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LIÇÃO Nº 6 – A SUTILEZA DAS IDEOLOGIAS CONTRÁRIAS À FAMÍLIA

INTRODUÇÃO

– A família é a obra-prima da criação divina na face da Terra.

– Satanás procura destruir a família por ser ela uma instituição divina.

I – CONCEITO E ATRIBUIÇÕES DA FAMÍLIA

– Na sequência do estudo dos ataques contra a Igreja de Cristo, veremos hoje as ideologias contrárias à família.

– O primeiro grupo social a que uma pessoa pertence é a família, grupo criado pelo próprio Deus (Gn.2:23,24) e que procura suprir as necessidades sentimentais, afetivas e emocionais básicas do ser humano.

A função da família é, precisamente, impedir que haja o sentimento de solidão, que caracterizava Adão antes da formação da mulher (Gn.2:20).

– Os homens, mesmo, sem conhecer a Palavra de Deus, reconhecem o papel fundamental que a família exerce na vida de um homem.

A Declaração Universal dos Direitos do Homem afirma que “…a família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado.” (artigo XVI, nº 3), preceito que é repetido pela Constituição brasileira, que afirma que “…a família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado…” (art.226).

Entretanto, apesar dos preceitos normativos solenes, o adversário tem realizado um trabalho terrível de destruição contra a família, até porque seu trabalho é o de matar, roubar e destruir (Jo.10:10).

– Deus não só criou a família como estabeleceu quais as regras e as condutas que devem ser observadas pelos membros da família.

As Escrituras trazem quais os parâmetros do relacionamento entre cônjuges, entre pais e filhos e entre irmãos. O segredo da felicidade no relacionamento familiar está em ter uma conduta conforme a Bíblia Sagrada.

– Como a família foi criada por Deus, é Ele quem deve estabelecer as regras, as normas ao homem, a quem cabe, simplesmente, obedecer. A família não é nossa criação, nem pode ser estruturada segundo os nossos conceitos ou a nossa vontade. Existem princípios que devem ser seguidos.

Muito se fala, hoje, a respeito da diversidade de culturas, dos diferentes modos de vida das várias raças, tribos e nações em volta do mundo, mas isto não é suficiente para que consideremos que os princípios estabelecidos por Deus não devam ser observados por todos os homens.

Os homens, envolvidos em seus delitos e pecados, acabam distorcendo os princípios estabelecidos por Deus e cabe à igreja, como defensora destes princípios, imergir nas culturas dos povos de modo a que tais culturas sejam transformadas e voltem aos princípios estatuídos pelo Senhor.

Observemos que, entre os próprios judeus, a dureza de coração foi responsável pela existência de normas jurídicas sobre a família que estavam em desacordo com os princípios estabelecidos por Deus, como denunciou o próprio Senhor Jesus ao ser indagado sobre a norma do repúdio que vigorava, na época, em Israel (Mt.19:3-8).

– As Escrituras indicam que o homem não foi feito para viver solitariamente. Muito pelo contrário, a Bíblia é explícita ao dizer que , ao contemplar o homem, Deus afirmou que ” não é bom que o homem esteja só” (Gn.1:18), tendo, então, estabelecido a necessidade de criar a mulher, que serviria como uma adjutora, ou seja, como uma ajudadora, que estivesse diante do homem.

Esta explicitação do texto bíblico, em que se dá a narrativa da criação da mulher, especifica algo que o próprio Deus já havia delineado no instante em que decidiu criar o ser humano, porquanto, ao nos ser informada a intenção divina, é-nos dito que, no plano divino, estava o de dotar o homem não só de domínio sobre a criação na terra, mas também, de capacidade de reprodução (Gn.1:28), o que exigia a formação da família, único ambiente em que se poderia concretizar o desejo de Deus para o homem.

– É, precisamente, dentro deste escopo que devemos observar a família. Ela é uma instituição que foi criada por Deus para que o homem pudesse cumprir tudo aquilo que Deus havia planejado para que o homem fizesse.

Sem a família, seria impossível que o homem frutificasse e se multiplicasse sobre a face da Terra e, por conseguinte, que o homem pudesse dominar sobre a criação que estava na Terra.

É interessante notar que, ao exercer a sua primeira função de dominador sobre o restante da natureza terrena, o homem percebeu que estava só, sentimento este que foi observado por Deus.

Sem a providência divina de criação da mulher e, por conseguinte, da família, o homem não teria condições sequer de dominar o restante da natureza, pois, acometido que estava de um sentimento de solidão, de falta, não teria condições psicológicas e para se impor frente aos demais seres.

– Alguns estudiosos costumam dizer que a mulher é uma criatura mais excelente que o homem, porque é o resultado do suprimento de uma carência do homem, sendo, portanto, por assim dizer, um aperfeiçoamento da criação divina.

No entanto, se bem observarmos a narrativa bíblica, chegaremos à conclusão de que não é a mulher a criação mais excelente na humanidade, mas, sim, a criação da família, pois foi a criação desta instituição que significou a supressão da carência tanto do homem (que havia motivado a criação da mulher), como da própria mulher.

O texto bíblico é claro ao indicar que a tão-só criação da mulher era uma condição necessária, porém não suficiente para que se tivesse a solução da questão da solidão.

Esta solução, diz-nos o texto sagrado, somente se deu a partir do instante que Deus estabeleceu que homem e mulher, doravante, se uniriam, formando famílias, de modo a permitir que o propósito divino de domínio e frutificação fosse realizado e concretizado pela humanidade.

Assim, é a família a mais excelente criação divina para a humanidade, sendo, pois, assaz apropriado o título desta nossa lição, vez que o comentarista intitulou a família como sendo a “obra-prima de Deus”.

– Sem a família, pois, não pode o homem atingir o propósito estabelecido por Deus quando de sua criação.

Não há como o homem atender ao que lhe é exigido pelo seu Criador sem que exista a família. Sem a família, o homem não pode sequer ser considerado um homem no sentido estrito da Palavra e as consequências que têm vindo à sociedade moderna em virtude do intenso e progressivo processo de desintegração familiar que temos contemplado é uma prova do que estamos a dizer.

Via de regra, os criminosos mais hediondos que têm surgido, que nem sequer se portam como seres humanos, tamanha a sua bestialidade, verdadeiras bestas-feras em corpo humano, são pessoas que foram vítimas da ausência da instituição familiar no histórico de suas vidas.

A destruição da instituição familiar representa, assim, a própria destruição da humanidade, da imagem e semelhança de Deus na vida dos seres humanos e é por isso que o adversário de nossas almas, que nos odeia e nos detesta, tem investido tanto na destruição desta instituição. Destrua-se a família e estarão destruídos os seres humanos e, por conseguinte, toda a sociedade.

OBS: Uma das maiores demonstrações da dificuldade de nossos tempos está, precisamente, em observarmos que o adversário de nossas almas, o deus deste século, tem conseguido obnubilar a própria concepção de família no meio da humanidade, algo que, para não se dizer que se trata de implicância ou desvario dos crentes, é observado por diversas pessoas, inclusive o Papa João Paulo II (1920-2005), que, em 1981, assim afirmou:

“…A FAMÍLIA nos tempos de hoje, tanto e talvez mais que outras instituições, tem sido posta em questão pelas amplas, profundas e rápidas transformações da sociedade e da cultura.

