é do diabo (I Jo.3:8), pois se faz seguidor daquele que cometeu o primeiro pecado.

– Em Ap.12:4, ficamos a saber que um terço dos anjos seguiu este querubim ungido, que, expulso do

“monte de Deus”, passou a vaguear pelas regiões celestiais, passando a se chamar “Satanás”, que significa “adversário”, e “diabo”, que significa “acusador”.

– No momento em que surge o pecado, os anjos são, então, levados a fazer a opção a que tinham direito por terem sido criados com livre-arbítrio.

Como se está na dimensão celestial, que é eterna e onde não há tempo, esta opção é única e irretratável, ou seja, quem optou por seguir a Satanás, pecou e não tem mais chance alguma de arrependimento, enquanto que quem optou pela fidelidade a Deus, também não pode mais modificar a sua opção, estando para sempre em santidade.

– Tem-se, portanto, que o mal surgiu quando da rebelião de Satanás e dos anjos que o seguiram, sendo, portanto, uma realidade que passou a existir, de pronto, no mundo espiritual, havendo, assim, a partir de então, uma oposição, uma luta entre as forças espirituais fiéis a Deus e as que se Lhe opõem, uma vez que o Senhor não executou de imediato a pena imposta ao diabo e a seus anjos, que é o lançamento deles no lago de fogo e enxofre, que foi preparado especialmente para eles (Mt.25:41).

– Algumas questões exsurgem quando verificamos tais assuntos. A primeira delas é por que Deus criou seres com livre-arbítrio, permitindo, assim, a sua perdição? Deus é soberano e, portanto, pode fazer as coisas como quer e o que faz sempre é o melhor e o perfeito.

Não temos como aquilatar os motivos pelos quais o Senhor quis assim fazer, é algo que não nos foi revelado e os pensamentos e caminhos de Deus são muito mais altos que nossos pensamentos e caminhos (Is.55:8,9), de modo que tentar adentrar a esta seara seria fazer tão somente especulações e, mais do que isso, especulações que, biblicamente, estariam bem distantes da verdade ou realidade.

No entanto, ao assim fazer, fica claro que Deus demonstrou não ser um ser covarde, não ter medo de oposição, oposição, aliás, que revela sua condição de Todo-Poderoso, já que o mal é inferior ao bem e está sempre sob Seu controle. Tem-se, assim, uma prova indelével da soberania divina.

– A segunda destas questões é concernente aos motivos pelos quais Deus não executou de pronto o diabo e seus anjos, porque o deixou agir, ainda que expulso dos céus, nas regiões celestiais, a ponto, inclusive, de ter promovido a queda do ser humano, criado posteriormente.

– Tem-se aqui mais uma questão que não é resolvida pelas Escrituras e que, portanto, nunca ultrapassará os limites da especulação humana. No entanto, podemos vislumbrar que a criação do homem, que é posterior à rebelião de Satanás,

traz um forte componente de demonstração da inferioridade do mal, como também uma oportunidade para que Deus revele Seu amor e a possibilidade de perdão de pecados cometido, algo que não ficara explícito com a queda do diabo e de seus anjos, algo que tornaria clara e explícita, inclusive diante de outros seres morais, “in casu”, os seres humanos, a justiça divina na condenação dos seres celestiais rebeldes.

Tem-se aqui que a execução “tardia” do diabo e de seus anjos apenas ressalta a justiça, o amor e a misericórdia divinas, que teriam sido, de certa forma, obnubilados pela rebelião ocorrida.

De qualquer modo, tem-se resolvida a questão do problema do mal. Deus é bom, tudo quanto faz é bom, mas, ao criar os anjos e, depois, os homens com livre-arbítrio, tornou possível o mal, que se tornou uma realidade quando o querubim ungido, seguido por um terço dos anjos, pecou, sendo expulso do céu.

Deus continuou bom, tudo quanto fez continuou a ser muito bom, como, por exemplo, o homem, criado posteriormente a este episódio e que foi criado perfeito (Ec.7:29).

