LIÇÃO Nº 7 – A DESCONSTRUÇÃO DA FEMINILIDADE BÍBLICA
INTRODUÇÃO
-Na sequência do estudo dos embates entre a Igreja de Cristo e o império do mal, hoje veremos como se procura destruir a feminilidade bíblica.
-O mundo quer destruir a distinção entre homem e mulher.
I – A DESCRIÇÃO DA CRIAÇÃO DA MULHER
-Esta lição é uma continuidade da anterior, na medida em que, em três lições, estamos a analisar as artimanhas do império do mal para afetar o ser humano num aspecto que lhe é peculiar entre os seres morais, a saber, a sexualidade.
-O mundo busca destruir aquilo que o Senhor fez. É um sistema construído por Satanás para se opor a tudo quanto Deus estabeleceu, principalmente no que concerne ao que é relacionado com o homem, criatura odiada pelo diabo, vez que recebeu o favor divino para a salvação, o que não se ofereceu ao adversário e seus anjos.
-A sexualidade é, assim, um elemento particularmente atacado pelo inimigo de nossas almas, que busca distorcer e confundir os papéis tanto do macho quanto da fêmea, como também perturbar a própria sexualidade em si mesma.
-Daí trazer falsos conceitos e mentiras a respeito do que Deus estabeleceu tanto para o homem, como para a mulher, como também em relação à própria ideia de sexualidade.
Tendo visto como se procura destruir a masculinidade na lição passada, nesta lição veremos como se tem o esforço maligno para atingir a feminilidade e, na próxima aula, veremos como a própria ideia de sexualidade é confrontada mediante a chamada “ideologia de gênero”.
-Depois de ter criado o homem, posto o mesmo no jardim e lhe dado instruções, o Senhor verificou que o homem não podia viver solitário, era um ser social. Por isso, afirmou para Si mesmo: “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele” (Gn.2:18).
-É evidente que esta consideração divina não decorreu de um “erro de cálculo”. Trata-se tão somente de uma forma de expressão que permita a nós entendermos o que foi a deliberação divina. Em Gn.1:26, já vimos que o Senhor quis criar o homem sexuado, macho e fêmea, e aqui, em Gn.2:18, há apenas uma expressão que nos permita vislumbrar este projeto divino.
-Deus já sabia que o homem que criara era um ser social, que dependia de companhia para poder não só sobreviver como cumprir o propósito que Deus dele queria, mas, como havia feito o homem como um ser racional, capaz de pensar e de se relacionar com seu Criador, o Senhor, de modo pedagógico, quis que o homem tivesse consciência de sua potencialidade e, por isso mesmo, antes de criar a mulher, quis que o homem sentisse a necessidade que tinha de companhia, tivesse consciência de sua natureza social.
-Assim, o Senhor leva todos os animais criados à presença de Adão e lhe manda que desse nome a todos eles (Gn.2:19). Ao fazê-lo, o Senhor quis mostrar ao homem que ele era o dominador de toda a criação terrena, pois o gesto de dar nome a alguém é uma demonstração de autoridade sobre aquele ser que é nomeado.
-Nossos pais revelam o domínio que tem sobre nós precisamente porque são eles que nos dão o nome que temos, lembrando que, na cultura oriental, o nome não é apenas uma designação, como é na cultura ocidental, mas um sinal de identidade, uma demonstração do caráter do ser.
-Além de mostrar que o homem era superior aos demais seres vivos terrenos, tanto que lhes poderia nomear, o Senhor, também, com esta atitude, quis mostrar ao homem que ele era dotado de razão, dotado de intelecto, de capacidade de pensar e que, portanto, era criativo, podendo se constituir numa espécie de parceiro do próprio Deus, tendo condições de modificar a natureza que fora criada pelo Senhor e, mais do que isto até, comunicar-se de forma inteligível e articulada, tanto que era capaz de criar palavras.
-A linguagem humana, ao contrário do que dizem alguns cientistas, é totalmente distinta da eventual linguagem que possam ter os outros seres vivos, pois é a expressão da sua razão, é a própria expressão do homem interior, deste componente imaterial que só o homem possui na criação terrena.
-Adão, então, obedientemente, deu nome a todos os seres e, usando de seu intelecto, pôde perceber, sem que Deus o falasse, que todos os animais tinham seu parceiro, que todos tinham a sua companhia, mas que ele estava só. Adão, então, sentiu a necessidade de uma companhia, notou que era um ser social, que não era bom que estivesse sozinho (Gn.2:20).
-Deus havia cumprido o Seu propósito de fazer Adão sentir a necessidade de uma companhia e, mais do que depressa, para que esta consciência não o fizesse sofrer, ter uma melancolia, fez cair sobre ele um profundo sono, a primeira “anestesia” da história e realizou, também, a primeira cirurgia, tomando uma das costelas de Adão e dela fazendo surgir a mulher (Gn.2:21).
