JUVENIS – LIÇÃO Nº 6 – CONHECENDO OS PROFETAS MENORES
Já aprendemos que as Escrituras são compostas de livros históricos, poéticos e proféticos. E, como vimos, nas lições anteriores, foram estudados os profetas maiores, ou seja, os livros proféticos cuja extensão e volume dos livros são mais amplas. Sendo assim, os demais doze livros de menor extensão / volume são chamados profetas menores.
Isto não quer dizer que a sua importância seja inferior. De modo algum. As mensagens, que transmitem para o povo de Israel e de Judá, são imprescindíveis para a exortação e edificação do povo.
O Antigo Testamento ocupa quase 80% das Escrituras e muitos pregadores deixam de falar do amor de Deus, utilizando os textos dos profetas menores, haja vista que requerem mais pesquisas e compreensão do contexto histórico, geográfico e semântico.
É preciso compreender o significado da mensagem, das figuras de linguagem e da poesia contida nos textos.
A falta de entendimento, na maioria das vezes, nos conduz para outros textos mais “fáceis” de desenvolver nos púlpitos.
No entanto, é urgente que estudemos os profetas e suas mensagens, porque elas são atuais e atendem as necessidades da igreja.
Embora tenham pertencido a um momento histórico diferenciado, profetizaram para um povo que cometeu os mesmos pecados que nós cometemos. A nós, cabe a contextualização da Palavra do Senhor e a devida aplicação.
Nas próximas lições, estudaremos o contexto político e religioso nos quais os profetas viviam, a situação espiritual na qual o povo se encontrava e as mensagens que eles receberam do Senhor para aquela nação, com o fim de exortar e edificar.
Porque o nosso Deus jamais deixará de falar com os seus filhos, mesmo que seja para dar a devida correção:
“Porque o Senhor corrige o que ama. E açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos.” (Hb 12.6-8)
As mensagens proféticas são estritamente necessárias em nossos dias, tendo em vista que vivemos num período de multiplicação da iniquidade, afrouxamento moral, desrespeito e prévia destruição da instituição familiar, a injustiça social, as ditaduras políticas etc.
Desde o século VIII a.C. até o V a.C., os profetas menores exerceram um ministério dirigido ao povo de Deus, no período das suas maiores crises. Cinco deles (Oseias, Joel, Amós, Jonas, Miqueias) profetizaram antes da queda de Samaria e a remoção de Israel (a nação do norte) para o exílio pelos assírios.
A pequena nação ao sul, Judá, não aprendeu nenhuma lição com a queda de Israel. Naum exerceu o ministério profético cerca de 60 anos depois da queda de Samaria. Dois profetas menores, Habacuque e Sofonias (e o profeta Jeremias) avisaram o povo com veemência do iminente juízo de Deus por meio da invasão de Jerusalém pelos babilônios. Mas o povo não deu ouvidos!
No início do exílio de 70 anos, Obadias era o porta-voz do Senhor. Finalmente, após a volta do povo, temos o ministério dos últimos profetas do Antigo Testamento (Ageu, Zacarias, Malaquias) que prepararam o povo para a vinda do Messias. (Barnett, 2019, p.3)
O CONTEXTO HISTÓRICO DOS PROFETAS MENORES
Nos tempos da dominação assíria:
A nação israelita nasceu no período do apogeu do império egípcio que dominou o Mundo Antigo durante longo tempo. Mas esta poderosa nação foi dominada pelo império assírio que conquistou os territórios que saíam da Mesopotâmia até o norte da África.
O Senhor também disciplinou Israel pelas mãos dos assírios, por causa da apostasia, idolatria e abandono da aliança.
A nação israelita nasceu no período do apogeu do império egípcio que dominou o Mundo Antigo durante longo tempo.
Mas esta poderosa nação foi dominada pelo império assírio que conquistou os territórios que saíam da Mesopotâmia até o norte da África.
O Senhor também disciplinou Israel pelas mãos dos assírios, por causa da apostasia, idolatria e abandono da aliança.
Então surgiram os mensageiros do Senhor com o fim de conclamar o povo a se arrepender e voltar- se para Deus, demonstrando o crescimento assírio e o iminente castigo.
1.Oseias: do Reino do Norte, no tempo do Rei Jeroboão II (782-753 a.C.). Embora vivesse acentuada prosperidade material, a vida espiritual do povo deixava a desejar.
Após diversas advertências da parte do Senhor e contínua desobediência, os assírios invadiram Israel e levou o povo cativo.
2.Joel: levantado por Deus para falar ao povo no período da infância do Rei Joás (835-796 a.C.).
