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LIÇÃO Nº 3 – OS MINISTROS DO CULTO LEVÍTICO   

Os sacerdotes do culto levítico são figuras dos cristãos. 

INTRODUÇÃO 

– Os sacerdotes do culto levítico são figuras dos cristãos.

– Assim como os sacerdotes, os cristãos têm de se distinguir dos demais seres humanos, pois estão sempre diante de Deus.

 I – O SACERDÓCIO LEVÍTICO  

– Na continuidade do estudo do livro de Levítico, analisaremos hoje as regras concernentes ao sacerdócio, ao ofício sacerdotal, mais precisamente o que se encontra no trecho de Lv.8:1 até 10:20.

 – Antes, porém, de adentrarmos a este estudo específico, é importante rememorarmos em que circunstâncias surgiu o sacerdócio levítico.

 – É sabido que, quando o povo de Israel chegou ao monte Sinai, para onde se encaminhou após a libertação no Egito, por expressa ordem divina, dada a Moisés ainda quando de sua chamada (Ex.3:12),

o Senhor lhe fez a proposta de se tornar a Sua propriedade peculiar dentre os povos, o Seu reino sacerdotal e povo santo (Ex.19:5,6), proposta que foi prontamente aceita por todos os filhos de Israel, a uma só voz (Ex.19:8).

 – Tem-se, pois, que o plano divino era constituir a todo o Israel como Seu reino sacerdotal e povo santo, ou seja, todos os israelitas seriam sacerdotes, teriam acesso a Deus, poderiam oferecer-Lhe sacrifícios e disto temos uma demonstração quando houve a própria promulgação da lei, quando Moisés chamou mancebos de todas as tribos para oferecer sacrifícios (Ex.24:5).

 – Certo é que, já nesta altura, diante da recusa dos israelitas de aguardar o sonido longo de buzina para, então, subirem ao monte e terem a implantação da lei em seus corações, como preconizado pelo Senhor (Ex.19:13; 20:18-21),

já não se tinha a plena comunhão que o Senhor queria estabelecer com Israel, tornando, assim, necessário que se continuassem a ditar os mandamentos, agora para que Moisés os escrevessem, além do Decálogo, que fora proferido pelo próprio Deus no monte.

 – De qualquer maneira, mesmo diante deste relacionamento inferior para com o povo (inferioridade que somente se dissiparia com a obra expiatória de Cristo na cruz do Calvário), caberia aos israelitas exercer o papel sacerdotal no culto que se instalaria nesta nova dispensação, inaugurada com a presença divina no Sinai.

 – No entanto, tal “status” sacerdotal do povo israelita não ultrapassou o período de quarenta dias depois da promulgação da lei.

Após a solene entrada em vigor da lei, Moisés subiu ao monte para receber novas instruções divinas (Ex.24:12-14), cedo o povo descumpriu os dois primeiros mandamentos no episódio do bezerro de ouro, quando, além de adorarem a um outro deus,

dele fizeram imagem de escultura (Ex.32:1-6), quebrando, assim, a lei (Ex.32:7,8), o que foi visivelmente demonstrado no arremesso por parte de Moisés das primeiras tábuas da lei que as fez quebrar no pé do monte (Ex.32:19).

 – Neste momento, apenas a tribo de Levi se dispôs a ficar do lado do Senhor (Ex.32:26) e, em virtude de tal atitude, foi a tribo de Levi escolhida para ser, doravante, a tribo sacerdotal (Nm.3:1-10; Dt.10:8,9), sendo que os filhos de Arão, como o próprio Arão, foram propriamente chamados para exercerem o sacerdócio, sendo que os demais levitas, escolhidos para os auxiliar no ministério do tabernáculo, que se mandou construir (Nm.18:1,2).

 – O sacerdócio levítico, também denominado de “sacerdócio segundo a ordem de Arão” (Hb.7:11), foi, assim, estatuído em virtude da incapacidade de Israel, por causa de sua incredulidade, ter recebido a promessa que o Senhor dera a Abraão.

 Era, portanto, um sacerdócio temporário, um “remédio” que se dava aos israelitas até que se pudesse constituir um sacerdócio eficaz, que representasse uma plena comunhão do homem com Deus.

 – Apesar disto, entretanto, este sacerdócio foi submetido a uma série de regras, já que se tratava de um culto a Deus e, como tal, um culto que deveria ser exercido consoante a vontade divina e que, sobretudo, nos fala a respeito das exigências e dos princípios que devem reger esta aproximação do sacerdote para com Deus.

– Com efeito, “sacerdote”, consoante nos ensina o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, vem do latim “sacerdos”, que significa literalmente “aquele a quem cabe o desempenho das cerimônias sagradas”, aquele que “faz algo sagrado”.

Portanto, o sacerdote é aquele que se dirige em relação a Deus, representando o homem, fazendo com que algo se torne sagrado por estar diante do divino.

 – Destarte, não é qualquer um que podia ser sacerdote, nem tampouco que exercesse o sacerdócio de qualquer maneira.

E, como veremos, as exigências impostas aos sacerdotes levíticos subsistem nos dias hodiernos, em que os sacerdotes são todos os integrantes da Igreja, que é “a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para anunciar as virtudes d’Aquele que os chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz” (I Pe.2:9).

 II –  A CONSAGRAÇÃO DO SACERDÓCIO LEVÍTICO

 – Visto em que circunstâncias exsurgiu o sacerdócio levítico, observemos quais as exigências e requisitos para alguém ser sacerdote segundo a ordem de Arão.

 – A primeira exigência era o chamado divino. Ninguém era sacerdote porque queria sê-lo, mas porque havia sido chamado para tanto pelo Senhor.

Como diz o escritor aos hebreus, “ninguém toma para si esta honra, senão o que é chamado por Deus, como Arão” (Hb.5:4).

 – Nenhum homem pode se arvorar o direito e a capacidade para ser sacerdote, para se apresentar diante de Deus e tornar sagrado algo que, antes, era comum, para oferecer culto a Deus, para adorar o Senhor.

Somente se pode fazê-lo porque houve um chamado da parte do Senhor para que isto se faça, porque houve uma vontade, uma permissão, uma autorização, uma capacitação da parte de Deus para tanto.

 – Jamais devemos nos olvidar de que, se nos apresentamos diante do Senhor, é por força da Sua misericórdia, da Sua graça e do Seu profundo amor para conosco, pois não merecemos, em absoluto, tamanha honra.

Foi o Senhor que nos chamou para que nos apresentássemos diante d’Ele, é Ele quem tem desejo de habitar conosco (Ap.21:3), embora nós sejamos menos do que nada (Is.40:17). Aleluia!

 – Arão e seus filhos foram escolhidos por Deus para exercer o sacerdócio, escolha que foi anunciada a Moisés, ante a presciência divina, mesmo antes do episódio do bezerro de ouro (Ex.28:1).

Tratava-se de uma função específica, diante do fracasso dos israelitas em serem “reino sacerdotal” e, para tanto, somente poderia exercê-la quem, para tanto, fosse designado pelo Senhor. Exercer o sacerdócio sem ser chamado era um convite à morte (Nm.3:10).

 – Hoje, na dispensação da graça, todo salvo em Cristo Jesus é sacerdote, pois temos a plena comunhão que os israelitas não conquistaram no Sinai, mas, nem por isso, podemos exercer toda e qualquer função na casa do Senhor.

Somente poderemos exercer aquela função para a qual fomos chamados, sob pena de, também, estarmos fadados à morte espiritual, pois não pode subsistir no corpo de Cristo um componente que ouse discordar da cabeça da Igreja, que é Jesus, Aquele que põe os ministérios na Igreja (Ef.4:11; Rm.12:5,6; I Pe.4:10).

– Além da chamada, existem outros requisitos que deveriam ter os sacerdotes, que bem notamos na cerimônia da sua consagração, que é mencionada no capítulo 8 de Levítico, uma das poucas passagens narrativas deste livro.

– Por primeiro, é interessante observar que Arão e seus filhos foram consagrados, ou seja, foram investidos na função sagrada de forma pública e solene. Todos deveriam saber que eles haviam sido chamados pelo Senhor e que tinham esta função de levar os sacrifícios do povo a Deus, de comandar a adoração ao Senhor. 

– Isto nos mostra que, quando somos chamados por Deus para pertencermos ao Seu povo, isto tem de se tornar público, temos de ter um testemunho, temos de mostrar a todos que somos sacerdotes do Senhor, temos de ser sal da terra e luz do mundo (Mt.5:13-16).

 – Daí a importância do batismo nas águas, que corresponde a esta solenidade de consagração dos sacerdotes, pois se trata de uma confissão pública de que a pessoa se tornou sacerdote de Cristo Jesus, uma nova criatura, um cidadão dos céus.

Mas não apenas o batismo nas águas, mas a própria novidade de vida, que demonstra a transformação ocorrida com a salvação na pessoa de Nosso Senhor e Salvador.

 – Toda a congregação deveria ser ajuntada à porta da tenda da congregação para a solenidade da consagração dos sacerdotes (Lv.8:3,4).

Isto nos mostra que somente teremos o crescimento do povo de Deus, a inserção de novos sacerdotes no corpo de Cristo, se tivermos união dos salvos e estivermos todos na presença do Senhor.

 Foi isto que caracterizou o crescimento da Igreja desde os seus primórdios, como lemos em At.2:42 e 8:31, por exemplo.

 – A consagração dos sacerdotes iniciou-se com a lavagem com água (Lv.8:6). A lavagem com água tipifica a salvação na pessoa de Jesus Cristo.

A água faz sair a sujeira e proporciona a purificação. De igual maneira, a salvação nos traz o perdão dos pecados, a santificação e o surgimento de uma nova criatura, que está em comunhão com o Senhor, tendo o velho homem sido crucificado com Cristo (Gl.5:24), a chamada “lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo” (Tt.3:5).

 – A água, também, faz-nos lembrar da Palavra de Deus (Jo.15:3), por meio da qual vem a fé salvífica (Rm.10:17).

 Para entrarmos no reino de Deus, temos de nascer da água (Jo.3:5). Não há como adorar a Deus, oferecer sacrifícios ao Senhor sem que, antes, tenhamos sido salvos, santificados, separados do pecado.

Sem a santificação, não podemos nos apresentar diante do Senhor, pois podemos apenas nos chegar a Ele com os corações purificados da má consciência e o corpo lavado com água limpa (Hb.10:22).

 – Em seguida à lavagem da água, Arão foi vestido com suas vestes peculiares, a túnica, o cinto, o manto, o éfode (Lv.8:7), a nos fazer lembrar que, quando somos salvos, somos vestidos com as vestes de salvação (Is.61:10).

A nudez espiritual é uma das características do homem que está sob o domínio do pecado (Gn.3:10), pois, na verdade, quando o homem pecou  notou que estava nu fisicamente, mas esta noção já era a demonstração da nudez espiritual, da perda das “vestes de salvação”, do estado pecaminoso do homem.

OBS: “…Enquanto Gn.2:25, insiste em que «estavam nus… mas não sentiam vergonha», Gn.3:6 fala explicitamente do nascimento da vergonha em relação com o pecado.

Essa vergonha é quase a primeira origem de se manifestar no homem — em ambos, varão e mulher — aquilo que «não vem do Pai, mas do mundo».…” (JOÃO PAULO II. Audiência geral de 30 de abril de 1980. Disponível em: http://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/audiences/1980/documents/hf_jp-ii_aud_19800430.html Acesso em 02 maio 2018).

 – Quando somos salvos, somos vestidos com as vestes de salvação e temos de assim estar, pois, como diz o apóstolo Paulo, somente seremos revestidos da nossa habitação, que é do céu, se não formos achados nus (II Co.5:2,3).

 Como afirma Tomás de Aquino (1225-1270): “…A Glosa explica, de outro modo, a vestimenta espiritual, dizendo: Desejamos ardentemente sermos cobertos, o que será feito, mas com a condição de que estamos vestidos, é claro que de virtudes, e não nu, é claro que de virtudes.

Desses vestidos, São Paulo diz  Em Cl.3:12: Vistam-se, então, como eleitos de Deus etc., como se dissesse: Ninguém que não tenha virtudes alcançará a glória.…” (Lectio 1: II Co..5:1-4. Citação de II Co.4:16-5:10, n.18. Disponível em: http://www.clerus.org/bibliaclerusonline/pt/index.htm Acesso em 02 maio 2018) (tradução de texto em espanhol pelo tradutor Google).

 – Impedimos nossa nudez espiritual quando nos mantemos vigilantes, alerta para não sermos enganados pelo pecado, pois, como diz o apóstolo João, quando vigiamos, guardamos os nossos vestidos e, assim, não seremos achados nus (Ap.16:15).

 – Após ter sido vestido o sumo sacerdote Arão, Moisés procedeu à vestidura dos seus filhos, Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar, com suas vestes sagradas, a saber, túnicas, cinto e tiaras.

 – Depois de terem vestido os sacerdotes, Moisés ungiu com azeite o tabernáculo, santificando-os, tendo, em seguida, derramado do azeite da unção sobre a cabeça de Arão para santificá-lo (Lv.8:10,11).

 – O azeite representa a presença do Espírito Santo, presença esta que é decorrência da nossa salvação, pois, quando somos salvos, entramos em comunhão com Deus e o Espírito Santo vem habitar em nós (Jo.7:38,39; 14:16,17; 20:22). Todos os salvos têm a unção do Santo (I Jo.2:20).

 – Não podemos ser sacerdotes se não formos templo do Espírito Santo, não se pode ser salvo sem que se tenha o Espírito Santo (I Co.6:19).

Por isso mesmo, temos de manter uma vida de santidade, de separação do pecado para que possamos manter em nós o Espírito Santo, já que, quando pecamos, determinamos o afastamento do Espírito Santo como confessou o rei Davi, e, perceba-se, numa época em que os homens eram tão somente visitados pelo Espírito e não, como ocorre após a glorificação de Cristo, habitante em nosso ser (Sl.51:11).

 – Devidamente vestidos, Arão e seus filhos puseram as suas mãos sobre a cabeça do novilho da expiação do pecado e Moisés degolou o animal, tomou o sangue e pôs dele com o seu dedo sobre as pontas do altar em redor e expiou o altar, depois derramou o resto do sangue à base do altar e o santificou para fazer expiação por ele, tendo depois queimado a gordura e as vísceras do animal no altar, enquanto que o corou, a carne e o seu esterco foram queimados fora do arraial (Lv.8:14-17).

 – Esta circunstância faz-nos lembrar que tanto Arão quanto seus filhos eram pecadores e precisavam expiar os seus pecados, havendo a morte de um animal em seu lugar, já que o salário do pecado é a morte (Rm.6:23).

De igual maneira, nós, sacerdotes de Jesus Cristo, também precisamos ser purificados pelo sangue, não sangue de um animal, mas o precioso sangue de Cristo, o Cordeiro imaculado e incontaminado (I Pe.1:18,19), que derramou o Seu sangue na cruz do Calvário para nos remir, morrendo em nosso lugar, sangue que nos purifica de todo o pecado (I Jo.1:7).

 – Assim como este animal foi totalmente queimado, Cristo Se entregou para a nossa salvação, dando a Sua vida por nós (Jo.10:17,18;15:13; Rm.5:8). De igual modo, assim como o couro, a carne e o esterco do novilho foram queimados fora do arraial, Cristo morreu fora da cidade de Jerusalém (Hb.13:11,12).

 – Em seguida, Moisés sacrificou o carneiro do holocausto, no qual Arão e seus filhos também puseram suas mãos sobre a cabeça, tendo, então, sido ele oferecido como oferta queimada ao Senhor (Lv.8:17-21).

– Este sacrifício é um sacrifício pacífico, um louvor a Deus, uma demonstração da gratidão, algo que somente se faz possível quando se está em comunhão com o Senhor, que era a circunstância em que Arão e seus filhos ficaram depois do holocausto do novilho.

 – Uma vez salvos, devemos ser adoradores do Senhor, devemos Lhe oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo (I Pe.2:5), apresentar-Lhe sacrifícios de louvor (Hb.13:15). Temos de ser agradecidos, uma vez tendo conseguido a paz de Deus (Cl.3:15).

 – Em seguida, foi oferecido outro carneiro, o chamado carneiro da consagração, no qual novamente Arão e seus filhos puseram a mão sobre a cabeça, tendo o animal sido degolado, tendo, então, sido colocado o sangue do animal na ponta da orelha direita, no polegar da mão direita e sobre o polegar do pé direito de Arão e de seus filhos (Lv.8:22-25).

 – Estamos aqui na consagração propriamente dita, ou seja, no ato de separação de Arão e seus filhos para a função específica do sacerdócio.

Para tanto, tiveram de pôr na ponta da orelha, na ponta do polegar da mão e na ponta do polegar do pé.

Isto significa que tanto a audição, quanto as ações, quanto o andar deveriam ser devidamente purificados pelo sangue, que todo o exercício da função sacerdotal tinha de ser feito sob a purificação, sob a santidade, em perfeita comunhão com o Senhor.

 – Somente depois de devidamente purificados e comprometidos com o Senhor é que podemos passar a adorar ao Senhor, a Lhe fazer ofertas, a Lhe apresentar o culto racional, que é o sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Rm.12:1).

Por isso mesmo, somente depois desta consagração, puderam Arão e seus filhos oferecerem oferta de movimento, consistente em bolo asmo, bolo de pão aceitado e coscorão, além da gordura e da espádua direita (Lv.8:26,27), ofertas que foram posteriormente, queimadas ao Senhor, tendo, depois, Moisés ofertado o peito do carneiro, que ficou sendo a sua porção (Lv.8:28,29).

 – Em seguida, espargiu o azeite sobre Arão, seus filhos e sobre os vestidos sacerdotais de todos (Lv.8:30), a demonstrar que precisam os sacerdotes também estarem “revestidos do Espírito Santo”, pois esta é a segunda vez que o azeite era derramado sobre eles, mostrando a necessidade que temos de buscar o revestimento de poder, o batismo com o Espírito Santo, para bem desempenharmos, na plenitude, o sacerdócio que Cristo nos outorgou quando de nossa salvação.

 – Depois, Moisés mandou que Arão e seus filhos cozessem a carne que restara do carneiro da consagração e a comessem, numa refeição sagrada (Lv.8:31,32), sendo que o que sobrasse da refeição deveria ser queimado.

 Esta refeição fala da comunhão que deve existir entre o sacerdote e Deus, entre o sacerdote e as coisas sagradas. O sacerdote passa a ser, ele próprio, algo sagrado, algo que passou a pertencer ao ambiente do santo.

 – Como sacerdotes, somos parte da “nação santa”, estamos em comunhão com o Senhor, comunhão que é periodicamente declarada quando participamos da ceia do Senhor, onde dizemos que estamos em comunhão com o Senhor e com a Igreja, com os nossos irmãos.

 – Em seguida, mandou Moisés que Arão e seus filhos ficassem à porta da tenda da congregação durante sete dias, até os dias que se completassem os dias da sua consagração (Lv.8:33-36).

– O sacerdote deveria ficar na presença de Deus toda uma semana, e não apenas o dia de sábado, que havia sido separado pelo Senhor para que os israelitas se dedicassem às coisas sagradas (Ex.31:13,14), a indicar que, ao contrário dos demais israelitas, os sacerdotes estavam integralmente dedicados às coisas sagradas, deveriam servir ao Senhor continuadamente.

 – É exatamente esta a situação do salvo na pessoa de Jesus na atualidade. Não tem ele um dia de guarda, mas, sim, o seu dia de guarda é “hoje” (Hb.4:7), ou seja, estamos santificados em Cristo Jesus (I Co.1:2) para a Ele nos dedicarmos todos os dias, pois devemos ser santos em toda a nossa maneira de viver (I Pe.1:15).

 – Por isso, vemos com imensa preocupação um comportamento que tem proliferado nas igrejas de “segmentação” da vida, ou seja, as pessoas entendem que, no ambiente secular, seja no trabalho, na escola, na vizinhança, estão dispensados de uma postura de salvos, podem viver como os demais, adotando seu modo de viver, reservando apenas para os “ambientes eclesiásticos” uma postura de servos de Deus.

Lembrem-se, Arão e seus filhos ficaram a semana toda diante da porta da tenda da congregação, completamente separados dos demais! 

III – OS SACRIFÍCIOS DO SACERDÓCIO LEVÍTICO

 – Passada a semana da consagração, Moisés chamou Arão e seus filhos, além dos anciões de Israel, a fim de que fossem oferecidos os primeiros sacrifícios em favor do povo pelos sacerdotes recém-consagrados.

 – A semana da consagração, além de indicar, como já visto, que o sacerdote está inteiramente dedicado ao Senhor, também mostra que deve haver um período de preparação, de reflexão para o exercício do ministério, para o exercício de uma determinada tarefa no corpo de Cristo.

 – Não há salvo na Igreja que não tenha de realizar alguma tarefa, alguma missão na obra do Senhor. As parábolas dos talentos (Mt.25:14-30) e das minas (Lc.19:11-27) o comprovam, visto que não houve qualquer servo a quem nada lhe tenha sido dado.

No entanto, para que venhamos a exercer esta tarefa, necessário se faz que se tenha a devida preparação, a devida capacitação, máxime para aqueles que forem chamados para a liderança, onde um dos requisitos é, precisamente, não ser novato, não ser neófito (I Tm.3:6).

 – Durante uma semana, Arão e seus filhos ficaram a rememorar e a observar as normas estatuídas pelo Senhor para o cerimonial e, no oitavo dia, após a devida reflexão e preparação, Moisés mandou Arão que oferecesse um bezerro para expiação do pecado e um carneiro para holocausto, devendo trazê-los, sem mancha, para o Senhor.

Depois, deveria tomar dos filhos de Israel um bode para expiação do pecado e um bezerro e um cordeiro de um ano, sem mancha, para holocausto.

Em seguida, deveria tomar um bom e um carneiro por sacrifício pacífico para sacrificar perante o Senhor e oferta de manjares amassada com azeite, pois o Senhor apareceria para eles (Lv.9:2-4).

 – Notamos aqui, de pronto, que Arão deveria, por primeiro, oferecer sacrifícios por si mesmo (Lv.9:7).

Ele era tão pecador quanto o povo e o sacerdócio levítico era composto por homens pecadores, que demonstrava a própria fragilidade desta aliança firmada no Sinai, que carecia, assim, de um novo concerto, em que o sacerdote fosse imaculado, como ensina o escritor aos hebreus (Hb.7:28).

 – Se é verdade que, na nova aliança, o sumo sacerdote é perfeito, pois é Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, não é menos exato que os sacerdotes, embora santificados, continuam sendo imperfeitos e pecadores, mantêm a natureza pecaminosa até a glorificação, de sorte que, também nós precisamos, antes de exercer nosso sacerdócio, pedir perdão pelos pecados cometidos, pois não há homem que não peque (I Rs.8:46; II Cr.6:36; Rm.3:23).

 – De igual sorte, após oferecer sacrifícios pelo seu próprio pecado, Arão deveria oferecer sacrifícios pelos pecados do povo, pois só então estaria em condições de fazê-lo, uma vez já cobertos os seus pecados (Lv.9:7,15). 

 – Depois, apresentou o holocausto, com a oferta de manjares, um sacrifício pacífico, uma oferta de louvor e gratidão a Deus, o que somente seria possível depois que ele e o povo tivessem tido os pecados cobertos.

Fazendo a oferta de movimento neste sinal de gratidão, Arão levantou as suas mãos ao povo e o abençoou, tendo, então, entrado na tenda da congregação com Moisés, momento em que a glória do Senhor apareceu a todo o povo (Lv.9:22,23).

– A glória do Senhor apareceu porque o culto foi feito segundo os ditames divinos, de forma agradável a Deus e isto sempre ocorrerá em nossos cultos, se nos apresentarmos diante de Deus oferecendo sacrifícios santos, vivos e agradáveis ao Senhor, o nosso culto racional (Rm.12:1).

