Sem categoria

PLANO DE AULA LIÇÃO Nº 13 – A IGREJA E A LEI DE DEUS

1º SLIDE

INTRODUÇÃO

– No encerramento do estudo sobre os dez mandamentos, veremos o papel da lei de Deus na Igreja. – Cumprimos a lei porque Cristo vive em nós.

2º SLIDE

I – A LEI DE DEUS E A DISPENSAÇÃO DA LEI

– Deus é o Senhor de todas as coisas, vez que criou céus e terra (Gn.1:1), a Ele, pois, tudo pertencendo (Sl.24:1). Em virtude do senhorio de Deus, temos que é d’Ele a fonte de toda a ordem que existe no Universo, sendo Ele o autor das leis que regem tanto o mundo físico, quanto o mundo moral.

– Destarte, as leis instituídas pelo Senhor são imutáveis e todas as Suas criaturas estão submetidas a tais leis. As leis estabelecidas por Deus, portanto, não podem jamais ser revogadas, são imutáveis, pois Deus é imutável (Ml.3:6).

3º SLIDE

– Os preceitos estabelecidos por Deus para o ser humano, preceitos morais indispensáveis para que o homem possa cumprir o propósito a ele determinado pelo seu Criador, valem em todas as épocas, sendo essencialmente os mesmos desde a criação do homem.

– A “lei de Deus” sempre existiu, desde a criação do mundo, pois é a expressão da Sua vontade para com o homem e, como tal, em todas as dispensações, sempre havia preceitos que o homem deveria observar, reconhecendo, assim, a soberania e o senhorio divinos, reconhecendo ser apenas uma criatura que deveria servir ao seu Criador.

4º SLIDE

– Não devemos confundir a “lei de Deus” com a dispensação da lei, que foi um período em que Deus tratou com a humanidade, através do pacto estabelecido no monte Sinai com Israel, pacto este que teve nos dez mandamentos, escritos pelo dedo de Deus nas duas tábuas de pedra (Dt.4:12,13), a sua síntese, o seu resumo.

– A dispensação da lei é um período que se inicia no pacto estabelecido entre Deus e Israel no monte Sinai e que termina quando do sacrifício de Cristo Jesus na cruz do Calvário, que é quinto período da revelação progressiva de Deus à humanidade, de Seu plano para a salvação da humanidade.

5º SLIDE

– A dispensação da lei foi um período em que, diante da incredulidade de Israel e da sua imaturidade espiritual, não pôde o Senhor instituir a comunhão completa com Ele, não pôde fazer de Israel o reino sacerdotal e povo santo que havia proposto aos israelitas no Sinai.

– Nesta dispensação foram constituídos 613 preceitos, que deveriam ser observados pelos israelitas, enquanto aguardavam a vinda do Messias, Aquele que faria o que a atitude de Israel no pacto do Sinai não permitiu que se fizesse, ou seja, o estabelecimento da unidade entre Deus e Israel, da perfeita comunhão, da retirada do pecado e da salvação.

6º SLIDE

– A lei trazida por Moisés ao povo de Israel representa um pacto transitório, em que se aguardaria a consumação da salvação, o que somente se faria por intermédio de Cristo Jesus, o Messias prometido e anunciado pelo próprio Moisés (Dt.18:15-19).

– Moisés mesmo mencionou a necessidade da “circuncisão do coração” (Dt.10:16), que aconteceria num momento em que o povo estivesse em total descumprimento da lei (Lv.26:41; Dt.30:6) e que é lembrado pelo profeta Jeremias, quando de sua pregação anterior à perda da Terra Prometida pelos israelitas(Jr.4:4), profeta este que mostrou a 2 insuficiência deste pacto e a necessidade do estabelecimento de um novo concerto entre Deus e Israel, em que a lei haveria de ser inscrita em seus corações (Jr.31:31-34).

7º SLIDE

II – JESUS E A LEI

– Jesus diz qual é o Seu papel em relação à lei logo no sermão do monte, que é o Seu discurso ético por excelência, onde temos o resumo da Sua doutrina (Mt.7:28). – O Senhor diz que não veio abolir a lei, mas, antes, cumpri-la (Mt.5:17).

8º SLIDE

– Jesus disse que não veio invalidar a lei, pois, sendo Deus, sabia que a lei era imutável, vez que expressava a vontade de Deus. – Jesus disse que veio cumprir a lei, ou seja: a) completá-la, dar-lhe o verdadeiro sentido e alcance; b) realizá-la, ou seja, torna-la não um objetivo inalcançável, mas um fato histórico, uma realidade.

9º SLIDE

– A lei não havia sido inscrita nos corações dos israelitas, que se distanciaram do monte Sinai logo após Deus ter pronunciado a síntese da lei, os dez mandamentos.

– A síntese da lei estava dentro da arca, que ficava no lugar santíssimo, a demonstrar que era algo inacessível aos israelitas.

10º SLIDE

– Jesus não somente fez o que a lei mandava, não somente a cumpriu integralmente, mas, primeiramente com o Seu exemplo e, depois, com o Seu ensino, mostrou como a lei poderia ser também cumprida por todos aqueles que O seguissem (At.1:1).

– Jesus leva a lei até o seu sentido pleno, pois é Deus, está acima da lei, e pode trazer para o homem aquilo que Moisés não pôde trazer a Israel.

11º SLIDE

– Para se entrar no reino de Deus, portanto, é necessário que se vá além do que estatuído na lei (Mt.5:20). – Os discípulos de Jesus, sendo novas criaturas, podem, em Cristo, cumprir a lei, pois não mais vivem, mas Cristo vive neles, têm suas vidas escondidas em Cristo (Cl.3:3; Gl.2:20).

12º SLIDE

– Jesus cumpriu a lei integralmente: a) os preceitos morais – pois nunca pecou (Jo.8:46; Hb.4:15). b) os preceitos civis – pois foi cidadão exemplar, tanto que as autoridades não encontraram n’Ele culpa alguma (Mt.26:59-66; Lc.23:4,14,22); c) os preceitos cerimoniais – pois ofereceu sacrifício perfeito que tirou o pecado do (Jo.1:29; Hb.10:1-12).

13º SLIDE III

– A IGREJA E A LEI

– Ao cumprir a lei, o Senhor Jesus nos permitiu chegar perto de Deus (Ef.2:13), formando um novo povo, decorrente da união de judeus e de gentios, a Igreja, criando um novo homem, desfazendo a inimizade, ou seja, a lei dos mandamentos (Ef.2:14-16).

– A lei dos mandamentos era a perfeita demonstração da inimizade que havia entre Deus e os homens, porquanto denunciava a existência do pecado em nós e, portanto, nos dava consciência de nossa condenação, de nossa carnalidade, da impossibilidade que tínhamos de ser salvos pelos nossos próprios méritos (Rm.7:13-24).

14º SLIDE

– A lei, portanto, era um sinal de maldição, porquanto nos fazia conscientes de nossa perdição eterna, sem condições de nos salvar (Gl.3:11-13), sendo, neste sentido, o pacto da escravidão (Jo.8:34; Gl.4:21-25). 3

– Não estamos, pois, como Igreja, debaixo da lei. Cristo nos resgatou da maldição da lei, uma vez que, morrendo por nós e pagando o preço dos nossos pecados, pôde nos trazer a graça, ou seja, o favor imerecido de recebermos o perdão dos pecados, a retirada dos pecados, pela fé em Cristo Jesus, fazendo-nos, portanto, chegar perto de Deus.

15º SLIDE

– A lei ainda cumpre um papel para a Igreja na medida em que, primeiro, dá-nos a conhecer os nossos pecados e as nossas misérias, mas, ante o anúncio do Evangelho, que nos faz saber como somos salvos dos pecados e da nossa miséria, a lei é como que ultrapassada pela obra salvífica de Cristo.

– Por meio desta obra, uma vez salvos, acabamos por cumprir a lei, em gratidão a Deus por esta tão grande salvação.