Muitas famílias vivem esta situação na fidelidade àqueles valores que constituem o fundamento do instituto familiar.

Outras tornaram-se incertas e perdidas frente a seus deveres, ou ainda mais, duvidosas e quase esquecidas do significado último e da verdade da vida conjugal e familiar.

Outras, por fim, estão impedidas por variadas situações de injustiça de realizarem os seus direitos fundamentais.…” (JOÃO PAULO II. Exortação Apostólica Familiaris Consortio, nº 1. www.vatican .va Acesso em 01 mar.2004).

– Neste ponto, é importante esclarecermos que o objetivo da família é o de permitir o cumprimento do propósito divino estabelecido para o homem, qual seja, o domínio sobre a criação na Terra, bem como a frutificação e multiplicação na face da Terra e o suprimento da necessidade de companheirismo.

A família, portanto, tem como finalidade o suprimento de necessidades relativas à vida sobre a face da Terra, ou seja, a família não tem qualquer finalidade no tocante à vida eterna, como bem explicou Jesus quando questionado pelos saduceus, a indicar que, na eternidade, não haverá a instituição familiar humana (Mc.12:25), pois a família humana terá sido substituída pela Igreja, que é a família de Deus (Ef.2:19), o povo de Deus que habitará para sempre com o Senhor (Ap.21:3).

– Insistimos, neste ponto, porque há ensinamentos errôneos, sem qualquer respaldo bíblico, que têm campeado neste ponto da doutrina bíblica sobre a família.

Os adeptos do Reverendo Moon (Sun Myung Moon) (1920-2012), reunidos em torno da Igreja da Unificação, que, ultimamente tem aparecido sob a denominação de “Associação das Famílias para Unificação e Paz Mundial”,

afirmam que Jesus falhou em Seu ministério, precisamente, no aspecto familiar, uma vez que teria morrido antes que constituísse uma família e, como a instituição familiar teria de ser restaurada, por isso se fez necessário surgir um novo Messias, que seria, precisamente, o Reverendo Moon, que constituiu família e tem, supostamente, restaurado a instituição familiar, mediante os casamentos que impõe a seus seguidores.

Este absurdo doutrinário somente tem cabimento a partir do momento que se considera que seria papel de Cristo a restauração da instituição familiar.

Entretanto, o texto áureo da Bíblia Sagrada mostra, claramente, que Jesus veio para restabelecer a comunhão entre Deus e o homem, para dar a vida eterna (Jo.3:16), vida eterna esta que não tem qualquer relação com a instituição familiar, que foi instituída para vigorar nesta Terra.

– Não resta dúvida que o poder remidor de Cristo também restaura a vida familiar, fazendo com que ela volte aos princípios estabelecidos pelo Criador e que, através dela, muitas vidas sejam alcançadas pelo amor de Deus, notadamente pelos benefícios que a salvação traz à família e, em consequência, à Igreja, que é formada por famílias, mas se trata de um reflexo da obra expiatória do Calvário, como, também, ocorrerá, por exemplo, com relação à própria natureza (cfr. Rm.8:20-23),

mas não foi este o alvo de Jesus quando de Seu ministério, de modo que jamais poderemos dizer que Cristo fracassou neste ponto, nem que haja qualquer objetivo concernente à família para além desta nossa dimensão de vida.

– O Reverendo Moon chega ao absurdo de dizer que a família original, formada por Adão e Eva, foi criada sob os auspícios de Satanás e que a queda do homem teria sido em virtude da prática do sexo entre homem e mulher, o que contraria, totalmente, o texto de Gn.1:27,28.

OBS: Para que não fiquemos apenas em nossas palavras, transcrevemos parte de um discurso deste falso cristo, pronunciado quando esteve em nosso país em 1995:

“…O amor de Adão e Eva não chegou a ser um amor de verdadeira felicidade, mas um amor de conflito. Por termos a raiz de nossa vida neste tipo de amor, podemos deduzir que os conflitos no interior do ser humano provém daí.

A Bíblia relata que Adão e Eva foram expulsos, começaram a multiplicar filhos. Deus não podia ir atrás deles e dar a Bênção do matrimônio, já que Ele mesmo os havia expulsado.

Devemos nos perguntar sob quem se casaram e devemos concordar que, porque eles caíram no pecado, se casaram sob os auspícios de Satanás.(…).

Hoje o fundador da Igreja da Unificação está aqui falando para os senhores.

Se me perguntarem: “O que faz a Igreja da Unificação?” eu lhes direi que é um lugar onde se apresenta o amor verdadeiro de Deus, o lugar onde nós queremos que a nossa mente e o nosso corpo se unam no amor verdadeiro, o lugar onde queremos formar matrimônios ideais em absoluta unidade por meio de uma ideologia que pode fazer das pessoas irmãos inseparáveis, levando a cabo a missão que Deus nos encomendou.(…)

A cerimônia de matrimônios coletivos internacionais é a cerimônia para enxertá-los à semente do amor verdadeiro, à semente da vida verdadeira e à semente da linhagem verdadeira, que provém da unidade do amor de Deus e do homem.

A Bênção em forma de matrimônio é uma cerimônia para restaurar as famílias que têm se formado como matrimônios falsos, recebendo, devido à Queda, a semente de um amor, de uma vida e de uma linhagem falsos.

Fazendo as famílias do mundo inteiro participarem nestas novas cerimônias de matrimônio, queremos conectá-las com a grande bênção de Deus.…”( Sun Myung MOON. A verdadeira família e eu.http://www.unification.net/portugues/1995/950601.html Acesso em 01 mar.2004).

As palavras explicam-se por si mesmas: há uma total negação do texto bíblico e uma falsificação grosseira, a fim de tornar o Reverendo Moon, a pretexto da crise familiar de nossos dias, num novo messias.

– Também erram neste ponto, os mórmons, em sua quase totalidade reunidos na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias que, também, por não compreenderem o significado da instituição familiar, criaram a figura do casamento eterno, um casamento que transcenderia esta vida e estabeleceria uma aliança entre homem e mulher para a vida vindoura.

Como afirma, solenemente, o documento de 1995 denominada “A Família, Proclamação ao Mundo”, os mórmons, erroneamente, consideram que

“…Na esfera pré-mortal, os filhos e filhas que foram gerados em espírito conheciam e adoravam a Deus como seu Pai Eterno e aceitaram Seu plano, segundo o qual Seus filhos poderiam obter um corpo físico e adquirir experiência terrena a fim de progredirem rumo à perfeição, terminando por alcançar seu destino divino como herdeiros da vida eterna.

O plano divino de felicidade permite que os relacionamentos familiares sejam perpetuados além da morte.

As ordenanças e os convênios sagrados dos templos santos permitem que as pessoas retornem à presença de Deus e que as famílias sejam unidas para sempre.…” (Disponível em: http://www.lds.org/library/display/0,4945,2089-2-11-1,00.html Acesso em 02 mar.2004).

