PLANO DE AULA Nº 6 – LIÇÃO Nº 6 – SANTIFICARÁS O SÁBADO
1º SLIDE INTRODUÇÃO
– Na sequência do estudo dos dez mandamentos, estudaremos o quarto mandamento, que fala a respeito da guarda do sábado.
– O quarto mandamento aponta para o descanso em Cristo.
2º SLIDE I – QUAL É O QUARTO MANDAMENTO
– Quarto mandamento:
a) “Lembra-te o dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tudo, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto, abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou” (Ex.20:8-11).
b) “Guarda o dia de sábado, para o santificar, como te ordenou o Senhor teu Deus; seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra nele, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu boi, nem o teu jumento, nem animal algum teu, nem o estrangeiro que está dentro de tuas portas; para o teu servo e a tua serva descansem como tu; porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito, e que o Senhor teu Deus te tirou dali com mão forte e braço estendido; pelo que o Senhor teu Deus te ordenou que guardasses o dia de sábado” (Dt.5:12-15).
3º SLIDE
– O mandamento proíbe que se trabalhe no dia do sábado.
– A palavra hebraica “shabat”(שבת)significa “descanso” e, portanto, este mandamento aponta para o “descanso”, para o “repouso”.
4º SLIDE
– Quando Deus proferiu esta “palavra” no monte Sinai fez questão de indicar que esta “palavra” estava relacionada com o seu “descanso” após a criação do mundo, o chamado “sábado da criação”.
– No sétimo dia da criação, não houve a expressão “tarde e manhã”, porque não se tratava de um período determinado de criação, mas, sim, de cessação da criação. Deus “descansou”, ou seja, Deus “deixou de criar”, passou tão somente a sustentar tudo aquilo que havia criado (Hb.1:3), pois Deus nunca deixa de trabalhar (Jo.5:17).
5º SLIDE
– O “descanso” de Deus não era um dia, mas, sim, o propósito de Deus para toda a criação, o momento em que se desfrutaria a comunhão entre Deus e o homem, em que o Senhor, juntamente com a coroa da criação terrena, teria o cuidado e sustento de tudo que foi criado.
– Este “descanso”, no entanto, foi rompido com o pecado do primeiro casal, quando se rompeu a comunhão entre o Senhor e a humanidade, tendo a criação sido amaldiçoada (Gn.3:17,18), criação que as Escrituras dizem que geme desde então, aguardando a sua redenção (Rm.8:19-23).
6º SLIDE
– Este “descanso” somente se pode restabelecer quando se restabelece a comunhão entre Deus e o homem, o que é obtido pelo Senhor Jesus (Jo.17:21-23).
– Não é por outro motivo que Cristo afirma que n’Ele encontramos descanso para as nossas almas (Mt.11:28-30), como também o escritor aos hebreus diz que ainda resta um repouso para o povo de Deus (Hb.4:4-11).
7º SLIDE II – O QUARTO MANDAMENTO
– O quarto mandamento é a “santificação” do sábado, ou seja, o sétimo dia da semana deveria ser “separado para Deus”.
– Esta necessidade de um dia de dedicação ao Senhor decorria do fato de que a lei não era o patamar ideal do relacionamento entre Deus e Israel, pois os israelitas não só não creram em Deus na jornada do Egito até o Sinai, como não quiseram ter contato direto com o Senhor no monte Sinai (Ex.20:18,19).
8º SLIDE
– O sábado tornou-se um sinal entre Deus e Israel (Ex.31:13-17).
– Moisés deixou claro ao povo de Israel que um dos objetivos da guarda do sábado era para que o povo se lembrasse que o Senhor havia tirado Israel com mão forte e braço estendido da terra do Egito (Dt.5:15).
9º SLIDE
– Esta “santificação” do sábado seria a abstenção de toda e qualquer obra no sétimo dia.
– O sábado representava a lembrança daquele antigo estado de comunhão entre Deus e o homem, um sinal que se estabelecia entre Deus e Israel para que os israelitas pudessem se tornar “reino sacerdotal e povo santo”(Ex.19:6), a “propriedade peculiar de Deus entre os povos” (Ex.19:5).
10º SLIDE
– O mandamento do sábado era pedagógico, ou seja, tinha o propósito de fazer com que os israelitas se preparassem para uma vida de comunhão plena com o Senhor.
– Deveriam guardar o sábado somente os israelitas e os estrangeiros que morassem com os israelitas (Ex.20:10; Dt.5:14). Trata-se de um mandamento restrito, com amplitude menor que os demais.
11º SLIDE
– O mandamento do sábado, portanto, é uma figura de uma realidade espiritual futura – o descanso espiritual decorrente da redenção do homem. Possuía dois preceitos:
a) positivo – separar um tempo para a adoração a Deus, para se dedicar às coisas divinas;
b) negativo – abster-se de obras terrenas neste dia – 39 trabalhos proibidos, segundo a tradição judaica.
12º SLIDE
– Este mandamento era uma figura, um tipo, uma sombra de um descanso futuro, que restabeleceria o descanso primeiro, que fora rompido com o pecado.
– Este mandamento era uma lembrança da magnificência do Senhor, dos Seus propósitos para com Israel, propósitos que não foram obtidos quando da aliança no monte Sinai, ante a incredulidade e o distanciamento do povo.
13º SLIDE
– Segundo a tradição judaica, o mandamento do sábado foi dado a Israel, primeiramente, em Mara (Ex.15:25) e reafirmado no monte Sinai.
