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JUVENIS – LIÇÃO Nº 5 – DANIEL, DEUS CONTROLANDO TUDO

Seu nome hebraico é “Daniyel “, nome do autor, cujo significado é “Deus é o meu juiz”, nome bem apropriado para descrever o ministério profético de Daniel, cuja vida foi o resultado de um constante julgamento de aprovação por parte do Senhor, a ponto de ser a única pessoa na história da humanidade a ter servido a três impérios mundiais (babilônico, persa, medo).

O nome hebraico foi mantido tanto na Septuaginta quanto na Vulgata. No cânon judaico, entretanto, faz parte dos “Ketuvim”, ou seja, dos outros escritos, já que é um livro mais recente, escrito que foi durante o cativeiro babilônico. Ao fazer a análise dos seguintes textos, verificamos que o autor de Daniel concede o seu nome ao livro:

E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador. (Dn 9.27)

Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, entenda; (Mt 24.15)

Daniel pertencia à elite governante de Judá, ou seja, pertencia à família real, tendo sido levado na primeira leva de cativos para a Babilônia (II Rs.24:12 e Jr 25.11). Tinha, em torno, de dezesseis anos de idade e era descendente do rei Ezequias.

Então disse Isaías a Ezequias: Ouve a palavra do Senhor. Eis que vêm dias em que tudo quanto houver em tua casa, e o que entesouraram teus pais até ao dia de hoje, será levado a Babilônia; não ficará coisa alguma, disse o SENHOR.
E ainda até de teus filhos, que procederem de ti, e que tu gerares, tomarão, para que sejam eunucos no paço do rei da Babilônia. (II Rs 20.16- 18) (Lembremos que Daniel e seus amigos faziam parte dos eunucos do paço do rei)

Eis que virão dias em que tudo quanto houver em tua casa, e o que entesouraram teus pais até ao dia de hoje, será levado para Babilônia; não ficará coisa alguma, disse o SENHOR. E até de teus filhos, que procederem de ti, e tu gerares, tomarão, para que sejam eunucos no palácio do rei de Babilônia. (Is 39.6,7)

Foi escolhido para ser instruído na ciência babilônica, mas, juntamente com seus amigos Hananias, Misael e Azarias, resolveu não se contaminar com a idolatria babilônica e Deus honrou sua disposição.

Então saiu Joaquim, rei de Judá, ao rei de Babilônia, ele, sua mãe, seus servos, seus príncipes e seus oficiais; e o rei de babilônia o tomou preso, no ano oitavo do seu reinado. (II Rs 24.12)
E toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto; e estas nações servirão ao rei de babilônia setenta anos. (Jr 25.11)

Consultando o texto bíblico, observamos que o Senhor demonstrou apreço pela conduta de Daniel. A presença deste jovem na corte babilônica foi um dos maiores exemplos do verdadeiro testemunho que não se concretiza apenas em palavras, mas nas ações, o que tornou este jovem digno da posição que ocupou, pois provou que era confiável e um verdadeiro servo do Deus Altíssimo:

“Ainda que estivessem no meio dela estes três homens, Noé, Daniel e Jó, eles pela sua justiça livrariam apenas as suas almas, diz o Senhor DEUS”. (Ez 14.14) Por todo o livro, vemos a lealdade, sabedoria, amorosidade, fé e perseverança de Daniel.

Bentho & Plácido (2019, p.482) destaca que aqueles jovens não poderiam evitar a troca de nomes, mas propuseram não se contaminar com as iguarias do rei por três motivos:

1.A carne e o vinho haviam sido oferecidos em sacrifícios aos ídolos;

2.Aqueles alimentos poderiam estar proibidos pela Lei (Lv 11.44-47);

3.Poderiam ter feito anteriormente um voto de nazireu (Nm 6.3).

De origem divina, veio o primeiro milagre, que foi torná-los mais saudáveis, mais corados, com melhor aparência que os outros jovens, mesmo que estivessem se alimentando apenas de legumes. Ainda há que se considerar a persuasão de Daniel que conseguiu convencer o cozinheiro a alimentá-los de forma diferenciada.

Estes jovens correram perigos porque estavam numa nação estrangeira e tinham que submeter-se ao imperador do mundo da época, ao político mais poderoso; no entanto, o compromisso assumido com o Senhor e com a Lei Divina estava acima de tudo.

Não temiam o poder vigente, mas temiam o Todo-Poderoso Deus, aquele que concede toda a sabedoria, que vem do Alto.

Sabiam que deviam obedecer a Lei Babilônica e a desobediência gera castigos;

A desobediência comprometeria o bem-estar no palácio e as futuras promoções;

Conheciam as profecias de Jeremias e sabiam que deveriam cultivar a paz na Babilônia;

Longe de sua pátria, não era necessário dar satisfação a quem quer que fosse;

Deus havia permitido o cativeiro, por isto deveriam conformar-se.

Stamps (1995, p.1.242) afirma que o livro de Daniel “é um dos últimos profetas do Antigo Testamento. Somente Ageu, Zacarias e Malaquias vêm depois dele na sequência do ministério profético do AT. Foi contemporâneo de Jeremias, porém, mais jovem que este. Tinha, provavelmente, a mesma idade de Ezequiel.”

É fundamental que estejamos atentos para aspectos cronológicos para compreender os propósitos do Senhor no cuidado com seu povo, pois enquanto Ele falava com aqueles que se sentiam desprezados e envilecidos na sua terra devastada por meio do profeta Jeremias que trazia mensagens de esperança e de reconstrução.

Atuou no meio dos cativos, demonstrando que tudo não estava perdido, reacendendo a fé e prometendo o retorno à terra. Por meio de Daniel, deixou claro para os poderosos que nosso Deus concede o poder político e está no comando de toda a História.

O Rei Nabucodonosor, como prova de demonstração de poder político e indicação de que aqueles jovens estariam a viver uma nova dimensão de vida, trocou os seus nomes hebraicos para nomes babilônios. É necessário explicitar que o jovem Daniel não demonstrou nenhum apreço para usar o seu novo nome, haja vista que o livro apresenta, na maioria das vezes, o nome hebraico.

A mudança de nome, na concepção hebraica, tinha relação com a mudança do ser, do propósito da pessoa, do seu comportamento, conduta etc. Não era isto que estava ocorrendo. Foi o rei que mudou os nomes. Os jovens prosseguiram firmes nos seus propósitos de servir ao Senhor.

Vejamos os significados:

Daniel (Deus é meu juiz). Foi chamado de Beltessazar (Príncipe de Bel);

Hananias (Jeová é gracioso). Recebeu o nome de Sadraque (iluminado pelo deus Lua);

Misael (Quem é o nosso Deus?) Para Mesaque (Quem é como Aku?);

Azarias (Deus é o meu Ajudador) Para Abede-Nego (Escravos de Nebo).

Ao término do curso, logo que chegou à Babilônia, Daniel foi considerado o mais sábio e erudito dos alunos e conquistou posições na corte.

Foi assim que tornou- se participante da elite governante de Babilônia e, mesmo após o fim do império babilônio, manteve-se na alta burocracia tanto no império medo quanto no império persa. Daniel é a única pessoa da história da humanidade que permaneceu na elite governante mesmo após a troca de comando em grandes impérios mundiais, numa demonstração de que era um excelente estadista.

Ele viveu e prestou serviço no período dos seguintes reis:

Nabopolassar (626-605 a.C.);

Nabucodonosor (605-562 a.C.);

Evil-Merodaque (562-560 a.C.);

Neriglissar (560-556 a.C.);

Labasi-Marduque (556 a.C.);

Nabonido (556-539 a.C.).

Seu filho Belsazar regeu com ele o império durante os últimos anos de seu reinado que foram poucos, segundo Bentho & Plácido (2019, p.478)

Desde o início de sua carreira de estadista, Daniel mostrou ser um profeta de Deus, pois o Senhor lhe deu o dom de interpretação de sonhos. Este dom era a demonstração de que Deus o havia escolhido para que fosse o portador de mensagens reveladoras do final dos tempos.

Como um estadista, Daniel era alguém que trabalhava diariamente com a política para revelar os mistérios a respeito da história da humanidade até a redenção completa em termos políticos. Esta visão mundial também é mostrada pelo fato de o livro de Daniel ser escrito no primeiro capítulo em hebraico, os capítulos 2.4 – 7 em aramaico (que era a língua oficial da corte babilônica e medo-persa) e os capítulos 8 – 12 em hebraico.

