jovens – Lição 2 – Sinais da Segunda Vinda de Jesus Cristo
“Tudo nos mostra que Cristo já volta, breve Jesus voltará ! Já deste mundo o mar se revolta, breve Jesus voltará ! Breve virá, breve virá, breve Jesus voltará ! “ (primeira estrofe e refrão do hino 401 da Harpa Cristã).
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– Jesus não disse aos Seus discípulos a data de Sua volta para arrebatar a Sua Igreja, mas deixou bem claro quais seriam os sinais, os acontecimentos que ocorreriam às vésperas de Seu retorno.
Quando lemos os Evangelhos onde se encontram estes sinais, no chamado “sermão escatológico” ou “sermão do monte das Oliveiras”, parecemos estar diante de um jornal, de uma revista desta semana.
Os noticiários diários e semanais são uma comprovação indelével de que Jesus está às portas, de que o “Rei está voltando” e, por isso, devemos, mais do que nunca, manter as nossas lâmpadas cheias de azeite, nos santificar cada vez mais, pois não poderemos ser surpreendidos com o toque da última trombeta.
– Os sinais da volta de Cristo são a prova de que só não será arrebatado aquele que se recusar a crer na Palavra do Senhor. Jesus não deixou Seu povo desorientado e à mercê das circunstâncias, mas avisou, com absoluta clareza, o que iria acontecer sobre a face da Terra nos tempos imediatamente anteriores à Sua vinda.
Ninguém poderá, diante do Senhor, no juízo final, invocar ignorância ou impossibilidade de perceber a iminência da volta de Cristo, porquanto dia após dia, hora após hora, minuto após minuto, os fatos, que hoje são conhecidos no mesmo instante em que ocorrem, estão a testemunhar em alto e bom som, “…qual forte vendaval, rugindo sobre o mar, escuta-se a mensagem que do Céu provém. Ouvi a grande nova que alegria traz: Cristo, em breve, vem” (refrão do hino 157 da Harpa Cristã).
I – O QUE SÃO OS SINAIS DA VOLTA DE JESUS
– Ao falarmos dos sinais da volta de Jesus, nossas mentes, naturalmente, voltam-se para o início do maior sermão proferido por Jesus em Seu ministério, o chamado “sermão escatológico”, “sermão profético” ou “sermão do monte das Oliveiras”, sermão que Jesus proferiu a Seus discípulos no monte das Oliveiras, na última semana antes da Sua morte na cruz do Calvário.
Este sermão está registrado nos chamados evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas): Mt.24,25; Mc.13 e Lc.21:5-36. Sem dúvida alguma, foi neste sermão que Jesus deixou mais claros os episódios relativos às últimas coisas e, por isso, nele nos deteremos ao estudarmos a respeito dos sinais da Sua vinda.
– Como não poderia deixar de ser, conforme já temos visto na lição 1 deste trimestre, a interpretação do “sermão escatológico” é um dos grandes pontos polêmicos entre os estudiosos da Bíblia, até porque este texto é fundamental para a construção das diversas linhas de pensamento a respeito do assunto, linhas estas que foram indicadas na já mencionada primeira lição. Por isso, não é de se surpreender que cada estudioso tente extrair destas passagens base para a sua visão a respeito da escatologia.
– No entanto, sem querer aqui desmerecer outras linhas de pensamento, principalmente aqueles que, embora divirjam entre si, não alteram a essência doutrinária das Escrituras, devemos lembrar que o “sermão escatológico” é, antes de mais nada, uma resposta à indagação dos discípulos a respeito do que estava para acontecer.
– Jesus havia acabado de fazer uma consideração sobre a oferta da viúva pobre, logo após uma censura aos escribas e fariseus, o que, juntando com a purificação do templo, dava a indicar uma posição de autoridade e de, quem sabe, início de uma assunção do trono de Israel.
Os discípulos, então, mostram a Cristo a estrutura do templo de Jerusalém, mostrando-Lhe a beleza e consistência da edificação, num gesto que bem demonstrava que as mentes deles estavam voltadas para as coisas desta vida, para o poder político, para a posição social, tal qual ocorre com muitos crentes na atualidade, particularmente aqueles que vêem em Jesus apenas uma forma de prosperidade material.
– Certamente, o templo, nos dias de Jesus, era de uma beleza singular, pois Herodes, o Grande (o rei da Judéia quando Jesus nasceu), para agradar os judeus, havia determinado uma total restauração do templo que fora construído após o retorno do cativeiro da Babilônia.
No entanto, para decepção dos discípulos, Jesus não Se deixou impressionar por aquela beleza, mas, em tom firme, afirmou que não ficaria pedra sobre pedra daquele templo que não fosse derribada, deixando o templo e subindo até o monte das Oliveiras.
A afirmativa de Jesus deixou a todos perplexos e, não se contendo, quando já no monte, perguntaram a Jesus quando isto iria acontecer e que sinais haveria da vinda dEle e do fim do mundo (Mt.24:3).
– Portanto, o “sermão profético” foi proferido para responder às indagações dos discípulos a respeito de quando ocorreria a destruição do templo de Jerusalém, a vinda de Jesus e o fim do mundo, pois, naturalmente, para judeus como eram os discípulos, o templo só seria destruído no final dos tempos, com o estabelecimento do reino messiânico tão esperado por Israel.
Desta forma, temos de compreender que o sermão deve ser entendido com relação à destruição do templo, da volta de Cristo e do fim do mundo, entendido este como o fim dos atuais céus e terra.
– Os sinais apresentados por Jesus diziam, pois, respeito a estes três eventos, o que jamais deve ser esquecido quando analisamos o sermão profético.
Um dos erros mais comuns na interpretação desta passagem está, precisamente, em tentar entender o texto com relação a apenas um dos eventos, como, por exemplo, é corriqueiro entre os intérpretes que adotam a posição amilenista, ou seja, a postura segundo a qual não haverá um reino milenial de Cristo sobre a terra e que este período referido na Bíblia como sendo o milênio é a própria dispensação da graça (é a posição oficial da Igreja Romana).
Estes identificam o sermão de Jesus como simples profecia da destruição de Jerusalém no ano 70 d.C., entendimento, porém, que está fora do contexto do sermão.
– Os sinais são, como se verifica, acontecimentos, ocorrências que têm a missão de deixar a Igreja alerta e consciente da proximidade da vinda de Jesus.
São fatos que não permitem que o crente se descuide e fique despercebido a respeito da promessa do Senhor de que voltará para arrebatar a Sua Igreja. São acontecimentos e ocorrências que não deixam o crente se esquecer das promessas e da fidelidade de Deus.
Têm, portanto, uma função primordial na manutenção da vida desta esperança em nossos corações.
– Os sinais, ainda, são uma prova de que Deus está no pleno controle da história da humanidade e que tudo está acontecendo segundo a Sua vontade, o que fortalece a nossa fé em Deus, pois sabemos, através destes sinais, que Deus é soberano e fiel e que, portanto, não faltará com as Suas promessas feitas a nós e que, brevemente, estaremos com Ele na glória, que é a nossa esperança e razão de viver.
– Os sinais, por fim, são uma eloquente manifestação do amor de Deus para com a humanidade e, assim sendo, são uma demonstração na nossa missão de evangelização do mundo. Através dos sinais, os crentes têm a cooperação do Senhor no nosso trabalho de anunciar as boas-novas aos homens, pois temos um modo de mostrar aos incrédulos o quanto nosso Deus é fiel e soberano e como Sua Palavra é a verdade.
