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JUVENIS – LIÇÃO 04 – PECADO ORIGINAL?

INTRODUÇÃO

O pecado original de Adão e Eva nos levou a separação de nossa comunhão com Deus.


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Nesta lição estudaremos sobre a definição de pecado, suas formas e consequências, sua origem, examinaremos as etapas da queda do homem, o juízo de Deus e a salvação da humanidade em Cristo Jesus.

  1. DEFINIÇÃO ETIMOLÓGICA PARA O PECADO

Com origem na palavra grega “armatia”, podemos definir pecado como um fracasso ou erro de um alvo pretendido, ou seja, o pecado é o desvio no sentido de se alcançar um objetivo padrão pré-determinado. 

  1. DEFINIÇÃO BÍBLICA PARA O PECADO

De acordo com a Palavra de Deus pecado é a transgressão da Lei.(1 Jo 3:4). A Bíblia Sagrada descreve claramente o pecado como o erro de alvo, falsidade,violação da verdade dos preceitos divinos, revolta, maldade, desobediência, transgressão, ilegalidade, iniquidade e injustiça.

  1. FORMAS DO PECADO

3.1. O PECADO DA COMISSÃO

O pecado da comissão caracteriza-se quando conscientemente violamos deliberadamente o padrão divino da verdade exarada na Bíblia Sagrada, ou seja, sabemos que Deus condena uma prática e mesmo assim a praticamos na plena consciência disto.(Gn 3:1-24)

3.2. O PECADO DA OMISSÃO 

O pecado da omissão caracteriza-se quando deixamos de fazer o que é certo, justo e reto para uma determinada circunstância ou ocasião, principalmente deixando de fazer o bem. (Tg 4:17)

Logo, enquanto o pecado da comissão se evidencia quando “fazemos aquilo que não deveríamos” , o pecado da omissão se evidencia pelo “deixarmos de fazer as coisas que deveríamos fazer” (Mt 25:41-42)

4.CONSEQUÊNCIAS NATURAIS E ESPIRITUAIS DO PECADO 

A morte é a sentença para aquele que pratica o pecado (Rm 6:23a).  

  1. A VISÃO BÍBLICA SOBRE A MORTE

5.1. A MORTE FÍSICA

  1. É a separação entre o corpo e alma (Ec 12:1-7; Ec 3:16-21); ii. O corpo sem o espírito é morto (Tg 2:24-26); iii. A alma fora do corpo significa corpo sem vida, isto é, morto. (Gn 2:7).

5.2. A MORTE ESPIRITUAL

É a separação entre uma pessoa e Deus, onde o ser humano é incapaz de reagir as questões espirituais ou mesmo uma perda total da sensibilidade a tudo o que é de Deus e ao amor a Deus. (Ef 2:15);

5.3. A MORTE ETERNA

É a concretização definitiva da separação entre a pessoa e Deus caracterizando o que a Bíblia Sagrada denomina como a segunda morte. (Ap 21:8) ii. A segunda morte é um período infinito de punição e de separação de um homem da presença de Deus, sendo então a concretização do estado de perdição do indivíduo que estiver espiritualmente morto no momento da morte física. A Bíblia menciona que os salvos em Jesus Cristo não provarão da segunda morte, ou seja, da morte eterna (Ap 20:6)

  1. A ORIGEM DO PECADO

O pecado da desobediência de Adão e Eva ao Senhor, de modo inevitável separou o homem de Deus, e trouxe amargas consequências a toda a criação que até hoje geme.(Rm 8:18-23)  

Todos os homens receberam por herança da desobediência de Adão e Eva a condição de serem pecadores, e de modo análogo, por herança da natureza adâmica querem viver eternamente. Toda a humanidade carece da glória de Deus, ou seja da salvação da morte eterna em Jesus Cristo. (Rm 3:23) 

6.1. TIPIFICAÇÃO DO JARDIM DO ÉDEN COMO SOMBRA DO DEFINITIVO PARAÍSO NO CÉU

Narrativas bíblicas nos oferece a confirmação da existência do paraíso celestial com características peculiares ao terrestre paraíso do Éden, como um lugar de paz e esplendor, um lugar deleitoso, sem fome, sem sede, sem mortes,sem injustiças e lugar de comunhão plena com Deus.(Ap 21:9-27; 22:1-5).

Outros fatos narrados na Bíblia sagrada chancelam a real existência do paraíso celestial quando menciona que Enoque, o sétimo depois de Adão, foi tomado para o céu (Gn 5:21-24),

Elias, o tesbita, foi elevado ao céu (2 Rs 2:9-14), o malfeitor que se arrependeu de seus pecados na cruz ao lado de Jesus Cristo obteve a promessa de ir para o paraíso (Lc 23:39-43), e o apóstolo Paulo, que foi arrebatado ao paraíso, o terceiro céu, lugar da morada do Senhor e de todos os santos, aqueles que creem em Jesus como Salvador e Senhor.(2 Co 12:1-4)

6.2. A ÁRVORE DA VIDA

Deus estabeleceu a árvore da vida bem no meio do jardim do Éden e não proibiu inicialmente, antes da queda de Adão e Eva, que este comesse do fruto desta árvore, porém, a bíblia não revela porque o homem não comeu deste fruto quando teve esta oportunidade livremente.

A árvore da vida no contexto de Gênesis representa a fonte de vida eterna para o homem, que vem exclusivamente de Deus.

Nos demais livros da Bíblia quando há uma clara menção da árvore da vida, infere-se um contexto de desfrutar da graça e do favor de Deus, de ser feliz, de viver em paz e eternamente. Assim é que:

1- Quando o homem acha sabedoria divina e adquire o conhecimento de Deus é feliz de verdade porque alcançou a árvore da vida. (Pv 3:13-18)

2- Quando o homem faz a vontade de Deus mostrando a sua fé com obras santas e justas, ele também tem vida plena e alcança a árvore da vida.(Pv 11:30)

3- Quando o homem demonstra sua lealdade e fidelidade a Deus, e que vindo a cair retoma os caminhos do Senhor, ao alcançar a árvore da vida, ele é curado de seus males interiores, ele passa da morte para a vida. (Ap 2:1-7; Ap 22:1-4)

A árvore da vida eterna plantada bem no meio do jardim do Éden apresentada inicialmente no livro de Gênesis e consolidada nos demais livros da bíblia até o livro de Apocalipse, tipifica a única fonte de vida plena e abundante que é o Senhor Jesus Cristo, que deve ser o centro da nossa vida, tal como a árvore da vida estava plantada bem no meio do jardim do Éden no paraíso. (Jo 14:6)

6.3. A ÁRVORE DO CONHECIMENTO DO BEM E DO MAL

 A árvore do conhecimento do bem e do mal no contexto do livro de Gênesis representa a árvore da morte eterna, a qual, Deus proibiu que o homem comesse de seu fruto. Esta árvore em síntese representa os seguintes ensinamentos:

1 – O homem não pode se arvorar a ser autossuficiente, soberbo, dono de si mesmo, ao contrário deve estar na dependência e no temor de Deus.(Jr 17:5-8)

2- O homem não pode e nem deve desobedecer a uma ordenança ou a vontade de Deus, pois, as consequências da desobediência a Deus sempre será catastrófica.(Rm 5:12;19)

Tradicionalmente a maça se tornou o símbolo do fruto do pecado, do conhecimento do bem e do mal, tendo esta ideia se propagado pelo idioma latim onde se guarda uma semelhança quase que integral das palavras “malum” que significa mal e “malus” que significa macieira, porém, não podemos determinar qual foi o tipo de árvore e fruto do pecado pelo fato de a Bíblia Sagrada não mencioná-los.

6.4. A SIMBOLOGIA DAS DUAS ÁRVORES ESPECIAIS PLANTADAS NO JARDIM DO ÉDEN

 Deus criou o homem com o livre-arbítrio para decidir que caminho trilhar em sua vida sob todos os aspectos, mas, também Deus criou o homem para ter comunhão com Ele e ser adorado em espírito e em verdade.

As duas árvores, a da vida e a do conhecimento do bem e do mal, eram totalmente diferentes das milhares de árvores plantadas no jardim do Éden.

Duas propostas estavam postas para Adão e Eva, a árvore da vida que se fosse desfrutada, o homem viveria uma vida plena, abundante e eterna com Deus e a árvore da morte que ao ser escolhida e desfrutada por Adão e Eva, juntamente com eles nos jogou para o lamaçal do pecado e da condenação eterna.

Ainda hoje estas duas propostas estão plantadas, a vida plena, abundante e eterna em Jesus Cristo e a morte e a condenação eterna no Diabo.(Rm 8:1-11; Ap 3:20-22)

6.5. A TENTAÇÃO NO PARAÍSO E AS ETAPAS DA QUEDA DO HOMEM

A descrição da queda do homem em desgraça é relatado sucintamente etapa por etapa em Gn 3:1-12.

A tentação de Adão e Eva no Éden foi o grande teste para verificarmos se a natureza humana era capaz de resistir ou não aos seus próprios desejos e ao Diabo.

Logo, este episódio nos ensina em primeiro lugar que a tentação nunca terá como fonte o próprio Deus e que nós tendo a nossa vida presidida pelo Espírito Santo podemos resistir ao Diabo e vencer o mundo. (Tg 1:12-15; Tg 4:7; Jo 16:33)

6.5.1.  O SEDUTOR E A SEDUÇÃO

Satanás de forma sagaz se apresenta de forma sedutora a Eva, a mãe de toda a humanidade, e esta apresentação se dar com o seu instrumento mais eficaz de enganação, a palavra mentirosa, contrapondo a ordenança do Senhor Deus.(Gn 3:1-4)

O maligno conhecendo a natureza humana, pois, esteve presente na criação do homem,explora três áreas frágeis desta natureza para ludibriar Eva, as quais, podemos mencionar:

1- O Diabo induz a mulher a ser soberba, a cobiçar o poder, a autossuficiência, o desejo de ser igual a Deus. (Gn 3:5)

2- Satanás aguça pela palavra proferida o desejo carnal de Eva, ou seja, os seus desejos carnais, tipificado neste caso pelo comer, pela fome.(Gn 3:6a)

3-  Lúcifer, o maligno, incita pela palavra falada a Eva a satisfação de seus olhos (Gn 3:6b)

A estratégia de Satanás sempre será esta para derrubar o homem, isto é, se utilizará de sofismas, mentiras que parecem verdades, e ativará no homem as concupiscências da carne, as concupiscências dos olhos e a soberba da vida (1 Jo 2:15-17).