O tema básico dessa obra é a soberania do Deus único e verdadeiro, que domina sobretudo, condenando e destruindo a rebelde potência mundial, e que fielmente liberta seu povo segundo a fé nele firmada […] representa uma coletânea das suas memórias feita no final de uma carreira longa e movimentada, que incluía serviços ao governo desde o reinado de Nabucodonosor, na década de 590, até o reinado de Ciro, o grande, na década de 530.

O aparecimento de termos técnicos persas indica que a escrita final das memórias foi feita em uma época na qual a terminologia persa já tinha se infiltrado no vocabulário de aramaico. A data mais provável para a edição final do livro, portanto, seria de 530 a.C. (ARCHER, 2012, p.481)

O fato de Daniel ser o único livro apocalíptico aceito no cânon hebraico, sem qualquer resistência, é a maior demonstração de que Daniel existiu e que seu testemunho foi tão eloquente que fez com que um livro escrito fora da Palestina, em pleno cativeiro, fosse aceito sem reservas, apesar de sua mensagem enigmática. Daniel é o verdadeiro “Apocalipse do Antigo Testamento”.

Em Daniel, vemos, exatamente, que o Messias virá e o próprio período que mediaria a retirada do Messias e a restauração espiritual de Israel (Dn.9:24-27), período apenas indicado mas não revelado (Dn.12:4), pois tal revelação, o grande mistério de Deus, seria feita pelo próprio Jesus (Ef.3:4-6), a saber, a Igreja.

Em Daniel, Deus revela-nos o curso da história da humanidade e, assim, temos a plena convicção que, ao contrário do que defendem os homens (notadamente os marxistas materialistas), a história não é o resultado cego de forças humanas, não está centrada apenas na dimensão material, mas na realização do plano pré-estabelecido pelo Senhor.

Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo. Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; as ruas e o muro se reedificarão, mas em tempos angustiosos.

E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações.

E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador. (Dn 9.24-27)

O Senhor alçou Daniel a uma posição de destaque no palácio da Babilônia, porque aonde estiver um servo fiel, o Pai Eterno ali estará operando, concedendo sabedoria, conhecimento, inteligência em todas as letras e ciências dos caldeus, até mesmo nas visões e sonhos: “Então o rei engrandeceu a Daniel, e lhe deu muitas e grandes dádivas, e o pôs por governador de toda a província de Babilônia, como também o fez chefe dos governadores sobre todos os sábios de Babilônia.” (Dn 2.48)

Uma das ocasiões foi quando o rei teve o sonho de uma estátua gigante que prenuncia os quatro impérios mundiais.

Quando tomou conhecimento de que o rei estava perturbado de espírito e ansioso para obter a interpretação, disposto a tirar a vida de todos os sábios porque ninguém o interpretou, o servo do Senhor solicitou um prazo até o dia seguinte para que orasse e recebesse, de Deus, a interpretação. Desta forma, salvaria os sábios e, também, a sua vida. Dispôs-se a orar e Deus lhe concedeu a visão do sonho e a interpretação:

Por isso Daniel foi ter com Arioque, ao qual o rei tinha constituído para matar os sábios de Babilônia; entrou, e disse-lhe assim: Não mates os sábios de babilônia; introduze-me na presença do rei, e declararei ao rei a interpretação.

Então Arioque depressa introduziu a Daniel na presença do rei, e disse-lhe assim: Achei um homem dentre os cativos de Judá, o qual fará saber ao rei a interpretação. Respondeu o rei, e disse a Daniel (cujo nome era Beltessazar): Podes tu fazer-me saber o sonho que tive e a sua interpretação?

Respondeu Daniel na presença do rei, dizendo: O segredo que o rei requer, nem sábios, nem astrólogos, nem magos, nem adivinhos o podem declarar ao rei; Mas há um Deus no céu, o qual revela os mistérios; ele, pois, fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de acontecer nos últimos dias; o teu sonho e as visões da tua cabeça que tiveste na tua cama são estes:

Estando tu, ó rei, na tua cama, subiram os teus pensamentos, acerca do que há de ser depois disto. Aquele, pois, que revela os mistérios te fez saber o que há de ser. E a mim me foi revelado esse mistério, não porque haja em mim mais sabedoria que em todos os viventes, mas para que a interpretação se fizesse saber ao rei, e para que entendesses os pensamentos do teu coração.

Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande estátua; esta estátua, que era imensa, cujo esplendor era excelente, e estava em pé diante de ti; e a sua aparência era terrível. A cabeça daquela estátua era de ouro fino; o seu peito e os seus braços de prata; o seu ventre e as suas coxas de cobre;33 As pernas de ferro; os seus pés em parte de ferro e em parte de barro. Estavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem auxílio de mão, a qual feriu

a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou. Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como pragana das eiras do estio, e o vento os levou, e não se achou lugar algum para eles; mas a pedra, que feriu a estátua, se tornou grande monte, e encheu toda a terra. Este é o sonho; também a sua interpretação diremos na presença do rei. (Dn 2.24 -36)

A visão do rei Nabucodonosor é uma demonstração de que o nosso Deus é Senhor da História e é Ele quem muda os tempos e as estações, demonstrando ao homem que Ele determina os fatos históricos. O Senhor dá o sonho e a interpretação. O Deus dos céus revela os segredos aos seus filhos.

Com base nos estudos de Silva (2001, p.104 – 110), a cabeça de ouro da estátua representava o Reino da Babilônia. Este reino era poderoso em força e majestade. É na cabeça que estão a mente, a memória, a visão e a audição, elementos que assumem função diretiva.

O reino babilônico deu origem à cultura mundial, ao código de leis, às escritas lendárias, aos costumes que são transmitidos aos descendentes etc. Muitas nações do mundo antigo seguiram os códigos e costumes dos povos caldeus (que deram origem aos babilônios). Babilônia e seu rei perderam a humildade e, por isto, foram destruídos.

O peito da estátua (o tórax e os braços) representava um reino inferior, o reino dos medos e dos persas, simbolizado pela prata. O que mais importava era a força dos dois braços, coração e pulmões. Isto aponta para um reino que agiu com emoção e deu às nações, subjugadas, a liberdade de se restaurarem.

Na época deste reino, os judeus puderam reconstruir o templo e seus muros, retornar à cidade, reconstruir suas casas e procurar restaurar a cidade de Jerusalém. O povo subjugado de outras nações também pôde retornar às suas terras.

A prata representa a redenção. Foi o preço da traição oferecido a Judas, que entregou jesus para morrer para redenção de toda humanidade. A prata tem cor embranquecida, é dúctil e mais maleável que o próprio ouro […] Representa os remidos de Cristo, ainda sujeito às influências externas da vida terrena, exigindo vigilância e purificação constante para manter a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor. (Silva, 2001, p.106 – 107)

O terceiro reino era de cobre (ou bronze) e ocupava o ventre da estátua. Representava a Grécia. Nesta região do corpo ficam o estômago, o pâncreas intestino, fígado, rins, bexiga etc. Nestes locais, os alimentos são digeridos e assimilados pelo organismo. É desta forma que nosso corpo adquire energia, força e

condições de sobrevivência. O que não é adequado, aproveitável, e, consequentemente, traz prejuízos para o organismo, é expelido.

Neste período histórico, o mundo pode assistir ao desenvolvimento da filosofia que é a mãe de todas as ciências, por meio da qual nasceram as demais áreas do saber. O amigo do saber sempre questionando fatos, procurando respostas para as ocorrências do seu EU e do COTIDIANO.

A arte de pensar sempre contribuirá para gerar novas ideias e conduzir ao homem ao mundo do saber.

O teólogo crê e para tanto precisa de fé.

O filósofo pensa e por isso precisa de ideias.

O cientista confirma e para isso precisa de provas.

Desde a antiguidade, o cobre já era utilizado pelo homem: “O ferro tira-se da terra, e da pedra se funde o cobre” (Jó 28.2). Foi usado para a produção de instrumentos musicais, artefatos de utilização doméstica e armas de caça e guerra.

O bronze é resultado da liga de cobre com o estanho e, por isto, utilizado na fabricação de armas, devido à sua resistência e dureza. O filho de Caim fabricava armas com metais e os homens, do período posterior a Adão, também produziam instrumentos e ornamentos.

A união dos metais aponta para a conexão dos saberes produzidos na época do Império Grego, do florescimento da filosofia, a mãe das ciências.

A representação e o significado do bronze como o metal que simbolizam este império destacam a dureza e a força que caracterizaram este período, no qual este povo conquistou rapidamente o mundo da época.

O quarto reino na estátua, representado pelas duas pernas, era o símbolo do império romano e indicado pelo ferro. O ser humano precisa das pernas musculosas e fortes para locomover-se rapidamente.

Assim foi este império que percorreu rapidamente todos os arredores, dominou e subjugou duramente com vara de ferro todos os povos. Cada perna representava respectivamente o poder político e o poder religioso. A maior religião do planeta foi o Cristianismo que se impôs com seus dogmas e a Inquisição empregados pela Igreja Católica Apostólica Romana.

Os pés, em parte de ferro e de barro, representam as nações que se estabeleceriam depois do domínio de Roma. Algumas nações seriam forte, outras fracas (de barro).

O andar aponta para a evolução da ciência que tem se multiplicado e para a evolução da espécie em toda a espécie de desenvolvimento.

O ferro e o barro tentavam misturar-se, mas não conseguiam. Esta profecia anuncia o espírito da globalização, tentarão globalizar e ajuntar todos debaixo do mesmo sistema, mas não conseguirão. Manter um nível igualitário para todos os povos, jamais será possível, pois os fortes hão de querer ser sempre os mais poderosos, enquanto os mais fracos cada vez vão ficando mais enfraquecidos.

Todos desejam formar um só bloco mundial, para o comércio, indústria etc., mas cada qual estará sempre buscando seu interesse.

Jamais conseguirão formar uma só consciência religiosa; os direitos humanos estarão sempre defendendo a livre escolha, e em verdade “cada cabeça é uma cabeça”.

Juntar-se-ão os corpos, mas jamais se ajuntarão os espíritos. O egoísmo que está implantado na Humanidade, onde o homem tenta suplantar a tudo e a todos, levado pela ganância de querer sempre mais e nunca estar satisfeito com o que tem, é o seu maior obstáculo. (Silva, 1999, p.109)

Fonte: https://meiooeste.blogspot.com/2023/03/o-sonho-de-nabucodonosor.html. Acesso 28 abr.2024

Este rei iníquo, egoísta, que exaltava a si mesmo e pretendia ser mais adorado do que já era, mandou construir um ídolo de 30 m de altura e 3 m de largura e deu ordens para que todos os súditos do reino o adorassem. Seu propósito era exaltar-se e consolidar-se como líder supremo de uma religião mundial.

No entanto, não é a primeira vez que isto acontece. Na primeira Babel, a mãe da Babilônia, já foi assim. Ninrode tentou instituir uma religião mundial, mas o Senhor não permitiu que prosseguisse no seu intento (Gn 11).

A última vez será em Jerusalém, durante a Grande Tribulação, quando o Anticristo tiver estabelecido o seu Governo Mundial e, por fim, quiser se reafirmar como Líder Supremo. Impor-se como líder religioso é uma forma de restabelecer, reafirmar, ratificar, confirmar seu poder. Sentindo-se o Todo-Poderoso, Nabucodonosor esqueceu-se que havia um Deus Onipotente nos Céus e na Terra que estabelece todas as coisas que neles ocorrem.

Se o fato daqueles jovens não adorarem o ídolo significaria a morte, o Deus a quem serviam concede a vida e protege a vida. A fidelidade daqueles moços foi colocada à prova e estava sendo aprovada. No fogo da provação, a fé operou, reavivou a esperança e o rei teve que exaltar o nome do Senhor.

Ainda que ele me mate, nele esperarei; contudo os meus caminhos defenderei diante dele. (Jó 13.15)
Por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia (II Tm 1.12)

SUGESTÕES DE ATIVIDADES:

Conversar com os alunos se já conheciam as profecias de Daniel.

Estabeleça um desafio para a turma: leve uma estátua desmontada, entregue uma parte para cada grupo, peça para eles falarem para os colegas sobre o significado daquela parte.

Já pensou em fazer maratona bíblica sobre a lição no final deste trimestre? Faça a proposta para a turma. São muitos conhecimentos adquiridos. Vale a pena cobrá-los de forma lúdica.

REFERÊNCIAS:

ARCHER JR., Gleason L. Panorama do Antigo Testamento. ed. rev. e ampl. 4.ed. São Paulo: Vida Nova, 2012.
BENTHO, Esdras Costa & PLÁCIDO, Reginaldo Leandro. Introdução ao Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.

BÍBLIA, Português. Bíblia de Estudo Pentecostal. rev. e cor. Compilada e comentada por Donald Stamps. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

SILVA, Osmar José da. Os Profetas. In: Reflexões Filosóficas de Eternidade a Eternidade. São Paulo: Imprensa da Fé, 1999, v.4.

Profª. Amélia Lemos Oliveira

Video: https://youtu.be/RggLnWTUI5o

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