II – OS SINAIS DA VOLTA DE CRISTO REFERENTES A ISRAEL
– Para bem entendermos o sermão profético, não só devemos observar as três questões que Jesus respondeu com ele, como também lembrar que, para Deus, há três povos sobre a face da Terra (cfr. I Co.10:32), a saber:
a) os gentios – são os homens que pertencem a todas as nações do mundo, nações estas que se originaram da comunidade única dissolvida com o juízo de Babel (Gn.11:1-9), com exceção de Israel, que foi formado por Deus a partir da chamada de Abraão.
Os gentios rebelaram-se contra Deus e se mantêm rebelados contra o Senhor. Estão destinados a sofrerem o juízo da Grande Tribulação e a serem governadas pelo Anticristo e, por fim, serem encaminhadas à eterna perdição por se recusarem a servir a Deus.
b) os israelitas – são os homens que pertencem à nação de Israel, descendência de Abraão, Isaque e Jacó. Foi a nação escolhida por Deus para ser aquela que demonstraria a soberania de Deus e o Seu grande amor para todas as demais nações da Terra.
Foi a nação escolhida para ser o instrumento da salvação da humanidade, tanto que o Messias veio a este mundo por meio dela. Deus tem um pacto com Israel (Ex.19:320:26).
Israel está a destinado a ser salvo (Rm.11:26,27), a ter sua transgressão extinta e ser dado um fim aos seus pecados (Dn.9:24), conforme a profecia das setenta semanas de Daniel. Israel rejeitou a Jesus e, por causa disso, foi espalhado entre as nações, mas, desde 1948, ressurgiu como nação, mas ainda está reservado a ele o sofrimento durante a Grande Tribulação e a perseguição que lhe será empreendida pelo Anticristo, que chegará a apoiar, para só então reconhecer a Cristo como Messias e ser completamente restaurado e por Ele governado no Seu reino milenial.
c) os cristãos – são os homens que pertencem à Igreja, a “nação santa” (I Pe.2:9), formada por gente de toda tribo, língua, povo e nação (Ap.5:9), que lavaram as suas vestes no sangue do Cordeiro (Ap.22:14), ou seja, aceitaram a Cristo como seu Senhor e Salvador e perseveraram até a morte ou o arrebatamento da Igreja.
A Igreja, formada a partir da morte de Cristo no Calvário, tem por missão a pregação do Evangelho nesta dispensação, estando destinada ao arrebatamento, que ocorrerá antes do início da Grande Tribulação, da ira futura que Deus tem reservado para gentios e israelitas.
– Os sinais anunciados por Cristo, no sermão profético, portanto, devem ser estudados levando-se em conta, também, a existência destes três povos, pois só assim poderemos bem definir ao que Jesus está Se referindo em cada sinal, sem cairmos em armadilhas ou entendimentos que não se sustentam dentro de uma análise global do que ensinam as Escrituras sobre o assunto.
– Não resta dúvida de que Jesus, em primeiro plano, Se referiu, em Seu sermão, à afirmação que proferira ainda no templo a respeito da destruição do templo de Jerusalém. Observemos que os discípulos, em sua indagação, perguntaram a Jesus quando seriam “estas coisas”, ou seja, quando aconteceria que cada pedra do templo seria derribada.
– Com relação à destruição do templo e aos fatos relativos a Israel, é interessante notar que Jesus somente Se refere a eles a partir do versículo 15 do capítulo 24 de Mateus, do versículo 14 do capítulo 13 de Marcos e do versículo 20 do capítulo 21 de Lucas, ou seja, percebemos que a prioridade para a Igreja não era saber a respeito dos fatos relativos a Israel, pois seriam fatos atinentes ao tratar de Deus com os israelitas, um tratamento diferente e que nada tem a ver com o tratamento que Deus tem em relação à Igreja, este novo povo.
– Verdade é que os acontecimentos relativos a Israel nos são importantes, porque Israel é a figueira (cfr. Mt.24:32), ou seja, através de Israel temos um sinal eloqüente a respeito da ação de Deus com respeito às últimas coisas, uma vez que temos conhecimento de que a ação de Deus em relação a Israel prenuncia o término do período da dispensação da Igreja, que se encerrará com o arrebatamento da Igreja e o início da Grande Tribulação, mas nunca devemos nos esquecer que o destino da Igreja é diverso do de Israel.
– Ao cuidar de Israel, Jesus afirma, em primeiro lugar, que o templo de Jerusalém seria destruído, que ali não ficaria pedra sobre pedra que não fosse derribada. Com efeito, no ano 70 d.C., ou seja, no limite de uma geração desde o nascimento de Jesus (se bem considerarmos, veremos que a duração de uma geração é de 70 anos, como se lê no Sl.90:10), o general romano Tito (que viria, depois, a ser imperador de Roma, onde reinou de 79 a 81) destruiu Jerusalém e arrasou totalmente o templo, tendo apenas ficado de pé apenas um muro das imediações do templo, o Muro das Lamentações, que é, atualmente, o lugar mais sagrado do judaísmo.
Onde havia o templo de Jerusalém, está, na atualidade, erigida a chamada “mesquita de Omar”, a mesquita de Al-Aqsa (Monte do Templo), o terceiro local mais sagrado do islamismo, onde os muçulmanos crêem que Maomé foi levado aos céus (falaremos no templo na lição 5 deste trimestre).
– A destruição do templo de Jerusalém no ano 70 d.C. e, pouco depois, a completa dispersão dos judeus após a sua derrota frente aos romanos no ano 135 d.C. é a demonstração de que se interrompera o tempo da história judaica previsto na profecia de Daniel e se iniciara o “tempo dos gentios”, de que Jerusalém é um sinal, pois ficará “pisada pelos gentios” até o reinício da contagem das setenta semanas de Daniel(Lc.21:24b).
Desde então, os romanos, que arrasaram Jerusalém, fundaram uma cidade denominada “Aelia Capitolina”, onde, a princípio, os judeus sequer podiam entrar.
Em seguida, a cidade voltou a se chamar Jerusalém, mas sempre esteve sob domínio estrangeiro, seja dos romanos, dos bizantinos, dos árabes, dos turcos seldjúcidas, dos cristãos cruzados, dos turcos otomanos e, por fim, dos britânicos, até ser dividida entre judeus e árabes.
Embora Israel tenha conquistado Jerusalém novamente em 1967, na Guerra dos Seis Dias e a tenha declarado sua capital em 1980, esta ocupação e declaração não foram reconhecidas por país algum (nem mesmo os Estados Unidos, o maior aliado de Israel reconheceu este gesto do governo de Israel), sendo certo que os judeus não têm o domínio efetivo de toda a cidade, tanto que, em setembro de 2000, quando o primeiro-ministro de Israel Ariel Sharon tentou entrar na Esplanada das Mesquitas, onde se localiza a mesquita de Al-Aqsa, desencadeou a atual onda de violência entre judeus e palestinos, sem conseguir sequer ali entrar, numa prova de que ainda Jerusalém é pisada pelos gentios.
Recentemente, no ano de 2015, iniciou-se nova deterioração das relações entre palestinos e israelenses, precisamente pelo fato de que judeus andam orando no limiar da Esplanada das Mesquitas, clamando a Deus pela reconstrução do templo judaico naquele lugar.
– De qualquer modo, os fatos acontecidos com Israel estão a demonstrar, claramente, que se aproxima sobremaneira a volta de Cristo.
Como dissemos, Jesus disse que Jerusalém será pisada pelos gentios até que o tempo dos gentios se complete, ou seja, até o final da nossa atual dispensação. Ora, Jerusalém já se encontra sob governo de Israel, ainda que de forma não consentida, embora que sob ocupação considerada ilegal pela comunidade internacional.
Esta situação, à evidência, é uma situação que está a anunciar que, brevemente, Israel terá efetivo domínio sobre Jerusalém. Desde a destruição do templo no ano 70 d.C., nunca Jerusalém esteve tão próxima de voltar a estar sob controle de Israel como agora. Assim sendo, é este um evidente sinal de que o tempo dos gentios está chegando ao fim.
Os árabes, ou seja, os palestinos também declararam Jerusalém como a capital de seu futuro Estado e há, na comunidade internacional, muitos a defender que se tenha uma capital compartilhada ou que se retorne à situação prevista na partilha feita pela ONU em 1947, em que Jerusalém ficaria dividida em duas cidades, cada uma sendo a capital de um Estado (um judeu, Israel e outro, árabe, a Palestina).
– Com relação a Israel, também, Jesus, no Seu sermão, refere-Se a ele como se fosse uma nação estabelecida no seu território, o que, se era uma realidade quando foi proferido o sermão, no ano 30 d.C., não o seria mais depois do ano 70 d.C.
Jesus fala, no Seu sermão, a respeito da abominação da desolação mencionada pelo profeta Daniel e da fuga de populações que estariam habitando a Judeia (Mt.24:15,16).
Ora, Jesus fala, portanto, de Israel como uma nação que estaria estabelecida na Palestina, em Canaã. Após a dispersão ocorrida com a derrota final frente aos romanos, no ano 135 d.C., jamais Israel voltou a ser uma nação estabelecida em seu território.
Assim, a profecia de Jesus a respeito da Sua volta se apresentava, sempre, como algo distante e sem qualquer possibilidade de concretização, até porque jamais uma nação havia recuperado seu território após uma dispersão em toda a história da humanidade.
– No entanto, após quase dois mil anos de exílio em todas as nações da terra, a comunidade judaica, a partir do século XIX, iniciou a imigrar para a Palestina, uma tendência tímida que passou a ser tenazmente defendida e tomou o corpo de um movimento organizado com o surgimento do chamado “movimento sionista”, liderado por Theodor Herzl e surgido a partir de 1895.
Foi este movimento sionista, que defendia a criação de um Estado judeu na Palestina, que desencadeou toda a imigração judaica a partir de então e que levou, após a Segunda Guerra Mundial, à idéia da criação de um Estado judeu na Palestina, como compensação pelo holocausto provocado pelos nazistas em que seis milhões de judeus foram exterminados.
Mesmo contra os árabes, que se opunham à criação do Estado de Israel, em 29 de novembro de 1947, a ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou a partilha da Palestina em dois Estados (reunião presidida pelo brasileiro Oswaldo Aranha) e, em 14 de maio de 1948, quando os britânicos deixaram de governar a região, onde estavam desde o término da Primeira Guerra Mundial, Israel, contra todos os árabes e sem o apoio de quem quer que seja (os Estados Unidos endossariam a declaração do Estado no final deste dia), o israelense David Ben Gurion, que se tornaria futuramente presidente de Israel, declarou o surgimento do Estado de Israel, Estado que existe até hoje e que ainda ocupa territórios árabes conquistados nas guerras que se seguiram desde então, cumprindo-se, assim, a profecia bíblica registrada em Is.66:8: “Quem jamais ouviu tal coisa?
Quem viu coisas semelhantes? Poder-se-ia fazer nascer uma terra em um só dia? Nasceria uma nação de uma só vez? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos.” Vemos, portanto, que Israel já existe como uma nação novamente estabelecida na Palestina, e isto desde 1948, mais um fato a demonstrar que Jesus está às portas !
OBS: “…O único país que conseguiu a façanha de nascer adulto em apenas um dia foi Israel. Talvez, a data de seu nascimento tenha sido 29/11/1.947, todavia os judeus proclamaram a sua independência apenas no dia em que o exército britânico deixou a Palestina. Não sabemos qual das duas datas seria mais importante. O importante é que Israel nasceu, seja em 29 de novembro de 1.947, seja em 14 de maio de 1.948.
O que, na verdade, lamentamos é que não tenhamos atentado para esse fato, que, sem dúvida, é o mais importante para a história da Igreja.(…). Façamos uma profunda reflexão sobre cada ano que suceda essa data até que Ele volte.
O certo é que o relógio da Igreja e dos gentios foi zerado no dia 14/05/1.948. Para a contagem regressiva da geração a que Cristo Se referiu que não passaria sem que veja a Sua volta.…” (Ailton Muniz de CARVALHO. O Messias está voltando. 2. ed., p.77).
– Se bem observarmos, ainda, as palavras de Jesus no Seu sermão profético, veremos que Ele Se refere, também, “a “abominação da desolação” mencionada pelo profeta Daniel. Ora, em Sua profecia, Jesus não só Se refere a Israel como uma nação estabelecida em seu território, mas também fala do templo.
Ora, sabemos que o templo está destruído e assim permanece. Falta, portanto, a reconstrução do templo de Jerusalém e que o mesmo seja profanado, como foi profetizado por Daniel.
Desde já, porém, vemos, claramente, que, ao contrário do que alguns intérpretes amilenistas insistem em dizer, não se trata aqui da profanação do templo de Jerusalém pelo rei Antíoco Epifânio, que ocorreu no tempo dos macabeus, mais de 100 anos antes de Cristo, já que Jesus Se refere a este episódio como algo futuro e não passado, como também não podemos entender que seja aqui relatado o gesto de Tito em ter colocado estandartes romanos ou, mesmo, ídolos no templo de Jerusalém, pois, ainda que o general romano possa ter feito isto, fez sobre os escombros do templo, ou seja, templo não mais havia, de modo que não se pode aqui entender cumprida a profecia de Daniel a respeito, que fala de um templo erigido, não de ruínas de um templo.
Ademais, quanto Tito invadiu Jerusalém, não era ainda imperador romano, mas, sim, seu pai Vespasiano, de modo que jamais poderia ter querido assumir um caráter divino para si, pois só o imperador era divinizado entre os romanos, jamais seus generais.
OBS: Neste particular, reproduzimos aqui trecho de Flávio Josefo, que foi testemunha ocular destes acontecimentos: “…477. Depois que os revoltosos se retiraram para a cidade, os romanos colocaram suas bandeiras em frente à porta do templo, do lado do oriente, quando ainda aquele lugar sarado e todos os edifícios dos arredores ardiam e depois de ter oferecido sacrifícios a Deus, declararam Tito imperador, com grandes aclamações de alegria.(…) 509.
Tito foi de Cesaréia a Berita, cidade da Fenícia e colônia dos romanos. Lá ficou muito tempo e quis celebrar com magnificência ainda maior o dia natalício do imperador, seu pai.…” (Flávio JOSEFO. História dos hebreus. Trad. de Vicente Pedroso. v.3, p.185, 194).
Com relação à profanação ocorrida no tempo do rei Antíoco Epifânio, questão que será melhor tratada na lição 5 deste trimestre, transcrevemos o seguinte esclarecimento: “…No décimo quinto dia do mês de Kislev (novembro/dezembro), no ano de 168 a.C., o santuário do Templo foi profanado pelo inimigo.
Uma estátua gigantesca de Zeus Olimpo foi colocada num pedestal atrás do Altar do Sacrifício.
Os pátios do Templo, onde anteriormente os Levitas elevavam suas vozes em reverente salmodia hebraica, tornavam-se agora palco de bacanais lúbricas.…”(Nathan AUSUBEL.Chanukah. In: A JUDAICA, v.5, p.146). “…[Antíoco, observação nossa] Mandou também construir um altar no templo e lá fez sacrificar porcos, o que era uma das coisas mais contrárias à nossa religião. (…) determinou que não se passasse um dia, que lá não se imolassem porcos.…” (Flávio JOSEFO. Antiguidades judaicas: XII, 7, 465. In: História dos hebreus. Trad. de Vicente Pedroso. v.3, p.25).
– Vemos, pois, que, ao olharmos para Israel, vemos que praticamente coisa alguma resta para ser cumprido com relação à volta de Cristo, até porque, como veremos em lições futuras, as questões atinentes ao fim da prevalência gentílica sobre Jerusalém e à reconstrução do templo judaico são fatos que não necessitam ocorrer antes da volta de Cristo para arrebatar a Sua Igreja.
III – OS SINAIS DA VOLTA DE CRISTO REFERENTES À IGREJA
– Vistos quais são os sinais da volta de Cristo com relação a Israel, resta-nos ver os sinais com relação à Igreja e aos gentios, que são os outros dois povos que existem sobre a face da Terra na ótica divina.
– Com relação à Igreja, Jesus aponta três sinais importantes, a saber: a apostasia, a perseguição crescente e a pregação do Evangelho em todas as nações.
– O sermão profético de Jesus começa com o Senhor Se referindo, precisamente, aos fatos relacionados com os cristãos e com os gentios, pois estamos na dispensação da Igreja, também conhecida como dispensação dos gentios (“o tempo dos gentios”, como se vêm em Lc.21:24b). Daí porque Jesus, em sua primeira parte do sermão, preocupar-se com os fatos atinentes aos cristãos e aos gentios, pois, com relação a Israel, como que o relógio está parado, aguardando o início da septuagésima semana da profecia de Daniel.
– A primeira afirmação de Cristo a respeito dos sinais da Sua volta, com relação à Sua vinda (que é o segundo questionamento feito pelos discípulos), é a de que deveriam os crentes ser cautelosos e estar vigilantes para que não fossem enganados (Mt.24:4; Mc.13:5 e Lc.21:8).
A característica básica dos últimos dias, dos dias que antecedem a volta de Cristo é o aparecimento de falsos mestres, profetas e cristos, que perturbarão a Igreja e enganarão a muitos. A apostasia será um sinal evidente da iminência da vinda de Jesus para o arrebatamento da Igreja.
O aumento do pecado tem produzido o esfriamento do amor de muitos que, pela perda do amor de Deus em seus corações, acabam por se desviar dos caminhos do Senhor, gerando toda uma série de escândalos, traições e decepções no meio do povo de Deus.
– Se bem verificarmos, nunca houve uma intensidade tão grande de heresias, falsas doutrinas e desvios doutrinários como nos dias em que vivemos.
A partir do século XIX, surgiram numerosos movimentos heréticos, seitas e falsas crenças no meio dos cristãos(os mórmons, as Testemunhas de Jeová e os sabatistas, por exemplo, surgiram todos naquele século), tendo, também, aparecido filosofias, doutrinas que procuram, com base na razão, também desacreditar e contrariar a Palavra de Deus(o evolucionismo de Darwin, o materialismo de Marx, entre outros, todos daquele século e que se tornaram o pensamento predominante dos cientistas e filósofos do século XX).
Ao mesmo tempo em que isto aconteceu, muitos deixaram as crenças e valores cristãos e preferiram adotar para si religiões que, muitas vezes, estavam em pleno declínio ou jamais tinham tido qualquer ressonância no Ocidente, como é o caso do hinduísmo, do budismo, do confucionismo e, mesmo, do islamismo, que, aliás, é a religião que mais cresce sobre a face da Terra na atualidade, em especial no Ocidente, com destaque para os Estados Unidos, algo que, inclusive, já começa a ocorrer até mesmo aqui no Brasil.
Não bastasse isso, as últimas décadas do século XX e este início do século XXI viram o surgimento de doutrinas como a confissão positiva, a teologia da prosperidade além de graves distorções do pentecostalismo (“nova unção”, “culto aos anjos” etc.), tudo a indicar que Jesus está às portas!
– Mas, além deste sinal, temos também, no sermão de Jesus, o anúncio de que haveria grande perseguição sobre a Igreja.
Por causa do nome de Jesus, diz-nos o nosso Salvador, haveriam os cristãos de ser atormentados, mortos e odiados de todas as nações. Muitos identificam esta passagem com a cruel perseguição sofrida pelos cristãos em Jerusalém (At.8:1) e nos três primeiros séculos da nossa era, que começou ainda nos tempos apostólicos (Ap.1:9; 2:10), interpretação muito cara aos amilenistas (mormente os vinculados à Igreja Romana).
No entanto, a perseguição aos cristãos sinceros e autênticos, longe de acabar com o Édito de Milão em 314 d.C., quando Constantino permitiu a prática do culto cristão no Império Romano, ali apenas se iniciou, pois a Igreja Romana, ao se paganizar e, de certa forma, substituir o Império Romano, passou a perseguir tenazmente os fiéis que não aceitaram a mistura com o mundo, de que é prova evidente e eloquente a Inquisição, que surgiria séculos mais tarde.
– No entanto, nunca se viveu um período de perseguição aos cristãos como o que nós estamos a viver na atualidade. Poderão muitos objetar isto, dizendo que, principalmente depois de 1989, com a queda dos muros de Berlim e o desaparecimento da União Soviética e de quase todos os regimes comunistas do mundo, não há que se falar mais em perseguição contra os cristãos, a ponto, mesmo, de haver aqueles que identificam o nosso período como “os dias do grande Avivamento do tempo do fim”, pregando um período de um grande avivamento, nunca antes visto sobre a face da Terra, com uma Igreja próspera e poderosa.
– Lamentavelmente, esta visão de uma Igreja poderosa e que prevalece sobre o adversário não é a Igreja que será arrebatada por Jesus, nem a Igreja que viverá no tempo imediatamente anterior à volta de Cristo.
Jesus foi bem claro, no Seu sermão profético, que, próximo à Sua vinda, os crentes serão atormentados, mortos, entregues a concílios e sinagogas, apresentados perante as autoridades e odiados pelas nações (Mt.24:9; Mc.13:9 e Lc.21:12,13). É precisamente isto que tem acontecido! Senão vejamos.
OBS: “…Não havia estatísticas dois mil anos atrás, mas pelos números populacionais de hoje, é possível afirmar que os seguidores de Jesus nunca foram tão perseguidos.
A situação é especialmente difícil no Oriente Médio, o berço das maiores religiões do mundo. A crescente perseguição é alimentada principalmente pelo extremismo islâmico. A grande mídia muitas vezes minimiza os fatos, classificando de “limpeza étnica”, mas o fato é que a cristofobia é real. Afinal, 80% dos atos de perseguição religiosa no mundo são contra cristãos, aponta a International Society for Human Rights, uma ONG da Alemanha.
De acordo com o Center for the Study of Global Christianity, do Seminário Gordon Conwell, dos EUA, mais de 100.000 cristãos são assassinados por ano, ou seja, 11 cristãos por hora. A escalada dos ataques contra cristãos nos últimos anos vem sendo divulgadas por todas as organizações que monitoram a perseguição religiosa.
Na Inglaterra, David Alton, um renomado defensor da liberdade religiosa, divulgou números alarmantes. ‘Algumas avaliações afirmam que cerca de 200 milhões de cristãos em mais de 60 países ao redor do mundo enfrentam algum grau de restrição, discriminação ou pura e simples perseguição”, disse ele ao jornal The Guardian.
Os tipos de perseguição variam, indo desde assassinato e estupro, passando por tortura e chegando até discriminação e exclusão social. Considerando que existem cerca de 2 bilhões de cristãos no mundo, pode-se dizer que um em cada dez cristãos do mundo enfrenta problemas por causa da sua fé.…” (ARAGÃO, Jarbas. Perseguição aos cristãos é hoje a maior da história. Disponível em: https://noticias.gospelprime.com.br/perseguicao-cristaos-maior-historia/ Acesso em 09 nov. 2015).
– Em primeiro lugar, é oportuno observar que a derrocada do comunismo em nada diminuiu a perseguição violenta aos crentes.
Ainda persistem alguns regimes comunistas (China, Coreia do Norte, Cuba e Vietnã), onde continua férrea a proibição de evangelização e de adoração a Deus.
Nestes países comunistas remanescentes, em nada melhorou o tratamento dos governos com relação aos crentes, mas, bem ao contrário, talvez com a exceção do Vietnã, em todos os demais a perseguição tem aumentado e, o que é pior, com a conivência e omissão dos demais governos, principalmente no que concerne à China, cuja importância comercial tem feito todos os países mais importantes do mundo serem extremamente condescendentes com suas brutalidades e atentados aos direitos humanos.
Assim, durante a Guerra Fria, era comum que o chamado “bloco capitalista”, de algum modo, ajudasse ou intercedesse pelos crentes perseguidos, o que hoje, entretanto, não mais ocorre.
– Ainda quanto a este ponto, temos visto que a violência contra os cristãos nos países muçulmanos tem aumentado assustadoramente desde a derrocada do comunismo e, em especial, após os ataques terroristas nos Estados Unidos em 2001.
As notícias de execução de cristãos têm se multiplicado desde então, em vários países do mundo, seja na África (a Nigéria tem sido um palco de execuções de cristãos, com absoluta conivência dos demais países, pois a Nigéria é um importante produtor de petróleo, onde tem atuado o terrível grupo terrorista Boko Haram ou, ainda, o grupo Al Shabab, que tem assolado os cristãos em países como a Somália e o Quênia), seja na Ásia (na Indonésia, dezenas de cristãos são executados,
com a conivência de seu governo, algo que se repete na Índia, no Paquistão, no Irã, sem falar nos países árabes, onde a atuação do Estado Islâmico, que já ocupa vastas áreas da Síria e do Iraque ocupado, tem demonstrado publicamente quanto têm sofrido os cristãos, que têm sido decapitados aos montes), seja na Europa Central e Oriental (as igrejas ortodoxas orientais não têm sido nada tolerantes com os cristãos sinceros e autênticos que têm procurado pregar o Evangelho nos antigos países comunistas).
– Em segundo lugar, se, por um lado, a violência física não tem diminuído, os crentes têm sofrido cada vez mais intensa violência moral sobre si.
Os valores e crenças concordes com a Palavra de Deus têm sido cada vez mais alvo de ataques e de intolerância por parte dos meios de comunicação de massa e dos governos. A cada dia, leis contrárias aos princípios bíblicos têm sido aprovadas em países ditos cristãos, assim como condutas típicas de crentes sinceros e autênticos alvo de perseguição e de intimidação.
Em muitos países, não se pode mais pregar o Evangelho abertamente, a despeito da liberdade de crença, de culto ou de expressão, como se dá nos países da União Europeia. Atitudes como a recusa ao ecumenismo ou ao sincretismo são consideradas ilegais, discriminatórias e, não raras vezes, ocasionam penas e aborrecimentos a quem os praticar.
A mídia, a todo instante, tacha de intolerantes, fundamentalistas e ameaçadores todos aqueles que adotam conceitos e princípios rigorosamente dentro do que ensina a Bíblia Sagrada.
Todo o sistema educacional entra em confronto com os princípios e valores genuínos da Palavra de Deus, dificultando ao máximo a educação cristã que se procura dar aos filhos no lar e, literalmente, criando situações de tensão, de conflito e de tormento contínuos para quem se propõe servir a Deus.
E isto, repetimos, em países que se dizem cristãos, que dizem servir a Jesus. Por isso, Jesus afirmou que os crentes sinceros e autênticos encontrariam problemas inclusive perante estruturas religiosas (Mc.13:9), pois, muitas vezes, como a história tem comprovado, os servos do Senhor são perseguidos pelas próprias lideranças religiosas que, há muito, deixaram de servir a Deus, preferindo misturar-se com o mundo e se servir das estruturas religiosas para defender interesses alheios ao Evangelho.
Por acaso, não tem sido este o registro das biografias de grandes homens de Deus ao longo da história da Igreja (Francisco de Assis, Huss, Lutero, Calvino, Daniel Berg, Gunnar Vingren etc.) ?
– Em terceiro lugar, não são poucos os crentes que são confrontados com o sistema legal de seus países e com as autoridades por causa da sua fé. Vez por outra, medidas têm sido tomadas no nítido propósito de dificultar a adoração a Deus por parte dos crentes.
Medidas como leis a respeito de poluição sonora, a respeito de tributos, de arrecadação de fundos e muitas outras têm como alvo, direto ou indireto, o funcionamento das igrejas locais e do trabalho de evangelização, criando embaraços cada vez mais intrincados para quem quer, simplesmente, desfrutar do direito, quase sempre garantido pelas Constituições políticas, de livremente cultuar ao seu Deus. São pessoas que, a exemplo dos membros da corte do rei Dario, procuram sempre criar leis que levam sempre os crentes fiéis à ilegalidade, pois, como crentes que somos, sabemos que mais importa obedecer a Deus do que aos homens (At.5:29b).
– Em quarto lugar, vemos que, como efeito de toda esta violência física e moral, deste enfrentamento involuntário, mas inevitável com as autoridades, os crentes passam a ser odiados por todas as pessoas.
Com efeito, os crentes passam a ser uma companhia indesejável, pois são diferentes do restante da população, têm uma outra maneira de viver, insistem em adotar valores e crenças que as demais pessoas aprenderam, pela educação distorcida e pela pressão da mídia e dos governos, a considerar como sendo condutas discriminatórias, erradas e ultrapassadas.
Não é de admirar, portanto, que todos passem a odiar os crentes, a desejar o seu fim, criando-se preconceitos e estereótipos que trazem ainda mais problemas para os crentes, que se sentirão, cada vez mais deslocados do mundo onde estão, mas ao qual não pertencem.
O aumento do pecado, além do mais, criará ainda mais angústia aos crentes, que se sentirão cada vez mais em aperto.
Alguém já disse, com acerto, que, no dia do arrebatamento, Jesus virá buscar a Sua Igreja, entre outros motivos, porque a situação de angústia e de aperto será tanta que não haverá mais como achar um lugar para a Igreja aqui neste mundo, daí porque ser ela levada para a glória.
– Como podemos ver, portanto, este estado de coisas, que se intensifica, de uma forma jamais vista antes, está a provar que também este sinal, relativo à Igreja, está se cumprindo literalmente, de modo que só havemos de esperar o limite da suportabilidade da “nação santa” neste mundo adverso e opositor.
Não nos iludamos, porém, com estes falsos profetas que, a exemplo do que ocorreu nos dias do rei Acabe ou do profeta Jeremias, venham dizer que viveremos um período de absoluta prosperidade, inclusive material, nos dias imediatamente anteriores ao arrebatamento da Igreja, porque isto é mais uma ilusão, mais um engodo forjado pelo adversário de nossas almas.
Os dias em que vivemos são trabalhosos, são difíceis e seremos cada vez mais prensados contra a parede, mas não desanimemos, pois, como Jesus venceu o mundo, nós também venceremos !
– O terceiro sinal relacionado com a Igreja diz respeito à pregação do Evangelho a todas as nações. “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim”(Mt.24:14).
Este é o sinal que ainda não ocorreu e cuja ocorrência, como Jesus nos diz, fará com que termine a atual dispensação.
Deus é um Ser justo e, portanto, não poderia arrebatar a Igreja antes que todas as nações tenham a oportunidade de aceitar a Cristo como seu Senhor e Salvador. Se o fizesse, Deus seria injusto e faria acepção de pessoas.
Por isso, é fundamental que todas as nações tenham a real oportunidade de ouvir a pregação do Evangelho e, somente por isso, ainda não terminou a nossa dispensação. Este é o “tempo dos gentios”, a oportunidade que Deus abriu aos homens não judeus de aceitarem a Cristo e alcançarem a salvação.
– Este é o sinal que falta e incumbe à Igreja cumprir a sua tarefa sobre a face da Terra que outra não é senão pregar o evangelho a toda a criatura (Mt.16:15).
Embora saibamos que, quando todas as nações do mundo forem evangelizadas, virá o fim desta dispensação (estamos, ainda, na solução da segunda indagação dos discípulos: quando será a Sua vinda ?), não temos como precisar quando isto acontecerá, isto porque não há condições de controlarmos toda a ação missionária da Igreja.
A Igreja é o corpo de Cristo, é um organismo espiritual e somente Deus sabe quando todas as nações serão evangelizadas. Sabemos que, ao contrário do que acontecia até o século XVIII, quando passou a ser colonizada a Oceania, o evangelho nunca pôde atingir todas as nações do mundo, pois havia nações cuja existência era desconhecida, vez que não se sabia da existência seja das Américas, seja da Oceania.
Isto, porém, acabou, todo o mundo foi descoberto e hoje se encontra interligado pelo desenvolvimento tecnológico existente.
Assim, a evangelização pôde alcançar todo o mundo e, o que é importante, a partir do início do século XX, com o movimento pentecostal, obteve um progresso sem igual.
Hoje, há missionários em todo o mundo, com condições de atingir todas as nações, e isto por parte das organizações existentes, sem se falar naqueles anônimos que, sem pertencer a qualquer instituição, denominação ou entidade organizada, a exemplo dos crentes cirinenses e cipriotas que iniciaram a pregação aos gentios em Antioquia (At.12:20,21).
É por isto, aliás, que nunca saberemos quando o evangelho atingirá todas as nações. O que é certo, contudo, é que este é o sinal que está faltando e tudo nos mostra que não falta muito tempo para que isto aconteça.
OBS: Um outro exemplo de falta de controle da pregação do Evangelho nos vem do exemplo dado pela Igreja chinesa. Com o abrandamento do governo chinês, logo após a abertura comercial para o Ocidente, quando se pensava que os 500 mil cristãos chineses antes do início do comunismo estariam reduzidos a pouco mais de 10%, vimos que os cristãos eram o dobro do número anterior, ou seja, sem qualquer ajuda do Ocidente, os crentes chineses dobraram de número, com ação do Espírito Santo !
IV – OS SINAIS DA VOLTA DE CRISTO REFERENTES AOS GENTIOS : SINAIS POLÍTICOS
– Vejamos, agora, os sinais da volta de Cristo com relação aos gentios, ou seja, com relação às nações que formaram a comunidade política única que foi desfeita com o juízo de Babel. Estes sinais podem ser divididos em três grupos, a saber: sociais, políticos e físicos.
Entendemos que, dentro da perspectiva dos povos, os sinais relativos aos gentios são os fatores humanos, ou seja, os políticos e os sociais, já que os fatores físicos dizem respeito à natureza e, assim, atingem os três povos (cristãos, judeus e gentios).
Desta forma, iremos estudar, separadamente, os sinais políticos e os sinais sociais, reservando para um tópico à parte os sinais físicos ou naturais.
– Quando falamos nas nações oriundas da comunidade política única, logicamente que falamos em fatores políticos, pois as nações que surgiram do juízo de Babel foram nações que se reuniram por causa da língua que cada um passou a falar, tendo havido, de imediato, o surgimento, em cada nação assim surgida, de alguma espécie de governo, de liderança, pois, ao contrário do que afirmam os anarquistas, nunca houve, no plano divino estabelecido para o homem, lugar para a total falta de governo ou de ordem.
O homem, como mordomo de Deus para toda a criação, tinha de cuidar de uma natureza estabelecida com ordem e hierarquia, que haveria, também, de haver entre os próprios seres humanos, ainda que não possamos confundir aqui ordem e governo com exploração do homem pelo homem, o que, à evidência, é efeito da natureza pecaminosa do homem e algo que jamais foi querido ou aprovado por Deus.
– Se em toda nação formada a partir do juízo de Babel há a formação natural de governos e de líderes, é natural que analisemos a ação de Deus ao longo da história e o Seu controle sobre a humanidade, a partir da própria evolução e desenvolvimento do poder político entre as nações.
Por isso, o estudo da história das nações (a chamada “história geral” ) tem se feito através da sucessão dos acontecimentos em torno do desenvolvimento e progresso do poder político na chamada “comunidade internacional”, o que também se deve dar no que respeita ao estudo da doutrina das últimas coisas, pois é através deste papel do poder político entre as nações que veremos a ação de Deus no cumprimento de Sua Palavra, já que esta comunidade internacional é resultado de uma intervenção direta de Deus na história humana.
– Ao verificarmos a própria escatologia bíblica, vemos que este é um dos caminhos para podermos discernir o que está para acontecer nas Escrituras.
Daniel foi usado por Deus em matéria escatológica, precisamente a partir da interpretação do sonho do rei Nabucodonosor, motivado pela curiosidade daquele monarca, que então dominava parte significativa do mundo de então, sobre qual seria o futuro da história humana (cfr. Dn.2:29). A partir daí, vemos que, assim como Deus estabeleceu sobre Israel setenta semanas de anos para o fim dos pecados, também estabeleceu para os gentios uma sucessão de quatro impérios até que venha, tanto para gentios quanto para israelitas, o reino do Messias, o milênio.
A exemplo do que ocorre com Israel, também os gentios estão com o tempo como que interrompido, pois a nossa atual dispensação, que é chamado de “o tempo dos gentios”, é uma oportunidade às nações para que venham a integrar um novo povo, a Igreja.
Mas, brevemente, este “tempo” findará e, assim, o quarto império, que é o Império Romano (como veremos na lição 6 deste trimestre) retomará todo o seu vigor e, assim, recomeçará o tempo de tratamento de Deus para com estes que rejeitaram a Sua soberania.
– Evidentemente que, como deverá ressurgir um império para o término do tempo dos gentios, tem-se que a história do desenvolvimento do poder político na comunidade internacional é um indicador seguro da doutrina das últimas coisas e, portanto, quando Jesus deu sinais políticos para a Sua volta, lembrou Seus discípulos de que este seria um sinal deveras importante a ser observado pela Igreja.
Por isso, não podemos admitir que um crente seja uma pessoa completamente alienada dos acontecimentos do dia-a-dia da política internacional, pois isto é um imperativo na vida de cada crente, pois, a partir destes acontecimentos, poderemos sentir a vinda de Jesus cada vez mais próxima.
A conturbação provocada pelo reerguimento de uma força imperial irá, inevitavelmente, trazer grande conturbação na distribuição e luta pelo poder.
– Com respeito à Sua volta, Jesus disse aos Seus discípulos que, antes do arrebatamento da Igreja, haveria guerras e rumores de guerras e que se levantaria nação contra nação e reino contra reino.
Alguns críticos da Palavra de Deus costumam apontar estes sinais como sendo algo óbvio e, mesmo, chegam a dizer que esta é uma prova de que Cristo seria um fraudulento, um falso profeta, pois, afirmam, que a história da humanidade sempre teve guerras, que as guerras sempre foram uma constante na história dos povos e que, quando Jesus disse que haveria guerras e rumores de guerras, estava falando de algo que sempre acontece e que, portanto, não serviria seja para provar a Sua soberania sobre a história da humanidade, seja para indicar aos Seus discípulos a proximidade de Sua vinda.
– No entanto, estes homens, inimigos declarados da Palavra de Deus, não têm razão. É, sim, verdade que as guerras sempre foram uma constante na história da humanidade, que todo período histórico teve guerras e que não seria, mesmo, um sinal de fácil identificação nem de demonstração da qualidade profética de Jesus este sinal, se tomado de forma isolada.
Aliás, a Bíblia é a primeira a afirmar que o único período em que não haverá guerra no mundo será, precisamente, o do reino milenial de Cristo (Is.2:4).
Contudo, quando Jesus Se refere a este sinal, fala em “guerras e rumores de guerras”, ou seja, de uma tensão continuada e sem qualquer interrupção, o que não havia na história da humanidade até o século XVIII.
– A partir do século XVIII, porém, o número de conflitos armados tem aumentado a cada ano. Como se não bastasse o aumento numérico, tivemos, no século XX, duas guerras mundiais(Primeira Guerra Mundial: 1914-1918; Segunda Guerra Mundial: 1939-1945), algo que nunca havia acontecido antes em toda a história da humanidade.
Também nunca o poderio militar de alguma nação chegou a um nível de poder destruir diversas vezes todo o planeta, como tivemos durante a chamada Guerra Fria(1945-1989), o período em que Estados Unidos e União Soviética rivalizaram pelo controle do planeta e onde havia um constante rumor de uma nova e final guerra, que seria catastrófica.
Surgiu, assim, o primeiro “rumor de guerra”, que existia constantemente, ao lado das várias guerras que foram desencadeadas sob o pano de fundo desta Guerra Fria (as principais são as guerras árabe-israelenses, a Guerra da Coréia, a Guerra do Vietnã), sem se falar nas guerras civis e revoluções que tumultuaram dezenas de países neste período.
Com o término da Guerra Fria, chegou-se a dizer que se iniciara uma “nova ordem mundial”, onde o risco de destruição do planeta havia sido afastado definitivamente, mas, depois do fim da Guerra Fria, muito pelo contrário, o que o mundo assistiu foram conflitos extremamente violentos e cruéis como a Primeira Guerra do Golfo Pérsico, Guerra dos Bálcãs (região da ex-Iugoslávia), em plena Europa, onde ocorreram verdadeiros genocídios (extermínio de povos inteiros), conflitos igualmente sangrentos em países africanos e, a partir de 2001, o surgimento do novo “rumor de guerra”, representado pelo terrorismo internacional, que fez voltar, em grau muito mais intenso que o da Guerra Fria, o medo sem trégua e sem direção que domina todo o mundo atualmente.
Esta sensação de insegurança, este medo sempre presente, e que aumenta cada vez que há um grande atentado terrorista, ao lado das guerras que continuam, é um acontecimento novo na história, algo que nunca havia ocorrido antes e que demonstra, claramente, o cumprimento da profecia constante do sermão do monte das Oliveiras. Jesus está voltando!
– O levantamento de nações contra nações e reinos contra reinos tem sido cada vez mais intenso nos nossos dias. Como dissemos, com o fim da Guerra Fria, muitos achavam que partíamos para uma “nova ordem mundial”, para alianças entre os países, de tal maneira que as disputas nacionais, étnicas e locais perderiam terreno e quase que desapareceriam.
No entanto, não é o que vemos. Apesar do movimento de globalização, que tem fortalecido as organizações internacionais e a formação de blocos econômicopolíticos, o fato é que as disputas nacionais, as reivindicações de nações contra nações, os ódios raciais não só não estão ausentes, como estão aumentando no cenário internacional. É o cumprimento exato das palavras de Jesus. Jesus está voltando!
V – OS SINAIS DA VOLTA DE CRISTO REFERENTES AOS GENTIOS: SINAIS SOCIAIS
– Ao mesmo tempo em que Jesus falou dos sinais políticos, não se esqueceu, também, de indicar os fatores sociais que seriam verificados nos dias que antecedem à Sua vinda, numa clara demonstração de que o Senhor não Se preocupa apenas com as elites, com as cúpulas, com os príncipes dos diversos países, mas que também têm absoluto controle sobre o dia-a-dia, o cotidiano dos mais humildes, dos mais simples.
Jesus é o Senhor dos senhores, o Rei dos reis, Aquele que tem pleno controle sobre tudo e sobre todos.
– O primeiro sinal social trazido por Jesus no sermão profético é a fome. “Haverá fome”, diz o Senhor. Atualmente, segundo as estatísticas das Nações Unidas, 7(sete) pessoas na Terra morrem de fome a cada minuto, uma quantidade absurda e que revela a grande indignidade a que os sistemas mundanos levam o ser humano.
A tragédia da fome sobre a face da Terra, aliás, tem sido objeto de alerta por parte do atual presidente brasileiro. Todos os programas e propostas trazidos pela ONU ou por seus organismos têm sempre esbarrado no desinteresse dos governos e dos grandes conglomerados econômicos, que não prezam pela dignidade do homem, mas, sim, apenas pela acumulação indiscriminada e ilimitada de riquezas.
A fome é a demonstração mais clara de que os sistemas econômicos privilegiam a posse de riquezas, não a pessoa humana e que, portanto, estão todos dominados pelo pecado, pelo sistema iníquo estabelecido no mundo.
A fome só aumenta e aumentará cada vez mais, pois a ganância do homem não tem limite (Pv.30:15), o pecado se intensifica e Jesus está às portas.
OBS: ONU qualifica de “escandalosa” a fome de 840 milhões de pessoas (IG – Último Segundo/Agência EFE 01/03/2004 – FE 07/03/2004) O relator especial da ONU para o Direito à Alimentação, Jean Ziegler, qualifica de “escandaloso” que 840 milhões de pessoas padeçam de fome e má nutrição no mundo apesar de haver suficiente comida para todos, e qualifica de “injusto” o sistema de comércio que prejudica aos países pobres.
Em um relatório divulgado nesta segunda-feira e que será apresentado na reunião da Comissão de Direitos Humanos da ONU, Ziegler faz um apelo aos Estados a prestar “atenção urgente ao fato que os progressos na redução da fome e a má nutrição estão virtualmente paralisados”, apesar de “o mundo produzir mais que a suficiente comida para alimentar ao conjunto da população”.
Em suas conclusões, o sociólogo e ex-parlamentar socialista suíço destaca a “necessidade urgente de corrigir os desequilíbrios e desigualdades no sistema mundial de comércio que podem carrear profundos efeitos negativos no direito à alimentação”.
Nesse sentido, Ziegler aponta no documento que “atualmente o comércio agrícola está longe de ser livre e ainda mais longe de ser justo”, e denúncia que os enormes subsídios que destinam os países industrializados, que ascenderam a 311 bilhões de dólares em 2001 nos ricos Estados da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
“Apesar de predicar os benefícios da liberalização do comércio na agricultura, a União Européia, Estados Unidos, Japão e outros países industrializados ainda protegem fortemente sua agricultura com o objetivo de garantir a produção de alimentos básicos”, observa o relator da ONU.
Como conseqüência dessa política protecionista dos Estados ricos, “vários países em desenvolvimento dependem mais dos alimentos importados e estão sujeitos a uma injusta concorrência dos produtos de países desenvolvidos vendidos a preços abaixo dos custos de produção”, critica Ziegler.
Ele observa que esse fenômeno de dumping gera o “deslocamento da produção local de alimentos de base e da sobrevivência da agricultura” nos países em desenvolvimento e, em conseqüência, tem “implicações importantes para a consecução do direito à alimentação”.
Assim, o relator da ONU explica que “os 49 países menos avançados deixaram de ser exportadores de alimentos nos últimos trinta anos para converter-se em importadores” como resultado dessas políticas.
Além disso, Ziegler assinala que o custo das importações de alimentos aumentou entre 45 e 70 por cento em relação às suas exportações de mercadorias por isso esses países ficaram “não só impossibilitados de produzir seus próprios alimentos, mas além disso incapazes de garantir as receitas para comprar comida” por isso são ainda “mais vulneráveis à insegurança alimentícia”.
O relatório, que será examinado na reunião do dia 15 de março a 23 de abril da Comissão de Direitos Humanos da ONU, indica também que os países que liberalizaram seu mercado agrícola “nem sempre tiveram uma experiência positiva”.
Como exemplo põe o caso do México e assinala que, depois de seu ingresso no Tratado de Livre Comércio para América do Norte (Nafta), os tradicionais produtores de milho ficaram “extremamente vulneráveis à concorrência do milho subsidiado dos Estados Unidos” que provocou graves problemas de sobrevivência para milhares de agricultores.
Assinala que os países em desenvolvimento foram “persuadidos a liberalizar unilateralmente seus setores agrícolas, com base em programas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, ao invés dos acordos da Organização Mundial do Comércio (OMC), para perceber que os prometidos benefícios da liberalização agrícola não se materializaram”.
Ao contrário, adverte que entre os grandes beneficiários da liberalização estão algumas grandes empresas multinacionais que “monopolizam a cadeia alimentícia”, desde a produção até a venda por atacado, passando pelo processamento e a distribuição, até o ponto de “limitar a escolha para os agricultores e os consumidores”.
“Esse tipo de concentrações de poder de monopólio representa um perigo que não beneficia em absoluto nem aos pequenos produtores nem aos consumidores”, indica o relatório. (http://www.google.com/search?q=cache:c9EryGN3DUJ:www.farolbrasil.com.br/arquivos/re_fome_escandalosa.htm+fome,+ONU&hl=pt-BR. Acesso em 09 set. 2004)”
– O segundo sinal social trazido por Jesus são as pestes. “Haverá pestes”, diz o Senhor. Como consequência até da fome e da subnutrição, as doenças tendem a aumentar na população mais humilde.
Mas, além destas doenças, o que temos visto é que, apesar do enorme avanço tecnológico e científico que vivemos, as endemias só têm aumentado e, o que é mais grave, de forma cada vez mais intensa e letal.
A aids persiste matando milhões de pessoas todos os anos, pessoas que não estão mais circunscritas aos antigos “grupos de risco” (hemofílicos, promíscuos), sem que se consiga cura. Doenças antigas, que se tinham por erradicadas ou sob controle, como a tuberculose, o cólera, a febre amarela, reiniciaram a matar, em proporções assustadoras.
Que falar, então, das doenças relacionadas ao sedentarismo e à nova maneira de ser do homem urbano, como as doenças do coração e a obesidade, que tem atacado, principalmente, crianças, adolescentes e jovens.
Não bastasse isso, os sistemas de saúde em todos os países do mundo têm sido extremamente combatidos e contestados, visto que se trata de um segmento que não é lucrativo, a não ser em certos nichos de excelência, voltados para a elite multimilionária da sociedade mundial.
A intensidade e a gravidade destas enfermidades na atualidade desmontam, também, os argumentos dos inimigos da Palavra de Deus que procuram sempre dizer que houve pestes ao longo da história da humanidade e que Jesus, então, em nada estaria alertando Seus discípulos.
– O terceiro sinal social trazido por Jesus é a dissolução familiar. Jesus comparou os dias imediatamente anteriores aos dias de Sua vinda aos dias de Noé (Mt.24:38; Lc.17:27), onde não se dava valor algum à família, pois, naquela época, os homens e mulheres “casavam e davam-se em casamento”, ou seja, pouco se importavam com a formação de famílias, vivendo em uma grande promiscuidade e imoralidade.
Assim também, disse o Senhor, haveria de ocorrer na proximidade de Sua vinda. Ora, que tempo da história humana tem vilipendiado tanto a família como o nosso tempo ? Praticamente já não há país algum do mundo que impeça o divórcio ilimitado e imotivado.
A cada dia que passa aumenta o número de países e legislações que desprestigiam o casamento, dando os mesmos efeitos do casamento a todo e qualquer tipo de união, inclusive as chamadas uniões homossexuais.
O adultério e a fornicação são práticas comuns, corriqueiras e até incentivadas e estimuladas. Jesus está voltando !
OBS: Para termos ideia de quanto este sinal está se cumprindo, basta-nos verificar o triunfo nos Estados Unidos a respeito da união homossexual, reconhecido pela Suprema Corte daquele país, isto num país de formação evangélica.
A própria Igreja Romana, conhecida por seu posicionamento contrário a este tipo de união, tem demonstrado, com o Papa Francisco, uma tentativa de “diminuição da repulsa” a pontos caros da doutrina católica, como a proibição de uniões homossexuais e o divórcio.
VI – OS SINAIS DA VOLTA DE CRISTO REFERENTES À NATUREZA
– Jesus também indicou um sinal de Sua vinda que não é, como os demais, um sinal relacionado com os seres humanos, mas um sinal físico, ou seja, um sinal da natureza, pois, como nunca devemos nos esquecer, a natureza também é um dos meios pelos quais Deus Se revela (Rm.1:20).
O sinal apontado por Jesus é o terremoto. Os inimigos da Palavra do Senhor também se referem com desdém a este sinal, dizendo que terremotos sempre ocorreram ao longo da história.
Todavia, os próprios sismólogos (são os estudiosos dos tremores de terra) são claros em afirmar que a intensidade e o número dos terremotos têm aumentado consideravelmente a cada ano e que há uma intensa atividade sísmica no planeta.
Todos temos percebido isto, pois não há semana em que não se noticia a ocorrência de um terremoto forte em algum lugar do planeta.
Jesus não disse que haveria terremotos perto de Sua vinda, mas que haveria terremotos em vários lugares, algo que nunca havia sido detectado antes. Os terremotos têm aumentado em número e em intensidade.
Recentemente, em 2015, tivemos terremotos devastadores no Nepal e no Afeganistão e Paquistão, sem falar que, até mesmo no Brasil, há notícia de frequentes tremores de terra. Portanto, ao vermos terremotos em vários lugares, cada vez mais frequentes e fortes, ouçamos o que a terra tremendo está falando: “Jesus está voltando!”.
– Além dos terremotos propriamente ditos, devemos aqui, também, mencionar a maior ocorrência de maremotos, que são violentas movimentações das águas salgadas, motivadas por tremores de terras submersas nos mares e oceanos.
Os registros das navegações têm, também, observado uma maior atividade sísmica no fundo dos oceanos e mares.
Outrossim, também relacionado com este sinal, temos a atividade intensa dos vulcões, que também estão ligados aos abalos sísmicos. Ainda está bem forte na memória os “tsunamis” que atingiram grande parte da Ásia em 2004 e no Japão, em 2011.
– Portanto, como podemos ver, amplamente reais e verdadeiras são as palavras do poeta sacro Herbert Nordlund, na primeira estrofe e refrão do hino 401 da Harpa Cristã: “Tudo nos mostra que Cristo já volta, Breve Jesus voltará! Já deste mundo o mar se revolta; breve Jesus voltará. Breve virá, breve virá, breve Jesus voltará”.
E o mesmo poeta sacro nos lança uma advertência na segunda estrofe deste mesmo hino: “Cristão, acorda, Sua vinda é certa: breve Jesus voltará! Pra recebê-l’O estás bem alerta? Breve Jesus voltará”. Que a nossa resposta à indagação de Nordlund possa ser um sonoro sim!
Ev. Dr. Caramuru Afonso Francisco
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