III – OS ANJOS MAUS: SUAS CARACTERÍSTICAS E SEU OFÍCIO

A Bíblia fala-nos que o “querubim ungido” era um ser celestial de posição excelente no céu, perfeito, formoso, sábio e que dirigia o louvor ao Senhor. Entretanto, quis ser superior a Deus, quis ocupar o lugar do Senhor e, por isso, pecou, deu lugar, em si mesmo, à iniquidade e, em virtude disto, perdeu a sua posição, sendo imediatamente condenado pelo Senhor, cuja santidade não pode conviver com o pecado nem com a injustiça.

As Escrituras parecem indicar que este ser levou consigo um terço dos anjos, como vimos supra, e é este grupo de milhões e milhões, de milhares e milhares que constitui o que a Bíblia chama de “o diabo e seus anjos”.

– Antes de pecar, o “querubim ungido” possuía algumas características excelentes, pois, além de ser um “querubim”, ou seja, um anjo de categoria especial, que está diante do maior esplendor da glória de Deus, era “ungido”, ou seja, separado para uma função especial, singular.

Os textos sagrados que se referem a este ser indicam que nele estava espelhada a própria beleza divina, pois ele era formoso e chamado, inclusive, de

“estrela da manhã, filha da alva” (Is.14:12), expressão que nos permite fazer a correspondência deste ser com o planeta Vênus, a “estrela da alva”, que é o primeiro corpo celeste que surge no céu ao anoitecer e o último a ser ofuscado pelo Sol ao amanhecer, a nos indicar que esta criatura era a que mais brilhava além do próprio Deus no céu.

Entretanto, mesmo tendo posição tão elevada, quis subir ainda mais e o resultado disto foi a perda de tudo, pois, como afirma a Palavra, por causa deste pecado, este ser será lançado no inferno, no mais profundo do abismo (Is.14:15).

OBS: A propósito, a designação “Lúcifer” que se dá a este ser é o resultado da tradução feita para o latim do texto de Is.14:12, pois “lúcifer” significa “aquele que leva a luz”, como se traduziu a expressão “estrela da manhã, filha da alva”. Não se trata, portanto, do nome original deste ser, pois as Escrituras não foram originalmente escritas em latim.

Tendo sido achada iniquidade nele e se apartando totalmente de Deus, esta criatura perdeu todo o seu brilho e esplendor originais. Tornou-se um ser cujo interior é só de violência (Ez.28:16), alguém que está irremediavelmente separado de Deus, sendo, por isso, o próprio símbolo da morte (pois morte é separação), perdeu a sua formosura, passando a ter aparência horripilante, tanto que passou a ser chamado de “serpente” (Gn.3:1; Ap.20:2), “leviatã” (Is.27:1), “dragão” (Ap.12:3,4), todos seres repugnantes aos sentidos físicos.

Seu brilho se perdeu totalmente, porquanto um fogo o consumiu, tornando-se em cinza, sendo esta a sua real condição (Ez.28:18), ainda que, como enganador, possa se transfigurar em anjo de luz (II Co.11:14).

– A perda da formosura de Satanás, que passou a ser uma criatura horripilante, explica porque o inimigo sempre fomenta o desprestígio à beleza, procura sempre aviltar o belo. Aliás, nos dias em que vivemos, de intensa atividade demoníaca, prenúncio de que estamos muito próximos do arrebatamento, é notória a exaltação da feiura, do macabro, do horripilante em todas as áreas da vida, atitude que, lamentavelmente, por falta de discernimento espiritual, tem sido adotada por alguns que cristãos se dizem ser. Tomemos cuidado, amados irmãos, pois uma tal conduta é nitidamente de origem satânica.

OBS: Por sua biblicidade, transcrevemos aqui comentário do padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior por ocasião de uma discussão sobre a participação de supostos cristãos no evento “rock in Rio”, onde se mostra como há uma exaltação da feiura em manifestações da chamada “cultura pop”: “…Padre Paulo Ricardo responde às críticas recebidas após o episódio da semana passada “Rock in Rio e o orgulho dos porcos”.