-Esta narrativa bíblica apresenta importantíssimas lições. A primeira é a de que a sexualidade é despertada espontaneamente no ser humano, pois é algo da sua natureza. Adão foi feito macho, assumiu esta consciência posteriormente, tendo havido um “pesado sono” entre o instante desta consciência e o momento em que se uniu com sua companheira.
-É assim que se desenvolve a sexualidade no ser humano. Após o período de formação, onde o ser humano é definido como homem ou mulher, há um intervalo em que ocorre um “profundo sono” do organismo com relação à sexualidade, “sono” este que cessa quando do início da adolescência, quando, então, se desenvolvem os caracteres sexuais secundários, que fazem com que o ser humano fique pronto para a procriação, para se unir a uma pessoa do sexo oposto e, assim, se completar e participar da reprodução da espécie humana.
-Vemos, assim, que, como já dito supra, é uma grande mentira a afirmação de que cabe ao ser humano escolher entre ser “homem” ou “mulher”, o que se daria mediante uma “construção social”, visto que o texto bíblico é bem claro ao mostrar que homem e mulher foram criados antes mesmo que existisse sociedade, apesar de o homem ter sido criado um ser social.
-O sexo é determinado naturalmente (e está aí a genética a demonstrar que os homens têm os cromossomos X e Y, enquanto as mulheres têm dois cromossomos X), pela vontade divina, sendo que há dois períodos bem determinados para a fixação de tal sexualidade: o inicial, ocorrido durante a formação do próprio corpo, na fase intrauterina, e outro, que é a final, desenvolvida na adolescência, quando são desenvolvidos os caracteres sexuais secundários.
-Por isso, é completamente desordenadora e confrontadora da natureza a chamada “erotização infantil”, este movimento levado avante pelo inimigo de nossas almas em que se pretende “despertar precocemente” o ser humano do “pesado sono de Adão”, atiçando a sensualidade e a vida sexual ainda na infância, quando o ser humano ainda não está preparado para a sexualidade, quando ainda o corpo não está pronto para exercer toda a sexualidade.
-A cada dia que passa, seja pela própria alimentação, seja pelos estímulos provocados na sociedade, máxime pela mídia, nossas crianças têm sido levadas a assumir uma posição diante da sexualidade, a ter relacionamentos sexuais e o resultado disto outro não é senão uma série de distúrbios e de prejuízos para a formação física, moral e espiritual da pessoa, o que, aliás, tem levado muitos a adotar o homossexualismo, como se isto fosse “natural”, mas, simplesmente, a consequência de uma perversão da própria natureza humana, provocada por estímulos externos e que nada tem de naturais.
-A segunda lição que aprendemos desta narrativa bíblica é de que homem e mulher são iguais em essência e em natureza. Deus formou a mulher do homem, ou seja, não há qualquer diferença essencial entre homem e mulher. A mulher foi tirada do homem, num verdadeiro caso de “clonagem”, que faz com que não haja diferença substancial entre homem e mulher: ambos são seres humanos.
-É importante vermos como, na revelação que Deus deu ao homem sobre a sua própria criação, tem-se um posicionamento totalmente distinto daquilo que foi veiculado durante muitos anos entre os pensadores humanos, inclusive os que eram considerados os mais racionais, como era o caso dos filósofos gregos, onde havia uma discussão sobre a própria humanidade da mulher, que era visto como um ser que, ou não era dotado de alma ou, então, possuía uma alma inferior.
Deus mostra que homem e mulher são ambos imagem e semelhança de Deus, ambos têm a mesma essência, não havendo um maior do que o outro, um superior ao outro, em termos de natureza.
-Esta igualdade é reafirmada quando se diz que a mulher foi tirada de uma das costelas de Adão, ou seja, do lado do homem, a demonstrar que homem e mulher deveriam viver lado a lado, eram complementares, não havendo uma superioridade ou inferioridade de um em relação ao outro.
No plano original de Deus, não havia qualquer preponderância entre homem e mulher, ainda que o homem tenha sido criado primeiro, em termos cronológicos.
Esta diferença cronológica, no entanto, nada significava, senão a própria consciência que teve o homem da necessidade que tinha da mulher. Aliás, é assim que o apóstolo Paulo bem sintetiza a situação, quando disse: “Todavia nem o varão é sem a mulher, nem a mulher sem o varão, no Senhor” (I Co.11:11).
-Terceira lição que nos dá o texto sagrado é de que a mulher, embora seja essencialmente igual ao homem, dele é diferente, já que sua estrutura teve como ponto inicial um osso, ao contrário do homem que teve como estrutura fundante o pó da terra.
-Por isso, a sexualidade abrange muito mais do que a simples genitalidade, a simples diferença dos órgãos reprodutores de um e de outro. Bem ao contrário, a sexualidade abrange características distintas não só físicas mas também psicológicas que fazem com que a unidade, a completude somente se construa com a união entre um homem e uma mulher.
-É interessante observar que a palavra hebraica “formou”, em relação à mulher, é diversa da empregada para o homem. Trata-se da palavra “banah” (הוב), cujo significado principal é “edificar”, “construir”.
Ao criar a mulher, Deus estava a construir algo maior do que a própria mulher, que era a própria unidade da humanidade, condição “sine qua non” para que o propósito divino fosse alcançado.
-Quando despertou, sem que Deus tivesse falado coisa alguma, Adão, ao ver a mulher, disse que ela havia sido tirada de seus ossos, era carne de sua carne, e, por isso, seria chamada “varoa”, porque do varão havia sido tirada. Assumiu, assim, de livre e espontânea vontade, a oferta que Deus lhe dera, aceitando recebê-la por companheira.
-Esta afirmação de Adão traz-nos uma quarta lição, qual seja, a de que homem e mulher se completam, formam uma unidade, mas que tal completude, tal unidade depende da presença de Deus.
-Adão estava em plena comunhão com Deus e percebeu que a mulher lhe fora dada como companheira. É por isso que o apóstolo Paulo diz que homem e mulher precisam um do outro, mas “no Senhor” e, também, é a razão pela qual o sábio Salomão faz questão de descrever a união entre o homem e a mulher como um “cordão de três dobras” (Ec.4:12), a mostrar que esta união é mais uma demonstração da imagem e semelhança de
Deus, já que temos aqui, mais uma vez, uma “triunidade”, a exemplo da Triunidade Divina.
II – O PROPÓSITO DIVINO PARA A MULHER
-Tendo visto como as Escrituras descrevem a criação da mulher, logo vemos que o primeiro propósito divino para a criação da mulher foi a de gerar uma sociabilidade entre os homens. A mulher foi criada para ser
“adjutora”, ou seja, para ajudar o homem e, neste aspecto, serve ela como uma demonstração da insuficiência humana, da necessidade do outro.
-A mulher tem uma compleição física mais frágil, é mais delicada, exatamente para nos lembrar de que dependemos uns dos outros e todos dependemos de Deus. A mulher foi criada para que se mostrasse que a unidade do homem somente se dá pela união entre macho e fêmea, de que homem e mulher são “sexos”, são “porções”, são “partes que precisam ser integradas”.
-A mulher surge para mostrar a Adão a sua dependência. A palavra “varão” em hebraico também significa “mortal”, dando a entender que o homem, apesar de toda a sua força e sua iniciativa, é imperfeito e dependente, carece de complementação.
-A figura da mulher, portanto, traz ao homem a demonstração da sua insuficiência, da sua dependência. A presença do “vaso mais fraco” (I Pe.3:7) dá a ela a noção clara de que precisamos uns dos outros e, por isso mesmo, devemos nos amar uns aos outros, que é exatamente o mandamento que nos deixou o Senhor Jesus (Jo.15:17).
-Registremos que o texto bíblico diz que a mulher é o vaso “mais fraco”, ou seja, não diz que o homem seja “vaso forte”, mas tão somente “vaso menos fraco”, porque, enquanto ser humano, é fraco e dependente, pois só Deus é o Todo-Poderoso e, nós, meros homens (Sl.9:20). Somos todos vasos e o Senhor, o oleiro (Is.64:8) e pura ilusão querermos contrariar Àquele que tudo criou (Is.29:16; 45:9).
-Neste aspecto, já vemos que a ideia hoje muito em voga de promover o “empoderamento da mulher” traz em si um componente altamente satânico, qual seja, o de querer dar guarida ao sentimento de
“autossuficiência” ao ser humano, a figura do “super-homem” tal defendido pelo filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900), um dos “gurus” do nosso tempo, que nada mais é que a velha mentira do diabo de que podemos “ser iguais a Deus, sabendo o bem e o mal” (Gn.3:5), de que podemos viver independentemente do
Criador.
-A mulher veio também para “estar diante do homem”, e aqui temos a palavra hebraica “neghedh” (דגנ), cujo significado é de “…uma frente, i.e., parte fronteira; (especificamente) uma contraparte, ou parceiro…” (BÍBLIA DE ESTUDO PALAVRAS-CHAVE. Dicionário do Antigo Testamento, verbete 5048, p.1786).
Tem-se, portanto, que a mulher foi criada para estar ao lado do homem, para ser, como dizem algumas versões, a sua “correspondência”, ou seja, como bem afirma o apóstolo Paulo, “nem o varão é sem a mulher, nem a mulher, sem o varão, no Senhor” (I Co.11:11).
-Tem-se, pois, como é grande mentira dizer que a Bíblia Sagrada é “machista” ou “patriarcalista”, pois o plano divino é o da complementaridade entre homem e mulher, que são postos um ao lado do outro, sem qualquer supremacia masculina, mas, sim, estabelecendo uma interdependência entre ambos os sexos, como bem descreveu Salomão na passagem de Ec.4:9-12.
-Aqui vemos bem claramente o que é esta “correspondência” da mulher para com o homem. Diz o sábio rei que “melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho”.
-Notemos, portanto, que um dos aspectos da correspondência é a contribuição no trabalho. Deus estabeleceu que o homem deveria trabalhar (Gn.2:15; II Ts.3:10), até porque o trabalho reforça a semelhança entre Deus e o homem (Jo.5:17), trabalho que se tornou penoso e necessário à sobrevivência com a queda (Gn.3:17-19).
-Tem-se, portanto, um trabalho conjunto entre homem e mulher. O trabalho da mulher é o feito dentro de casa, na administração do lar, o dito trabalho doméstico (Pv.31:13-22).
-Bem por isso, ao contrário do homem, a mulher tem uma postura de acolhimento, de recepção, é a pessoa da “reação” não da iniciativa, como é o homem.
É a mulher que acolhe o gameta masculino em seu organismo e, dentro dele é que se dá a fecundação do novo ser, ser este que é acolhido no útero materno e que desenvolve, nas entranhas da mãe, a profunda relação que há entre filho e mãe.
-A mulher, portanto, é muito mais “interior” que o homem, daí porque é pessoa de aguçada sensibilidade, o que se costumou denominar de o “sexto sentido feminino”. Ela é guiada pelos sentimentos e pelas emoções.
-Tem-se, então, outro propósito sublime dado por Deus à mulher, que é a maternidade. Ao pôr nome em sua mulher, Adão a chamou de “Eva”, porque ela seria “a mãe de todos os viventes” (Gn.3:20).
-O ponto alto da feminilidade, o seu ápice, o seu objetivo maior é a maternidade. Deus fez a mulher para ser mãe e, enquanto mãe, ela é o ser humano que mais se aproxima de Deus. Senão vejamos.
-Enquanto mãe, ela não apenas participa, com o pai, da criação de um novo ser, fazendo, assim, como cocriadora ao lado do pai da criança e do Senhor, mas, também, e aí com exclusividade, passa a ser a nutridora, a gestadora deste ser, desenvolvendo com ele um relacionamento íntimo singular, tendo participação no desenvolvimento e formação deste ser. Assim, a mãe continua participando da formação e desenvolvimento deste novo ser, algo que o homem não pode fazer.
-Este acompanhamento e participação na formação e desenvolvimento do novo ser, em seu interior, faz nascer na mãe um amor diferenciado, que é, segundo a Palavra de Deus, o mais sublime amor entre os homens: o amor materno (Is.49:15).
A mulher, enquanto mãe, torna-se a detentora do amor humano mais próximo do amor divino e, como Deus é amor (I Jo.4:8), é a criatura humana que mais se aproxima da divindade em imagem e semelhança.
-Bem se vê, aliás, porque o império do mal luta tanto contra a maternidade e procura convencer as mulheres para que não sejam mães. É evidente que o maligno não deseja esta proximidade entre a mulher e Deus, essa profunda e grande similaridade entre a mulher e seu Criador em temas tão sensíveis como o amor e a vida.
-Nesta atitude de acolhimento e sensibilidade aguçada, a mulher é aquela que fornece a sustentação emotivo-sentimental do lar. Enquanto o homem fornece a proteção externa, é o obstáculo aos ataques físicos, às ações dos fatores externos como intempéries, calamidades, é a mulher aquela que protege o lar e o companheiro dos ataques sobre os sentimentos, as emoções, sobre o “mundo interior”, trazendo segurança, paz de espírito e aconchego.
-Aliás, esta postura é encontrada nas fêmeas em geral, tanto que o próprio Senhor Jesus, para mostrar esta atitude que queria Ele tomar em relação aos filhos de Israel, por quem foi rejeitado, usa da ilustração da galinha com seus pintainhos, muito bem demonstrando este papel primordial de “proteção afetiva” que tem a mulher
(Mt.23:37; Lc.13:34).
-Esta função que exerce a mulher faz com que ela seja a responsável pela manutenção dos relacionamentos em um lar. Sendo o ponto de referência da afetividade, da sensibilidade e da emotividade numa casa, a mulher tem esta capacidade de poder administrar o interior de cada integrante do lar e, por isso mesmo, o texto sagrado diz que, quando ela o faz com sabedoria, edifica a casa, mas, quando lhe falta sabedoria, é ela mesma quem destrói a convivência doméstica (Pv.14:1).
-Este papel importante que tem a mulher, notadamente a mãe, na família é realçado nas Escrituras Sagradas no reino de Judá, onde sempre se dizia quem era a mãe do rei cuja história era contada (I Rs.14:21,31; 15:2,10; 22:42; II Rs.8:26; 12:1; 14:2; 15:2; 15:33; 18:2; 21:1,19; 22:1; 23:31,36; 24:8,18).
-Aliás, a importância da mãe do rei em Jerusalém já se verifica quando Salomão mandou fazer uma cadeira especial para a sua, que foi posta à direita do trono do monarca (I Rs.2:19).