Proclamou as verdades divinas num período de formação de um enxame de gafanhotos nas proximidades da cidade (um alerta divino para o que estava por vir), da formação de um barril de pólvora no entorno, ou seja, quando os assírios estavam se aproximando para tomar conta da cidade e oprimir o povo.
3.Amós: era um pastor de ovelhas dos arredores de Judá, mas foi chamado pelo Senhor para divulgar a Sua palavra em Samaria (no Reino do Norte), uma cidade repleta de imoralidade e luxúria; também foi para Betel onde reinava a idolatria (bezerro de ouro). O Rei Salmanasar, invadiu o local e levou todo o povo cativo, deportando-o para terras distantes.
E sucedeu, no quarto ano do rei Ezequias (que era o sétimo ano de Oséias, filho de Elá, rei de Israel), que Salmaneser, rei da Assíria, subiu contra Samaria, e a cercou.
E a tomaram ao fim de três anos, no ano sexto de Ezequias, que era o ano nono de Oséias, rei de Israel, quando tomaram Samaria.
E o rei da Assíria transportou a Israel para a Assíria; e os fez levar a Hala e a Habor, junto ao rio de Gozã, e às cidades dos medos; Porquanto não obedeceram à voz do Senhor seu Deus, antes transgrediram a sua aliança; e tudo quanto Moisés, servo do Senhor, tinha ordenado, nem o ouviram nem o fizeram. (II Rs 18. 9-12)
4.Jonas : foi convocado pelo Senhor para pregar em terra inimiga, em Nínive, a capital do Império Assírio, o povo inimigo. Diante desta circunstância, era impossível obedecer a Deus.
Como poderia pregar para um povo tão cruel e opressor? Nínive era a cidade mais próspera, repleta de riquezas e mais ampla em extensão da época, com um povo idólatra, desprovido do temor a Deus e carente de uma experiência pessoal com o Altíssimo. Para isto, foi chamado Jonas. Na época do reinado de Assur-Dan (771-754 a.C).
No período de seu governo, ocorreram duas grandes epidemias (765 – 759 a.C.), além de um eclipse total do Sol.
Para os ninivitas, estes fatos eram prenúncios de um juízo divino que estava por vir, o que de certo modo, preparou o povo para a vinda de um profeta de Deus.
Com a chegada de Jonas, aquela nação já estava ciente dos indícios do julgamento divino e pronta para receber a mensagem divina. Só faltava o pregador para que houvesse genuíno arrependimento e foi o que aconteceu.
5.Miqueias: Nos reinados de Jotão, Acaz e Ezequias (750-687 a.C.), o Senhor levantou Miqueias para atuar nas terras de Judá. Embora Jotão fosse um bom rei, nada fez para que o povo se afastasse da idolatria. Acaz, por sua vez, foi um rei mau que se aliou aos assírios que deportaram os israelitas do Reino do Norte:
E Acaz enviou mensageiros a Tiglate-Pileser, rei da Assíria, dizendo: Eu sou teu servo e teu filho; sobe, e livra-me das mãos do rei da Síria, e das mãos do rei de Israel, que se levantam contra mim.
E tomou Acaz a prata e o ouro que se achou na casa do Senhor, e nos tesouros da casa do rei, e mandou um presente ao rei da Assíria.
E o rei da Assíria lhe deu ouvidos; pois o rei da Assíria subiu contra Damasco, e tomou-a e levou cativo o povo para Quir, e matou a Rezim.
Então o rei Acaz foi a Damasco, a encontrar-se com Tiglate-Pileser, rei da Assíria; e, vendo um altar que estava em Damasco, o rei Acaz enviou ao sacerdote Urias o desenho e o modelo do altar, conforme toda a sua feitura.
E Urias, o sacerdote, edificou um altar conforme tudo o que o rei Acaz lhe tinha enviado de Damasco; assim o fez o sacerdote Urias, antes que o rei Acaz viesse de Damasco. Vindo, pois, o rei de Damasco, viu o altar; e o rei se chegou ao altar, e sacrificou nele.
E queimou o seu holocausto, e a sua oferta de alimentos, e derramou a sua libação, e espargiu o sangue dos seus sacrifícios pacíficos sobre o altar. (II Rs 16. 7-13)
A situação espiritual do maiorial do povo judaíta era lastimável, até que seu filho Ezequias reinou em seu lugar e agradou ao Senhor, porque rompeu com os
assírios, dando fim àquela aliança ímpia e destruindo os altares nos quais se faziam ofertas aos ídolos.