O tema do parresía anterior foi o Rock in Rio e não a música rock. O assunto foi a cultura neo-pagã que venera não mais o prazer, eros, a vitalidade, mas a morte, a destruição. O fato inegável é que ao redor do Rock In Rio existe essa cultura proposta e servida para nossos jovens como algo de bom e positivo.

Muitos dizem ‘eu fui lá, gosto de rock mas não tenho nada a ver com aquela cultura neo-pagã, de morte’… Ora, como não? Você subsidia, você paga, está dando audiência, dinheiro, para todas essas bandas que promovem esse tipo de cultura, por mais que você diga que não venera essa cultura! Negue na minha cara que essa cultura não esteja promovendo a cultura da morte! Não dá pra mentir que você está brincando com fogo.

Não minta pra você mesmo e ouça a voz da sua consciência!Estou falando de uma cultura da morte que se manifesta em coisas bem específicas. Não estou falando da música, mas de uma cultura.

Façamos uma lista e ver se é possível ser cristão e ir a esses eventos. Sexo destruidor, pessoas que fazem orgias querendo se contaminar.

Não estou dizendo que você faça isso, mas você está na turma. Drogas…Veneração do que é tenebroso, feio, disforme. Piercings, tatuagens, mutilações…Depressão, culto da tristeza. Tudo o que é revolta e desordem.

Por exemplo, o culto do sexo gay como se isso fosse a vontade de Deus! Os beijos gays no palco do Rock in Rioaquilo é o quê? Se você não faz parte dessa cultura, o que foi fazer lá então? Alimentar os peixes?

Há quem diga praticar o rock-cristão, colocando letras cristãs na música rock. Porém, as pessoas que cultuam o rock-cristão na verdade só estão se preocupando em agradar o mundo, um cristão que não quer desagradar os sentimentos do mundo…

Ora, se você se veste de metaleiro, defendendo essa cultura da morte para que Jesus seja mais aceitável… esse não é Jesus, você acaba de criar um ídolo! Agindo assim você estará apenas alimentando os peixes.…” (Disponível em:http://www.pr.gonet.biz/kb_read.php?num=1147&head=0 Acesso em 09 nov. 2018).

– Sua sabedoria se transmudou em mera astúcia e esperteza, passando a ser dominado pelo orgulho e pelo egoísmo. Assim, todo o seu poderio e sua superioridade passaram a ter como único objetivo e finalidade o de roubar, matar e destruir (Jo.10:10), em especial o gênero humano, surgido muito provavelmente depois de sua queda.

– Por ter um interior de violência, Satanás é “homicida desde o princípio” (Jo.8:44), ou seja, quer a morte do homem, deseja separar o homem de Deus, a fim de que o homem tenha o seu mesmo destino, que é o lago de fogo e enxofre, chamado de “inferno”, “o mais profundo do abismo” em Is.14:15.

Por isso, embora o texto de Jo.10:10 não esteja a falar propriamente do diabo, mas, sim, de seus agentes, os “mercenários”, o texto pode, sim, ser aplicado a Satanás, por analogia, já que tais “mercenários” outra coisa não estão a fazer senão cumprir o desígnio satânico de morte, destruição e de roubo, ou seja, subtração com violência, da comunhão que Deus quer estabelecer com o homem para sempre.

– O orgulho, a soberba e a arrogância são próprias de Satanás. Ele “estima o seu coração como se fora o coração de Deus” (Ez.28:2,6), de modo que tudo faz para ser considerado como Deus, depende de que assim seja considerado por aqueles que estão sob seu domínio.

Tem necessidade de “se sentir Deus”, mesmo sabendo que “tem pouco tempo” (Ap.12:12). Esta sua ânsia por adoração é bem delineada em uma das tentações de Jesus no deserto (Mt.4:8-10; Lc.4:5-8). Um dos trabalhos principais que fará o Anticristo, o ser humano que maior comunhão terá com Satanás (II Ts.2:9), será promover a adoração ao diabo (Ap.13:4).

– Este aspecto do caráter de Satanás, aliás, também explica o seu empenho para que se fomente e se desenvolva a idolatria, porquanto, embora o ídolo nada seja, na verdade, na adoração a ídolos cria-se uma oportunidade para a adoração a demônios, para a manifestação demoníaca, e, portanto, em última instância, para um culto a Satanás, como bem explana o apóstolo Paulo em I Co.10:19-21.

– Outro aspecto do caráter de Satanás é a mentira. O Senhor Jesus diz que o diabo é o “pai da mentira” e que, quando mente, faz o que lhe é próprio, o que é de sua essência, de sua natureza (Jo.8:44). Por isso mesmo, é dito que ele engana todo mundo (Ap.12:9) e, quando for solto depois do milênio, sairá para enganar as nações (Ap.20:8).

Por isso, é um dos trabalhos dele a confrontação com a Palavra de Deus, pois esta é a verdade (Jo.17:17), o oposto do que o diabo representa, portanto. Há um trabalho incessante de Satanás para distorcer a Palavra de Deus, para menosprezá-la, para impedir que os homens tenham acesso a ela.

Desde o Éden, quando distorceu as palavras do Senhor a Eva, Satanás não tem descansado de tentar sempre manter o homem longe da verdade, longe da revelação divina ao mundo.

– Toda a sorte de falsas doutrinas, de religiões, de filosofias e pensamentos contrários às Escrituras Sagradas tem seu nascedouro em Satanás, o “pai da mentira” e somente o conhecimento da verdade poderá nos libertar destes ardis (Jo.8:32). Há todo um esforço satânico para que isto não ocorra.

– Não é, portanto, demasiado observar que a Escola Bíblica Dominical é, assim, uma das principais cidadelas contra o inimigo de nossas almas e que tudo quanto tem sido construído, em nossas igrejas locais, para desprestígio da EBD tem origem direta nas hostes espirituais da maldade, mais propriamente no comandante delas, o “pai da mentira”.

Neste ponto, infelizmente, temos de admitir que, na imensa maioria de nossas igrejas locais, em matéria de EBD, não se está a seguir o conselho do apóstolo Paulo em Ef.4:27. Que Deus desperte nossas lideranças enquanto é tempo!

– Diante de sua queda, o “querubim ungido” passou a ser o “adversário” de Deus e é este o sentido da palavra hebraica “Satanás” com que aparece na Bíblia, a começar do seu livro mais antigo, o livro de Jó (Jó 1:6), situação que persiste ainda hoje na dispensação da graça (I Pe.5:8).

– Mas também aparece como “a mais astuta de todas as alimárias do campo que o Senhor Deus tinha feito” (Gn.3:1), a “antiga serpente”, que engana todo o mundo (Ap.12:9; 20:2), pois é o “pai da mentira” (Jo.8:44).

– Notemos que, antes da queda, o querubim ungido era conhecido por sua sabedoria (Ez.28:3-5), mas, ao se corromper, toda esta sabedoria se perdeu, pois “o temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Sl.111:10; Pv.1:7) e ela se tornou em “astúcia”, ou seja, “esperteza”, “habilidade de dissimular e usar artifícios enganadores e, com isso, obter vantagens às custas de outrem; malícia, treta, artimanha”, como diz o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa.

Assim, o que o diabo sabe fazer, como nenhuma criatura do Universo, é usar de subterfúgios para enganar alguém, motivo pelo qual não podemos, de forma alguma, permitir que ele tenha lugar em nossa mente ou vida, pois, certamente, se assim agirmos, seremos iludidos por ele. Ele, não nos esqueçamos, é apresentado no texto sagrado como a “mais astuta das alimárias que o Senhor Deus tinha feito” (Gn.3:1).

– Por isso, surge sempre como o acusador dos homens, em especial dos servos do Senhor, motivo por que, entre os de língua grega, ganhou o nome de “diabo” (“diabolos” em grego significa “acusador”), como assim o chama o Novo Testamento (Mt.4:1;Ef.4:27; Tg.4:7). Ele é o “inimigo” (Mt.13:39; Lc.10:19).

– Seu trabalho é “acusar” diante de Deus, dia e noite, os seres humanos, em especial os servos do Senhor (Ap.12:10). Foi assim, por exemplo, que agiu em relação a Jó (Jó 1:9-11 e 2:4-6).