– Tal doutrina é outra demonstração de total desconhecimento dos propósitos divinos para a família e que contrariam expressas palavras de Cristo, como acima já dissemos, que bem explicou a temporalidade do casamento e sua circunscrição a esta vida.

Baseado no fato de que, antes da queda, Deus criou o casamento e abençoou Adão e Eva, quando ainda não havia a questão do tempo, os mórmons creem que, ainda hoje, é possível estabelecer-se uma união que transcenda esta vida terrena, o que é totalmente contrário ao ensinamento de Jesus em Mc.12:25.

Aliás, não é de se surpreender com isto, pois tal doutrina, segundo dizem os próprios mórmons, teria sido mais uma das muitas “revelações” que teriam sido recebidas pelo seu fundador, Joseph Smith, como se vê claramente, na seção 132 do seu livro “Doutrinas e Convênios”, uma das três escrituras supostamente sagradas que esta seita acrescentou à Bíblia.

OBS: Para não dizer que estamos inventando este pensamento, transcrevemos um texto mórmon que tenta explicar esta doutrina antibíblica:

“…Uma das doutrinas mais belas e reconfortantes do Senhor, que nos dá paz e felicidade imensas e alegria ilimitada é o princípio conhecido como casamento eterno.

Essa doutrina diz que o homem e a mulher que receberem essa bênção e que se amarem profundamente, crescerem juntos com as provações, alegrias, tristezas e com a felicidade que tiverem juntos durante a vida poderão viver além do véu juntos para sempre com a família.

Isso não é somente um sonho extremamente agradável, é a realidade. Qualquer casal que tenha vivido as alegrias do casamento aqui na Terra desejaria essa bênção.

Contudo, somente os que cumprirem as exigências feitas pelo Senhor receberão essa dádiva divina. Presto testemunho de que as maiores alegrias que já tive e que ainda terei na vida têm origem nas ordenaças do Templo.

Decidam-se agora a receber as ordenanças do templo no momento certo. Não permitam que nada suplante essa resolução. …” (Richard G. SCOTT. Receber as bênçãos do templo. http://www.lds.org/conference/talk/display/0,5232,49-2-18-11,00.html. Acesso em 01 mar.2004).

O “casamento eterno” somente tem validade se for realizado num templo mórmon e é cercado de sigilo.

Este outro texto prova, claramente, que o princípio deste casamento eterno não está na Bíblia, mas, sim, nos escritos dos líderes mórmons:

“…O casamento eterno é um princípio que foi estabelecido antes da fundação do mundo e que foi instituído nesta Terra antes que a morte nela entrasse. Adão e Eva foram entregues um ao outro por Deus no Jardim do Éden antes da Queda.

A escritura diz: “No dia em que Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez. Homem e mulher os criou; e os abençoou(…)”. (Gênesis 5:1–2) (grifo do autor) Os profetas têm ensinado de maneira invariável que o elemento mais perfeito e culminante do grande plano de Deus para abençoar Seus filhos é o casamento eterno.

O Presidente Ezra Taft Benson declarou: “A fidelidade ao convênio do casamento traz a mais plena alegria nesta vida, e recompensas gloriosas na vida futura”. (The Teachings of Ezra Taft Benson [1988], pp. 533-534).

O Presidente Howard W. Hunter descreveu o casamento celestial como “a suprema ordenança do evangelho”, e esclareceu que apesar de poder levar “muito mais tempo [para alguns], talvez até além desta vida mortal”, ele não será negado a nenhum indivíduo digno. (Teachings of Howard W. Hunter, ed. Clyde J. Williams [1997], pp. 132, 140).

O Presidente Gordon B. Hinckley chamou o casamento eterno de “uma coisa maravilhosa” (ver “O Que Deus Ajuntou”, A Liahona, julho de 1991, p. 80) e uma “dádiva mais preciosa que todas as outras”. (“O Casamento que Perdura”, A Liahona, novembro de 1974, p. 49)…”(Elder F. Burton HOWARD. Casamento Eterno. http://www.lds.org/conference/talk/display/0,5232,49-2-354-32,00.html Acesso em 01 mar.2004).

– Por fim, outro ensinamento totalmente divorciado da realidade bíblica é a que é defendida pelo espiritismo kardecista.

Em seu Evangelho segundo o Espiritismo, Alan Kardec defende a idéia de que a família nada mais seria do que um ambiente que propiciaria a espíritos meios de adiantamento e de atraso na sua caminhada em direção à luz.

Segundo os espíritas, dentro desta finalidade da família, não se pode compreender que não se creia na reencarnação, pois seriam necessárias diversas vidas para que os espíritos, que se aproximam por afeições e que, por isso, vivem formando famílias ao longo de suas supostas sucessivas existências, a fim de que obtenham o êxito em sua peregrinação pelo aperfeiçoamento.

– Kardec chega, mesmo, a dizer que sua doutrina é superior à “doutrina da Igreja” porque seria o único pensamento que daria razão à eternidade dos laços familiares.

Ora, é precisamente por isso que não podemos aceitar a doutrina espírita kardecista, pois ela mesma admite que sua aceitação dá um sentido, uma finalidade aos laços de família que não é o propósito estabelecido por Deus e confirmado por Jesus.

A família não existe para criar um ambiente propício para que o homem possa alcançar, por seus próprios méritos, a salvação de sua alma, o que é impossível ao homem conseguir, mas tem um propósito estabelecido tão somente para esta dimensão terrena.

OBS: Vale a pena transcrever o trecho de Kardec a respeito, no qual o próprio criador do espiritismo kardecista mostra que sua doutrina não pode ser aceita, já que, para tanto, se teria de alterar o propósito bíblico estabelecido para a família: “…23.

Em resumo, quatro alternativas se apresentam ao homem para seu futuro de além-túmulo:

primeira, o nada, de acordo com a doutrina materialista;

Segunda, a absorção no todo universal, de acordo com a doutrina panteísta;

terceira, a individualidade com a fixação definitiva de sua sorte, segundo a doutrina da Igreja; e 

Quarta, a individualidade com progresso indefinido, segundo a Doutrina Espírita.

De acordo com as duas primeiras, os laços de família se rompem depois da morte e não há nenhuma esperança de reencontro;

com a terceira, há a chance de se rever, contanto que se esteja no mesmo meio, esse meio pode ser tanto o inferno como o paraíso;

com a pluralidade das existências, que é inseparável da progressão gradual, há a certeza na continuidade das relações entre aqueles que se amaram, e está aí o que se constitui a verdadeira família.…”(O  Evangelho segundo o Espiritismo. Ide Editora. 296.ed., p.67).

Percebe-se, aqui, aliás, que o Espiritismo procura apresentar-se como um defensor da “verdadeira família”, tudo para justificar a ação dos chamados “espíritos familiares”, que é uma das marcas registradas deste movimento e cuja atuação é abominada pela Palavra de Deus desde a Antiguidade (Is.8:19).

– Entendida a finalidade da família e sua circunscrição a esta dimensão terrena de nossa vida, podemos, então, estabelecer quais seriam as funções da família, qual o seu papel diante da sociedade e de cada ser humano, segundo o propósito estabelecido por Deus.

– A primeira função da família é, conforme observamos na própria Palavra de Deus, a de propiciar a perpetuação da espécie humana.

