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PLANO DE AULA – LIÇÃO Nº 8 – O INÍCIO DO GOVERNO HUMANO

Lição 8 - O início do governo humano foto
1º SLIDE

INTRODUÇÃO

– Na sequência do estudo do livro do Gênesis, analisaremos hoje o estudo da primeira parte do capítulo 9, quando se institui a dispensação do governo humano.

– No recomeço da humanidade, Deus entregou ao homem a administração da justiça.

2º SLIDE

I – O PACTO NOAICO

– Quando o Senhor avisou a Noé a respeito da destruição da Terra com o dilúvio, Ele já havia dito ao patriarca que se estabeleceria um pacto entre Deus e ele (Gn.6:18).

– Tal afirmação divina mostra-nos que Deus tem sempre interesse em estabelecer um relacionamento com o homem, visando sempre o bem da humanidade, tendo por objetivo a salvação, o restabelecimento da comunhão perdida com a entrada do pecado no mundo.

3º SLIDE

– Neste novo pacto que firmaria com Noé, teria início uma nova dispensação – a dispensação do governo humano.

– Dispensação é “um período de tempo durante o qual o homem é provado quanto à obediência a alguma revelação específica da vontade de Deus”. “Cada dispensação pode ser considerada uma nova prova do homem natural, e cada uma termina em juízo, evidenciando o completo fracasso do ser humano.”

4º SLIDE

– Depois de ter decidido não mais destruir o homem com um dilúvio, o Senhor abençoou a Noé e a seus filhos, reafirmando-lhes o propósito divino para o ser humano, dado ao primeiro casal, qual seja, o propósito de frutificação, multiplicação e enchimento da terra (Gn.9:1).

– Embora tenha havido a modificação da dispensação, Deus continuou sendo o mesmo, pois Ele não muda (Ml.3:6; Tg.1:17), tanto que tudo quanto fez ao primeiro casal, à primeira família no Éden, também voltava a fazer para Noé e sua família, trazendo a bênção e determinando que eles frutificassem, multiplicassem e enchessem a Terra.

5º SLIDE

– Noé tinha o encargo de repovoar a terra, de recomeçar a humanidade, juntamente com a sua família, e, portanto, deveria atender a todos os propósitos divinos, que permaneciam os mesmos.

– No entanto, se Deus não muda, isto não ocorre com o homem. Noé agora estava numa terra diferente, que, por causa do dilúvio, havia sofrido importantes alterações. A primeira é de que, doravante, haveria diversidade de climas, como também as estações do ano, já que a camada de águas que havia na atmosfera não mais existia, derramada que havia sido perante a superfície da Terra.

6º SLIDE

– O Senhor indica a Noé que, doravante, por parte da criação terrena pavor e temor em relação ao homem, uma vez que o homem permaneceria tendo o domínio sobre a criação terrena (Gn.9:2).

– Além deste pavor e temor, Deus, também, passava a autorizar o consumo de carne. O homem e outros animais (e até alguns vegetais) deixavam de ser herbívoros, para serem carnívoros ou onívoros. A partir do dilúvio, diante das mudanças climáticas, foi alterada a dieta alimentar de algumas criaturas, passando o homem a poder ingerir carne (Gn.9:3,4).

7º SLIDE

– Nesta modificação de dieta, o Senhor proibiu o consumo de sangue, onde estava a “vida” dos animais.

– O sangue era o elemento que permitia a manutenção da vida nos animais, nada tendo que ver com a “alma”. Por isso, o consumo de sangue não significa a proibição de transfusão, que é um meio de se mostrar amor ao próximo e de propiciar a prevalência da vida.

8º SLIDE

– A proibição do consumo do sangue era um indicador de como se daria a redenção da humanidade, pelo derramamento do sangue inocente da “semente da mulher”, que daria a sua vida pelo homem.

– O Senhor reafirmou o Seu senhorio sobre a vida dizendo a Noé que requereria o sangue de cada ser humano da mão de todo o animal como também da mão de todo de homem e da mão do irmão de cada um (Gn.9:5).

9º SLIDE

– O Senhor ainda disse que quem derramasse o sangue do homem, pelo homem o seu sangue seria derramado, porque o homem era imagem de Deus e, portanto, não poderia qualquer ser humano ceifar a vida de outro (Gn.9:6).

– Nesta determinação, o Senhor estabeleceu a pena de morte ao homicida, mas se discute se teria havido a delegação da aplicação desta pena aos governantes.

10º SLIDE

– Respeitando a opinião contrária, ao dizer que o homem é imagem de Deus e que Deus requereria o sangue que fosse derramado, o Senhor deixou para Si a aplicação da pena de morte ao homicida, o que se daria pela lei da semeadura, através do homem, mas numa aplicação única e exclusiva de Deus.

– Em sua determinação, o Senhor mostra todo Seu desagrado com a violência que caracteriza a geração antediluviana e que tinha tido origem em Caim.

11º SLIDE

– Deus, ao excluir a vida do domínio humano, estava pondo os limites daquilo que viria a ser o “governo humano”, ou seja, a delegação ao homem da administração da justiça, que será o grande diferencial desta nova dispensação.

– O homem não poderia ceifar a vida do seu próximo, não lhe era isto delegado, pois o único dono da vida é o Senhor, mas deveria cumprir o propósito divino estabelecido ao ser humano, frutificando, multiplicando e povoando abundantemente a terra, multiplicando-se nela (Gn.9:7).

12º SLIDE

– O “pacto noaico” é chamado pelos doutores da lei judeus de “os sete preceitos dos descendentes de Noé”, onde estariam as bases e os parâmetros estabelecidos por Deus a toda a humanidade, as bases da ética e da moralidade.

– Este pacto, segundo estes doutores da lei, continham as mesmas disposições que Deus havia dado ao primeiro casal no Éden, com a inclusão da proibição do consumo de carne, a nos mostrar, uma vez mais, a imutabilidade da Palavra de Deus.

13º SLIDE

Sete preceitos do pacto noaico (I):

a) Proibição da idolatria
b) Proibição de blasfêmia
c) Proibição do assassinato
d)Proibição da imoralidade sexual

14º SLIDE

Sete preceitos do pacto noaico (II):

e) Proibição do roubo
f) Proibição de comer com sangue
g) Estabelecimento de leis de honestidade e justiça

15º SLIDE

– O último preceito dá ideia propriamente do que se denomina “governo humano”. O Senhor não iria mais aplicar diretamente a justiça sobre a humanidade, pois não iria mais destruir a Terra com água, não iria mais fazer um novo dilúvio (Gn.9:9-11).

– Com exceção da vida, tudo o mais deveria ser tratado pelo homem, que deveria administrar a justiça, criando um sistema de leis pelos quais se disciplinaria a convivência entre os homens e o próprio relacionamento do homem com a natureza.

16º SLIDE

– Por que o Senhor determinou que o homem passasse a administrar a justiça sobre a face da Terra? Precisamente porque não haveria mais de lançar um dilúvio sobre a Terra.

– Quando o Senhor viu que o homem era continuamente mau, determinou a destruição do homem pelo dilúvio. Para que isto não mais ocorresse, reconhecendo a f

alibilidade ínsita ao homem concebido no pecado (Sl.51:5), cuja imaginação do coração é má desde a meninice (Gn.8:21), mandou que o homem mesmo cuidasse da administração da justiça, algo que seria falível e que não traria a destruição total.

17º SLIDE

– Ao delegar a administração da justiça ao homem, o Senhor mostra toda a Sua misericórdia e graça, abstendo-se de destruir toda a carne sobre a face da Terra, abrindo um tempo para que o homem tivesse a oportunidade de servir a Deus.

– A partir deste pacto, Deus somente atuaria pontualmente, quando a Sua longanimidade chega ao limite, como, por exemplo, ocorreu nas cidades da planície (Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim).

18º SLIDE

– Neste pacto noaico, vemos o devido lugar do poder político e seu relacionamento com Deus. Ao determinar o Senhor que se deveria criar um sistema de administração da justiça pelos próprios homens, Deus estava a criar o governo, que é, assim, constituído por Deus (Cf. Rm.13:1), mas com propósitos bem determinados.
– As autoridades são constituídas por Deus com o propósito primeiro de administrar a justiça, de castigar os maus (Rm.13:3,4).

19º SLIDE

– A correta posição do governo é a de ser “ministro de Deus”, ou seja, “servo do Senhor”, ou seja, deve tão somente implementar leis que estejam de acordo com os princípios estabelecidos por Deus, pois Deus é o Senhor, Deus é o soberano.

– O poder político foi criado para servir aos propósitos divinos, não para dominar sobre os homens como se Deus não existisse.

20º SLIDE

II – O SINAL DO PACTO NOAICO

– Como demonstração de que, doravante, Deus não iria falar com o homem apenas através da consciência, mas que se incluíam agora elementos objetivos, situados fora do ser humano, como a própria administração da justiça, foi dado um sinal cósmico para este pacto, a saber, o arco-íris, “o arco do Senhor posto na nuvem” (Gn.9:13).

– As nuvens e o arco-íris mostram a alteração do ciclo da água após o dilúvio e serviriam de sinal de que, embora tivesse destruído o mundo com água, o Senhor nunca mais o faria.

21º SLIDE

– O arco-íris é um eloquente sinal, situado fora da consciência do homem, fora do seu interior, que está a demonstrar toda a graça e misericórdia divina.

– Deus não estaria a consentir com o pecado, mas estaria a dar uma real oportunidade de salvação ao pecador.

22º SLIDE

– O arco-íris representava a longanimidade divina, a paciência de Deus para com o homem, pois Noé não deveria se esquecer do que havia profetizado Enoque, o sétimo depois de Adão, de que todos os ímpios haveriam de ser devidamente punidos pelo Senhor no tempo oportuno (Jd.14,15).

– Após o estabelecimento do pacto, é dito que Noé e sua família, cumprindo o propósito divino, fez o recomeço da vida sobre a face da Terra, buscando frutificar, multiplicar e encher a Terra como determinado, pois todas as nações existentes sobre a face da Terra descendem dos filhos de Noé, a saber: Sem, Cão e Jafé, pois, como diz Gn.9:19, “…destes se povoou toda a terra”.

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