 – Nos dias hodiernos, muitos querem fazer aparecer a glória do Senhor mediante estratégias de neurolinguística, de teatro e quaisquer outros mecanismos que procurem fazer o povo derramar-se em emocionalismos e êxtases,

quando o que é preciso é tão somente exercermos a função que temos de sacerdotes, apresentando-se diante de Deus de forma agradável, sem pecado, em vida de santidade, adorando ao Senhor na beleza da Sua santidade, pois Deus,

 que não muda (Ml.3:6; Tg.1:17), continua o mesmo e certamente fará aparecer a Sua glória como o fez ao pé do monte Sinai naquela oportunidade em que os sacerdotes foram consagrados e todo o povo adorou ao Senhor.

 – Aliás, com muito maior razão, a glória do Senhor aparecerá, visto que, ao pé do monte Sinai, havia cinco sacerdotes, Moisés e o povo, a barreira intransponível do pecado que não fora retirado do povo, enquanto que, entre nós, os integrantes da Igreja,

temos o próprio Senhor em nosso interior, a parede de separação que estava no meio foi retirada pelo sangue de Cristo e, por isso, estamos em plenas condições de termos comunhão com Deus e, deste modo, a glória tem muito mais condições de aparecer do que quando se deu o evento no Sinai. Por que isto não está acontecendo em muitos lugares?

Pela falta do nosso culto racional, pela falta de santidade, pela falta de adoração em espírito e em verdade.

 IV – REQUISITOS DO SACERDÓCIO LEVÍTICO

 – Mas, além dos requisitos exigidos para a própria entrada no sacerdócio, constantes da consagração, o livro de Levítico, também, no seu capítulo 21, versículos 17 a 24, contém, ainda, outros requisitos exigidos para o exercício do sacerdócio.

Não bastava ser descendente de Arão para que se tivesse a possibilidade de exercício do sacerdócio.

Era mister que o sacerdote não apresentasse alguns defeitos, que o impediam de exercer o sacerdócio, embora não os impedisse de comer das porções dos sacrifícios deixadas aos sacerdotes.

 – Não poderia servir como sacerdote quem tivesse alguma falta, ou seja, quem tivesse algum defeito.

Como sabemos, os sacerdotes tipificavam a figura de Cristo, o homem perfeito, o homem sem pecado, e a proibição de que pessoas que apresentassem algum defeito físico era uma demonstração de que o sacerdote que viria a resolver, de uma vez por todas, o problema do pecado, era alguém perfeito, que não tivesse mácula ou qualquer contaminação.

 – É importante observar este ponto, pois há alguns desavisados que entendem que tais disposições da lei teriam um conteúdo discriminatório contra as pessoas com deficiência, querendo, com isto, uma vez mais, como é o propósito desta gente, querer trazer acusações à Bíblia Sagrada. Nada mais falso, porém.

 – Com efeito, vemos na lei disposições, inexistentes entre os outros povos, de defesa das pessoas com deficiência, como, por exemplo, Lv.19:14.

Além do mais, a mesma disposição que diz que tais pessoas não podem servir como sacerdotes garante-lhes o direito ao sustento do que é sagrado, reconhecendo, assim, sua condição de legítimos descendentes da linhagem de Arão,

enquanto que as pessoas com deficiência, não raras vezes, nos demais países da Antiguidade, eram mortas por serem consideradas “maldições dos deuses”, a nos mostrar que é, sem dúvida,

a lei de Moisés uma verdadeira legislação de defesa das pessoas com deficiência e isto milênios antes que seus direitos fossem afirmados como o têm sido nos documentos internacionais sob os auspícios da Organização das Nações Unidas.

 – O sacerdote não poderia ter qualquer deformidade, ou seja, não poderia ter qualquer defeito físico.

Enquanto sacerdotes de Cristo, também não podemos oferecer qualquer sacrifício ao Senhor, não podemos nos apresentar diante dele se tivermos alguma deformidade espiritual, ou seja, precisamos ter a “forma de Cristo”, precisamos ser “a imagem de Cristo” (Rm.8:29).

– Quem não tiver esta forma, esta imagem, não pode exercer o sacerdócio, não pode se dizer um “cristão”, um “pequeno Cristo”, porque apresenta uma “deformidade”, uma “falta”, que é a palavra hebraica “m’um” (מואום) , “…substantivo masculino que significa mancha, mácula, defeito.

Esta palavra normalmente descreve uma característica física que se considera má…” (Bíblia de Estudo Palavra-Chave.

Dicionário do Antigo Testamento, verbete 3971, p.1726). Trata-se, portanto, de alguém que tenha um comportamento mau, ou seja, alguém que pratique a iniquidade, o que representa a própria negativa de que se conhece ao Senhor, de que se tem intimidade, comunhão com Deus (Mt.7:23).

 – O sacerdote não poderia ser cego (Lv.21:18), ou seja, tinha de ter a capacidade de ver. Não pode exercer o sacerdócio na Igreja aquele que não nascer de novo, pois quem nasce de novo vê o reino de Deus (Jo.3:3), quem viu a luz do evangelho da glória de Cristo, não estando debaixo do domínio do inimigo de nossas almas, que tem cegado o entendimento dos incrédulos (II Co.4:4).

 – Jesus veio a este mundo para juízo, a fim de que os que não veem vejam e os que veem sejam cegos, tendo Ele próprio esclarecido que aqueles que acham que não têm pecado, que se acham superiores aos outros são os cegos espirituais e, portanto, tais não podem ser sacerdotes do Senhor Jesus (Jo.9:39-41).

 – O sacerdote não poderia ser coxo (Lv.21:18), ou seja, não poderia ser manco, alguém que “salta por cima”, que “pula”, como é o significado da palavra hebraica “pasah” (פסח), utilizada no texto.

“Coxo” é alguém que não anda corretamente, que não caminha com correção, que “pula” os mandamentos, as regras determinadas pelo Senhor. Não pode ser sacerdote quem não observa a Palavra de Deus, quem não tem firmeza doutrinária.

 – O sacerdote não poderia ser “de nariz chato” (Lv.21:18), que é a palavra hebraica “haram” (חרם), cujo significado é “ser insensível quanto ao nariz, meter-se em anátema, destruir, ter o rosto mutilado, extirpar, exterminar”.

Tem-se, pois, que quem “tem nariz chato” é aquele que é insensível, que pratica o que proibido por Deus, cujo interesse é tão somente o de destruir, o de matar, o de exterminar.

 – Jamais pode exercer o sacerdócio quem não tiver por objetivo a obtenção de vida, que não seja um verdadeiro “agente de Satanás”, que tem por objetivo tão somente roubar, matar e destruir (Jo.10:10).

Deve ser um pastor, não um mercenário, alguém que esteja disposto, a exemplo de seu Senhor, a dar a sua vida, a gastar e se gastar em prol do próximo, como o apóstolo Paulo (II Co.12:15). 

– O sacerdote não poderia ser “de membros demasiadamente compridos” (Lv.21:18),  que é a palavra hebraica “sara” (שרצ), c ujo significado é “estar deformado por excesso de membros, membro demasiadamente comprido, desproporcionado, comprido ou curto de membros”.

Os membros falam-nos de ações, pois são as mãos, que simbolizam as obras no texto bíblico, assim como os pés, que nos falam do caminhar, do andar, do procedimento, do comportamento.

 – Uma das características de quem é salvo é a moderação, a temperança, a prudência, ou seja, a proporção e comedimento nas ações e atitudes.

Apenas os que são movidos pela carne, pela natureza pecaminosa, são descontrolados, desenfreados (I Pe.4:4), incontinentes (II Tm.3:3). Tais pessoas não podem, à evidência, ser sacerdotes de Cristo, visto que não demonstram estar salvos, mas ainda são homens carnais, dominados pelo pecado.

 – O sacerdote não poderia ter o pé quebrado ou quebrada a mão (Lv.21:19), o que indica aleijamento e, segundo a Bíblia de Estudo Palavra-Chave, “…o substantivo também pode ser usado para indicar a razão principal para o sofrimento em virtude da insubmissão ao Senhor.” (Dicionário do Antigo Testamento, verbete 7667, p.1946). Não pode exercer o sacerdócio quem for insubmisso ao Senhor, quem praticar a iniquidade, que não obedecer à Palavra do Senhor.

– O sacerdote não poderia ser corcovado (Lv.21:20), que é a palavra hebraica “giben” (נבו), que significa “arcado” ou “encolhido”, ou seja, alguém que não esteja em posição ereta, aquele que está, portanto, sob a autoridade do mal, que não tem liberdade que ainda é servo do pecado, pois o vive cometendo (Jo.8:34).

 – O sacerdote não poderia ser anão (Lv.21:20), que é a palavra hebraica “daq” (דק), que significa “anão, magro, coisa pequeníssima, pó fino que se levanta, pequeno, fino” (Bíblia de Estudo Palavra-Chave.

Dicionário do Antigo Testamento, verbete 1851, p.1598). Não pode exercer o sacerdócio de Cristo quem não se desenvolver espiritualmente, quem não crescer, quem não estiver caminhando para a estatura completa de Cristo, a varão perfeito (Ef.4:13).

 – A vida espiritual, ao contrário da vida física, não tem um tempo de parada de crescimento, é dinâmica e quem não cresce certamente diminui.

 Em virtude disto, temos que não pode exercer o sacerdócio quem não crescer na graça e no conhecimento de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (II Pe.3:18), pois será um “anão espiritual”, alguém que não terá qualquer consistência e que será levado como  “a moinha que o vento espalha” (Sl.1:3), “menino inconstante levado em roda por qualquer vento de doutrina” (Ef.4:14).

