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Juvenis – Lição 12 – A Temperança na Vida Cristã

A temperança na vida cristã é essencial para o exercício do autocontrole em nosso cotidiano. Precisamos adestrar nossas prerrogativas de resistência ao pecado, às situações que nos distanciam de Deus, que nos estimulam a dar ocasião à natureza pecaminosa.


A Palavra de Deus nos diz que devemos andar em espírito e não cumprir a concupiscência (natureza pecaminosa) da carne (Gl 5.16).

Ou seja, a prática do auto-controle se processa quando exercitamos a contenção dos desejos carnais e procuramos viver/produzir o fruto do Espírito em nosso dia-a-dia. Fruto do Espírito (Gl 5.22), a temperança (do lat. temperantia) também é vista como uma virtude pela Filososofia:

Uma das virtudes éticas de Aristóteles, mais precisamente a que consiste no justo uso dos prazeres físicos.

Aristóteles notava que a temperança não se refere a todos os prazeres físicos (não compreende por ex. os que derivam da visão ou da audição), mas apenas os que derivam da alimentação da bebida e do sexo. (ABBAGNANO, Nicola, 2000, p.944)

Como vimos a visão filosófica-aristotélica, embora reconheça a grandiosidade da virtude como uma das características essenciais para que o ser humano tenha um viver digno, prazeroso e progressivo em sua existência, não defende o cultivo desta virtude em sua completude, tal como iremos demonstrar nas Escrituras.

Nossos jovens podem e devem ler a Ética a Nicômaco, obra que trata do cultivo da temperança, do auto-controle, obra na qual Aristóteles, qual um pai ensina ao seu filho, Nicômaco, como deve o homem proceder em sua existência, livrando-se dos vícios perniciosos que contaminam o corpo e prejudicam nosso viver.

Digamos que se trata de uma magna obra para ser lida. No entanto, nenhuma obra está à altura das Escrituras e nem traz informações tão completas quanto ela.

Abbagnano (2000) nos informa que Aristóteles menciona apenas alguns aspectos da temperança, não se refere aos órgãos físicos da visão e da audição, os quais são canais de entrada para o estímulo à prática do pecado e descontrole da natureza pecaminosa, que deve estar sob o nosso jugo, melhor sob o controle do Espírito Santo.

Uma outra visão da Enciclopédia de Significados afirma que a temperança é:

Temperança significa ter moderação, equilíbrio e parcimônia em suas atitudes. Do latim “temperantia” “guardar o equilíbrio”.
 

Temperança é um substantivo feminino que nomeia a qualidade ou virtude de quem atua comedidamente, com prudência, sem a prática de exageros.
 

Ter temperança é ter controle sobre as paixões, é ter sobriedade em suas atitudes e decisões, é evitar os excessos em seus apetites, seus desejos e vontades. (https://www.significados.com.br/temperanca/. Acesso em 16 mar.2024)

Estudamos, na semana anterior, que o jovem disciplinado descobriu o segredo para o sucesso na vida espiritual.

O resultado desta disciplina é o autocontrole, esta força interna que nos estrutura emocionalmente para que digamos “não” às sugestões que conduzem ao pecado.

Pois foi assim que disse o proverbista: “Como a cidade derribada sem muro, assim é o homem que não pode conter o seu espírito”. (Pv 25. 28)

Ou seja, o muro é a estrutura, a base interna que nos dá segurança para recusarmos e não temermos represálias, tal como os jovens diante da fornalha ardente e Cristo diante de Satanás.

Para vencer o pecado, desenvolver a temperança e praticá-la na vida cristã é preciso exercitar-se mentalmente na meditação da Palavra de Deus, como nos diz o texto de Rm 12.2:

“E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.”

Somente conheceremos a vontade, os propósitos divinos para as nossas vidas se cultivarmos momentos com o Senhor, para que Ele mude a nossa mentalidade e sejamos transformados, alcançando o posicionamento de ter a mente de Cristo (I Co 2.16)

Quem não se conforma com o mundo, tem a mente transformada, conhece a vontade divina para a sua vida e tem a mente de Cristo, está em condições de exercitar a temperança, como um sinal de obediência ao Senhor.

No texto da lição, vemos o exemplo do atleta que deve exercitar a disciplina e, juntamente com a mesma, a temperança. Sendo assim, disciplina e temperança caminham juntas.

O atleta que não seguir as prescrições de seu treinador, não estará pronto para o treino, muito menos para vencer as competições. Somente aqueles que

sabem como conter-se, dominar os desejos do corpo, poderão alcançar o esperado prêmio: “E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente.” (2 Tm 2:5)

1. O atleta é disciplinado. Para manter sua alma pura e forte, o cristão deve orar e buscar continuamente o alimento puro da Palavra de Deus, senão ele não terá resistência espiritual para vencer o maligno. Tudo isto se processa com um constante treino.

É verdade que, muitas vezes, o corpo está cansado e não se quer o treino. Mas a disciplina exige que ele aconteça. Treinamos porque precisamos, porque devemos.

Se houver desânimo, devemos iniciar e o Espírito intercederá por nós, animando-nos para prosseguir buscando a Deus.

2.  O atleta é uma pessoa que observa as regras. Se o atleta não competir, não poderá ganhar. Ele fará tudo isto observando as regras.

Não há vitória se houver desobediência. Barclay (2024) afirma que o cristão “deve defender sua fé; deve buscar convencer e persuadir; terá que discutir e debater; terá que defender sua própria posição e atacar a posição de outros. Deve fazê- lo tendo em conta as regras cristãs.”

Aristóteles refere-se aos homens incontinentes, que não têm domínio de si, de suas paixões e que podem se arrepender de suas escolhas:

Mas há uma espécie de homem que é dominado pela paixão contrariando a regra justa; um homem dominado a tal ponto pela paixão, que é incapaz de agir com a reta razão, mas não dominado a ponto de acreditar que deva buscar tais prazeres sem reservas. Esse é o incontinente […]

Do lado oposto, há uma outra espécie de homem: o que permanece firme nas suas convicções e não se deixa dominar, ao menos pela paixão. Pelo que acabamos de dizer, fica evidente que a segunda disposição [a continência] é boa, e a primeira [incontinência] é má. (Aristóteles, 2003, p.161)

A Bíblia, por sua vez, demonstra que os homens incontinentes, que não puderam se conter, só tiveram problemas. É o que vimos na vida de Sansão, Davi e Salomão.

E este rei sábio exortou os jovens a tomarem cuidado com a mulher que os convida para o exercício de suas paixões.

O apóstolo Paulo exortou Timóteo a fugir das paixões da mocidade (II Tm 2.22) e até deixou um recado para os solteiros que se preparavam para se casar:

“Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se. “ (1 Co 7:9) Ou seja, os jovens e todos nós devemos ficar atentos para os desejos carnais que dizem respeito à nossa sexualidade:

Porque os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu paladar é mais suave do que o azeite. Mas o seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois gumes.

Os seus pés descem para a morte; os seus passos estão impregnados do inferno. Para que não ponderes os caminhos da vida, as suas andanças são errantes: jamais os conhecerás.

Agora, pois, filhos, dai-me ouvidos, e não vos desvieis das palavras da minha boca. Longe dela seja o teu caminho, e não te chegues à porta da sua casa; Para que não dês a outrem a tua honra, e não entregues a cruéis os teus anos de vida;

Para que não farte a estranhos o teu esforço, e todo o fruto do teu trabalho vá parar em casa alheia; E no fim venhas a gemer, no consumir-se da tua carne e do teu corpo.

E então digas: Como odiei a correção! e o meu coração desprezou a repreensão! E não escutei a voz dos que me ensinavam, nem aos meus mestres inclinei o meu ouvido! No meio da congregação e da assembleia foi que eu me achei em quase todo o mal. […]

E porque, filho meu, te deixarias atrair por outra mulher, e te abraçarias ao peito de uma estranha? Eis que os caminhos do homem estão perante os olhos do Senhor, e ele pesa todas as suas veredas. Quanto ao ímpio, as suas iniquidades o prenderão, e com as cordas do seu pecado será detido. Ele morrerá, porque desavisadamente andou, e pelo excesso da sua loucura se perderá. (Pv 5:3- 14; 20- 23)

A Palavra de Deus nos aconselha de forma bem convincente, não há como não atender ao apelo amoroso do Senhor e exercitar este autocontrole diante deste tipo de tentação.

Sabemos que a mulher não se apresenta apenas nas ruas para convidar os jovens/homens para um programa.

Elas se apresentam nos programas de televisão, nos sites da internet, nos canais pornográficos, nas revistas pornográficas, nos sites de namoro (há muitas garotas descrentes atraindo a atenção dos nossos jovens), no Tindler, Instagram etc.

É preciso vigiar em todo o tempo. O Senhor Jesus já nos disse: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.” (Mt 26.41)

A primeira solicitação diz respeito à vigilância, ao olhar atento de quem sabe qual situação se constitui em perigo para a vida espiritual e poderá nos afastar de nosso Deus.

As Escrituras nos dizem: “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.” (I Co 15.33);  portanto, é imprescindível tomar cuidado com quem nos envolvemos, com as amizades cultivadas e com o que costumamos ouvir, não importa o veículo de transmissão (áudios, vídeos, músicas, filmes etc), pois tudo isto se aloja em nossa memória, ocupando nossos pensamentos e, muitas vezes, extraindo o primeiro lugar que deve ser da Lei do Senhor.

Tudo o que for nos afastar do Senhor e da Sua Palavra precisa ser alvo de nosso desprezo. O cuidado com a vida espiritual deve ser prioridade. Pois quando o noivo vier quer nos achar fazendo assim, pensando nele.

Vejamos o caso de Rebeca quando foi encontrar Isaque: ele estava orando….

A falta de temperança, de autocontrole em nossa vida produz muitos males, muitos atos injustos, a prática da impiedade, a condução ao pecado.

Devemos manter o controle em nossa fala:

“Na multidão de palavras não falta pecado, mas o que modera os seus lábios é sábio.” (Pv 10.19), nem desejar as posses dos ímpios, invejando-os:

“ NÃO te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniquidade. Porque cedo serão ceifados como a erva, e murcharão como a verdura.” (Sl 37.1,2).

Aqueles que não mantém o controle sobre os apetites orais, são os que comem e bebem de modo dissoluto, sem pensar nas consequências para o corpo:

Porque é bastante que no tempo passado da vida fizéssemos a vontade dos gentios, andando em dissoluções, concupiscências, borrachices, glutonarias, bebedices e abomináveis idolatrias; (I Pe 4.3)

Um deles, seu próprio profeta, disse: Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos. (Tito 1:12)

A Bíblia nos aponta a triste história dos filhos de Eli que aprenderam a Lei do Senhor, mas não amaram, não guardaram na sua mente, nem se prontificaram a cumpri-la.

Antes, preferiram viver segundo os apetites da natureza pecaminosa, de forma descontrolada, apropriando-se do que não lhes era devido. Atentaram para os apetites do ventre e solicitavam para os auxiliares que retirassem a melhor parte da carne, destinada ao sacrifício, para lhes satisfazer o apetite.

O deus destes homens era o ventre. Além disso, entregavam-se à prostituição, unindo-se sensualmente a mulheres que frequentavam o tabernáculo.

O descontrole destes homens os levou à morte, à destruição de suas famílias. A falta de temperança só traz infelicidade ao homem.

É preciso disciplinar os desejos da carne e submetê-los ao Senhor, subjugando-os, crucificando a carne com suas paixões para que Cristo seja exaltado em nosso corpo, em nossas ações.

Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial; não conheciam ao Senhor. Porquanto o costume daqueles sacerdotes com o povo era que, oferecendo alguém algum sacrifício, estando-se cozendo a carne, vinha o moço do sacerdote, com um garfo de três dentes em sua mão; E enfiava-o na caldeira, ou na panela, ou no caldeirão, ou na marmita; e tudo quanto o garfo tirava, o sacerdote tomava para si; assim faziam a todo o Israel que ia ali a Siló. Também antes de queimarem a gordura vinha o moço do

sacerdote, e dizia ao homem que sacrificava: Dá essa carne para assar ao sacerdote; porque não receberá de ti carne cozida, mas crua.

E, dizendo- lhe o homem: Queime-se primeiro a gordura de hoje, e depois toma para ti quanto desejar a tua alma, então ele lhe dizia: Não, agora a hás de dar, e, se não, por força a tomarei.

Era, pois, muito grande o pecado destes moços perante o Senhor, porquanto os homens desprezavam a oferta do Senhor. (I Sm 2. 12-17)

Era, porém, Eli já muito velho, e ouvia tudo quanto seus filhos faziam a todo o Israel, e de como se deitavam com as mulheres que em bandos se ajuntavam à porta da tenda da congregação. (I Sm 2.22)

Este descontrole sobre as funções do corpo também se manifesta nas emoções, tais como a ira. A adolescência é uma fase na qual os hormônios em ebulição favorecem situações que revelam muito barulho, discussão, necessidade de autoafirmação e tudo isto vem expresso pela ira, às vezes grito, choro etc.

Mas o jovem que entregou a vida a Cristo demonstra, por suas atitudes, que sabe manter o controle de suas emoções e encontra as melhores saídas para responder aos questionamentos feitos acerca de situações particulares:

“Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós.” (1 Pe 3:15) Em lugar da ira, mansidão.

Para Aristóteles (2003, p. 95), “a calma é um meio-termo em relação à cólera […] Os homens que se encolerizam por motivos justos com coisas ou pessoas certas e, além disso, como, quando e enquanto devem, são dignos de serem louvados.”

Este é o caso do Senhor Jesus Cristo que “entrou no templo e expulsou todos os que ali estavam comprando e vendendo.

Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas, e lhes disse: “Está escrito: ‘A minha casa será chamada casa de oração’; mas vocês estão fazendo dela um ‘covil de ladrões’”. (Mt 21:12,13)

Um acesso de ira mais que justificável. Pelo motivo certo. É preciso direcionar de forma correta nossas emoções, nossos sentimentos.

Consagrar a vida a Deus requer a entrega do corpo, alma e espírito ao Senhor para que sejam transformados, de tal forma que cantemos:

“A minha alma lava Salvador/ No teu sangue puro carmesim / Minha vida toma para ser Senhor / Tua para sempre sim (432 HC) Ou seja, trata-se de uma mudança interna, uma transformação que nos conecte a uma comunhão cada vez mais intensa com Cristo, assemelhando-nos a Ele, tornando-nos Seus imitadores. Aquele que tem a mente de

Cristo, não é influenciável pelo sistema de pensar mundano, mas os seus sentimentos, entendimento e vontade (atribuições da alma) estão e são influenciados pela Palavra do Senhor.

Por isto, seu pensamento não se limita à vida terrena, ao materialismo e ao desfrute dos prazeres da carne.

Ele sabe que passarinhos e belas flores que o querem encantar são vãos terrestres esplendores, por isto está a contemplar o belo lar. (36 HC)

O nosso olhar também é uma porta de entrada para o pecado, por isto precisamos controlá-lo. Jó sabia do compromisso que deveríamos ter e fez um pacto para não pecar:

Fiz aliança com os meus olhos; como, pois, os fixaria numa virgem? Que porção teria eu do Deus lá de cima, ou que herança do

TodoPoderoso desde as alturas? (Jó 31:1,2). O Rei Davi também se manifestou a respeito, infelizmente traiu- se: “Portar-me-ei com inteligência no caminho reto. Quando virás a mim? Andarei em minha casa com um coração sincero.

Não porei coisa má diante dos meus olhos. Odeio a obra daqueles que se desviam; não se me pegará a mim.” (Sl 101:2,3).

Como podemos ver, os dois homens de Deus assumiram o compromisso de não pecar pelo olhar, de controlar-se pelo olhar, pois sabiam que o olhar mal direcionado poderia levá-los a grandes derrotas.

Sendo assim, é necessário atentar para esta candeia do corpo, pois por ela são introduzidas muitas informações que nos conduzem à vitória ou ao completo fracasso. O cristão também não pode ter olhares maliciosos.

Em Ct 1.15, o marido diz: “Eis que és formosa, ó meu amor, eis que és formosa; os teus olhos são como os das pombas.”

Em Ct 5.12, a esposa diz para o marido: “Os seus olhos são como os das pombas” Por que ambos fazem esta mútua comparação sobre o olhar? Porque o olhar de pombas denota pureza, falta de malícia, transparência.

O controle da língua também é o exercício dos crentes temperantes, que sabem qual é o momento certo de falar e o momento de calar.

Os rabinos judeus utilizavam esta figura:

“A vida e a morte estão nas mãos da língua. Acaso a língua tem mãos? Não, mas assim como a mão mata, assim também a língua mata.

A mão mata de perto, mas a língua é como uma flecha que mata à distância. Uma flecha mata a quarenta ou cinquenta passos, mas da língua diz-se no Salmo 73:9 ‘Contra os céus desandam a boca, e a sua língua percorre a terra’.

Este é certamente o perigo da língua. O homem com o braço pode proteger- se de um golpe porque o atacante está em pessoa.

Mas alguém pode deslizar numa palavra maliciosa ou repetir uma calúnia com relação a outro a quem nem sequer conhece e que se acha a milhares de quilômetros de distância e, mesmo assim, causar-lhe imenso dano.”

O extraordinário alcance que a língua pode ter é seu maior perigo. É difícil de dominar. Nos ressecados bosques e matagais da Palestina, um incêndio ficava imediatamente fora de controle. E tampouco há alguém capaz de controlar o mal que pode causar a língua.

“Três coisas há que não retornam: a flecha lançada, a palavra falada e a oportunidade perdida.” Uma vez pronunciada a palavra não há maneira de fazê-la retornar. Nada há tão impossível de sufocar como um rumor; nada há tão difícil de cicatrizar como os efeitos de uma história ociosa e maligna.

Lembremos o homem que uma vez que disse a palavra está fora de seu controle. Portanto, pense bem antes de falar porque, ainda que não possa fazê-la retornar, terá que responder pela palavra que pronuncie. (Barclay, 2024)

Diante de tão maravilhosa lição, só nos resta finalizar enfatizando, mais uma vez, o exemplo do nosso Cristo que, em todo o tempo que esteve na Terra, não cometeu um pecado sequer.

Vimos que, desde o início de seu ministério, Ele foi tentado como todos os homens o são (e já estudamos aqui) na concupiscência dos olhos, na concupiscência da carne e na soberba da vida, apenas para iniciar e não cedeu aos apelos insistentes de Satanás.

Manteve-se temperante, com os olhares voltados para a Sua missão, a mente conectada com Deus e Sua Palavra, como o maior exemplo que precisamos seguir.

(É necessário esclarecer os alunos que todos nós temos condições de vencer as tentações. Cristo as venceu como homem. Nós venceremos também. Com as armas espirituais):

“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.” (Hb 4:15)

SUGESTÕES DE ATIVIDADES:

– Peça para seus alunos testemunharem se já enfrentaram situações nas quais tiveram que exercitar a temperança.

– Paulo foi considerado estoico. É preciso considerar que ele teve formação filosófica. Veja o vídeo e conheça alguns princípios do estoicismo que diziam respeito à temperança. Este tema não foi tratado apenas nas Escrituras.

– No entanto, deixamos claro que a Bíblia a todos é superior. Este vídeo é para o professor assistir e se munir de mais argumento para a lição. Retenha apenas o que é bom do vídeo para você. Disponível em: https://youtu.be/48c3i_VR9N0. Acesso em 16 mar.2024.

Segue agora dinâmica que você pode apresentar ou fazer com seus alunos. A primeira delas é de Ester Carrilho. Palavras. Disponível em: https://youtu.be/_6QJzG4g-pY. Acesso em 16 mar. 2024.

REFERÊNCIAS:

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Martin Claret, 2003.
BARCLAY, William. Tiago. O Novo Testamento comentado. Disponível em: https://files.comunidades.net/pastorpatrick/Tiago_Barclay.pdf. Acesso em 16 mar. 2024.
BARCLAY, Willian. 2 Timóteo. O Novo Testamento comentado.
Disponível em:
https://files.comunidades.net/pastorpatrick/2Timoteo_Barclay.pdf. Acesso em 16 mar.2024.
TEMPERANÇA. ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. 4.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000, p.944.
TEMPERANÇA. Equipe da Enciclopédia Significados. Disponível em: https://www.significados.com.br/temperanca/. Acesso em 16 mar.2024.

Profª. Amélia Lemos Oliveira


Fonte: https://www.portalebd.org.br/classes/juvenis/10337-licao-12-a-temperanca-na-vida-crista-i

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