PLANO DE AULA – LIÇÃO Nº 9 – A LIMITAÇÃO DOS DISCÍPULOS
1º SLIDE INTRODUÇÃO
– Na sequência do estudo do evangelho segundo Lucas, analisaremos as limitações dos discípulos.
– Jesus, o homem perfeito, ensina-nos como buscar a perfeição.
2º SLIDE I – O HOMEM PERFEITO ENSINA-NOS A BUSCAR A PERFEIÇÃO
– Lucas mostra Nosso Senhor e Salvador como sendo o homem perfeito, o último Adão, aquele homem sem pecado que veio restaurar a comunhão entre a humanidade pecadora e Deus.
– Ao mesmo tempo, Lucas mostra como sendo um homem compassivo, que veio ao encontro do homem a fim de restaurar-lhe a dignidade perdida com o pecado (Lc.1:52-54,74,75)
3º SLIDE
– Jesus veio, com Seu exemplo e vida, abrir um caminho para a salvação do homem, salvação que é poderosa (Lc.1:69), mas que é oferecida a homens débeis e frágeis, que precisam reconhecer a sua debilidade e fragilidade e, assim, atender ao chamado divino, alcançando a restauração da dignidade espiritual perdida.
– Ao longo de seu relato, Lucas mostra claramente que os que se acham autossuficientes, os que acreditam não necessitar de qualquer ajuda, não alcançam a salvação. O Senhor veio dissipar os pensamentos dos corações dos soberbos (Lc.1:51) e envergonhar aqueles que se envergonhassem de Suas palavras (Lc.9:26).
4º SLIDE
– Lucas não esconde as limitações dos discípulos de Jesus, a fim de mostrar não só a singularidade da perfeição de Cristo, mas também para comprovar a compaixão e a misericórdia do Senhor em apontar e suprir as carências e necessidades apresentadas pelos Seus discípulos.
– Já na pregação de João Batista, o evangelista mostra que os homens não passavam de “uma raça de víboras”, que estava destinada à ira vindoura (Lc.3:7), pois toda carne necessitava da salvação de Deus (Lc.3:6). Para tanto, deveriam produzir frutos dignos de arrependimento, de nada valendo a descendência biológica de Abraão (Lc.3:8). Esta circunstância abrangia toda a humanidade, desde os cidadãos comuns (Lc.3:11), como os excluídos da sociedade, como os publicanos, como também os soldados, que gozavam de posição social privilegiada na Roma imperial (Lc.3:12,13).
5º SLIDE II – A NECESSIDADE DA ABNEGAÇÃO E OS EFEITOS DA SUA FALTA: O DESEJO DE SER MAIOR E O SECTARISMO
– A primeira limitação dos discípulos é evidenciada no contexto da revelação dada a Pedro de que Jesus era o Cristo de Deus. (Lc.6:18-22).
– Jesus era o Cristo de Deus e, por isso mesmo, teria de sofrer, morrer e ressuscitar ao terceiro dia para cumprir a Sua missão e diferente caminho não estava traçado para os Seus discípulos.
6º SLIDE
– Em Lc.9:23-27, o Senhor mostra a necessidade que temos de segui-l’O. Jesus dizia a todos que quem quisesse vir após Ele, deveria negar a si mesmo, tomar cada dia a sua cruz e segui-l’O.
– Este ato de vontade que se abre a todos os seres humanos deve se iniciar com a negação de si mesmo, a abnegação.
7º SLIDE
– A abnegação deve ser de tal ordem que devemos sempre nos considerar “servos inúteis”, visto que tudo o que fizermos para o Senhor não será motivo para nossa autoglorificação (Lc.17:10).
– Quando falta abnegação, passamos a ter o desejo de ser maior, o que ocorreu entre os discípulos mais de uma vez (Lc.9:46-48; .22:24-30).
8º SLIDE
– Mesmo no colégio apostólico, surgiu a discussão de quem seria o maior discípulo de Cristo Jesus.
– A discussão sobre quem é maior, que sempre existe no meio do povo de Deus, sempre se dá na ausência de Jesus. Quando estamos na presença do Senhor, sentimos a Sua majestade e glória, não há sequer espaço para que alguém se considere superior ao outro.
9º SLIDE
– O desejo de ser maior é uma consequência do não reconhecimento da necessidade da abnegação.
– Quando não damos ouvido ao negar-se a si mesmo exigido de Jesus, que nos leva ao caminho do autossacrifício, lamentavelmente passamos para o egocentrismo e surgem as disputas e dissensões que tão mal fazem à obra do Senhor e ao povo de Deus.
10º SLIDE
– Jesus, sabendo os pensamentos dos corações dos discípulos, tomou um menino e o pôs junto de si, tendo, então, ensinado que qualquer que recebesse aquele menino em Seu nome, recebe-l’O-ia e que quem recebesse a Cristo, receberia Àquele que O enviara, pois só é grande aquele que entre os discípulos de Jesus for o menor.
– Jesus mostra, com esta lição, que a lógica do reino de Deus é inversa à do mundo. Enquanto, no mundo, as pessoas querem ser os maiorais, na Igreja de Cristo Jesus grande é aquele que for o menor de todos, que aceitar Se humilhar, assim como fez o Senhor (Fp.2:3-8).
11º SLIDE
– Este tema será retomado em Lc.22:24-30, quando, novamente, já na última páscoa, Jesus torna a dizer que padeceria tudo quanto estava determinado e que haveria de ser traído, os discípulos, indiferentes à iminência do início da paixão e morte do Salvador, começam novamente a discutir, criando, mesmo, uma contenda, para saber qual deles era o maior (Lc.22:24).
– Jesus, então, diante desta contenda estabelecida, muito provavelmente na Sua presença, voltou a ensinar que a lógica existente no reino de Deus é diferente da que existia entre os gentios. Enquanto que os gentios tinham a lógica do poder, na Igreja, deve vigorar a lógica do serviço.
12º SLIDE
– Outra consequência da falta de abnegação dos discípulos de Cristo é o sectarismo, ou seja, a atitude de excluir todos quantos não fazem parte de nosso grupo, de se distanciar da sociedade onde vivemos, achando-nos superiores aos demais.
– Os discípulos do Mestre adotaram uma atitude sectarista logo após terem discutido entre si quem era o maior, proibindo que alguém fora do grupo expulsasse demônios em nome de Jesus (Lc.9:49,50).
13º SLIDE
– A dimensão do reino de Deus extrapola as organizações humanas que são criadas para pregar o Evangelho e fazer a obra do Senhor. Não podemos sobrepor nosso grupo ao reino de Deus.
– Quando renunciamos a nós mesmos, não temos este tipo de orgulho que é nefasto e só contribui para criar embaraços à obra de Deus.
14º SLIDE III – A NECESSIDADE DA LONGANIMIDADE E OS EFEITOS DA SUA FALTA: A OBRIGATORIEDADE DO PERDÃO, A NECESSIDADE DO ACRÉSCIMO DE FÉ E A CONSEQUENTE NECESSIDADE DE ORAÇÃO E JEJUM
– Mas há um outro fator que limitava os discípulos e que, de certo modo, é também um efeito do egocentrismo: a falta de longanimidade, a falta de misericórdia, a falta de amor para com o próximo.
– Ao contrário do Senhor Jesus, que se compadecia de todos os homens, a ponto de perdoá-los e resolver morrer em seu lugar, os discípulos tinham imensa dificuldade em perdoar e em ser longânimos para com o próximo.
15º SLIDE
– Ao passar por Samaria, Jesus não foi bem recebido pelos samaritanos (Lc.9:52,53).
– Diante desta atitude, Tiago e João quiseram descer do fogo do céu para destruir os samaritanos, sendo duramente repreendidos pelo Senhor, que disse que não viera para matar, mas, sim, para salvar (Lc.9:54-56).
16º SLIDE
– Outra limitação dos discípulos é a questão do perdão (Lc.17:1-10). Jesus é bem claro ao dizer que devemos repreender o irmão que peca contra nós, devendo, porém, perdoar-lhe se ele se arrepender.
– Os irmãos devem ser repreendidos pelo pecado cometido, mas devem ser perdoados uma vez arrependidos.
17º SLIDE
– O Senhor Jesus disse aos discípulos que eles deveriam perdoar o mesmo irmão todas as vezes que ele pecar contra nós.