E sucedeu que, no terceiro ano de Oséias, filho de Elá, rei de Israel, começou a reinar Ezequias, filho de Acaz, rei de Judá.
Tinha vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar, e vinte e nove anos reinou em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Abi, filha de Zacarias.
E fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo o que fizera Davi, seu pai. Ele tirou os altos, quebrou as estátuas, deitou abaixo os bosques, e fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera; porquanto até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso, e lhe chamaram Neustã.
No Senhor Deus de Israel confiou, de maneira que depois dele não houve quem lhe fosse semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele.
Porque se chegou ao Senhor, não se apartou dele, e guardou os mandamentos que o Senhor tinha dado a Moisés.
Assim foi o Senhor com ele; para onde quer que saía se conduzia com prudência; e se rebelou contra o rei da Assíria, e não o serviu. (II Rs 18.1-7)
Foi neste tempo que o Senhor levantou Miqueias para protestar contra idolatria, prenunciar o juízo iminente por causa da infidelidade cometida contra a Aliança feita com o Senhor.
6.Naum: os ninivitas se converteram com a pregação de Jonas, mas após um século da exortação divina, este povo havia retornado às suas práticas pecaminosas, à sua crueldade e o Senhor não mais daria outra oportunidade de arrependimento, não mais teriam uma segunda chance.
Já tinham sido avisados antes. Para aquela descendência que aderiu ao orgulho e à crueldade, o Senhor levantou o seu porta- voz, Naum, o qual anunciou o juízo divino e Nínive foi completamente destruída em 612 a.C.
Tu também serás embriagada, e te esconderás; também buscarás força por causa do inimigo. Todas as tuas fortalezas serão como figueiras com figos temporãos; se os sacodem, caem na boca do que os há de comer. Eis que o teu povo no meio de ti é como mulheres; as portas da tua terra estarão de todo abertas aos teus inimigos; o fogo consumirá os teus ferrolhos.
Tira águas para o cerco, reforça as tuas fortalezas; entra no lodo, e pisa o barro, pega a forma para os tijolos. O fogo ali te consumirá, a espada te exterminará; consumir-te-á, como a locusta. Multiplica-te como a locusta, multiplica-te como os gafanhotos. (Na 3.11-15)
PERÍODO DE DOMINAÇÃO BABILÔNICA
Embora fossem cruéis e arrogantes e punidos por nosso Deus, os assírios foram autorizados e usados pelo Senhor com o fim de disciplinar o povo israelita do Reino do Norte.
O próximo inimigo do povo de Deus, do povo judaíta foram os babilônios, os quais surgiram desde a construção de Babel.
Começaram sobrepujando Nínive, derrotando o império assírio e retomando seus antigos territórios.
Após esta conquista, partiu para derrotar o Reino de Judá e ampliar o seu território. Nabucodonosor conquistou Jerusalém, levou cativos seus habitantes e saqueou o templo:
Tinha Jeoiaquim vinte e cinco anos de idade, quando começou a reinar, e reinou onze anos em Jerusalém; e fez o que era mau aos olhos do Senhor seu Deus. Subiu, pois, contra ele Nabucodonosor, rei de Babilônia, e o amarrou com cadeias, para o levar a Babilônia.
Também alguns dos vasos da casa do SENHOR levou Nabucodonosor a Babilônia, e pô-los no seu templo em Babilônia. […]
E todos os vasos da casa de Deus, grandes e pequenos, os tesouros da casa do SENHOR, e os tesouros do rei e dos seus príncipes, tudo levou para babilônia.
E queimaram a casa de Deus, e derrubaram os muros de Jerusalém, e todos os seus palácios queimaram a fogo, destruindo também todos os seus preciosos vasos. E os que escaparam da espada levou para babilônia; e fizeram-se servos dele e de seus filhos, até ao tempo do reino da Pérsia. (II Cr 36.5-7; 18-20)
Deus agiu por meio de fatos históricos. Suas promessas se cumpriram. Para isto, Ele enviou seus porta-vozes para conscientizar o povo dos acontecimentos vindouros. Todos estavam avisados. Não se podia alegar inocência.
7.Habacuque: quando Daniel e os outros rapazes foram levados para a Babilônia, um ano após a invasão de Nabucodonosor (606/605 a.C.), Deus usou Habacuque para profetizar durante o reinado do perverso Jeoaquim sobre Judá. A mensagem do profeta era de caráter poético e tinha o propósito de exaltar a soberania divina sobre os fatos históricos, justificava a bondade e a justiça divinas em suas ações corretivas.