A Bíblia diz que o ser humano foi feito macho e fêmea (Gn.1:27), para que houvesse a frutificação e multiplicação do gênero humano (Gn.1:28).

Assim, a primeira função da família é permitir a reprodução da espécie, para que se cumpra o propósito divino para o homem. Tal afirmação bíblica é acolhida, sem restrições pela sociologia. Como afirmam os renomados sociólogos norte-americanos Paulo Horton e Chester Hunt,

“…cada sociedade depende principalmente da família para a produção de filhos. Teoricamente, são possíveis outros arranjos, e muitas sociedades têm sistemas para a aceitação de crianças produzidas fora de um relacionamento matrimonial. Porém, nenhuma estabeleceu um conjunto de normas para o suprimento de filhos, exceto como parte de uma família.” (Sociologia, p.170-1).

– Assim, em dias de profundo desprezo pela instituição do casamento, que é o meio legítimo para a constituição de uma família, tiveram os legisladores e juristas de estender o conceito de família, a fim de poder abrigar os filhos decorrentes de relacionamentos amorosos que têm surgido nestes nossos dias trabalhosos, tudo porque não se consegue conceber como se pode propagar a espécie senão num ambiente familiar.

OBS: Disto não escapou sequer o Brasil que, na Constituição de 1988, teve de criar duas novas espécies de família para que se impedisse a desproteção dos filhos.

Assim é que reconheceu como sendo família não só a oriunda da união estável entre homem e mulher, sem casamento, como também a comunidade formada por um dos pais e seus descendentes(artigo 226 da Constituição da República). Aliás, na lei que criou a renda mínima, também se alargou o conceito de família.

– A segunda função da família é a de regrar o relacionamento íntimo e sexual entre homem e mulher.

A frutificação e a multiplicação não se fariam desordenadamente, a exemplo do que ocorre com a maior parte das espécies animais irracionais, mas o homem e a mulher, para poder se reproduzir e cumprir o desígnio divino, teriam de constituir solenemente a família, através do casamento (Gn.2:23,24).

Como afirmam os já mencionados sociólogos Horton e Hunt: “…a família é a principal instituição através da qual as sociedades organizam e regulam a satisfação dos desejos sexuais…todas as sociedades esperam que a maioria dos contatos sexuais ocorra entre pessoas que suas normas institucionais definem como tendo acesso legítima uma
à outra…nenhuma sociedade é inteiramente promíscua.”(op.cit., p.170).

– A história demonstra que onde a sociedade deixou de ter a família como o ambiente adequado para o relacionamento sexual, gerando, por conseguinte, a disseminação da imoralidade sexual e da prostituição, a civilização simplesmente desmoronou, a sociedade deixou de existir como tal.

São exemplos bíblicos do que estamos a dizer a geração dos dias de Noé, a geração dos dias de Ló nas chamadas cidades da planície (Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim), bem como o reino do norte, isto é, o reino de Israel nos dias do profeta Oséias.

– A terceira função da família é a chamada função de socialização, ou seja, a família é o meio pelo qual o ser humano é inserido na vida em sociedade.

É na família que o homem aprende as regras e a forma de convivência com os seus semelhantes e com o próprio Deus.

Ao estabelecer que o homem deveria frutificar e multiplicar-se sobre a face da Terra, Deus afirmou que isto deveria ser feito para que os homens pudessem sujeitar a criação terrena (Gn.1:28).

– Ora, ao dizer que a frutificação e a multiplicação antecederiam ao domínio, Deus, implicitamente, estava afirmando que os filhos, resultado desta frutificação e multiplicação, deveriam ser conscientizados de que o homem havia sido criado para dominar a criação na Terra.

– Esta informação, esta conscientização, que nada mais é senão a “educação” (palavra latina que significa orientação, direção, condução para um determinado lugar), é, portanto, uma das tarefas primordiais da família.

Esta função educadora da família, que, no ato da criação, foi apenas implicitamente indicada nas Escrituras, foi explicitamente considerada pelo Senhor na dispensação da lei, quando Moisés determinou que os pais nunca deixassem de instruir e de ensinar seus filhos os mandamentos dados por Deus a Israel (Dt.6:6-9), algo que, posteriormente, foi relembrado em forma poética pelo salmista (Sl.78:1-8).

– A quarta função da família é a chamada função afetiva, ou seja, a família é o local estabelecido por Deus para que o homem e a mulher não se sintam sós, mas possam se complementar, possam alcançar satisfação e prazer.

Diz-nos as Escrituras que foi para retirar este sentimento de solidão que se abateu sobre Adão após a nomeação dos animais que Deus criou a mulher e, em seguida, a instituição familiar.

A família é o lugar em que o homem e a mulher se sentem realizados do ponto-de-vista humano, em que se satisfazem todos os sentimentos e emoções que vêm da própria alma. O homem é um ser social, não foi feito para viver sozinho e, somente na família, esta necessidade é suprida.

– Como afirmou, com muita propriedade, a Constituição “Gaudium et Spes”, documento do Concílio Vaticano II, que foi a reunião que estabeleceu os atuais parâmetros da doutrina da Igreja Romana, …Deus não criou o homem solitário.

Desde o início, ‘ Deus os criou varão e mulher’ (Gn.1,27). Esta união constituiu a primeira forma de comunhão de pessoas.

O homem é, com efeito, por sua natureza íntima, um ser social. Sem relações com os outros, não pode nem viver nem desenvolver seus dores. Deus, portanto, como lemos novamente na Escritura Sagrada, viu ‘ serem muito boas todas as coisas que fizera’ (Gn.1,31).” (Gaudium et Spes, nº 12.In: Compêndio do Vaticano II. Ed. Vozes, p.154-5).

– Horton e Hunt afirmam que “…seja o que for que as pessoas precisam, uma delas é a resposta humana íntima.

A opinião psiquiátrica sustenta que provavelmente a maior causa isolada de dificuldades emocionais, problemas de comportamento e até de moléstia física é a falta de amor, isto é, a falta de um relacionamento cálido e afetuoso com um pequeno círculo de pessoas íntimas…”(Sociologia, p.171).

O conteúdo afetivo da família está demonstrado nas Escrituras quando se afirma que, na constituição da família, o homem deverá deixar seu pai e sua mãe e se apegar à sua mulher (Gn.2:24).

São dois gestos de forte teor emocional e sentimental: deve-se deixar pai e mãe, ou seja, existe um vínculo, existe algo que prendia o homem à sua família, e, ao mesmo tempo, deve-se apegar à sua mulher, isto é, deve-se criar um vínculo, um “cordão de três dobras” no novo casal (Ec.4:12).

A existência deste relacionamento afetivo na família é tão característico que, para figurar o Seu relacionamento amoroso com o homem, Deus não usará outro símbolo senão o da própria família, pondo-se como Pai e Seu Filho como Noivo da Igreja.

OBS: A presença do afeto na família é tão peculiar a este grupo social que, na atualidade, em meio à própria descaracterização da família frente aos princípios bíblicos, que os juristas têm, cada vez mais, considerado que o que identifica uma família nos nossos dias é, precisamente, a existência da “afeição” entre os integrantes de um núcleo familiar.

Neste sentido, aliás, vale a pena aqui reproduzir o pronunciamento do pastor batista Gilson Bifano na 84ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira, realizada em 2003:

“…Que é uma família? Não podemos continuar aceitando a definição clássica de família como sendo tão somente quando vivem sob um mesmo teto um casal e um ou mais filhos.

Temos, como igreja, de rever nosso conceito de família, ampliar nossa visão e pensar nos vários tipos de família. Temos em nossas igrejas: – famílias conjugais.

São aqueles casais sem filhos ainda ou que não tiveram filhos; temos famílias nucleares, compostas de pai, mãe e filhos;

– temos famílias unipessoais (onde só uma pessoa mora numa casa, podendo ser um solteiro, uma viúva, ou uma divorciada).

– temos as famílias monoparenterais quando há somente a presença de um dos pais e a família ampliada ou extensa.

Quando nós, como igrejas, pensarmos nessa amplitude, teremos melhores condições de ajudar as famílias a serem a realização do plano de Deus para a sociedade.

Na Bíblia, encontramos exemplos de vários de tipos de família. – famílias monoparentais, como é o caso de Agar e Ismael, depois de serem expulsos por Sara.

– família de solteiros, como parece: Marta, Maria e Lázaro. Também no Novo Testamento, encontramos a família nuclear formada por José, Maria, Jesus e seus irmãos.

Temos exemplo de uma família conjugal, um casal que aparentemente não teve filhos, como é o caso de Áquila e Priscila.

Vemos também no Novo Testamento o caso de Pedro, que possivelmente tinha a sua sogra por perto, e é exemplo de uma família ampliada. Uma pastoral ou um ministério com famílias não deve ter como alvo somente os casais da igreja.…” (BIFANO, Gilson. A família e os desafios de um novo tempo. http://www.clickfamilia.org.br/familia/index_lista_resultado.asp?ID=620 Acesso em 05 mar.2004).

Neste ponto, aliás, oportuno registrar o que diz a Declaração de Fé das Assembleias de Deus a este respeito: “…Reconhecemos preservada a família quando, na ausência do pai e da mãe, os filhos permanecerem sob os cuidados de parentes próximos [Et.2:7,15; I Tm.5:16].…” (DFAD XXIV, p.203).

– A quinta função da família é a função protetora. Como ensinam Horton e Hunt, “…em todas as sociedades, a família oferece um certo grau de proteção física, econômica e psicológica a seus membros…” (op. cit., p.172).

É na família que nós encontramos proteção, ou seja, na família, nós temos um “lar”, um local onde somos acolhidos e desfrutamos de liberdade, um lugar onde está a nossa privacidade e intimidade.

Nos povos pagãos, era no ambiente familiar que se invocava a proteção das divindades dos antepassados, os chamados “deuses lares”.

– Este ambiente de intimidade e de privacidade peculiares à família é a razão e fundamento de vários dispositivos legais adotados pelos povos civilizados, como as garantias da inviolabilidade do domicílio (ninguém pode penetrar na casa de alguém, mesmo que tenha ordem judicial para tanto, durante a noite) e do segredo de justiça que envolve as disputas forenses relativas a causas familiares.

– Deus sempre tratou a família com integral respeito relativo a esta intimidade, algo que, lamentavelmente, não tem sido observado em algumas igrejas locais.

A família é inviolável, é o espaço criado por Deus para que as pessoas desfrutassem de sua intimidade e privacidade.

Em várias ocasiões, vemos o Senhor determinando este respeito, como, por exemplo, no episódio da Páscoa, em que as famílias deveriam ficar em suas residências, somente se permitindo que famílias pequenas se reunissem (Ex.12:3,4), ou, então, no milagre da ressurreição da filha de Jairo, quando se permitiu apenas que o núcleo familiar estivesse com Jesus e Seus discípulos mais íntimos (Lc.9:51).

O lar é um ambiente de proteção, de intimidade, resultado da vida de afeto que se estabelece entre os cônjuges e entre os cônjuges e seus filhos.

Mais uma vez, a família é usada como figura do relacionamento entre Deus e o homem, quando, no sermão do monte, Jesus afirma que devemos orar a Deus como nosso Pai e, portanto, num ambiente de intimidade (Mt.6:6).

– A sexta função da família é a função econômica. Horton e Hunt, com propriedade, afirmam que “…a família é a unidade econômica básica na maioria das sociedades primitivas…”(op.cit., p.172).

Ainda que, na nossa sociedade atual, esta função econômica tenha perdido, consideravelmente, sua importância, vez que “.exceto na fazenda, a família já não é mais a unidade básica de produção econômica…tornou-se, na verdade, uma unidade de consumo econômico, fundada no companheirismo, afeição e recreação.…”(op.cit., p.176), o fato é que a subsistência da chamada “população economicamente inativa” (crianças, inválidos, idosos sem condições de trabalhar, desempregados crônicos etc.) continua sendo uma tarefa da instituição familiar, mormente em países subdesenvolvidos, como é o caso do Brasil, em que a infraestrutura de assistência social é , ainda, sofrível.

-Tanto assim é que a nossa Constituição comete, primordialmente, à família a tarefa de sustento das pessoas que não têm condições de trabalhar e de se sustentar (artigo 203 da Constituição da República:

“A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente da contribuição à seguridade social e tem por objetivos:…….V – a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não ter meios de prover á própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.” – grifo nosso).

– A função econômica da família foi estabelecida por Deus logo após a bênção que deu ao primeiro casal, ao determinar que a natureza estava à sua disposição para obterem o necessário mantimento (Gnm.1:29,30), mantimento este que passou a ser obtido com dificuldade e de forma penosa, depois do pecado do homem (Gn.3:17-19).

O cuidado que se deve Ter no sustento dos integrantes da família é algo que deve sempre estar na mente dos verdadeiros e autênticos crentes, porquanto foi o que se observou na vida de Jesus e de Sua família terrena (Mt.13:55; Mc.6:3).

– A sétima função da família é a função de “status”, ou seja, é através da família que o ser humano obtém a sua primeira posição na sociedade, posição esta que pode ser alterada, mas jamais alguém deixa de ocupar o lugar que lhe dá a estrutura social pelo fato de pertencer a uma determinada família.

Deus, ao estabelecer a família, determinou que seria através dela que o homem ocuparia a sua posição de dominador sobre a criação na Terra.

Também, ao estabelecer as regras que regeriam o povo de Israel, teve o cuidado de nunca permitir que as famílias e , consequentemente, as tribos de Seu povo se descaracterizassem e se misturassem entre si (Nm.27:1-11), tendo, também, sido proibido o aparentamento com os estrangeiros descompromissados com a lei do Senhor (Dt.7:1-4; Ed.9,10).

A família deve manter a sua posição diante de Deus, temos de servir a Deus e levar nossa família a também fazê-lo, para que, em nossas vidas, seja uma realidade a afirmação de Josué: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js.24:15 “in fine”).

II – OS DEVERES DA FAMÍLIA

– A palavra “família” vem do latim “familia”, cujo sentido é “reunião de servos”, “conjunto dos que servem”, o que bem demonstra qual era o significado principal de família em Roma, ou seja, o conjunto das pessoas que estavam sob a autoridade do “paterfamilias”.

– Esta expressão latina, porém, tem a vantagem de nos fazer lembrar que a família foi criada por Deus e, portanto, toda família tem de seguir o modelo imprimido pelo seu Criador, que é o Senhor dos céus e da terra.

A “família” deve ser, portanto, o lugar onde se reúnem os servos, onde estão aqueles que devem servir a Deus, o Senhor de todas as coisas (Sl.24:1).

– Por isso, não se pode fugir ao modelo bíblico da família, que é o modelo estatuído pelo Senhor, pois só assim o homem encontrará o cumprimento de seu propósito, atingirá a plenitude da sua existência.

– Assim, a família é o local propício para a manifestação de Deus, para a comunhão entre Deus e os homens, daí porque dizermos que se trata do “altar de Deus”, visto que o “altar” é um local onde se cultua a Deus, um local geralmente elevado, destacado dos demais, onde se quer adorar ao Senhor.

– A família deve, pois, ser este lugar diferenciado, um tanto quanto separado do restante (daí a necessidade já vista da proteção e da intimidade), onde se possa ter adoração ao Senhor, onde se deva buscar não só servir ao Senhor, mas manter com Ele uma íntima comunhão e cumprir o propósito divino proposto ao homem.

– Por isso, não podemos nos esquecer que, na qualidade de servos de Deus, temos, na vida familiar, alguns deveres a cumprir, algumas tarefas a desempenhar, para que o propósito divino se realize em nossas famílias, em nossas casas.

– Esta dimensão do dever, que se perde nos dias de hoje, em que há uma exaltação do homem e um discurso e mentalidade de independência em relação a Deus, não pode ser esquecida entre os que cristãos se dizem ser, pois, o fato de sermos chamados “amigos de Cristo”, não elimina o fato de que só somos Seus amigos porque fazemos o que Ele manda, ou seja, porque somos servos obedientes (Jo.15:14-16).

– O primeiro dever da família é o da formação de uma comunidade de pessoas. Por ser a célula vital da sociedade, a família é o local onde as pessoas devem aprender a viver em comunhão, é o lugar onde se deve ensinar a solidariedade, a fraternidade, o amor ao próximo e o amor a Deus.

– Na família, aprendemos que o homem não vive só e que depende do próximo, pois é no ambiente familiar que, carentes de tudo e de todos, passamos a nos formar e a adquirir, paulatinamente, uma independência que jamais será total a ponto de dispensarmos a companhia dos outros.

– Na família, pois, temos a “noção do outro”, o que é primordial para que saibamos não só nos relacionarmos com os demais seres humanos, mas, principalmente, com o nosso Deus.

– Por isso, é extremamente prejudicial ao convívio familiar o individualismo dominante nos dias hodiernos, individualismo este que compõe o caráter dos homens dos nossos dias, dias imediatamente anteriores ao arrebatamento da Igreja (II Tm.3:1-4).

– O individualismo tem tomado conta das famílias, que não passam, hoje em dia, de reunião de pessoas em que cada uma tem sua vida própria, em que raramente há diálogo ou troca de experiências.

Tais circunstâncias geram graves consequências, pois, em não havendo comunicação entre os familiares, não haverá comunhão e, por conseguinte, dentro de sua necessidade de ter preenchida a sua solidão, o homem vai em busca de outros relacionamentos, de outros grupos sociais, que jamais podem substituir a família e, quase sempre, conduzem o homem a duras situações neste mundo e, o que é pior, à perdição eterna.

– O segundo dever da família é o serviço à vida. Como a família tem a função de perpetuar a espécie humana e de formar os seres humanos para a vida em sociedade, é o local onde se deve preservar a vida humana, onde a vida deve ter a máxima consideração e dignidade.

– Não existe outro local mais apropriado para se defender a vida que na família, motivo pelo qual é com imensa tristeza que temos visto a família ser utilizada como baluarte da verdadeira “cultura de morte” que tem predominado no mundo.

– Nos dias em que vivemos, muitas famílias têm sido formadas sob o signo da não-procriação, os chamados “dinks” (“double income, no kids” – renda dobrada, nenhum filho), numa mentalidade perversa que tem em vista tão somente o bem-estar próprio e egoísta.

– Não negamos ao homem e à mulher a possibilidade de fazer um planejamento familiar, pois Deus nos fez com capacidade de raciocínio e, portanto, planejar é algo que não é em si pecaminoso, mas jamais o planejamento de uma família pode partir do pressuposto de não haver filhos, pois é esta postura absolutamente contrária à vontade divina expressa na Bíblia Sagrada.

– Também não se pode compactuar, na vida familiar, com circunstâncias adversas à vida, como a opção pelo aborto, mesmo que como risco (a utilização de certos meios contraceptivos que podem ser abortivos como “a pílula do dia seguinte” ou certas espécies de DIU), ou a completa omissão na formação moral e espiritual dos filhos, delegando-os a terceiros, muitas vezes descompromissados com a Palavra de Deus.

Vida não envolve apenas o aspecto biológico, mas, também, a própria construção de uma comunhão com Deus.

– É com tristeza que verificamos que, nos dias de hoje, muitos pais que cristãos se dizem ser têm, a exemplo dos israelitas no passado, levado seus filhos a sacrifício a Moloque (Lv.2-:2-5; Jr.32:35), queimando-os no fogo da doutrinação maligna da mídia e do mundo, omitindo-se completamente em dar a instrução espiritual e bíblica de que os filhos tanto necessitam nestes dias tão maus.

– O terceiro dever da família é a participação no desenvolvimento da sociedade. A família, como célula vital da sociedade, é o grupo que dá elementos para os demais grupos sociais. Uma família em comunhão com Deus colaborará para a formação de grupos sociais igualmente vinculados ao Senhor; uma família degenerada e doente contribuirá para a construção de grupos sociais degenerados e doentes.

– Como ensina o pastor Samuel Nyström (1891-1960), um dos missionários suecos que serviram às Assembleias de Deus no Brasil e primeiro presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus:

“…O lar é um pequeno domínio, e o lar cristão é um domínio onde Cristo reina (…).

Pais que provocam a ira de seus filhos, perdem o domínio sobre estes e os impedem de se tornarem bons cidadãos, tanto neste mundo, como no vindouro…” (O lar cristão – Lição XII das Lições Bíblicas, 23 dez.1934. In: Coleção Lições Bíblicas, v.1, p.142).

– Sem famílias fortes, nunca teremos sociedades fortes. Por isso, não podem as famílias permitir a invasão de seu ambiente peculiar.

A família tem, sim, de ter proteção especial do Estado, como afirma a Constituição da República Federativa do Brasil, mas jamais o Estado poderá invadir a área de competência exclusiva da família. Afinal de contas, é a família que forma a sociedade e não, o inverso.

– O individualismo preponderante e a falta de amor entre os familiares têm feito com que o Estado, no afã de resolver diversos problemas causados pela desintegração familiar, venha a querer tomar conta das famílias, a impor políticas e condutas no ambiente privado das famílias e o resultado disto é ainda maior desintegração familiar.

– Assim, em vez do ambiente de partilha e fraternidade das famílias contagiar a sociedade, o que temos visto é o ambiente de competição, luta e individualismo da sociedade impregnar a vida das famílias.

As relações familiares passam a ser pautadas pelo raciocínio frio e calculista do custo/benefício e a dimensão do “ter” está acima da do “ser”.

As relações familiares passam a ser tão mercantis quanto as relações na sociedade e, como resultado disto, a família é profanada e tornada mais um lugar onde se buscar o prazer desmedido, a satisfação dos interesses próprios, a obtenção de vantagens materiais.

– Perdem, assim, as famílias a força que deveriam ter para levar à sociedade a solidariedade, a fraternidade e o amor como molas propulsoras dos relacionamentos, com evidente prejuízo a atividades assistenciais, sem falar na resistência política à própria invasão do Estado na vida familiar.

– O quarto dever da família é a participação na vida e na missão da Igreja, pois, dentre os grupos sociais formados pela família, tem a Igreja um papel primordial, pois a Igreja nada mais é que uma reunião de famílias.

– Sendo o “altar de Deus”, a família tem um papel primordial para que a Igreja cumpra a sua tarefa de evangelização dos povos e de edificação espiritual dos salvos.

– Não nos esqueçamos de que o próprio Jesus, que é o nosso exemplo ( I Pe.2:21), em meio à Sua agonia na cruz, na qual estava a cumprir a vontade do Pai e salvar toda a humanidade, tratou de dar o devido amparo à Sua mãe (Jo.19:25-27), tendo, também, antes de ascender aos céus, cuidado da conversão de Seus incrédulos irmãos biológicos (I Co.15:7 combinado com Mt.13:55,56; Mc.6:3; Jo.7:5 e At.1:14).

– Como poderemos evangelizar se nossas famílias forem a negação de tudo quanto reflete a mensagem do Evangelho? Aliás, é o apóstolo Paulo quem nos afirma que quem, em sua vida familiar, nega a verdade bíblica, é pior que o infiel (I Tm.5:8).

– Como poderemos edificar uns aos outros no seio da igreja local, se nossas famílias, onde convivemos, são doentes e estão desmoronadas? Como temos fervor em nossa igreja local, se nossas famílias são verdadeiros “altares de Baal” (cf. Jz.6:25)?

– A apostasia que presenciamos em nossos dias tem seu ponto de partida nos lares dos que cristãos se dizem ser.

Ali, a exemplo do que ocorria com os judaítas nos dias de Jeremias (Jr.19:13), agrada-se a outros deuses e não ao Senhor, pois se vive segundo os moldes do mundo, tudo tem seu espaço e vez, menos o culto doméstico ao Senhor, completamente desaparecido do cotidiano de grande parte das famílias.

– Sem famílias espiritualmente vigorosas, não se poderá ter uma Igreja forte e capaz de executar as suas tarefas. Lembremos disto, pois, caso contrário, fracassaremos em nossa vida espiritual.

III – AS IDEOLOGIAS CONTRÁRIAS À FAMÍLIA

– Desde o início da história da humanidade, o inimigo de nossas almas tem procurado desfigurar o modelo divino de família, pois sabe que a família constituída segundo os padrões do Criador é uma poderosa arma para ensinar ao homem o caminho da comunhão, do amor e da vida, algo que, efetivamente, o adversário não quer que fique enraizado no coração do homem, mesmo sendo o homem dotado de natureza pecaminosa.

– Por isso, já na civilização caimita, a família foi desprezada, tanto que Lameque, da quinta geração da descendência de Caim, instituiu a bigamia (Gn.4:19), em clara afronta ao princípio divino da família monogâmica, além de trazer para o seio da família a violência, ao mostrar a suas mulheres o seu caráter violento, em tom de ameaça e de instituição da força física como critério para o relacionamento conjugal (Gn.4:23).

– Tem-se, então, a negação total dos princípios divinos para a família, com a desconsideração do casamento monogâmico, do amor e do autossacrifício como critérios de relacionamento, tanto que, naqueles dias, as famílias foram completamente desestruturadas, com o desprezo completo do casamento e o uso da violência e da concupiscência como critérios para estabelecimento de relacionamentos (Gn.6:2,4,5).

– É precisamente isto que vemos em nossos dias, como, aliás, já nos alertara o Senhor Jesus (Mt.24:37,38).

Atualmente, temos uma total desconsideração pela figura do casamento e a defesa do instinto sexual como o motor para o estabelecimento de relacionamentos, com uma intensidade da violência doméstica.

– O que se nota, aliás, é a tônica do individualismo, algo que tem trazido enormes malefícios aos relacionamentos familiares, que devem ser pautados pelo altruísmo, pelo amor ao próximo, não pelo amor a si mesmo, pelo egoísmo, como tem sido a tônica trazida pelo “espírito do anticristo”, pelos ensinos que têm sua origem em Satanás.

– Hoje se defende que “a pessoa tem de ser feliz” e, por isso, deve viver como bem entender, sem levar em consideração ninguém. Assim, se conviver com uma pessoa sob o mesmo teto lhe traz realizações, que siga convivendo.

Se, entretanto, aquela outra pessoa, e os filhos que porventura tiver com ela, forem obstáculos a seus “sonhos” e projetos, não há motivo algum para continuar a convivência. “Casam-se e dão-se em casamento”, eis o “modus vivendi” atual.

– Este pensamento, antiquíssimo, ganhou nova roupagem com o surgimento do movimento comunista.

Friedrich Engels (1820-1895), amigo e financiador de Karl Marx, em seu livro “A origem da família, da propriedade privada e do Estado” trouxe a ideia de que para que se tivesse uma “nova sociedade”, necessário seria destruir a família, considerada por ele como um “instrumento de dominação”, como uma “fonte de desigualdade”.

– Tal ideia desenvolveu-se entre os comunistas até se chegar à concepção de que somente se poderia fazer a “revolução” se se destruíssem os “valores morais burgueses”, entre os quais a família tal como constituída segundo os ditames bíblicos.

Por isso, todo o movimento de “liberação sexual”, que teve sua origem no pensamento da chamada “Escola de Frankfurt”, um grupo de pensadores marxistas que entendeu que se deveria fazer a “revolução” a partir da alteração dos valores nas sociedades cristãs.

– Surge, então, o “feminismo”, que defendia a “emancipação da mulher”, a mudança do papel bíblico dado à mulher, com o nítido propósito de retirar da mulher o papel de “mãe”, o que traria enormes consequências na própria formação das crianças no seio familiar.

– Neste ponto, aliás, verdade seja dita, desde o filósofo grego Platão (428/427 – 348/347 a.C.), que tinha a ideia de uma sociedade completamente controlada pelo Estado, que se entendia que a família era um obstáculo a qualquer governo que se pretendesse única fonte da educação do povo.

– Tem-se, hoje, a nítida ideia de que a educação não deve ser realizada no ambiente familiar, mas, sim, pelo Estado.

Com mulheres inseridas no mercado de trabalho, não lhes sobra tempo para educar seus filhos e, então, quem o faz é o Estado, através das escolas, do sistema educacional, onde são imprimidos valores que sejam condizentes com o controle social, não com a formação da pessoa.

– Infelizmente, este tipo de pensamento tem penetrado fortemente, inclusive entre os que cristãos se dizem ser. Já se pensa que quem deve ensinar as crianças a viver não são os pais, mas, sim, o Estado e, em assuntos religiosos, a Igreja, numa total subversão do modelo bíblico.

– Esta situação, inclusive, faz com que as famílias não cumpram o seu principal papel, que é o de promover a comunhão e a sociabilidade. Hoje, os familiares ficam pouquíssimo tempo juntos, não compartilham mais as suas vidas.

Isto faz com que haja o desenvolvimento de um individualismo que, como já vimos, é um comportamento avesso à constituição de famílias.

– Sem um ambiente familiar, as pessoas são mal formadas, não aprendem a conviver e, naturalmente, não formarão novas famílias, e o resultado disto é a balbúrdia que estamos a viver atualmente, com uma confusão imensa e situações de total desestruturação familiar, que fazem com que milhares e milhares de pessoas não tenham a menor condição de atingirem, do ponto de vista psicológico, sentimental e espiritual, os propósitos estabelecidos pelo Senhor para o ser humano na face da Terra.

– Como se não bastasse isso, temos ainda o surgimento da “ideologia de gênero”, que é um aprofundamento do “feminismo”.

– A “mãe” da “ideologia de gênero” é a filósofa norte-americana Judith Butler (1956- ), que defendeu a ideia de que

“… gênero absorve totalmente o sexo e cada um pode decidir que coisa quer ser em uma gama que já não prevê apenas duas possibilidades – homem ou mulher –, mas três, cinco, cinquenta ou infinitas.…” (apud INTROVIGNE, Massimo. Trad. de Equipe Padre Paulo Ricardo. As origens sombrias da ideologia de gênero. Disponível em: https://padrepauloricardo.org/blog/esoterismo-racismo-e-discriminacao-as-origens-da-agenda-de-genero Acesso em 08 fev. 2018).

– Segundo a “ideologia de gênero”, o ser humano nasce “sexualmente neutro” e, ao longo de sua vida, é que vai “construindo” a sua “identidade de gênero”, identidade esta que não ficaria reservada a duas possibilidades, homem ou mulher, mas que poderia assumir infinitas configurações, pois cada ser humano seria livre para construir a sua própria identidade, não podendo se conformar a modelos estabelecidos pelas “classes sociais dominantes”.

– Vê-se, claramente, nesta teoria a negação da realidade biológica de que há homens e mulheres, como também um inconformismo com a verdade bíblica de que esta conformação de homem ou de mulher independe da vontade humana mas é algo estatuído por Deus quando de nossa criação.

– É extremamente interessante que esta “teoria do gênero” tenha sido chamada de “ideologia de gênero”, porquanto quando se fala que se está diante de uma “ideologia”, tem-se uma feliz constatação, porquanto a “ideologia”, como ensina o filósofo brasileiro Olavo de Carvalho,

“…é um discurso que não compreende a realidade, mas motiva os homens a substituir uma realidade que compreenderam mal por outra da qual não vão compreender nada.…” (BRASIL, Felipe Moura (org.). O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota, p.408).

– Quando se fala de “ideologia”, tem-se um discurso que está completamente desvinculado da realidade e é precisamente isto que faz a chamada “teoria do gênero”, que simplesmente desconsidera que homem e mulher já nascem homem e mulher, têm estrutura biológico-psíquica diferente e não podem ser considerados “neutros”, nem escolher, ao longo de seu desenvolvimento, o “gênero” que desejam.

– Mas, além desta nítida influência do “materialismo histórico”, que é ateísta, tem-se também uma outra origem para a “ideologia de gênero” no pensamento da sexóloga norte-americana Margaret Sanger (1879-1966), ligada à Sociedade Teosófica, que é a principal organização do movimento “Nova Era”, um dos principais movimentos que tem procurado disseminar o “espírito do anticristo” em nosso tempo.

Para ela, a diferença de sexos entre homens e mulheres era algo mau e que deveria ser “fruto de evolução”, daí porque ter defendido, ao longo da vida, o uso de anticoncepcionais pelas mulheres para “libertá-las do papel de mãe”, como também defender que os homens também fossem “livres” para escolher o seu gênero.

– O esotérico (e satanista) Aleister Corwley (1875-1947) defendia, também, a ideia de que se estava na época da “superação” do “masculino” e do “feminino”, com o desenvolvimento do “Aeon de Hórus”,

“…a época do deus Interior, na qual se cultua a individuação (não o individualismo), nos aspectos hermafroditas, equilibrando o masculino e o feminino. O ser humano evolui até a maturidade, não necessitando mais de divindades externas, tornando-se ele próprio seu deus e redentor.…” (Thelema, In: WIKIPEDIA. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Thelema Acesso em 08 fev. 2018).

– Bem se vê, portanto, que toda a “ideologia de gênero” está fincada em pensamentos anticristãos e de nítida rebelião contra o Senhor e a Sua doutrina, querendo contradizer o que é cristalinamente indicado nas Escrituras, ou seja, que o ser humano é criado ou homem, ou mulher, algo que vemos claramente na realidade que está diante de nossos olhos.

– “…”Os proponentes desta ideologia querem afirmar que as diferenças entre o homem e a mulher, fora as óbvias diferenças anatômicas, não correspondem a uma natureza fixa que torne alguns seres humanos homens e, a outros, mulheres.

Pensam, além disso, que as diferenças de pensar, agir e valorizar a si mesmos são produto da cultura de um país e de uma época determinadas, que atribui a cada grupo de pessoas uma série de características que se explicam pelas conveniências das estruturas sociais de certa sociedade.

Querem se rebelar contra isto e deixar à liberdade de cada um o tipo de ‘gênero’ a que quer pertencer, todos igualmente válidos.

Isto faz com que homens e mulheres heterossexuais, homossexuais, lésbicas e bissexuais sejam apenas modos de comportamento sexual produto da escolha de cada pessoa, liberdade que todos os demais devem respeitar”, explica o documento A ideologia de gênero: seus perigos e alcances, publicado em 1998 pela Conferência Episcopal Peruana, um dos mais completos textos sobre o assunto.…” (MEIRA, Leonardo. Ideologia de gênero: saiba mais e conheça riscos para a sociedade. Disponível em: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=281960 Acesso em 02 jun. 2011) (destaques originais).

– Temos aqui um exemplo eloquente do que o apóstolo Paulo chama de “discursos desvanecedores” e “obscurecimento do coração insensato” (Rm.1:21), que somente têm assento na mente humana por causa da cegueira espiritual decorrente do domínio do maligno sobre o homem sem Deus e sem salvação (II Co.4:4).

– Esta ideologia trouxe ainda mais nefastas consequências para as famílias e, lamentavelmente, já não são poucos os cristãos que passam a crer nestas coisas.

– Que Deus nos ajude a combater estes falsos ensinos e a formar nossas famílias segundo o padrão bíblico.

Pr. Caramuru Afonso Francisco

Fonte: https://www.portalebd.org.br/classes/adultos/7754-licao-6-a-sutileza-das-ideologias-contrarias-a-familia-i

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