– A dificuldade foi tanta que os próprios discípulos, diante deste ensino de Cristo, admitiu outra limitação, qual seja, a falta de fé, tanto que pediram ao Senhor que se lhes acrescentasse a fé (Lc.17:5).
18º SLIDE
– Precisamos ter fé como grão de mostarda, ou seja, uma fé que se desenvolva grandemente, pois a pequena fé sempre foi censurada pelo Senhor Jesus (Mt.6:30; 8:26; 14:31; 16:8; 17:20, Mc.4:40; Lc.8:25; 12:28).
– A fé é aumentada pelos meios de santificação, a saber: a oração (I Tm.4:5), que deve ser aliada à prática do jejum (Lc.5:35); o temor a Deus (II Co.7:1) e a participação digna na ceia do Senhor (I Co.11:27-30).
19º SLIDE
– Outra limitação dos discípulos é a necessidade que têm de viver em oração e em jejum. Jesus é o nosso exemplo de homem de oração (Lc.5:16; 6:12; 9:16; 10:21; 11:1; 22:17,41; 23:46).
– Os discípulos sentiram a necessidade de orar, de ter uma vida de oração, tanto que, após Jesus ter orado, num determinado dia, pediram-Lhe que os ensinasse a orar (Lc.11:1), oportunidade em que o Senhor lhes ensinou o Pai nosso (Lc.11:2-4).
20º SLIDE
– A oração deve ser acompanhada do jejum, pois o jejum é uma necessidade também para os discípulos de Jesus (Lc.5:33-35).
– Somos limitados, não podemos produzir fé em nós mesmos, e, por isso, temos necessidade da Palavra de Deus, da oração e do jejum para podermos desenvolver a nossa fé e, deste modo, termos condição de agradarmos ao Senhor (Hb.11:6).
21º SLIDE IV – A NECESSIDADE DA VIDA ESPIRITUAL SINCERA E O EFEITO DA SUA FALTA: NECESSIDADE DE TEMOR A DEUS E NÃO AOS HOMENS, A NECESSIDADE DE NOS DESPRENDERMOS DOS BENS MATERIAIS
– É necessário que tenhamos uma vida espiritual sincera, uma vida verdadeira diante de Deus e dos homens.
– O Senhor Jesus mandou que Seus discípulos se acautelassem do “fermento dos fariseus”, que é a hipocrisia (Lc.12:1).
22º SLIDE
– Para entrar no reino de Deus, é preciso empregar força (Lc.16:16) e esta força é o esforço da santificação e da coerência entre nossas obras e nossas palavras, sem o que seremos tão somente hipócritas, alvo da mais severa censura por parte de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (Lc.11:37-53).
– Esta sinceridade leva-nos a temer verdadeiramente a Deus e não aos homens. Precisamos amar a Deus sobre todas as coisas e, por isso, o verdadeiro e genuíno discípulo de Cristo tudo deixa para seguir ao Senhor (Lc.14:26).
23º SLIDE
– A hipocrisia religiosa é deletéria e tola, pois o Senhor Jesus é claríssimo ao afirmar que nada há encoberto que não haja de ser descoberto, nem oculto, que não haja de ser sabido, porque tudo o que em trevas dissermos, à luz será ouvido e o que falarmos ao ouvido no gabinete, sobre os telhados será apregoado (Lc.12:2,3).
– Quem confessa a Cristo diante dos homens, também o Filho do homem confessará o seu nome diante dos anjos de Deus, mas quem negar a Cristo, também o Senhor o negará diante dos anjos de Deus (Lc.12:8,9).
24º SLIDE
– A vida espiritual sincera obriga-nos, também, a nos desprender dos bens materiais. Em dois episódios no Evangelho segundo Lucas vemos bem esta necessidade:
a) Lc.12:13-21 – Jesus repreende alguém que foi à Sua presença para que seu irmão repartisse sua herança com ele. Jesus conta a parábola do rico insensato e nos ensina que a vida não consiste no que possuamos e que não devemos dar prioridade às coisas terrenas;
b) Lc.18:18-30 – No diálogo com um príncipe, Jesus mostra que o apego aos bens terrenos é obstáculo para se alcançar a vida eterna.
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