8.Sofonias: atuou no tempo do Rei Josias (II Cr 34.3) e sua mensagem prenunciava a angústia da invasão de Nabucodonosor a Jerusalém:
E estenderei a minha mão contra Judá, e contra todos os habitantes de Jerusalém, e exterminarei deste lugar o restante de Baal, e o nome dos sacerdotes dos ídolos, juntamente com os sacerdotes; (Sf 1.4)
Acontecerá que, no dia do sacrifício do Senhor, castigarei os príncipes, e os filhos do rei, e todos os que se vestem de trajes estrangeiros. (Sf 1.8)
Por isso serão saqueados os seus bens, e assoladas as suas casas; e edificarão casas, mas não habitarão nelas, e plantarão vinhas, mas não lhes beberão o seu vinho.
O grande dia do Senhor está perto, sim, está perto, e se apressa muito; amarga é a voz do dia do Senhor; clamará ali o poderoso.
Aquele dia será um dia de indignação, dia de tribulação e de angústia, dia de alvoroço e de assolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas, Dia de trombeta e de alarido contra as cidades fortificadas e contra as torres altas.
E angustiarei os homens, que andarão como cegos, porque pecaram contra o Senhor; e o seu sangue se derramará como pó, e a sua carne será como esterco. (Sf 1.13-17)
A mensagem de Sofonias traz implícita a referência ao Dia do Senhor como um marco escatológico para o qual devemos estar atentos.
O Dia do Senhor é o Dia da Vingança do Nosso Deus, Dia da plena Correção, do Deus que demonstra Seu amor pelos Seus filhos, o que se dará na Grande Tribulação.
Sofonias também profetizou a destruição de Nínive: “Estenderá também a sua mão contra o norte, e destruirá a Assíria; e fará de Nínive uma desolação, terra seca como o deserto.” (Sf 2.13).
As demais nações rebeldes foram alvo da mensagem divina: “Portanto esperai- me, diz o Senhor, no dia em que eu me levantar para o despojo; porque o meu decreto é ajuntar as nações e congregar os reinos, para sobre eles derramar a minha indignação, e todo o ardor da minha ira; porque toda esta terra será consumida pelo fogo do meu zelo” (Sf 3.8)
NOS TEMPOS DO EXÍLIO
O povo judeu foi advertido pelo Senhor durante anos. A maioria ignorou a repreensão do Senhor e, por isto, teve que sofrer as consequências das más escolhas.
O povo foi atormentado pelos babilônios e, além disso, os edomitas tudo fizeram para agravar o sofrimento dos judaítas. Aliariam-se ao povo babilônio, impediram a fuga dos judaítas e, ainda, saquearam o que podiam:
Mas tu não devias olhar com prazer para o dia de teu irmão, no dia do seu infortúnio; nem alegrar-te sobre os filhos de Judá, no dia da sua ruína; nem alargar a tua boca, no dia da angústia;
Nem entrar pela porta do meu povo, no dia da sua calamidade; sim, tu não devias olhar satisfeito o seu mal, no dia da sua calamidade; nem lançar mão dos seus bens, no dia da sua calamidade; Nem parar nas encruzilhadas, para exterminares os que escapassem; nem entregar os que lhe restassem, no dia da angústia. (Ob 12-14)
9.Obadias: Ainda não há precisão de data das suas profecias, no entanto o contexto bíblico deixa transparecer que a mensagem enunciada refere-se, hipoteticamente, ao período do exílio.
Expõe a mensagem divina de agravamento da situação espiritual e material de Edom, que significa “vermelho”, em virtude de intensa produção de metais e minas de cobre nas planícies de Edom já no século XI a.C., com atividade máxima na primeira parte da segunda idade do ferro.
Por causa da violência feita a teu irmão Jacó, cobrir-te-á a confusão, e serás exterminado para sempre. (Ob 10)
Porque o dia do Senhor está perto, sobre todos os gentios; como tu fizeste, assim se fará contigo; a tua recompensa voltará sobre a tua cabeça. (Ob 15)
NOS TEMPOS DA DOMINAÇÃO PERSA
Os judeus foram disciplinados pelo Senhor durante 70 anos e Suas Palavras se cumpriram:
E toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto; e estas nações servirão ao rei de babilônia setenta anos. (Jr 25.11)
Para que se cumprisse a palavra do Senhor, pela boca de Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da assolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram. (II Cr 36.21)
E ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos. (Dn 2.21)
O Deus, que está no comando da História, velou e ainda vela pelo Seu povo, mesmo disciplinando-o. Assim, este povo retornaria aos caminhos do qual se desviara e experimentaria um avivamento.
Tudo começou quando o Senhor escolheu Ciro, imperador da Pérsia para auxiliar o povo judaíta no retorno à Jerusalém, na construção do Templo e dos muros. Antes que Ciro nascesse e o povo fosse levado cativo, o Senhor já havia preparado aquele que haveria de auxiliar o povo de Judá.
Assim diz o SENHOR ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater as nações diante de sua face, e descingir os lombos dos reis, para abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão. (Is 45.1)
Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor Deus dos céus me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que está em Judá. Quem há entre vós, de todo o seu povo, o Senhor seu Deus seja com ele, e suba. (II Cr 36.23)
Este povo, que retornou à Sua terra, precisava ouvir a voz divina. Foi para isto que o Senhor levantou os seus três porta-vozes, homens que orientavam o povo a voltar-se para Deus e para a Sua Lei, estimulando-os na reconstrução interna de uma vida espiritual, de um compromisso com o Senhor e na reconstrução do templo e dos muros.
10.Ageu: Após o regresso do exílio em 520 a.C., este profeta do Senhor foi a primeira voz que estimulou o povo na reconstrução de seu templo porque, mesmo após quinze anos, ainda não tinha sido finalizado. Foi então que Ageu se levantou para encorajá-lo, repreender e despertar o ânimo, prenunciando que viriam dias melhores:
E farei tremer todas as nações, e virão coisas preciosas de todas as nações, e encherei esta casa de glória, diz o Senhor dos Exércitos. (Ag 2.7)
A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos. (Ag 2.9)
11.Zacarias: os povos vizinhos (os samaritanos, por exemplo) faziam o impossível para impedir a restauração do templo, do culto e dos muros (520-518 a.C.).
Zacarias foi a voz usada por Deus com o fim de consolar o povo e auxiliá-los na resistência à pressão do inimigo.
A mensagem de Zacarias tinha caráter messiânico: ele falava da primeira vinda de Cristo (em forma humana), bem como de Sua Segunda Vinda (em poder e glória para estabelecer o Seu Reino).
Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e Salvador, pobre, e montado sobre um jumento, e sobre um jumentinho, filho de jumenta. (Zc 9.9)
E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele para o sul. (Zc 14.4)
12.Malaquias: o último profeta prosseguiu agindo como a Voz de Deus que fala com o povo, a Voz que falava meio século após o retorno dos exilados (450 – 400 a.C.).
Repreendia a negligência espiritual e dos líderes religiosos que eram irreverentes com as coisas santas. Por isto, fizeram dos cultos uma rotina inexpressiva. Ele esclareceu acerca das características do verdadeiro culto e da verdadeira adoração.
Com base em tudo que apreendemos sobre os profetas, podemos dizer que todos os profetas menores cumpriram a sua missão no seu tempo e o nome do nosso Deus foi exaltado para sempre.
SUGESTÃO DE ATIVIDADES:
Para esta semana sugerimos ao caro professor / à cara professora que apresente as características do profeta para seus alunos perguntando: QUAL PROFETA QUE É?
1.Foi o profeta que disse que a glória da segunda casa será maior do que a primeira.
2.Este profeta também diz que o Senhor fará de Nínive uma assolação. Dica: seu nome é parecido a um instrumento musical.
3.Quem disse que o Senhor é o amante divino que foi traído?
4.Ele profetizou para a classe governante do Reino do Norte e protestou contra o seu estilo de vida religioso e extravagante.
5.Quem anunciou a destruição da Assíria?
6.Qual foi o profeta que questionou a Deus sobre a sobre as injustiças e corrupções da sociedade ?
7.Qual profeta fala de um mensageiro que ia restaurar a religião?
8.Ele falou do derramamento do Espírito Santo sobre todos os jovens. Quem foi?
9.Quem viu e falou sobre o futuro de Jerusalém?
10.Quem protesta contra as injustiças da sociedade, bem como contra a falsa religião?
11.Qual profeta recebeu de Deus uma comissão e decidiu fugir, sofrendo as consequências?
12.A mensagem deste profeta era uma condenação sobre Edom. Estamos falando de…
Depois, você pode ir elaborando outras perguntas e fazer mais rodadas.
REFERÊNCIAS:
BARNETT, John D. Profetas menores: profetas de ontem falam hoje. São José dos Campos – SP: Editora Cristã Evangélica, 2019.
BENTHO, Esdras Costa & PLÁCIDO, Reginaldo Leandro. Introdução ao Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.
Profª. Amélia Lemos Oliveira
Fonte: https://www.portalebd.org.br/classes/juvenis/10491-licao-6-conhecendo-os-profetas-menores-i
Vídeo: