Plenitude dos tempos (Gálatas 4:4)
O tema “A plenitude dos tempos” é baseado no texto de Gálatas 4:4, e quando estudamos entendemos que Cristo foi enviado no “tempo devido”.
O termo plenitude significa literalmente “completude”, com isso o estudo tenta explicar que Cristo veio no momento certo, na hora que deveria, Ele veio na Plenitude dos tempos; se Cristo fosse enviado em qualquer outro momento da história o cristianismo não teria o mesmo impacto como tem hoje.
Temos que deixar claro que todos esses acontecimentos, todas essas “estratégias” usadas para a disseminação do evangelho não acontece por acaso, pois sabemos que quem está por detrás disso é o nosso grande Deus.
Como diz Herminster Maia: “Deus não intervém na história, Ele controla a história”. Deus é soberano. Esse é o objetivo de se estudar esse tema, de vermos o quanto Deus é soberano e o quanto precisamos Dele.
Mas como vamos saber se realmente era a Plenitude dos tempos? Se realmente era o momento que Cristo deveria ter sido enviado?
São exatamente essas respostas que vamos encontrar nesse estudo. Ele nos dá alguns argumentos provando que realmente era esse o momento certo de Cristo vir. Vou tentar compartilhar rapidamente eles.
O que eu achei mais interessante dos argumentos foi a contribuição da Religião Judaica. Como é interessante o que o nosso Senhor faz para que a Sua palavra seja pregada.
Gosto de ilustrar esse argumento dizendo o seguinte: a religião judaica foi tipo que uma “terra arada” e o cristianismo foi a semente plantada nessa terra.
Quando ocorreu a diáspora judaica, os judeus espalharam a idéia de que: iria vir um messias, e ele ia ser a esperança do mundo, ele ia ter a salvação.
Essa era a idéia da religião judaica, e essa era a idéia que eles espalhavam por onde passavam.
Então, quando o Cristianismo chegou com a idéia de que um messias (Jesus Cristo) era salvador, as pessoas que já tiveram contato com a religião judaica já iriam ter uma idéia desse salvador.
Os cristãos tiveram uma maior facilidade de explicar quem é esse messias, o que ele veio fazer e todos os outros assuntos necessários. Então é como eu disse: os judeus prepararam a base, e os cristãos construíram a casa.
Temos também o monoteísmo judaico, o sistema ético judaico (através dos dez mandamentos), temos o Antigo Testamente que foi de grande importância, a filosofia da história (que não acontecia como ciclos) e as sinagogas. Os judeus não foram escolhidos aleatoriamente.
Outro argumento é o do local certo, a Palestina. Mas por que a Palestina? A Palestina é um loca bastante estratégico, pelo fato de ficar bem no meio de vários locais de comércio. Era um local principal do Mediterrâneo.
E a grande vantagem disso é que, como tinha um grande fluxo de pessoas diferentes, de locais diferentes, de culturas diferentes, e quando passavam na Palestina elas iriam ter contato com suas culturas, com as novidades, com o assunto que estivesse rolando por lá no momento.
Então o que acontecia?
Os viajantes, os comerciantes, ou seja lá quem for que passasse pela Palestina, iria ficar sabendo do que estava acontecendo, e o mais importante, não ia apenas ficar sabendo, mas levaria essa novidade para a sua terra, para a sua cultura,e assim, essa novidade se espalharia por vários e vários lugares.
Agora, imagine que isso na época de Cristo, as novidades, seus milagres. Imagine agora na época de Paulo, os cristãos sendo perseguidos, o evangelho sendo pregado; imagine até onde chegaria essa novidade. A Palestina não foi escolhida por Deus aleatoriamente.
O outro argumento usado é a Política Romana, onde afirmamos que a política usada em Roma favorecia à pregação do evangelho.
E dentro do tema ‘política romana’ temos algumas subdivisões.
1. A política romana, desenvolveu no seu povo, uma idéia de unidade, uma idéia de unificação (exemplo de Alexandre o Grande).
E essa idéia, pode parecer simples, mas foi de grande contribuição para com o evangelho.
Cidadãos não-romanos, de raças diferentes, de locais diferentes, tinham a sua disposição a cidadania romana, que acarretava em vários benefícios.
E essa idéia ajudou muito o evangelho, contribuindo com a idéia de que a igreja é o corpo de Cristo. Todo o mundo está perdido, e todo o mundo precisa de salvação.
2. Roma começou a expandir o império, e havia vários vilarejos onde o evangelho não havia chegado, por ser difícil a propagação do evangelho em lugares que não tinham acesso à Roma.
Começou a ter piratas, as estradas ficaram perigosas, e isso dificultava a circulação dos cristãos. Porém, houve uma época de paz que tornou mais fácil a pregação do evangelho para os lugares mais longes.
3. Aqui temos a colaboração romana com as estradas construídas no império. Essas estradas foram de grande importância para a propagação do evangelho.
4. Os romanos tinham a prática de ter províncias, e isso facilitou a propagação do evangelho. Como haviam províncias romanas, os provincianos tinham acesso aos romanos e as suas idéias, dessa forma, os provincianos ajudavam a propagar o evangelho.
5. As vitórias de Roma sobre as outras nações influenciavam na propagação do evangelho. O que era que acontecia? Roma ganhava dessas nações, e as nações, que criam em seus próprios deuses acabam perdendo a fé neles, por perderem a guerra.
Seguindo a perda da fé, eles ficam sem crença. Assim criava uma brecha para essa novidade (Jesus Cristo).
Além disso tem as religiões de mistério, que era a maior rival do cristianismo. Todas essas religiões proclamavam um deus-salvador que exigiam sacrifícios.
E quando o cristianismo chegou com as suas idéias (o sacrifício de Cristo), os indivíduos não achavam tão estanha. O modo como a política era praticada não foi por acaso.
Por fim, temos a contribuição intelectual dos gregos.
Afirmamos aqui que a intelectualidade dos gregos acabaram ajudando a propagação do evangelho.
Aqui também é dividido em algumas partes.
1. Primeiro ponto positivo foi a língua falada (grego). O evangelho precisava de uma língua universal, onde pelos menos a maioria das pessoas entenderiam. Sabemos da história de Alexandre o Grande, que conquistou um grande território, e seu objetivo era helenizar esse território.
E dentro desse “helenizar” estar o falar uma língua só, para que possa ter um só entendimento.
2. A filosofia grega preparou o caminho do cristianismo porque destruiu todas as antigas religiões. A filosofia acabou substituindo a religião, mas sabemos que filosofia não satisfaz ninguém espiritualmente.
Interessante que a filosofia buscava por Deus através de uma abstração intelectual, e nunca eles chegariam ao nosso Deus através da intelectualidade.
E esse fracasso da filosófica em saber quem é Deus torna a mente humana mais pronta para entender uma melhor espiritualidade da vida.
A filosofia grega também ajudou no fato e ter “duas visões do mundo”, uma visível e outra invisível.
3. A religião foi uma parte onde os gregos prepararam a vinda de Cristo, através da sua filosofia sofistas destruídas e das suas religiões politeístas destruídas.
Soli Deo Gloria
Fonte: http://verdadedocristianismo.blogspot.com/2012/03/plenitude-dos-tempos-galatas-44.html