-Aliás, entre os judeus, a nacionalidade se obtém pela mãe, não pelo pai, como a mostrar que são as mães a que nutrem o “sentimento nacional”, o “sentimento de pertencimento ao povo que é a propriedade peculiar de
Deus dentre os povos”. Só é judeu quem provém de um “ventre judaico”.
-Mas, prosseguindo no ensinamento trazido por Salomão em Ec.4, lá é dito que melhor é serem dois do que um “porque, se um cair, o outro levanta o seu companheiro, mas ai do que estiver só, pois, caindo, não haverá outro que o levante” (Ec.4:10).
-A mulher apresenta-se como aquele que pode fazer o homem levantar e vice-versa. Quando o homem cai por sua racionalidade, por sua força física, por sua doação heroica, a mulher vem levantá-lo com sua sensibilidade aguçada, com sua delicadeza e fragilidade, com seu afeto.
-A mulher serve de complemento para o homem e o homem, para a mulher. Não estamos imunes aos fracassos da vida, às quedas, mas esta unidade dos dois sexos é uma garantia de superação, de reerguimento.
-O texto prossegue: “também se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará?” (Ec.4:11).
Não há como se ter uma intimidade saudável, onde os aspectos físico-químicos, psicológicos e espirituais se combinam e levam à completude senão quando há a complementaridade entre homem e mulher. Não se tem a verdadeira união, o verdadeiro prazer, o cumprimento do propósito divino para o ser humano quando não se tem esta união entre homem e mulher, uma interdependência absolutamente necessária.
-“E, se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa” (Ec.4:12).
A mulher traz para o homem o que lhe falta para a resistência contra os inimigos. Embora seja o homem aquele destinado a expor-se, a se sacrificar pelos demais integrantes da família, a se lançar exteriormente contra todas as forças e pessoas que ameaçarem a vida, saúde e sossego dos que estão sob a sua liderança, é a mulher aquela que, com sua sensibilidade, dará ao homem aquele “toque decisivo” para que se alcance a vitória.
-Lembramos aqui de dois episódios da história de Israel. O primeiro ocorrido no tempo dos juízes, quando, na cidade de Tebes, sitiada por Abimeleque, filho bastardo de Gedeão que se fizera rei, uma mulher, notando que Abimeleque se aproximara da torre onde estavam os habitantes da cidade refugiados, com objetivo de queimar a torre e matar a todos, notando que ele estava bem próximo à torre, lançou uma mó e quebrou o crânio dele (Jz.9:53).
-Vemos, assim, como a sensibilidade aguçada de uma mulher, notando a situação e o vacilo de Abimeleque, salvou não só a cidade mas todo o Israel daquele homem mau. A sensibilidade feminina também é efetiva nas lutas e batalhas da vida.
-Outro episódio é o ocorrido quando da rebelião de Seba, filho de Bicri, contra o rei Davi, quando Joabe, o comandante do exército, havia cercado Abel-Bete-Maaca e esta para destruí-la.
Uma mulher, que as Escrituras dizem ser sábia, entrou em contato com Joabe e, depois, convenceu a população a matar a Seba e a lançaram a sua cabeça sobre o muro da cidade, que, assim, foi mantida pelo exército de Israel, que estava a ponto de destruí-la (II Sm.20:14-22). A sensibilidade de uma mulher livrou toda a cidade e ainda pôs fim a esta revolta contra Davi, garantindo-lhe o reino.
-Esta sensibilidade feminina, aliás, que fez com que o Senhor tivesse levantado, ao longo da história de Israel, profetisas para trazer mensagens Suas ao povo. Dos três ofícios divinamente estabelecidos em Israel, somente o de profeta foi exercido por mulheres, exatamente porque a elas cabe esta “correspondência”, este papel “reativo”, a elas foi dada esta aguçada sensibilidade.
-Miriã (Ex.15:20), Débora (Jz.4:4), Hulda (II Rs.22:14; II Cr.34:22), a mulher do profeta Isaías (Is.8:3) e Ana, filha de Fanuel (Lc.2:36) são expressamente chamadas de profetisas nas Escrituras e tiveram papel importantíssimo no seu tempo para trazer a orientação divina para o povo.
OBS: A tradição judaica (Talmud Meguilá 14a) diz que houve sete profetisas em Israel, pois a esta lista, da qual não incluem a mulher de Isaías, acrescentam Sara, que teria sido profetisa porque teria sido parceira de Abraão na difusão da crença monoteísta e da moralidade (com base em Gn.21:12 e pelo fato de ser seu nome “Iscá”, “aquela que vê”- Gn.11:29);
Abigail, que teria profetizado para Davi (com base em I Sm.25:29-31);
Ana, porque teria dito que o poder de Deus estava sobre ela e profetizado em seu cântico (I Sm.2:1-10) e Ester, que teria escrito o livro que leva seu nome, mas também porque é dito que se vestiu com “realeza” (Et.5:1), que é interpretado como tendo sido vestida do Espírito Santo, como ocorreu com Amasai (I Cr.12:19).
-Mas, além destas mulheres, outras também foram profetisas, embora não tenham sido assim expressamente chamadas nas Escrituras, pois Ana, a mãe de Samuel; Isabel, mãe de João Batista e Maria, a mãe de Jesus, entoaram cânticos que estão registrados na Bíblia Sagrada e sabemos todos que os cânticos são mensagem proféticas, inspiradas pelo próprio Espírito Santo, o que faz com que tais mulheres também sejam profetisas.
-Na atual dispensação, não é diferente. Na Igreja, desde os tempos apostólicos (Cf. At,12:9), as mulheres, até por conta da sua sensibilidade, são usadas em profecias e nos dons espirituais em geral.
-Ao término desta digressão sobre ser melhor dois do que um, Salomão não se esquece de dizer que “o cordão de três dobras não se quebra tão depressa”, lembrando que a união entre homem e mulher deve ser feita no Senhor, a “terceira dobra”, pois, como dirá Paulo, “nem o varão é sem a mulher, nem a mulher sem o varão no Senhor” (I Co.11:11).
III – AS MENTIRAS DO IMPÉRIO DO MAL COM RELAÇÃO A FEMINILIDADE
-Tendo visto qual é o propósito divino para a mulher, analisemos o quanto o império do mal tem distorcido este plano e como tem levado a mulher para uma situação extremamente difícil e trágica.
-Toda a mentira satânica inicia-se com a confusão entre a distinção homem-mulher e a inferioridade social da mulher que, conquanto seja fenômeno universal, é consequência do pecado e não elemento que conste do propósito divino.
-Por causa do pecado, a mulher passou a viver numa situação de inferioridade social, pois, como disse o Senhor, “o desejo da mulher seria para o marido e ele a dominaria” (Gn.3:16).
-É o mundo, ou seja, esta sistema que está no maligno (I Jo.5:19) que traz a inferiorização da mulher. A mulher, enganada que foi pelo diabo no Éden, sofre com um sistema que põe em situação de inferioridade, que a oprime diante do homem.
-Esta inferioridade social anunciada por Deus já se observa nos tempos antediluvianos, quando se verifica a adoção, entre os caimitas, da poligamia, que, evidentemente, é uma demonstração de inferiorização da mulher (Gn.4:19).
A tradição judaica, ainda, considera a menção feita a Naamá, irmã de Tubalcaim como a indicação de que, com ela, teria se iniciado a prostituição (Gn.4:22), o que seria mais um aviltamento da mulher na sociedade.
-Aliás, a exploração sexual da mulher e a sua consideração como mero objeto do prazer masculino seria a tônica dos tempos antediluvianos, inclusive envolvendo a linhagem até então santa de Sete (Gn.6:1,2).
-Como se pode verificar, é o mundo, o “espírito da Babilônia” que avilta a figura da mulher, que lhe oprime, que retira a sua dignidade.
Tanto assim é que será em Israel que a mulher teria uma posição menos inferiorizada na Antiguidade, pois a lei continha diversos mandamentos de proteção à mulher. Deus mesmo
Se identifica como “o juiz das viúvas” (Sl.68:5), que era a mulher mais desamparada da sociedade antiga.
-Mesmo gozando de situação melhor que as dos demais povos, as mulheres, em Israel, não fugiram da inferiorização social, pois ela é decorrente do pecado.
A lei trazia diversos dispositivos de proteção à mulher, tais como a lei do divórcio (Dt.24:1-4), a “lei do ciúme” (Nm.5:12-31), mas, mesmo assim, inclusive por conta das tradições, nunca deixou de existir uma inferioridade, tanto que, até hoje, uma das orações rituais feitas pelos judeus é aquela em que ele agradece não ter nascido gentio, escravo ou mulher.
OBS: A origem desta oração, constante do “Sidur”, livro de orações dos judeus, tem base em ensino constante do Talmude, o segundo livro
sagrado do judaísmo, que ora transcrevemos: “É ensinado em um baraita que Rabi Meir dizia: Um homem é obrigado a recitar três bênçãos todos
os dias louvando a Deus por Sua bondade, e essas bênçãos são: Que não me fez um gentio; Que não me fez mulher; e Que não me fez um ignorante” (TALMUDE BABILÔNICO. Menachot, 43b. Disponível em: https://www.sefaria.org/Menachot.43b.17?lang=bi&with=all&lang2=en Acesso em 24 maio 2023) (traduzido pelo Tradutor Google para o português).
Eis o trecho da prece matinal do Sidur: “…Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, shelô assáni goi. Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D-us, Rei do Universo, que não me fez gentio. Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, shelô assáni áved. Bendito és Tu , A-do-nai, nosso D-us, Rei do Universo, que não me fez servo.
Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, shelô assáni ishá (a mulher substitui “shelô assáni ishá” por: sheassáni kirtsonô). Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D-us, Rei do Universo, que não me fez mulher (a mulher substitui: que me fez conforme Sua vontade).…” (Manual de bênçãos. http://www.chabad.org.br/biblioteca/publicacoes/Manualbencaos/Manual_de_Bencaos.pdf Acesso em 24 maio 2023).
-Ao vir ao mundo, trazendo a salvação, o Senhor Jesus enfrentou esta “inferioridade social”, tratando as mulheres em igualdade para com os homens, tanto que era cercado por mulheres (Lc.8:1-3) e, na história da Igreja, sempre as mulheres foram maioria entre os seguidores do Senhor Jesus, a mostrar, com fatos, que a doutrina cristã é a que dá a devida dignidade à mulher, como ressaltado pelo sociólogo inglês Rodney Stark (1934-2022), que, em seu livro “O crescimento do Cristianismo: um sociólogo reconsidera a história”, mostra bem o papel das mulheres na disseminação da religião cristã.
OBS: “…Aspectos interessantes são apresentados quanto ao papel da mulher dentro do Cristianismo primitivo, no capítulo quinto, sob o título: O papel das mulheres no crescimento cristão.
Stark, diferentemente da análise simplista de autores que afirmam serem as mulheres da época fáceis de se filiarem a “qualquer superstição forânea”, apresenta-nos os elementos do ethos cristão (a proibição do infanticídio, a condenação ao aborto e ao divórcio, ao incesto, à infidelidade conjugal e à poligamia) como fatores que constituíram o poder de atração às mulheres da época.
Na subcultura cristã era possível às mulheres ocuparem status diferenciado, o que não acontecia no mundo greco-romano. Além disso, a conversão feminina em novos movimentos contemporâneos também apresenta índice mais elevado do que no caso do sexo masculino, não se restringindo, pois, ao início do movimento cristão.
A destacada diferenciação do coeficiente sexual com superioridade para as mulheres em relação aos homens cristãos decorreu da proibição do aborto e infanticídio nas doutrinas cristãs. Stark trabalha sua demonstração recorrendo a evidências arqueológicas e à demografia histórica, as quais corroboram o status privilegiado das mulheres na Igreja cristã primitiva.
Tal fenômeno relativo a relações de gênero não se limitava à família, mas à sociedade e à própria Igreja, em que mulheres ocuparam postos de destaque, como o caso da diaconisa [sic] Febe.
Casamentos exogâmicos permitidos entre as cristãs e homens pagãos, dado o alto nível de comprometimento dos cristãos, não manifestava apostasia; ao contrário, acreditava-se na possibilidade de que esse tipo de casamento conduziria a novas adesões, denominado por Stark de conversões “secundárias”.
A alta taxa de natalidade e fertilidade das mulheres cristãs também é um aspecto a ser destacado.…” (SILVA, Cleusi Gama da. STARK, Rodney: um sociólogo reconsidera a história. Editora Paulinas, São Paulo, 2006, ISBN 85-356-1657-8.267p. Disponível em: https://www.pucsp.br/rever/resenha/stark01.htm Acesso em 24 maio 2023).
-O “espírito de Babilônia”, entretanto, difundiu a ideia de que esta “inferioridade social” é fruto da “cultura”, da “injustiça social” e que é uma “opressão”, inclusive procurando imputar à Bíblia Sagrada e à própria Igreja este “machismo”, que deve ser “superado” para que se tenha “liberdade e igualdade” na humanidade.
-Este discurso começou a encontrar guarida entre alguns intelectuais a partir do século XIX, tendo o filósofo francês Charles Fourier (1772-1837), um crítico da moral cristã, criado a palavra “feminismo”, que passará a identificar os defensores do fim desta “opressão”.
OBS: Veja o que afirmava Fourier: “Não sacrificais a felicidade de hoje em nome da felicidade futura. Desfrutai do momento, evitai toda associação de matrimônio ou de interesse que não satisfaça as vossas paixões no mesmo instante.
Por que trabalhar pela felicidade futura, se ela se sobrepõe aos vossos desejos, e, na ordem combinada, tereis apenas um desprazer: o de não poder dobrar a duração dos dias, a fim de que eles comportem o imenso círculo de gozos que tereis a percorrer” (Aviso aos civilizados a respeito da próxima metamorfose social apud WIKIPÉDIA. Charles Fourier. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Fourier Acesso em 24 maio 2023)
-Este pensamento encontrou guarida especial na obra de Friedrich Engels (1820-1895), o grande financiador de Karl Marx, que escreveu “A origem da família, da propriedade privada e do Estado” em 1884, onde afirma que a “subjugação feminina” é um dos elementos que precisariam ser “eliminados” para que se tivesse a instalação do “socialismo” e do “comunismo”.
-A partir daí, então, é que se começa a desenvolver uma série de movimentos que buscavam trazer a “igualdade” entre homens e mulheres na sociedade, muitas vezes, senão sempre, confundindo a
“inferiorização social” com uma indistinção.
-Ora, por tudo que já vimos, tem-se, evidentemente, que esta “inferiorização social” somente poderá ser mitigada se adotada a salvação na pessoa de Jesus Cristo, pois tal inferiorização é consequência do pecado, de modo que somente se a sociedade seguir os ensinamentos de Cristo, Que, como ninguém, dava a devida dignidade à mulher, ter-se-á uma solução para a questão.
-De igual maneira, não se deve confundir esta “inferioridade” com uma “defesa de igualdade” que não leve em conta a distinção entre homem e mulher, o que, naturalmente, fará com que se tenha resultado bem diverso do pretendido.
-Mas é exatamente isto que o feminismo não faz. Ao longo das décadas, o movimento feminista tem buscado retirar a “inferioridade social” por meio de medidas puramente terrenas, políticas e sociais, desconsiderando, por completo, o aspecto espiritual, o que tem gerado efeitos bem diferentes dos pretendidos.
-Assim, tendo o movimento feminista iniciado com a defesa da concessão de direitos civis às mulheres, como o direito ao voto, legítima pretensão, acabou se tornando uma luta contra a distinção entre homem e mulher.
-Como afirma o padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior: “…A sociedade moderna está mergulhada no conceito de igualdade.
Cada vez mais luta-se para equiparar o homem à mulher e vice-versa. Se a igualdade pretendida fosse em relação aos direitos civis, cuja necessidade é inegável, não seria, de fato, um problema.
Porém, o que acontece é que esta sociedade moderna, eivada do relativismo cultural, quer é transformar a mulher no novo homem e o homem na nova mulher, invertendo e pervertendo os valores mais elementares.
Deus criou o homem e a mulher em igual dignidade, mas quis que houvesse uma diferença entre os dois sexos. Esta diferença em “ser homem” e “ser mulher” faz com que exista uma complementariedade entre eles. Foram criados por Deus para formarem um conjunto, não um se sobrepondo ao outro, mas em perfeita sintonia um com outro.
Lutar contra esse projeto, fazendo com que a mulher tente, por todos os meios, ocupar o lugar do homem é lutar diretamente contra o projeto de Deus, contra a natureza humana. A liberação sexual promovida pelos métodos anticoncepcionais, longe de trazer a sensação de igualdade entre o homem e mulher, transformou a mulher numa máquina de prazer, pois agora ela sabe que pode ter uma vida sexual ativa sem a
consequente gravidez. Não precisa ter compromisso com o parceiro, não precisa sentir-se segura ou amada.
Ledo engano. O que se vê são cada vez mais mulheres frustradas, depressivas, olhando para trás e percebendo
que estão vazias, correndo contra o tempo para manterem-se jovens, pois nada mais têm a oferecer que não o
invólucro.
A liberdade da mulher, na verdade, transformou-se numa prisão. Hoje, elas se veem presas
a estereótipos ditados pela agenda feminista, cujo maior objetivo é destruir a essência da mulher,
igualando-a ao homem.
Transformando seus úteros em lugares estéreis e varrendo para debaixo do tapete o
instinto natural da espécie: a maternidade. Portanto, urge que cada mulher, criada à semelhança de Deus,
recupere o seu lugar na Criação.
Que a mulher seja mulher em toda sua plenitude!!” (Feminismo, o maior inimigo das mulheres. Disponível em: https://padrepauloricardo.org/episodios/feminismo-o-maior-inimigo-das- mulheres?gclid=CjwKCAjw67ajBhAVEiwA2g_jEBpeIKDkCsKefYcd3on_wWEobEGTkqeWEeAxddDxm xD-nwVEYluLZhoCGTAQAvD_BwE Acesso em 24 maio 2023) (destaq ues originais)
-Este igualitarismo contraria a distinção estabelecida por Deus e, em vez de trazer o tão desejado “empoderamento feminino”, tem contribuído para aviltar ainda mais a figura feminina, inclusive impedindo-a de assumir a maternidade, ápice da feminilidade.
Não é à toa que o movimento feminista tenha desembocado na “ideologia de gênero”, que é a própria negação da realidade biológico-psicológico-social do sexo, que é transformado em “gênero” e em uma “mera construção cultural”.
-Lamentavelmente, esta doutrina que, já no seu nascedouro se mostra contrária e opositora da Palavra de Deus, tem encontra ressonância dentro das igrejas locais, tanto que não são poucos os que defendem não só a indistinção entre homem e mulher, como a transgressão de princípios bíblicos por conta disto, como, por exemplo, a permissão para que não se deseje ter filhos, a admissão da “produção independente” (a maternidade sem que haja paternidade), a concessão de liderança para mulheres (o chamado “ministério feminino”) e tantas outras mazelas.
-Urge impedir que tais distorções trazidas pelo “império do mal” venham a encontrar guarida entre os que cristãos se dizem ser, para que não se tenha a destruição da família e da Igreja por conta disto.
Pr. Caramuru Afonso Francisco
Fonte: https://www.portalebd.org.br/classes/adultos/9355-licao-7-a-desconstrucao-da-feminilidade-biblica-i