– A natureza do mandamento do sábado, portanto, é de preceito cerimonial e, portanto, transitório, que não implica em demonstração do caráter de Deus.
14º SLIDE
– Jesus confirmou a natureza cerimonial do sábado em Mt.12:1-5, pois:
a) comparou o mandamento do sábado às regras relativas aos pães da proposição;
b) afirmou que a violação do sábado pelo sacerdote no oferecimento de sacrifícios não gera culpa, algo impossível para um preceito moral, que não admite exceções.
15º SLIDE III – O SIGNIFICADO DESTE MANDAMENTO PARA A IGREJA
– Sendo um preceito cerimonial, o mandamento do sábado não é para ser observado pela Igreja.
– A realidade espiritual apontada pelo quarto mandamento é o descanso espiritual em Jesus Cristo, descanso este que têm todos quantos vão ao encontro de Nosso Senhor (Mt.11:28-29; Hb.4:3).
16º SLIDE
– O dia em que o salvo em Cristo tem este descanso espiritual é chamado “hoje” (Hb.4:7).
– Quando entramos em comunhão com Deus, estamos em contínuo e permanente repouso, porque desfrutamos da presença do Senhor em nós, nada nos pode separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor (Rm.8:35-39).
17º SLIDE
– “Vida eterna” é o que recebem aqueles que creem em Jesus (Jo.3:16,36; 5:24; 6:27,47; 10:28), que entram em comunhão com Deus por intermédio de Nosso Senhor e Salvador.
– Diante disto, vemos que, uma vez em Cristo, não temos mais de guardar dias, pois o dia do repouso é “hoje”, ou seja, todos os dias, pois passamos a ter a vida eterna e não há mais sentido de termos um tempo específico para adorar a Deus, um dia especial para fazê-lo, pois estes são todos os dias a partir do instante em que entramos em comunhão com o Senhor (Gl.4:6-10).
18º SLIDE
– Não é correto afirmar que o salvo em Cristo Jesus deve “guardar o domingo”. A dispensação da graça isenta-nos da “guarda de dias”.
– Os cristãos passaram a se reunir no domingo (At.20:7; I Co.16:2), por ser o dia da ressurreição do Senhor (Mt.28:1; Mc.16:1,2; Lc.24:1; Jo.20:1), por ser o dia em que Jesus Se reuniu com Seus discípulos após a ressurreição (Jo.20:19,26), mas não devemos “guardar” o domingo.
19º SLIDE
– Devemos aproveitar o dia de repouso semanal das atividades diárias para nos dedicarmos mais intensamente às coisas de Deus, mas não há uma exigência bíblica de que tal dia seja necessariamente o domingo.
– A ideia de um “dia de guarda” nega totalmente o estado de comunhão espiritual de que se desfruta quando se tem a vida escondida com Cristo em Deus, obnubila a necessidade que temos de ter uma íntima comunhão com o Deus, uma comunhão diária. Faz-nos, também, negligenciar a extrema necessidade de vivermos em constante vigilância, já que não sabemos o dia nem a hora em que virá o Nosso Senhor (Mc.13:32-37).
20º SLIDE IV – A REFUTAÇÃO DO SABATISMO ADVENTISTA
– O mandamento do sábado gera polêmica por causa do seu proselitismo por parte dos adventistas do sétimo dia.
– A guarda do sábado não constava como preceito do movimento adventista em sua gênese. Seu fundadora, William Miller (1782-1849), apenas pregava sobre o “advento”, ou seja, a “segunda vinda de Cristo” que ele, inadvertidamente, marcou para 1843 e, depois, 1844.
21º SLIDE
– A guarda do sábado foi inserida como dogma pelos adventistas como parte do “rearranjo” do movimento após a frustração decorrente do fato que de Jesus não voltou em 1844, o chamado “grande desapontamento”.
– A base para a doutrina da guarda do sábado está em uma “visão” de Ellen White, adepta do movimento, visão que teria ocorrido em 1847.
22º SLIDE
– A visão de Ellen White contraria as Escrituras, pois (I):
a) foi levada à “cidade santa”, onde estaria o templo, mas tal cidade não podia ser nem a Jerusalém terrena, nem a Jerusalém do tempo milenial, nem tampouco a Jerusalém celeste;
b) viu a “arca da aliança”, que não pode ser nem uma “arca da aliança” que esteja no céu, nem tampouco a “arca da aliança” do primeiro templo, pois nenhuma delas tem os elementos vistos por Ellen White na visão;
23º SLIDE
– A visão de Ellen White contraria as Escrituras, pois (II):
c) viu que a primeira tábua da lei brilhava mais do que a segunda, como se os mandamentos não tivessem igual valor;
d) viu que o mandamento do sábado brilhava mais que os demais, como se o sábado fosse requisito para salvação;
e) mostra que o sábado é critério de salvação e não a fé em Cristo Jesus.
24º SLIDE
. A visão de Ellen White contraria a Bíblia Sagrada, que é a verdade, e, portanto, a doutrina da guarda do sábado que dela advém não pode ser aceita.
– O mandamento do sábado é o único que não foi reafirmado pelo Senhor Jesus, que disse que o sábado fora feito para o homem e não o homem, para o sábado (Mt.12:1-8; Mc.2:23-28). O salvo em Cristo, assim como o paralítico do tanque de Betesda, está livre desta observância cerimonial (Jo.5:8-15).
EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO