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JUVENIS – LIÇÃO Nº 14 – O ESPÍRITO SANTO E A OBRA MISSIONÁRIA

Chegamos ao final de mais um trimestre que acrescentou conhecimentos poderosos na vida de nossos jovens, apontando, a eles, os verdadeiros caminhos para conhecerem o Espírito Santo e desfrutarem, assim, da verdadeira comunhão. Pois o ato de conhecer, na acepção judaica, envolve intimidade.

Como teremos intimidade com um Ser, desconhecendo como ele atua? Daí a importância desta revista. Falar sobre o Espírito é despertar, em nossos alunos, o anseio pelas bênçãos espirituais e, nesta busca, os adolescentes estarão mais preparados para enfrentar as dificuldades que surgem no seu cotidiano.

Precisamos, como seus professores, prepará-los espiritualmente com o fim de fortalecê-los para as batalhas espirituais que estão por vir.

Mostrar-lhes que o verdadeiro poder vem do alto, do Pai das Luzes, em quem não há sombra, nem variação: “Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.” (Tg 1.17)

O poder do Espírito Santo concede legitimidade às realizações do crente, ou seja, às suas pregações, bem como orações por cura e libertação de oprimidos. Na obra missionária, Ele é a essência de todo o trabalho.

Sem a presença do Espírito Santo, a obra missionária, perde a razão de ser. Cristo deixou claro para os seus discípulos que eles seriam missionários, divulgariam as boas-novas de salvação quando sobre eles viesse a virtude do Espírito Santo:

Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser- me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra. (At 1.8)

E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder. (Lc 24:49)

A promessa foi cumprida. E uma grande colheita de almas se deu no dia do derramamento do Espírito Santo, na vinda do Consolador, daquele que auxiliaria os servos do Senhor na pregação, convencendo os homens de seus pecados e conduzindo-os a Cristo:

E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, homens irmãos?

E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo; porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar.

E com muitas outras palavras isto testificava, e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa. De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas. (At 2. 37-41)

Os discípulos de Jesus só puderam iniciar a pregação do evangelho mediante a concessão deste poder que restaura e transforma completamente o homem, pois somente assim ele poderá realizar a obra do Senhor.

Muitos obreiros pregam acerca do profeta Isaías que inicia o seu livro apontando os pecados dos outros. É o que realmente constatamos quando lemos o texto. No entanto, a partir do sexto capítulo, este profeta tem uma visão da glória de Deus.

E, ao contemplar a beleza da santidade do Senhor, ele se autoanalisa, verifica a sua reles condição pecaminosa, de pecador que está perecendo numa sociedade perversa e distanciada de Deus.

Não há solução para o seu caso. Então ele contempla o seu destino que, para um homem no seu estado, são as trevas exteriores. O que fazer numa situação como esta? Nada mais resta senão clamar….

É o que ele faz. Clama dizendo:

“Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos.” (Is 6.5) Nosso Deus não age de forma alheia àquele que a Ele clama e implora por misericórdia.

O Senhor responde à oração de Isaías:

Porém um dos serafins voou para mim, trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; e com a brasa tocou a minha boca, e disse:

Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e expiado o teu pecado. Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.

Então disse ele: Vai, e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis. Engorda o coração deste povo, e faze-lhe pesados os ouvidos, e fecha-lhe os olhos; para que ele não veja com os seus olhos, e não ouça com os seus ouvidos, nem entenda com o seu coração, nem se converta e seja sarado.

Então disse eu: Até quando Senhor? E respondeu: Até que sejam desoladas as cidades e fiquem sem habitantes, e as casas sem moradores, e a terra seja de todo assolada. E o Senhor afaste dela os homens, e no meio da terra seja grande o desamparo. (Is. 6. 6-12)

O profeta só começou, de fato, o seu ministério quando foi tocado pelo Senhor, pela tenaz retirada das brasas do altar. Precisou, necessitou da purificação do fogo santo para que você enviado à nação israelita.

O fogo purificador agiu sobre a língua, um órgão extremamente rebelde. Vejamos o que Tiago tem a nos dizer sobre ele:

“A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno.” (Tg 3.6)

Sendo assim, era necessário que este instrumento, que todo o corpo contamina, fosse domado, recebesse o poder restaurador, o fogo santo do Senhor, simbolizado pelo Espírito Santo.

Por isto, os discípulos e todos os crentes falam em línguas como evidência de que receberam o poder do Espírito Santo.

Este órgão tem um efeito destruidor na vida das pessoas e precisa ser controlado. Quando o Consolador atua sobre o nosso ser, a nossa língua também está sob controle. Ela é usada para louvar e engrandecer o nome do nosso Deus, para divulgar as boas novas de salvação, para beneficiar verbalmente quem está conosco.

Quando a Bíblia diz que “ a morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto” (Pv 18.21), está se referindo àqueles que destroem a reputação de alguém com suas palavras, prejudicam a sua autoestima, causam males morais, violência moral a outrem, isto é provocar a morte.

Trazer a vida é exatamente o contrário, falar bem do outro, levantar a autoestima, ministrar palavras de salvação, de edificação etc. Não há nenhuma relação com determinação de bênçãos.

O salmista também nos exorta: “Guarda a tua língua do mal, e os teus lábios de falarem o engano.” (Sl 34.13). Todos aqueles que receberam o dom do Espírito Santo e foram tocados, transformados, libertados, são portadores de uma língua que só traz o bem, edifica espiritualmente:

“A língua benigna é árvore de vida, mas a perversidade nela deprime o espírito.” (Pv 15.4). É por isto que o salvo engrandece ao Senhor, não vive se lamentando, controla sua boca para falar apenas aquilo que seja para a glória de Deus: “E assim a minha língua falará da tua justiça e do teu louvor todo o dia.” (Sl 35.28).

Isaías aprendeu isto. A Igreja de Jerusalém também. Com suas línguas domadas pelo Espírito Santo, chegou a hora de divulgar as boas notícias.

Que usemos nossos lábios para falar de coisas boas, daquilo que o povo precisa ouvir para ser salvo, para estar perto de Deus. Nós precisamos prosseguir neste propósito de buscar e de fazer a vontade do Senhor, com todas as nossas forças, aonde estivermos.

Pois até a perseguição não impediu que estes crentes (de Jerusalém) não deixassem de falar de Jesus. Muitos conflitos são gerados a partir do instante que se ouve a mensagem confrontadora da Palavra de Deus.

O pecador não aceita as verdades nela contidas e prefere partir para o confronto. Com o povo de Deus não é assim, a reação é diferente, é totalmente contrária.

Quanto mais há perseguição e contrariedade à mensagem, mais disposição os crentes manifestam para pregá-la, seja onde estiverem:

E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judeia e da Samaria, exceto os apóstolos. E uns varões piedosos foram enterrar Estêvão e fizeram sobre ele grande pranto.

E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão. Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra. (At 8.1-4)

Movidos pelo Espírito Santo, estes crentes não podiam deixar de falar do que tinham visto e ouvido (Atos 4.20). Sabiam que sempre deveriam fazer missões, com insistência, porque era urgente que as almas se rendessem a Cristo.

Esta era a prioridade de Cristo, exaltar o Pai, manifestar ao mundo o amor do Pai e falar da salvação: “Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer.” (Jo 17.4)

Ele fora enviado para pregar o Evangelho do Reino e entregar a Sua vida na cruz do Calvário: “Ele, porém, lhes disse: Também é necessário que eu anuncie a outras cidades o evangelho do reino de Deus; porque para isso fui enviado. E pregava nas sinagogas da Galiléia.” (Lc 4:43,44)

Sendo assim, todos os seus discípulos também compartilham da mesma chamada, feita no final do ministério do Mestre: “Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.” (Jo 20.21)

Cristo realizou a Sua obra: engrandeceu o nome do Pai e entregou a Sua vida na cruz do Calvário. Agora é a vez da igreja, dos servos de Cristo divulgarem estas realizações, glorificar ao Senhor, fazendo a sua obra, conduzir os homens de todas

as nações à salvação, porque todos têm direito a esta dádiva: “Porque a graça salvadora de Deus se há manifestado a todos os homens. (Tt 2.11).

O Senhor providenciou redenção para o homem desde o Jardim do Éden (“O Cordeiro foi morto desde a fundação do mundo”– Ap 13.8) Em Deus o querer é o efetuar: “ Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.” (Fp 2.13)

Sendo assim, os discípulos do Senhor também precisam ter uma atitude de entrega, disponibilidade para o serviço, dar uma verdadeira prova de amor ao próximo, sacrificando-se em prol dele. Isto significa renúncia própria, dos projetos pessoais, familiares, materiais, intelectuais etc.

Passa a viver em prol de outrem, atento à necessidade do próximo, pois o amor leva em consideração o outro. Pregar o evangelho é uma das formas de demonstrar este amor. Tudo isto precisa ser feito com alegria, de boa vontade, sem recriminações… Como Paulo observa este contexto da vida missionária?

Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus. (At 20.24)
Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho! (I Co 9.16)

Ele tinha consciência da responsabilidade que foi transmitida para a Igreja e que também recebeu a incumbência de pregar para toda criatura.

Por isto, o Senhor permitiu que a perseguição conduzisse os irmãos às diversas partes do Império Romano para que esta mensagem fosse pregada aos cantos mais remotos da Terra, os confins da época.

Antes, como está escrito: Aqueles a quem não foi anunciado, o verão. E os que não ouviram o entenderão. Por isso também muitas vezes tenho sido impedido de ir ter convosco. Mas agora, que não tenho mais demora nestes sítios, e tendo já há muitos anos grande desejo de ir ter convosco,

Quando partir para Espanha irei ter convosco; pois espero que de passagem vos verei, e que para lá seja encaminhado por vós, depois de ter gozado um pouco da vossa companhia. (Rm 15.21-24)

Para anunciar o evangelho nos lugares que estão além de vós e não em campo de outrem, para não nos gloriarmos no que estava já preparado. (II Co 10.16)

A consciência missionária do apóstolo era uma demonstração de que esta deve ser a preocupação de todo cristão, no que diz respeito ao ato de pregar, de divulgar as boas-novas e conduzir os homens ao conhecimento do Cristo Salvador.

Uma vez que entregamos nossa vida a Cristo e nos disponibilizamos a fazer a Sua vontade, somos constrangidos pelo Seu amor: “Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram.” (II Co 5.14)

O amor de Cristo muda as pessoas, levando-as a fazer a vontade do Senhor. Pertencendo ao Senhor e fazendo a Sua vontade, o crente está disposto a viver para Deus, haja vista que “o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.” (Rm 5.5 b)

Este amor gerado no coração do crente chamado especificamente, para uma missão, convence o missionário a deixar família, emprego, pátria e outras atividades afins para embrenhar-se numa atividade de pregação, atendendo a ordem do Senhor Jesus.

Daí a necessidade de buscarmos a face do Senhor para conhecermos a vontade divina para nossa vida. Mas é preciso enfatizar com todas as letras: TODOS OS CRENTES SÃO CHAMADOS PARA PREGAR O EVANGELHO SEM EXCEÇÃO!

Estamos falando da obra missionária específica que envolve a saída de seu país, de seu estado, de sua cidade…
Pra Que Servimos Nós (Grupo Logos)

Nem eu, nem você
Podemos ficar de braços cruzados Enquanto coitados não sabem Pra onde vão, nem porquê

E eu pergunto: Afinal Onde estamos nós?
O que somos nós?
E o que fazemos nós?

Não há um convite a interessados Pois fomos chamados, sem exceção

A palavra já diz, nós sabemos E bem, somos luz e sal

E eu pergunto: Afinal Mas se não salgar?
E se não brilhar?
Pra que servimos nós?

Multidões se batem, se abatem Correm, andam, sem direção! São as lutas e as guerras
E os rumores de uma paz Que bem longe vai

O que fazer?
Não posso calar!
Deixar meu próximo cair Enquanto eu estou aqui Cansado de saber
Que Cristo é a paz Que vence o mundo! Que Cristo é a paz Que vence o mundo! Nem eu, nem você
Podemos ficar de braços cruzados Não

Disponível em: https://www.letras.mus.br/grupo-logos/339402/. Acesso em 22 dez. 2023.

Eis-me aqui (Asaph Borba)

Quanta coisa tenho feito para o meu próprio prazer Tenho andado a procura do meu próprio bem viver Enquanto existe tanta gente ansiosa por aí

Não te conhecendo assim como eu conheço a ti

O chamado que um dia tu fizeste a mim E ao qual sem hesitar eu disse: Sim
Ressoou em meus ouvidos como da primeira vez E a Ti Jesus eu novamente digo: Sim

Eis-me aqui
Eu livre estou ao teu dispor Para onde tu quiseres me enviar Me coloco submisso a ti, Senhor
Para o teu querer em mim realizar

Disponível em: https://www.letras.mus.br/asaph-borba/172290/. Acesso em 22 dez. 2023.

Precisamos estar alerta no que diz respeito à nossa responsabilidade de falar de Cristo, de buscar as coisas que são de cima para termos condições de testemunhar e do quanto precisamos que o poder de Deus se manifeste em nossa pregação. Agindo assim, estaremos no caminho certo e o ano de 2024 será bem melhor que 2023.

Que possamos aguardar nosso Senhor pregando a redenção em Cristo Jesus, sem temer o que está por vir, pois maior é aquele que está conosco. Amém.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES:

 – Peça para seus alunos testemunharem sobre situações pregaram o Evangelho para alguém.
– Sugerimos alguns vídeos para você, professor, assistir e se inspirar. Até mesmo pode indicar para teus alunos. O primeiro deles é do Grupo Logos, de 1984: 1. “Pra que servimos nós ? ” Disponível em: https://youtu.be/XQDlHggp5wQ. Acesso em 22 dez 2023. 2. “Eis-me aqui”, de Asaph Borba. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=Xlv-BSByuiI. Acesso em 22 dez 2023.

 Profª. Amélia Lemos Oliveira

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