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Juvenis – Lição 12 – Bullying

Esboço da Lição

1. BULLYING, O QUE É ISSO?

2. BULLYING NA BÍBLIA?

3. SOFRO BULLYING, O QUE DEVO FAZER?

Objetivos
Entender que o Bullying é uma forma de violência;

Compreender que o crente não pode aceitar ou praticar o bullying.

Querido (a) professor (a), você recorda de quando tinha 15 anos de idade? Seus dilemas, fragilidades, medo de rejeição, complexos, etc.?

É muito importante não menosprezar as dificuldades dos juvenis, nem invalidar seus sentimentos com relação a elas.

Nesta faixa etária a identidade ainda está em formação e muito do que não nos incomoda mais na vida adulta, para eles pode ser causa de um enorme sofrimento.

Principalmente quando se trata de algo tão grave, quanto ao que vamos tratar na aula do próximo domingo: Bullying.

Erroneamente, muitos adultos não levam este problema a sério, rotulam como meras “brincadeiras” os apelidos maldosos e tantas vezes humilhantes que podem trazer ou reforçar um estigma maligno, que prejudicará alguém por toda sua vida.

Alguns chamam a vítima de dramática, frágil, aumentando ainda mais a sua dor e solidão perante a violência.

Sim, porque é isto que é o bullying, atos de violência, quer sejam físicos ou psicológicos, portanto, devem ser tratados com a seriedade necessária.

Professor (a), talvez muitos de seus alunos que estejam vivenciando tal prática, como vítima ou mesmo como agressor, não quer se identificar como tal.

A negação é um mecanismo de defesa da nossa psique, para não lidarmos com algo muito incômodo ou doloroso.

Por isso, interceda para que o Espírito Santo convença os corações, tanto dos que estão sendo vitimizados, como os dos que estão vitimizando. Ambos necessitam, urgentemente de ajuda e cura.

Esteja muito atento às declarações de seus alunos no decorrer de toda a aula, para ver se há casos que precisam ser tratados posteriormente, em particular.

Não permita que o tema seja banalizado ou ridicularizado em classe. Para tanto, enfatize que existem inúmeras notícias de crianças e adolescentes que morrem por causa de tal violência todos os dias.

E que, por isso, em 2013, a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado aprovou a proposta que inclui no Código Penal (Decreto-lei 2.848/40) o crime de intimidação vexatória (bullying).

Normalmente a prática é associada ao ambiente escolar, mas não nos enganemos, ela também pode está acontecendo em qualquer outro local, até mesmo em casa ou na igreja.

E em algumas ocasiões por parte de pessoas adultas. Infelizmente isto não é incomum e neste caso, pode ser ainda mais difícil para um juvenil identificar a violência psicológica ou mesmo pedir ajuda para lidar com ela.

Note o quão delicado pode ser o cenário. Portanto, ore e prepare-se muito para esta aula, colocando-se sempre a disposição de seus alunos, caso precisem conversar.

Também amplie o debate, mencionando todas essas possibilidades, citando exemplos até mesmo de pais, professores e outros adultos em posição de maior poder, que usam de sua autoridade para ridicularizar, estigmatizar, intimidar ou manipular.

Pergunte se eles já presenciaram alguns casos de bullying. Deixem que narrem e preste muita atenção, pois alguns que se sentem constrangidos de contar suas histórias poderão dizer que se trata da experiência de um “amigo” ou “conhecido”.

Explique que como cristãos não podemos nos omitir quando vemos qualquer tipo de injustiça, inclusive as de bullying. Para finalizar peça que leiam juntos os seguintes versículos:

Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem, e não o faz nisso está pecando”  (Tg 4.17).

Abre a tua boca em favor dos que não podem se defender; sê o protetor dos direitos de todos os desamparados!” (Pv 31.8)

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula. 

Dinâmica: Discriminação, não!

Objetivo: Exemplificar que atos de discriminação devem ser combatidos e denunciados.

Material:

¼ da folha de papel ofício e caneta para cada aluno.

Procedimento:

– Organizem os alunos em círculo.

– Distribuam ¼ da folha de papel ofício.

– Solicitem para que cada aluno escreva o que ele deseja que seu colega do lado esquerdo realize, naquele momento da aula. Normalmente as ações são engraçadas e até “micos”.

Veja um exemplo: Maria deve fazer tal coisa. João( nome da pessoa que está escrevendo).

Orientem que o colega não pode ver o que o aluno está escrevendo.

– Recolham todos os papéis.

– Agora, falem: A regra da brincadeira está mudada, o “feitiço virou contra o feiticeiro”. Quem vai realizar a tarefa é a pessoa que escreveu e não o colega para quem você desejou.

– Então, os alunos deverão realizar as tarefas.

Certamente, haverá um pouco de rejeição ou vergonha, mas encorajem os alunos.

– Depois, falem: Esta é a finalidade da brincadeira: não desejar aos outros ou fazer algo com os outros, que você não gostaria para você.

– Então, comecem a trabalhar os temas da indiferença, discriminação, Bullying, falta de respeito.

– Falem: Comece por você, não discriminando ninguém. Faça a diferença!

– Para concluir, leiam:

“E, como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei vós também” Lc  6.31

Ou se preferir a versão NTLH: “Façam aos outros a mesma coisa que querem que eles façam a vocês”.

Ideia original desta técnica desconhecida

Esta versão da dinâmica por Sulamita Macedo.

Indicação de Leitura

Leiam este texto sobre Bullying, no momento da preparação da aula:

Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.

O bullying se divide em duas categorias:

a) bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos e

b) bullying indireto, sendo essa a forma mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento social da vítima.

Em geral, a vítima teme o(a) agressor(a) em razão das ameaças ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência.

O bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola, faculdade/universidade, família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e entre vizinhos.

Há uma tendência de as escolas não admitirem a ocorrência do bullying entre seus alunos; ou desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo.

Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença ou supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente.

Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas.

As pessoas que testemunham o bullying, na grande maioria, alunos, convivem com a violência e se silenciam em razão de temerem se tornar as “próximas vítimas” do agressor.

No espaço escolar, quando não ocorre uma efetiva intervenção contra o bullying, o ambiente fica contaminado e os alunos, sem exceção, são afetados negativamente, experimentando sentimentos de medo e ansiedade.

As crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem se tornar adultos com sentimentos negativos e baixa autoestima.

Tendem a adquirir sérios problemas de relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento agressivo.

Em casos extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.

O(s) autor(es) das agressões geralmente são pessoas que têm pouca empatia, pertencentes à famílias desestruturadas, em que o relacionamento afetivo entre seus membros tende a ser escasso ou precário.

Por outro lado, o alvo dos agressores geralmente são pessoas pouco sociáveis, com baixa capacidade de reação ou de fazer cessar os atos prejudiciais contra si e possuem forte sentimento de insegurança, o que os impede de solicitar ajuda.

No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com alunos de escolas públicas e particulares revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns em alunos da 5ª e 6ª séries.

As três cidades brasileiras com maior incidência dessa prática são: Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.

Os atos de bullying ferem princípios constitucionais – respeito à dignidade da pessoa humana – e ferem o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar.

O responsável pelo ato de bullying pode também ser enquadrado no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos de bullying que ocorram dentro do estabelecimento de ensino/trabalho.

http://www.brasilescola.com/sociologia/bullying.htm

Fonte subsidio da lição: http://www.escoladominical.com.br/home/licoes-biblicas/subsidios/juvenis/975-li%C3%A7%C3%A3o-12-bullying.html

Dinâmica: http://atitudedeaprendiz.blogspot.com/

Video : https://youtu.be/JaoDe6cQVIQ

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