– Este trabalho de acusação, no entanto, ao contrário do que defendem alguns da chamada “teologia da batalha espiritual”, não é legítimo nem tem qualquer relevância no aspecto da soberania divina.

Falsos ensinos procuram demonstrar que, quando a pessoa desobedece a Deus, está “dando legalidade ao diabo”, na medida em que autoriza que o diabo, “legalmente’, domine a sua vida, tendo em vista que caiu em pecado.

– O diabo jamais é um ser “legal” e não tem legitimidade alguma. Desobedeceu a Deus, pecou, e se encontra na “marginalidade espiritual”, é um condenado que aguarda a execução da sua pena e que, por puro desígnio divino, não está impedido de agir, enquanto se encontra a aguardar o seu lançamento no lago de fogo e enxofre.

– Quando engana as pessoas, quando as escraviza no pecado, não está agindo “legalmente”, de forma alguma! Está apenas continuando a pecar, a fazer seu deletério trabalho de engano e de maldade, diante de sua natureza corrompida. Não tem qualquer papel “legal” na estrutura cósmica.

– Tanto assim é que, quando do juízo final, o diabo nenhuma participação terá, porquanto, antes da própria instauração do julgamento, terá sido lançado no lago de fogo e enxofre (Ap.20:10).

– O papel do diabo é idêntico ao de Tértulo, o acusador de Paulo diante do governador Félix (At.24:1-9), ou seja, nenhum, pois a acusação efetuada não resultou em coisa alguma, porquanto Paulo acabou sendo julgado pelo imperador em Roma porque apelou para César (At.25:10-12), sendo que a verdadeira acusação foi escrita pelo próprio Festo, sucessor de Félix (At.25:24-27).

– As acusações de Satanás contra os seres humanos são resultado de sua natureza maligna, de seu ódio para com os homens, mas não têm qualquer valia, qualquer valor diante de Deus, que, além de ser onisciente e, portanto, conhecer os corações dos homens e não necessitar de quaisquer acusações de quem quer que seja, ainda manda registrar as obras de todos para o julgamento final (Ap.20:12), de modo que não há qualquer respaldo bíblico para se dar ao diabo uma “posição legítima”, uma “legalidade” para agir contra os ímpios e, muito menos, contra os salvos que tiverem pecado.

– Quando quebramos a lei do Senhor, quando pecamos, separamo-nos de Deus, perdemos a comunhão com Ele, mas não se está dando qualquer “legalidade” para o diabo. Lembremos sempre disso!

– O diabo já foi condenado por Deus, mas ainda a pena não foi executada, pois o diabo somente será lançado no lago de fogo e de enxofre depois que ocorrer a rebelião final no final do reino milenial de Cristo (Ap.20:7-10).

Por isso, está ele, desde sua queda, a vaguear pela Terra, indo de um lado para outro (Jó 1:7), como verdadeira “estrela errante”, que não tem lugar, já que perdeu o lugar em que Deus lhe havia posto e ainda não ocupou o lugar que a ele foi preparado.

– Nestes seus “passeios”, tem uma obsessão: a de destruir o ser humano. Esta é a sua missão, o seu ofício: tentar levar consigo tantos quantos puder, impedindo-os de desfrutar da vida eterna com o Senhor, vida esta que perdeu ao pecar.

Para tanto, tem a seu serviço os seus anjos, os seres angelicais que, como ele, rejeitaram o senhorio de Deus e preferiram d’Ele se separar. Estes anjos, também já julgados, aguardam o momento de serem, juntamente com seu líder, lançados no lago de fogo e de enxofre. Enquanto isto não ocorre, porém, estão a serviço do adversário, participando ativamente do trabalho ininterrupto de roubo, morte e destruição da humanidade.

– Não são, porém, todos os anjos caídos que estão a vaguear e a agir sob o comando de Satanás. A Bíblia relata que alguns anjos foram mantidos na escuridão, em prisões eternas até o juízo daquele grande dia (Jd.6), ou seja, foram aprisionados no “abismo”, o lugar temido por todo espírito maligno (Lc.8:31), o “Tártaro”, como é denominado em II Pe.2:4, onde o apóstolo repete o irmão do Senhor ao dizer que os anjos que pecaram foram ali lançados e reservados para o dia do juízo.

Há quem diga que tais anjos, ou pelo menos parte deles, serão soltos por ocasião da quinta trombeta na segunda metade da Grande Tribulação (Ap.9:1-12), o primeiro “ai” das trombetas, sendo os “gafanhotos” ali mencionados, que estarão sob o comando de Abadom ou Apoliom. Tais seres terão poder apenas para atormentar os homens por cinco meses, período em que a morte ficará presa

– Não é por outro motivo que o apóstolo Paulo nos ensina que a nossa luta não é contra a carne nem contra o sangue, mas contra as hostes espirituais da maldade, contra os principados, potestades, príncipes das trevas deste século, nos lugares celestiais (Ef.6:12).

Tem-se uma verdadeira batalha espiritual entre os homens que servem a Deus e estes seres, cujo único objetivo é impedir que sirvamos ao Senhor e, assim, levar-nos para a perdição eterna, a eles fazendo eterna companhia no lago de fogo e enxofre.

O diuturno trabalho do adversário e de seus anjos é tragar a tantos quanto possa (I Pe.5:8) e isto fará se não nos revestirmos da armadura de Deus (Ef.6:13-18), se não nos escondermos em Deus, pois se n’Ele estivermos, maior será o que estará em nós do que o que está no mundo (I Jo.4:4).

– Ao se referir a esta luta, o apóstolo também revela que os anjos maus, a exemplo dos anjos bons, também estão organizados hierarquicamente e não podia ser diferente, pois, como sabemos, antes de pecarem, eles eram anjos que estavam diante de Deus e, portanto, sob a hierarquia instituída pelo Senhor quando da criação de tais seres celestiais.

– Expulsos da presença do Senhor, o diabo e seus anjos passaram a ocupar as “regiões celestiais”, uma região que não se encontra nos céus onde está a glória de Deus, uma espécie de antessala da glória divina. Ali estão, como disse o apóstolo Paulo, e lá ficarão até o dia do arrebatamento da Igreja, quando de lá serão retirados, em uma batalha, por Miguel e seus anjos, que os mandarão para a Terra (Ap.12:7-12).

– Este lugar, onde estão o diabo e seus anjos, será ocupado pela Igreja, que ali se encontrará com o seu Senhor, consoante vemos em I Ts.4:17. São os “ares”, as “nuvens” mencionadas pelo apóstolo Paulo.

– Não estão o diabo e seus anjos confinados nestas “regiões celestiais”. Eles têm ali a sua “moradia”, mas o fato é que eles todos são “estrelas errantes”, que vão de uma a outra parte, estando sempre passeando pela Terra e vagueando (Jó 1:7; 2:2), sendo, pois, “vagabundos”, ou seja, “que ou quem leva vida errante, perambula, vagueia, vagabundeia”, como diz o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa.

– O diabo é bem informado, embora, como criatura, à evidência não tenha a onisciência, que é um atributo incomunicável de Deus, ou seja, que somente Deus possui e não pode ser transferido a pessoa alguma.

No entanto, tem milhões e milhões de anjos a seu serviço e, deste modo, como certa feita disse o pastor Ailton Muniz de Carvalho, tem o maior sistema de espionagem de todo o Universo. Eis porque é muito bem informado e usa de tais informações para enganar as pessoas.

– Nesta hierarquia, em tudo semelhante a dos anjos bons, temos diferentes posições nas hostes espirituais da maldade.

No topo da hierarquia, está, naturalmente, o diabo, o líder da rebelião. Depois, parece haver um ser denominado de Belzebu, “o príncipe dos demônios”, que entendem alguns ser o próprio Satanás, e outros, um dos maiorais das hostes espirituais da maldade (Mt.12:24; Mc.3:22; Lc.11:15).

Outro ser angelical maligno que é mencionado nas Escrituras é Abadom ou Apoliom, que é o chefe de anjos que estão presos e serão soltos por ocasião da quinta trombeta na Grande Tribulação.

– Assim como ocorre com os anjos bons, o apóstolo Paulo menciona haver, na hierarquia maligna, “principados”, “potestades” e “príncipes das trevas”, demônios que têm posição de proeminência no sistema maligno, que são, a exemplo dos anjos bons, como se fossem “oficiais” e “graduados” das forças armadas.

– Neste ponto, devemos observar que, no livro de Daniel, há a menção de seres demoníacos denominados de “príncipe do reino da Pérsia” (Dn.10:13), “príncipe da Grécia” (Dn.10:20), o que levou alguns, em especial Charles Peter Wagner, a criar a doutrina dos “espíritos territoriais”,

segundo a qual demônios são escalados para dominar e controlar áreas da Terra, devendo, pois, os salvos na pessoa de Cristo Jesus expulsar tais “principados” e “potestades” para que o reino de Deus se estabeleça em tais lugares.

– Por primeiro, é importante observar que uma doutrina bíblica somente pode ser construída a partir de dois ou três textos bíblicos e a única menção que se faz a seres celestiais vinculados a algum território é nesta última visão do profeta Daniel, que abarca os capítulos 10 a 12, a chamada “visão do homem vestido de linho”.

– Só por isso, portanto, já vemos que não tem respaldo qualquer doutrina que se baseie nesta única passagem, o que já seria suficiente para desconsiderar tal ensinamento. No entanto, o pensamento de que há demônios a “dominar” áreas territoriais é totalmente antibíblico, visto que do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam (Sl.24:1).

– Tal ensinamento está impregnado da ideia equivocada espalhada pela teologia da confissão positiva de que o mundo físico foi entregue a Satanás quando da queda do homem que, por ter pecado, teria entregado, “dado legalidade ao diabo” para se apossar da Terra que teria sido entregue por Deus ao homem.

– Por primeiro, cumpre observar que a expressão “príncipe deste mundo” ou “deus deste século” que a Bíblia dá ao diabo não diz respeito ao mundo físico, mas, sim, ao sistema espiritual surgido com o pecado do homem, sistema, sim, controlado pelo diabo e na qual o ser humano está escravizado.

– Por segundo, esta expressão jamais autoriza alguém a dizer que o “mundo físico” foi deixado sob controle de Satanás e que é preciso retirá-lo do controle territorial para que o reino de Deus se estabeleça.

O reino de Deus é outra entidade espiritual, que veio ao mundo com Cristo Jesus, e dele fazem parte todos quantos recebem a Cristo como Senhor e Salvador. O reino de Deus já está entre nós e se a expulsão de demônios é um sinal de que isto ocorreu (Mt.12:28; Lc.11:20), tal expulsão se dá em relação às pessoas possessas, não em relação a territórios, que jamais são “dominados” por seres malignos.

– Por isso, todas as ações de “mapeamento espiritual”, que visam “libertar” territórios de seres malignos, inclusive com ações de “demarcação de territórios”, que impõem “unção com óleo” de áreas, “o urinar em esquinas e ruas” e outras tolices do gênero não têm qualquer base bíblica e geram uma ideia errônea de que o domínio do maligno se dá em territórios,

em áreas geográficas e, mais, de que a batalha espiritual seria uma luta direta dos salvos com relação aos seres espirituais, esquecendo-se de que a batalha se dá no interior de cada ser humano.

Os dias são difíceis, pois, assim como, às vésperas da primeira vinda de Cristo e durante o Seu ministério terreno, houve uma intensificação da atuação demoníaca no meio do povo de Israel (basta ver como foi grande a atividade de Jesus na expulsão de demônios durante o Seu ministério terreno – Mc.1:34),

também está predito que, nos dias que antecedem a volta do Senhor, o arrebatamento da Igreja, haverá o aumento da atuação demoníaca sobre a face da Terra, resultado da ação do chamado “espírito do anticristo” (I Jo.4:3), que já está produzindo a multiplicação da iniquidade, que tem causado o esfriamento do amor de quase todos os que se dispõem a servir a Deus (Mt.24:12).

– Vivemos, assim, dias de intensa atuação do diabo e de seus agentes, atuação tão grande que chega a fazer alguns menos avisados a pensar que o diabo tenha algum atributo divino. O diabo é uma criatura e, portanto, é inferior a Deus.

Mentirosa é a ideia de que bem e mal são forças idênticas, mas de sinal contrário, que se deve buscar um equilíbrio entre os que “são do bem” e os “que são do mal”. Tais pensamentos são embustes, enganos do próprio adversário que, como sempre, tenta se vangloriar através das mentes por ele enganadas.

– A Bíblia diz que o diabo é mera criatura, que não se iguala nem jamais se igualará a Deus. Rebelou-se contra o senhorio divino e, de imediato, foi excluída da presença do Senhor e reduzido a nada.

O Senhor ainda não executou a pena que se lhe aplicou por completo, porque assim não o quis, até porque, por intermédio da humanidade, mostra o Seu amor e a Sua grandeza, apesar da rebelião do diabo e de seus anjos.

Tanto assim é que as Escrituras nos informam que os principais anjos que seguiram ao diabo estão em prisões eternas, aguardando o juízo (II Pe.2:4), a provar, pois, que sempre esteve no controle desta rebelião.

– Contudo, precisamente porque ainda não teve sua atuação encerrada, o diabo tem podido enganar o homem, levá-lo à perdição e a prender-se pelo pecado. Por isso, devemos nos esconder em Deus, crer em Jesus e estar em Suas mãos, pois não lugar mais seguro do que este (Jo.10:28).

Se deixarmos a simplicidade que há em Cristo Jesus (II Co.11:3), seremos facilmente enganados pelo diabo, pois somos feitos inferiores aos anjos (Sl.8:5) e o diabo, apesar de ter caído, continua sendo um anjo, com toda a habilidade e força com que foi criado, salvo, naturalmente, a perda dos atributos que tinha por estar na presença da glória de Deus.

Além do mais, o próprio Jesus nos adverte que o diabo conhece bem tudo o que concerne aos homens (Mt.16:23) e, portanto, pode muito bem cirandar com qualquer ser humano, pois é experiente, astuto e ardiloso o suficiente para enganar o homem. Por isso, o conselho da Bíblia é bem claro, “curto e grosso”: “Não deis lugar ao diabo” (Ef.4:27); “Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo e ele fugirá de vós”(Tg.4:7).

– Nos dias em que vivemos, porém, muitos não estão a observar os sábios e indispensáveis conselhos da Bíblia. Alguns, pasmem todos, chegam, mesmo, a dizer que “o diabo não existe”, é apenas uma “tipologia”, um “símbolo” do texto bíblico.

Outros, no extremo oposto, dão tanto valor ao diabo que o tornam a personagem principal dos seus cultos, com eles dialogando e permitindo que tempo precioso da adoração seja consumido com degradantes espetáculos que estão, no fundo, a glorificar o inimigo numa reunião que deveria exaltar o nome do Senhor.

Por fim, há aqueles que, tendo abandonado a simplicidade de Cristo e, o que é mais deprimente, a própria observância da Palavra de Deus, partiram para toda sorte de práticas que só revelam a corrupção dos seus sentidos por conta dos ardis de Satanás.

Acordemos, pois não podemos ignorar tais ardis (II Co.2:11), pois já são muitos os que, lamentavelmente, já se deixaram levar pelas astutas ciladas do diabo (Ef.6:11) e que formam, nas próprias igrejas locais, a sinagoga de Satanás (Ap.2:9) ou o grupo dos conhecedores das profundezas de Satanás (Ap.2:24).

– Assim como o diabo, os anjos maus, também chamados de “demônios”, são seres reais, dotados de personalidade, que, assim como seu chefe, possuem como características a imundície, ou seja, a natureza pecaminosa e impura (Mc.5:9), a violência (Mc.9:20), a mentira (I Rs.22:2), a oposição a Deus e a Sua obra (Ef.4:12), tendo, pois, perfeita identificação com Satanás (Mt.12:26).

Fonte: http://www.portalebd.org.br/classes/adultos/3397-licao-3-a-natureza-dos-demonios-agentes-da-maldade-no-mundo-espiritual-i

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