6.5.2.  A INFRAÇÃO DA ORDEM DIVINA 

Eva caiu na tentação armada pelo Diabo e em ato sumário comeu do fruto da árvore do bem e do mal que havia sido proibido por Deus de comê-lo, convenceu a Adão, seu marido, a também comer do fruto proibido e pelas mesmas razões Adão também pecou e desnudos ficaram da graça do Senhor.(Gn 3:6-7).

Adão e Eva perceberam as suas respectivas nudez, tipificando uma indecência moral do caráter humano sob todos os aspectos, ou seja, o estado anterior de inocência passa a ser imoral deturpando todos os conceitos puros de Deus para o homem. 

Quando desobedeceram a Deus, Adão e Eva, instantaneamente morreram espiritualmente e atingiram a degradação moral de caráter, acusados pelas suas próprias consciências e então remediaram este estado de morte espiritual com vestes de folhas de figueiras tipificando uma ineficiente religiosidade de purificação.

6.5.3. O INQUÉRITO DIVINO

O Senhor em sua perfeita e absoluta onisciência já sabendo da maldita desobediência de Adão e Eva busca conversar com eles no jardim, na viração do dia, e percebe que eles estavam escondidos detrás das árvores em estado de degradação moral e com o sentimento de medo, coisas que não existiam no paraíso e agora mancharam esta relação e comunhão com Deus.

O Senhor então confirma que seus dois filhos o desobedeceram e comeram do fruto proibido. (Gn3:8-11).

Tudo que fazemos nada está encoberto para Deus e por isso todas as nossas ações de bem ou de mal serão reveladas publicamente. Não adianta enganar o seu próximo, pois, jamais enganaremos a Deus.(Lc 12:1-3)

6.5.4.  A DEFESA HUMANA 

A defesa de Adão e Eva para o episódio é pífia, sem respaldo moral, estapafúrdia, pois, humanamente é impossível justificar o pecado.

O primeiro casal criado em sua degradação moral, putrefatos espiritualmente se utilizam da mentira e de se acusarem mutuamente, colocando a culpa um no outro. (Gn 3:12-13). 

Não podemos fugir de nossas responsabilidades espirituais, se pecarmos, temos um advogado para nos justificar, desde que venhamos assumir a verdade e nos arrependermos dos malfeitos sem acusar a outrem, pois, acusação infundada com transferência de responsabilidades é obra maligna.(1 Jo 2:1-6)

  1. O JUÍZO DE DEUS

Deus é amor, mas também é justo, Ele é um Deus de justiça e pela desobediência realizada pelo casal Adâmico proclamou severas sentenças sobre todos os agentes da criação que até hoje gemem a um só tempo. Estas sentenças foram:

 

  1. A SALVAÇÃO DO PECADO

Deus é misericordioso e demonstrou o seu profundo amor para com o homem, quando prometeu a vinda de uma Salvador (Gn 3:15) e tipificou o modo de salvação do homem pela morte e pelo sangue de um cordeiro ao substituir as vestes de Adão e Eva feita de folhas de figueira por vestes feitas de peles de animal.(Gn 3:20-21)

Este cordeiro Salvador se consolidou na vinda de Jesus Cristo, o filho de Deus, na forma de homem para morrer na cruz do Calvário e ter o seu sangue derramado para perdão dos pecados da humanidade e para dá vida eterna.(Jo 3:16)

O homem em sua condição física e espiritual decaída nada pode fazer por si mesmo, mas Deus com sua presciência, antes da fundação do mundo elaborou um plano para que o homem pudesse retornar ao seu estado original de comunhão com o Senhor nosso Deus e este plano foi construído na base da morte vicária de Jesus Cristo, um Deus que se fez carne, habitou entre nós e pelo seu sangue derramado na cruz livrou a humanidade da condenação eterna.(Fp  2:5-8) 

  1. CONCLUSÃO

A salvação para o pecado tem origem em Deus, e devido a isso podemos buscá-la e ter a certeza de que seus efeitos são permanentes e duradouros, porque ela é boa, é eterna, é perfeita, é única, é um ato de amor, é uma manifestação da graça de Deus, é um ato de justiça, é o livramento das consequências da morte espiritual, é a libertação de uma condenação eterna onde viveríamos sofrendo no reino das trevas do diabo, é o plano divino para que o homem volte a ter vida eterna com o Senhor.  

Fonte: https://proflucasneto.files.wordpress.com/2018/01/notas_1t_2018_juvenis_lic3a7c3a3o-4_pecado-original.pdf

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