 – O sacerdote não poderia ter “belida no olho”, que é a palavra hebraica “t’bhallul” (תבלל), cujo significado é “catarata”, “defeito”, “…substantivo que significa confusão, obscuridade…” (Bíblia de Estudo Palavra-Chave. Dicionário do Antigo Testamento, verbete 8400, p.1997). Ora, “a catarata ocular é uma doença em que o cristalino, a lente natural dos olhos, perde sua transparência e começa a ficar opaco.

Ela pode causar perda parcial ou total da visão (cegueira), além de deixar a visão turva ou embaçada, diminuir a visão noturna e causar fotofobia (hipersensibilidade à luz)” (Redação Minuto Saudável. Catarata: o que é, tipos, sintomas, cirurgia, tem clara? Disponível em: https://minutosaudavel.com.br/catarata-o-que-e-tipossintomas-cirurgia-tem-cura/ Acesso em 02 maio 2018).

 – Assim, aquele que tem “belida no olho” é aquele que tem a visão turva, que começa a confundir as imagens, que não está mais enxergando corretamente, ou seja, alguém que deixa de ter visão espiritual, cuja visão começa a ser influenciada pelas trevas, pelo pecado, pela iniquidade.

É alguém que ainda não é cego, mas está caminhando para a cegueira, alguém que deixou de prestar atenção à Palavra de Deus, ao Sol da justiça, para se envolver com as coisas do mundo.

Alguém que está deixando de ser filho do dia, filho da luz, para se tornar filho da noite nem das trevas  (I Ts.5:5).

 – O sacerdote não poderia ter “sarna”, que é a palavra hebraica “garabh” (גרב), cujo significado significa “arranhar, descamação” (por coceira), coceira, prurido, sarna, sarnoso (Bíblia de Estudo Palavra-Chave. Dicionário do Antigo Testamento, verbete 1618, p.1584).

A sarna é doença causada por diversos fungos, por pústulas escamosas na pele, de modo que estamos aqui diante de um sacerdote que está doente, que não tem saúde espiritual, doença esta que vai aparecendo aos poucos diante de todos, que causa “coceira”, ou seja, que traz incômodo para o povo de Deus. A saúde espiritual é fundamental para o exercício do sacerdócio.

 – O sacerdote não poderia ter “impigem”, que é a palavra hebraica “yallepheth” (ילפת), cujo significado é “grudar ou arranhar, descamação da pele ou impigem”, cujo significado é muito próximo da “sarna”, ou seja, aquele que se deixa adoecer pelo pecado, que se deixa impregnar daquilo que existe no mundo, ou seja, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, alguém que perde o amor do Pai, que deixa de fazer a vontade de Deus (I Jo.2:15-17).

 – O sacerdote não poderia ter “testículo quebrado”, cuja palavra hebraica é “maroah” (מרוח), que significa “quebrado, mutilado”.

Ter o “testículo quebrado” impede de reproduzir, é alguém que é estéril, que não tem condições de gerar filhos, infértil.

 Pois bem, não pode ser sacerdote de Cristo Jesus quem não gerar filhos na fé, quem não pregar o evangelho, quem não trazer pessoas para a Igreja.

 – Tais pessoas com deficiência não poderiam exercer o sacerdócio, mas tinham acesso às refeições sagradas, pois eram considerados santos, mas não podiam fazer sacrifícios, uma distinção que inexiste na nova aliança, já que toda a Igreja é uma nação sacerdotal.

De qualquer forma, esta disposição nos lembra que as pessoas que apresentam deficiências espirituais, que se descredenciam como membros do corpo de Cristo, devem ser convidados sempre ao retorno, à reconciliação, pois a mesa santa do Senhor está à sua disposição, desde que, logicamente, se reconciliem e abandonem a prática do pecado.

 A disciplina, na casa de Deus, é um remédio e não um instrumento de morte.

 – A presença de pessoas descredenciadas para o sacerdócio representaria profanação aos santuários do Senhor (Lv.21:23) e isto perdura até os dias hodiernos e uma das demonstrações mais evidentes do esfriamento espiritual que vivemos na atualidade é, precisamente, a condescendência que se verifica nas igrejas locais de que há muitos sacerdotes indignos no meio da congregação,

que estão a profanar a casa do Senhor e que, por conseguinte, têm impedido a manifestação da glória de Deus entre nós.

Tomemos cuidado, busquemos nos santificar, para que, como ministros do Senhor Jesus, como sacerdotes da nova aliança, levemos a glória de Deus a se manifestar para os que estão sendo chamados à salvação, para o mundo que precisa de Deus e de Cristo Jesus.

 Ev.  Caramuru Afonso Francisco

Fonte: http://www.portalebd.org.br/classes/adultos/2482-licao-3-os-ministros-do-culto-levitico-i

 

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