16º SLIDE

– Quando não mais vivemos, mas Cristo vive em nós, podemos cumprir os mandamentos, em sinal de gratidão a Deus e como resultado da vida de comunhão que temos com o Senhor.

– É esta a unidade que o Senhor Jesus diz ter vindo estabelecer, em Sua oração sacerdotal, quando afirma que esta unidade é constituída para que o mundo creia que Ele foi enviado pelo Pai (Jo.17:22,23).

17º SLIDE

– Mesmo salvos em Cristo Jesus, não temos condição de cumprir integralmente os mandamentos, visto que a natureza pecaminosa ainda habita em nós e, vez ou outra, pecamos, visto que ainda não fomos glorificados. – Uma vez salvos em Cristo, porém, não vivemos sem qualquer regra ou princípio, mas, antes, precisamente por estarmos salvos, somos levados a cumprir os preceitos morais estatuídos na lei, não para sermos salvos, mas, precisamente, porque estamos salvos em Cristo.

18º SLIDE

– A fé em Cristo não anula a lei, mas, antes, a estabelece (Rm.3:31), pois, a partir do momento que somos salvos pela graça, pela fé em Cristo, tendo os nossos pecados perdoados e nascendo de novo pelo Espírito, passamos a ser homens espirituais (I Co.2:14,15) e, como novas criaturas, podemos, então, cumprir os preceitos morais da lei, a chamada “lei de Cristo” (I Co.9:21; Gl.6:2).

– Somos resgatados, ou seja, libertos da maldição da lei. A lei não pode mais nos condenar, porque, embora não tenhamos condição de cumpri-la, Cristo já a cumpriu por nós e, pela Sua graça, podemos ter vida eterna.

19º SLIDE

– Uma vida de santificação fará com que, cada vez mais, cumpramos os preceitos morais da lei até aquele dia em que, glorificados, quando o “velho homem”, a “carne” for aniquilada de nosso ser, chegaremos à perfeição.

– A graça e a verdade vindas de Jesus Cristo torna a lei algo real, factual, algo verificável pelos homens e não apenas um livro cujos preceitos são inatingíveis e inacessíveis.

As duas tábuas de pedra que ficavam na arca, separada de todo o povo pelo véu, agora são inscritas nas carnes dos corações dos homens e, deste modo, os discípulos de Cristo se tornam “cartas vivas, conhecidas e lidas por todos os homens” (II Co.3:2).

20º SLIDE

– Não há, portanto, em absoluto, um “antinomismo” na graça. O discípulo de Cristo, a nova criatura surgida pela fé em Cristo Jesus está, sim, submetida a lei de Deus. – As novas criaturas andam conforme “esta regra”, constituindo o Israel de Deus (Gl.6:15,16). 4

21º SLIDE

– Reside aqui a verdadeira liberdade, que é a chamada liberdade heterônoma, ou seja, somente somos verdadeiramente livres quando nos submetemos à vontade de Deus, à “lei da liberdade” (Tg.2:12). – Não temos “liberdade” para pecar (Rm.6:1-7).

22º SLIDE

– Somente são discípulos de Cristo aqueles que têm as qualidades do fruto do Espírito, as “bem-aventuranças”.

– Em virtude da nossa fé em Cristo Jesus, portanto, podemos trilhar no caminho do cumprimento da lei, que não é perfeito, mas que caminha em direção à perfeição, já que não há mais nenhum entrave ou obstáculo para entrarmos em comunhão com Deus e podermos ter tal lei inscrita em nossos corações, mostrando, pela nossa vida, a presença de Deus em nós.

23º SLIDE

– O verdadeiro e genuíno cristão cumpre a lei e, neste cumprimento, revela a sua filiação divina.

– Não estamos, pois, mais debaixo da maldição da lei, mas agora a lei está em nós e nos leva a testificar que somos discípulos de Jesus.

Site: http://www.portalebd.org.br/files/1T2015_L13_caramuru_plano%20de%20aula.pdf

Deixe uma resposta

Descubra mais sobre Iesus Kyrios

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading